“Tenho em mim todos os sonhos do mundo “– Fernando Pessoa

A brisa de vento beijava meu rosto, deitadas em meio à varanda, fechei os olhos para pensar e refletir.

Acabei caindo no sono e também em um sonho, eu estava sonhando, primeiro vi uma praça, e logo depois um luar encantador então me sentei no pequeno banco, em meio a árvores, fiquei admirando a lua, fui encostando minhas costas no banco a cada suspiro que eu dava.

De repente tudo estava em branco e preto como nos filmes antigos e então o que se via em cores era uma rosa vermelha ardente como as minhas preferidas. Fiquei assustada e quieta por alguns minutos, mas não adiantava, curiosa que se preze nunca deixa de ser curiosa, me levantei em meio a toda aquela escuridão e fui concentrada em meus passos até a flor, e lentamente a toquei com uma ponta de ansiedade a puxei para meus braços e neste momento ouvi uma voz me chamar:

- Clarisse, venha vamos já são cinco e meia!

Então me dei conta estava sonhando acordada? Ou imaginando?

Peguei um vestidinho florido tomara que caia uma sapatilha preta e penteei meus cabelos castanhos com mechas louros escuros naturais e coloquei um laço branco pequeno.

   Fui correndo ao jardim e sentei-me à mesa embaixo da amoreira, esperando minha avó, ela tinha aqueles costumes de antigamente.