Aventuras Descontroladas De Percabeth escrita por bloodymary


Capítulo 13
Batalha musical e bolachas fantasmas


Notas iniciais do capítulo

Cara, desabafo legal com vocês lá embaixo.



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Percy me acordou de um jeito diferente. Ele assoprou o me pescoço, me fazendo arrepiar e a ficar assustada, e mesmo assim, minha adrenalina subiu. Eu rolei no chão e fiquei em posição de ataque, mas depois de perceber que tinha sido Percy, eu fiquei vermelha e avancei de mentira para ele. Ele desviou de verdade o meu soco de mentira na boca do estomago e me prendeu entre ele e uma árvore (eu acho que nunca vou saber como ele fez isso tão rápido). Minha respiração ficou leve demais e eu olhei Percy nos olhos. Senti ele querendo chegar mais perto, mas se segurando muito mesmo para não fazer isso.

-Percy, não consigo respir... – o ultimo suspiro foi e ele me soltou. Eu puxei o ar com força e ele me abraçou do nada.

-Desculpe. – ele falou baixinho no pé do meu ouvido.

-Não foi nada... – eu falava a verdade.

Eu ainda me sentia deslocada por ser 10 centímetros mais baixo que ele, mas era a altura ideal para ouvir o coração dele.

E eu fiquei lá ouvindo, até que ele desfez o abraço e eu fiquei triste.

-Vamos? – eu olhei para a fogueira... Que não existia mai.

Eu arqueei uma sobrancelha e falei:

-Claro.

Deixei novamente que o tempo passasse, para que eu não ficasse consciente do meu cansaço. Quando me dei conta, ele tinha parado e eu trompei com ele.

-Ui, desculpe. – eu disse.

Ele assentiu e sentou em uma raiz grande. Estranhei mas fiz o mesmo. Ele pegou uma barrinha de cereal de morango e me ofereceu. Eu recusei, pegando uma garrafa fechada de Gatorade de morango também. Ele pediu um pouco e eu peguei um pedaço da segunda barra de cereal dele. Comemos por quarenta minutos, até ele deitar desajeitado e falar:

-Estou cheio de morango, não posso andar assim.

Eu fiquei preocupada:

-Vamos demorar mais ainda...

-Só mais meia hora para a comida dar energia... – ele meio que implorou.

Eu sorri e assenti, sentei mais perto dele. Cinco minutos. Ele começou a cantar mais alto do que eu estava acostumada:

- I don't think you trust in my self-righteous suicide, I cry, when angels deserve to die. In my self-righteous suicide, I cry, when angels deserve to die.

Chop Suey do System Of Down. Eu levantei a sobrancelha e comecei:

- She puts her make up on, like graffiti on the walls of the heartland. She's got her little book of conspiracies right in her hand. She is paranoid like
endangered species headed into extinction. She is one of a kind. She's the last of the american girls.

Last of The American Girls do Green Day. E começou a batalha de melhor música. Ele cantou:

- I've become so numb. I can't feel you there. Become so tired, so much more aware. I'm becoming this, all I want to do. Is be more like me and be less like you.

Numb do Linkin Park.

Cantei Sweet Child O’mine do Guns ‘n’ Roses. Ele cantou uma parte de Eletric Feel, MGMT e eu cantei uma música que eu sabia que ele não conhecia: Bad Karma, Ida Maria, trilha sonora da Pânico 4.

-Que música é essa?

-Eu ganhei. Ida Maria, Bad Karma.

Ele pareceu ceder e eu levantei e gritei:

-Tenho o melhor gosto musical do mundo! – e mostrei a língua para Percy, que levantava e se preparava para voltar a andar.

Ele deu uma risada e puxou a minha mão para o norte.

Andamos e andamos. Só paramos quando começou a anoitecer. Fizemos o de sempre. Ele pegou folhas, eu os galhos, colocamos fogo nisso tudo... “Um dia normal.” Mas como paramos mais cedo – eu ainda não sei o porque – decidimos conversar um pouco, ou quase isso.

-Esta com sono? – Percy me perguntou.

Eu fiz que não com a cabeça, enquanto pegava um outro pacote de bolachas e dividia entre mim e ele. Percy pegou a parte dele e devolveu uma bolacha para mim.

-Não. Pode comer.

-Deixe de ser clichê, Perseu Jackson. – eu falei sério.

Ele arregalou os olhos e pegou de volta a bolacha. Comemos sem falar, o fogo estalando e levantando faíscas no céu. Eu acabei de comer e falei:

-Hoje o primeiro turno é seu.

-Eu sei. Mas ainda não vai dormir não é?

-Acho que não.

-Ah.

Silêncio.

-Gosta de rock não é? – ele me perguntou, me tirando de um transe que eu nem sabia que estava... Perdida pela segunda vez em seu rosto.

-Sim, mas escuto também algumas heavy metal e pop. Mas é mais rock mesmo. Hmm... Porque?

-É que eu também, sabe?

Essa não foi a melhor parte da conversa...

-Sim. – falei só para não deixar ele no famoso “vácuo”.

Ele estava sentado um pouco desconfortável, pelo que percebi, porque sempre que ele se mexia, a coluna estralava.

-Senta aqui. – eu falei sem pensar, apontando para o meu lado.

