Passaram-se alguns meses e nesse tempo eu conheci meu sobrinho, que tem a cara do pai e os traços da mãe. Seu nome era Andrew e já tinha pouco mais de um ano de idade. Eu fiquei mimando-o quase o tempo todo, tanto que o Mikey ficou com ciúmes. Foi até engraçado. Ray terminou o namoro com Brendon e não demorou muito pra arranjar uma namorada, com quem ele está muito feliz. Seu nome era Krista e me parecia ser um amor de pessoa.

O período de aulas havia começado e, como era o último ano, decidi arranjar um emprego, tanto que consegui. Estudava de manhã e trabalhava em uma livraria a tarde toda.

Fazia de tudo pra chegar tarde em casa só pra não ficar olhando para a cara da Donna, que não faço mais questão em chamar de mãe. Minha relação com ela ia de mal a pior. Não dava mais pra conviver no mesmo ambiente que ela, tanto que estava planejando em comprar uma casa pra mim.

Ia visitar o Frank todos os dias no hospital, ele não demonstrava melhoras, pois já fazia 4 meses que ele estava em coma, tanto que os médicos estavam pensando em desligar os aparelhos, mas Linda não autorizou. Ela acreditava na melhora de Frank, e eu também.

Estava lá, esperando a hora da visita quando Lyn-z apareceu pra me fazer companhia. Ficamos conversando por um bom tempo até o médico aparecer e me chamar para ver meu Frank. Quando entrei na sala onde ele estava, senti que havia alguma coisa de diferente. Aproximei-me dele e toquei em sua mão, não sabia o porquê, mas sorri. Estava com uma vontade imensa de chorar.

–Como eu sinto sua falta baixinho... - uma lágrima acabou escapando- quando será que você vai acordar em? Preciso tanto de você...

Senti seus dedos se mexerem. Eu não estava acreditando no que estava acontecendo.

–Meu Deus. –corri para chamar o médico, que apareceu rápido por não estar ocupado- ele mexeu os dedos, eu senti. – logo Linda apareceu na porta – sim, ele ta acordando

A abracei e chorávamos muito, não acreditando no que estava acontecendo. Nós acreditamos na melhora do Frank, tanto que ele estava ali, acordando. O médico disse que iria demorar pra ele voltar a falar normalmente, mas esperaríamos o tempo que for.

Três semanas haviam se passado e eu havia entregado uma carta de Victório para ele ler. Tanto que Victório me procurou só pra me pedir para entregar isso. Fui ao hospital ver Frank. Ele já estava falando normalmente, tanto que não precisei nem de autorização do médico para vê-lo, pois ele já estava no quarto me esperando.

–Oi meu amor- disse selando seus lábios em seguida- ta melhor?

–Oi. -sorriu- To sim

–Que bom que você está se recuperando...

–É... -ele suspirou pesado- Gee, eu tenho que te falar uma coisa muito séria

–Já tenho uma idéia do que seja...

–Sim, é sobre o meu passado. Peço pra que você só me escute depois você se pronuncia, ta?! -assenti- então...