- Vovó? Já são cinco e quarenta e cinco.

Ela me chama cedo e se atrasa sozinha depois. Ela vinha com um vestidinho rosa com poucos detalhes brilhosos, o mesmo que usou para ir a um recital meu de balé de sete anos atrás quando eu tinha sete anos. Eu respirei fundo e me levantei puxei uma cadeira para ela e servi um pouco de chá. Fui lá dentro, pois eu tinha me esquecido de pegar uns biscoitinhos para o acompanhamento.

- Vovó, com licença eu já volto.

- Certo mais traga aqueles biscoitinhos você sabe qual é, não sabe?

- Humm, sim.

- Então traga, e vá rápido.

- Tá bem.

Fui primeiro ao meu quarto, pois pressentia que meu celular estava descarregado, a noite eu precisaria dele para uma festa, que só talvez eu fosse, porque eu estava com dor de cabeça e também não sou de sair muito.

Na volta fui à cozinha peguei o pote com os biscoitos e servi para minha avó Vitoria

- Quer mais vovó?

- Não, mas obrigada Clarisse.

- Humm, de nada.

Tomei o chá e comi alguns biscoitinhos, e fui tomar um banho, pois estava muito calor, e lá fora com aquele sol escaldante eu quase derreti.

Quando sai do banho já era seis e dez a festa começa as sete então fui a minha avó e perguntei se devia ir:

-Vovó sabe aquela festa que eu te falei? A da Anne aquela minha amiga.

- Sim sei, por quê?

- A senhora acha que eu deveria ir? 

- Se você quiser.

- Bom então eu acho que eu vou me arrumar.

Sorri, e ela retribuiu.