Percy levantou uma sobrancelha, mas veio, e... Se sentou no lugar errado. Eu tinha apontado para mais longe de mim. Ele se acomodou colocando a cabeça no meu ombro. Fiquei tensa. A respiração dele estava funda e fazia alguns fios do meu cabelo voarem. Quer saber?

Soltei as algemas da voz interior e deixei que ficasse no comando. Esperava mais disso... Eu só encostei a minha cabeça na dele, como geralmente se faz. Decepção. Ele saiu de repente e minha cabeça quase saiu rolando (eu dramática?).

-O que foi? – eu perguntei, quando ele se endireitou e olhou para a floresta.

-Nada, pensei ter ouvido alguma coisa.

Ele se deitou, segurou minha mão e me puxou, fazendo com que eu deitasse bem perto dele. Senti Percy soltar minha mão em cima do peito dele. Nós dois olhávamos para cima, para a copa das árvores.

-Annabeth, você gosta de mim?

Arregalei os olhos. Sim ou claro? Eu não me sentia preparada para responder. Ele esperou e quando percebeu que hoje não haveria muitas respostas, ele disse:

-Porque eu gosto. Hmm. – ele virou a cabeça e sentiu o cheiro do meu cabelo.

Engoli em seco. Frio na barriga. E mais um monte de sensações estranhas.

Eu me virei e ele me olhou nos olhos, mordendo o lábio. Porque deuses? Porque? Haveria momento melhor do que esse? Não. Nós dois nos segurávamos, muito. Era como repreender um instinto. Pelo menos para mim. Mas eu não queria aquilo... (Queria sim.) Não.

Ele voltou o olhar para o céu que não aparecia muito.

-Precisamos pegar algum atalho. – surpresa! Novo assunto.

-Até onde precisamos ir?

Ele pensou.

-Acho que saberemos quando chegar.

Nossa, mas que bela resposta.

-Claro. – ironia.

-Precisamos de ajuda...

-Mesmo que a gente não queira. – uníssono.

Rimos alto, e a risada ecoou friamente na floresta.

Suspirei e olhei para ele. Percy brincava com uma mecha do meu cabelo. Ignorei. Fui ficando com sono, e virei o corpo para Percy, não para olhá-lo, é porque eu só conseguia dormir virada para a esquerda, e, TACHARAM!, Percy estava na minha esquerda.

-Vai dormir agora, não é? – ele perguntou.

-Acho que... – bocejo - ... Sim.

Ele deu uma risadinha baixa e me deu um beijo na testa – meus pelos se arrepiaram – e ele suspirou, se sentou e começou o turno.

O sono se apoderou e eu dormi feito pedra, sem sonhos de novo. Estranho.

Acordei com o bipibipi do relógio de Percy no meu ouvido. Esfreguei os olhos e despertei.

-Boa sorte, e... – ele pensou – Você parece um anjo dorme.

Eu olhei incrédula para ele, mas ele já “dormia”, sorrindo.

Comecei a droga do meu turno e de novo, nada de especial ou estranho.

Esperei pelo terceiro bipi do relógio e acordei Percy.

-Hmm? Oi? Ok, já acordei.

Eu sorri e pisei na fogueira – que já não era mais uma fogueira, e sim uma fagulha solitária – e cutuquei Percy, que tinha fechado o olho de novo.

-Vamos Cabeça de Alga!

Ele despertou de verdade e falou:

-Hmm, claro.

Eu ri alto. Ele me olhou e eu segurei a risada – devo completar que a risada saiu insegura e estranha.

-Tudo bem com você? – ele perguntou, enquanto pegava a minha bolsa e procurava um pacote de... Bolachas? De onde tinha saído mais bolachas? Achei que só tinha dois ou três pacotes... Franzi o cenho. Ele comeu umas três de uma vez e me ofereceu. Eu hesitei, pegando só uma. Tirei a bolsa da mão dele e peguei a minha garrafa de Gatorade na metade e empurrei a bolacha com ele. Como já era de se esperar, sequei a garrafa em dois minutos. Percy se levantou e não falou o habitual “Vamos”. Segui-lo não era difícil, a não ser quando ele estava com sono. Erramos o caminho duas vezes, mas nada tão longe, voltávamos à direção certa pouco depois de errar. Blá, blá, blá. Sem muitas conversas. Desejei um Ipod. Deixei, como de costume, as horas escorregarem para não prestar muita atenção nelas.

-Ai. – Percy gemeu alto.

Percebi que ele havia tropeçado, digamos, no nada. Eu ri minha famosa risada nervosa e falei:

-O que aconteceu com você?

-Tropecei naquele... – ele olhou – Deveria ter um tronco ali... Ou eu sou desastrado o suficiente para tropeçar no ar.

-Acho que é por ai mesmo. – eu falei com um sorriso no rosto, ajudando-o a levantar.


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Notas finais do capítulo

ENTÃO!! Sem querer, quando fui postar o capítulo anterior, postei duas vezes. Ai eu percebi e fui deletar um, lógico, mas ai percebi que deletei o que tinha recebido reviews, e eu ainda não tinha visto que tinha. [...] Se vocês, que mandaram os seus lindos e sensuais reviews, pudessem mandar de novo com o que vocês lembram que escreveram, vou ficar muito feliz e postar mais rápido, mesmo que não seja parte do plano infalível que já faliu sobre acabar a fic TOTALMENTE antes de postar.
BEIJ* na bunda de vocês seus lindos da minha vida.