Não foi a minha primeira opção ser semideusa.Na verdade eu nunca pensei nessa possibilidade.

Só sempre quis ser uma coisa : Diferente dos outros.

Eu sempre quis ser diferente.Eu não estou nem aí pra modinha e nem para o que os outros pensam.Só quero ser um pouco diferente...

Mas eu não sabia que ia ser tão diferente assim.Agora, eu vou plagear um pouco meu querido irmão.

Prazer, eu sou Emily Ashen.

Tenho 14 anos.Eu odiava a minha vida, até agora.Depois que eu descobri a minha verdadeira origem, minha vida melhorou muito.Meu irmão pode até odiar, mas eu adoro.Não abriria mão nem por um milhão de dólares.

Minha mãe? Chata.Chata pra cacete (sim, eu tenho a boca suja.Algum problema?!).Ela sabe o meu estilo e sabe que eu não suporto rosa.Mesmo assim, ela exige que eu use rosa de qualquer jeito.

– EMILY ACQUA ASHEN - Ela fazia um escândalo em outra loja de patricinhas estúpida - VOCÊ VAI USAR ROSA SIM!!

– Não vou não - Respodia, colocando os meus fones de ouvido - Eu sou punk, mãe.Usar rosa não é comigo.

Ela nem me ouvia.Levava o vestido rosa.E eu, esperava até de anoitecer para colocar fogo nele.Essa é a minha vida... Um Inferno! E eu só tenho a minha mãe como parente por aqui.Meu pai? Sumiu ou morreu, nem sei direito.

Meus amigos da escola? Nunca tive.Nunca conheci uma pessoa punk ou gótica na minha vida.A minha escola só tem patricinhas mesmo... Minha mãe, Paige Ashen, deveria morar em Beverly Hills.Ela é cheia de frescuras e tal, e ainda insiste que eu fique assim também!! Ela me colocou no Colégio McKenzie, entupido de pattys e blá blá blá. Quem eu mais odiava lá era a tal da Anna Johnson.Ela era uma líder de torcida super metida a besta.

Pelo menos um professor era legal comigo.Era o sr. Bruner, de história.Ele era viciado em mitologia grega, por isso eu o adorava.Ele estava sempre em sua cadeira de rodas, indo para todos os lugares que ele bem quisesse.Mas, ele quase nunca dá prova para nós.E isso é um saco.

– Saia da frente - Ela disse, me empurrando - Vampira...

– Vampira é o s... - Murmurei.Me conti em cima da hora.

– Entrem nas salas - A Sra. Turner, a professora de química, chamou - Prova de química

Peguei minha mochila.Ela estava mais destruída do que nunca.Suja de tinta, cheia de bottons de bandas (como o Guns N' Roses, Nirvana, AC/DC e Slipknot), mordida, rasgada... Estava detonada.Me dirigi para a sala de aula.O ar condicionado estava no máximo.

– Quando terminarem a prova - A professora disse, destribuindo algumas provas - Apenas levantem a mão que eu recolho a prova e então, estão liberados.Boa prova.

Fiquei quebrando a minha cabeça naquele troço.Foi horrível.Quando me virei para a janela, percebi que tinha algo estranho no ambiente.Algo MUITO estranho.Parecia... Ser um monstro do lado de fora.Uma espécie de lagarto gigante cheio de cabeças.Quanto mais eu prestava atenção, mais o bicho parecia estar chegando mais perto.Fui bem rápida, escrevi qualquer coisa na prova e levantei a mão.

– Foi rápida demais, Ashen - Disse a professora - Vai ficar de recupera...

– NÃO LIGO! P-PRECISO SAIR - Falei, entregando a prova.Agarrei minha mochila e saí correndo.Fui até o corredor e dei de cara com o sr. Bruner.Ele estava na sua cadeira de rodas de sempre e segurando um livro de mitologia grega.

– Emily? - Ele disse - O que faz aqui?

– Tem um... Uma coisa lá fora... - Falei, meio... Exausta.

– O que tem lá fora?

– Eu vi... Err... Qual é o nome? Aquele monstro com várias cabeças...

– Uma hidra?

– É... Isso mesmo...

– Venha para fora

– O quê?

– Você já está pronta.Me leve até o monstro.

Obedeci.Empurrei a cadeira de rodas até o lado de fora da sala.Lá estava a hidra, saltitando em um canto.

– Jogue isso nela - Disse o Sr.Bruner, me dando um isqueiro.

– Quê? - Falei, sem entender nada.

– Jogue isso na hidra - Ele disse - Eu não estou brincando.

Levei um susto.Antes de mais nada, eu predi meu cabelo para ele não pegar fogo mais tarde.Meu cabelo sempre foi o mesmo desde que eu era pequena : Preto, com uma franjinha lisa e onduladinho.Só foi mudando o tamanho.

– Eu... C-Certo - Peguei o isqueiro.Sem prestar atenção, taquei o negócio em uma janela.Passaram-se alguns minutos... Nada - Acho que... Eu não liguei o...

– Droga... Deixa que eu faço isso - Ele tirou outro isqueiro do bolso, ligou-o e o tacou na escola.Em pouco tempo, o prédio estava em chamas e a hidra também.

– E-E agora?! - Me virei para o Sr. Bruner.

– Venha comigo - Ele disse - Tem um lugar que você precisa ir...