Uma Caçadora Em Mystic Falls escrita por Anoitecer


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Quanto mais eu escrevo, mas me dá vontade de escrever. *0*
Esse foi o maior capítulo que fiz, espero que gostem!



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No segundo seguinte, eu estava sozinha.

Olhei para os meus braços e vi que minha pulseira estava no lugar certo. Só tinha uma coisa que ele tinha esquecido de fazer: Me desamarrar.

Enquanto estava lá amarrada, tive bastante tempo para pensar. Tudo fazia sentido agora.

O jeito de Stefan, a sua aparência, sua repulsa pela Elena... Como eu não tinha percebido que ele era um vampiro? Como eu não tinha percebido que DAMON era um vampiro?

De uma coisa eu sabia. Uma guerra ia começar. Uma guerra da qual eu já estava dentro.

Eu estava completamente confusa. Ao mesmo tempo que eu queria matar Damon eu queria que não fosse Damon. Que fosse qualquer um, menos Damon.

Antes de tudo eu precisava conversar com Stefan. Já estava decidida de que ele não entraria na minha lista de vampiros mortos, afinal, ele era meu amigo e, algo dentro de mim dizia que ele não era um problema.

Passei horas ali, naquela cadeira dura, esperando que alguém viesse me buscar. Damon foi esperto, não queria que meus pais soubessem da história, o que seria inevitável se fossem eles os primeiros a me encontrarem ali. Ouvi a porta se abrindo.

–– Ei –– gritei –– quem está aí?

Uma mulher loira, muito bonita, veio em minha direção, não falou nada e me soltou. Eu tinha certeza que tinha sido Damon que a hipnotizou para fazer isso.

Corri em direção ao hotel onde estávamos, já maquinando em minha mente a melhor mentira que conseguisse. Quando cheguei, vi que meus pais não estavam. Coisa que já imaginava, considerando que eu estava sumida fazia horas.

Peguei o telefone o mais rápido que pude e liguei para o meu pai para avisar que estava bem. Evitei explicações pelo telefone e disse que esclareceria tudo assim que eles chegassem.

Meu pai chegou com sua cara de preocupado e disse:

–– O que fizeram com você minha filha?

Minha mentira estava bem elaborada.

–– Quando eu estava passando pela rodovia, pra ver se encontrava alguma coisa... um deles veio atrás de mim e... eu consegui me safar, ele morreu... eu achei o lugar onde eles estavam e libertei o John... ele me ajudou a pegar o outro... tudo está bem agora. –– Ufa! Afinal de contas, minha mentira não foi tão bem elaborada como eu imaginei.

Meus pais não pensaram em ligar para John, se ligassem eu teria de contar a verdade e tudo iria por água abaixo. Eu só pensava em voltar para casa o mais rápido possível, para resolver isso.

No outro dia eu estava em um avião, sozinha, pois meus pais quiseram ficar mais um pouco na cidade, indo para casa.

Fui até minha casa, para deixar as malas, peguei minha bicicleta e fui até a pensão de Stefan.

A Sra. Flowers me recebeu muito bem, e disse que ia chamar Stefan.

Por mais que Stefan parecesse inofensivo, eu não pude deixar de me guiar pelos instintos e levar uma estaca por precaução. Assim que ele me viu, sabia que algo tinha acontecido.

–– O que aconteceu? –– ele disse.

–– Damon... Onde está aquele desgraçado?

–– O que Damon fez?

–– Nada mais do que me sequestrar, me morder, matar cinco pessoas e transformar outra em vampiro, tudo isso para que eu te mandasse uma mensagem. –– Stefan ficou pasmo, outra coisa que eu não sou boa, enrolação.

–– Usar a compulsão em você? Damon está passando dos limites... –– Stefan odiava cada palavra que saia por sua boca , o ódio por seu irmão estava muito claro.

–– Stefan... Eu não estou hipnotizada, eu uso verbena. Fique calmo.

Eu tentava o acalmar, mas parece que não estava fazendo isso bem. Dei uma leve risada, ele não entendia uma palavra do que eu dizia, chegava a ser engraçado.

–– Pronto, vamos do início. Eu sei sobre vampiros desde sempre, sei que você é um vampiro e também sei que Damon é. Eu faltei o colégio esses dias por conta de um plano que Damon armou contra mim. Eu estava amarrada em uma cadeira quando ele me disse para eu lhe mandar uma mensagem. Aqui estou eu, para lhe dizer a mensagem e também para ter explicações.

Achei melhor não contar agora sobre o fato de ser uma caçadora, pois ele poderia me ver como uma ameaça. Stefan pareceu mais calmo. Eu estava achando aquela situação muito estranha, afinal, eu nunca tinha conversado amigavelmente com um vampiro.

–– Vamos entrar, lá dentro você me explica melhor o que está acontecendo.

Dentro do quarto de Stefan eu contei tudo, do início ao fim, sobre o plano de Damon, sobre o fato de eu ser uma caçadora, tudo.

–– Enfim, eu já contei tudo, agora é sua vez de me explicar o porque disso.

–– Meu irmão me odeia. Me odeia porque anos atrás tivemos uma namorada, ela era uma vampira. Usava seu poder para ter a nós dois, mas não aguentou nossas brigas por conta dos ciúmes e se matou. Encontramos suas cinzas atrás de uma árvore, com uma carta, explicando o porque de ter feito isso. Ele me culpa até hoje.

–– O que ele quis dizer com tempos de paz?

–– Anos atrás Damon estava em apuros, dois vampiros estavam atrás dele. Eu o ajudei a matá-los, e ele se sentiu na obrigação de me retribuir. Prometeu que não tocaria em mim, a não ser que eu fizesse algo estúpido.

–– O que foi que você fez?

–– Minha estupidez foi ter vindo a cidade e ter me apaixonado por Elena. É ela quem Damon quer. Para tê-la, terá de me matar.

–– Elena? O que Damon quer com ela? –– citar Elena deixava Stefan incomodado.

–– Elena tem a mesma aparência de Katherine, a namorada vampira. Damon a quer como sua rainha das sombras. Ela não pode saber sobre vampiros.

Por mais que eu achasse a situação mais estranha que o normal, tive de me controlar. Rainha das sombras? Mesma aparência? Como assim?

–– Eu cuidarei para que ela não saiba. Por favor Stefan, cuide do seu irmão, na primeira oportunidade que tiver irei matá-lo. Só estou escondendo essa situação dos meus pais para não lhe causar problemas.

Não houveram despedidas, fui para casa e liguei para Elena, que me atendeu com muita felicidade, já me chamando para dormir na casa dela para me contar tudo que havia acontecido.

Disse a ela que iria. Já era sexta-feira e eu estava sozinha em casa, não era problema algum.

Cheguei na casa de Elena e passamos a noite inteira conversando. Consegui disfarçar minhas preocupações, ela nem percebeu que estava estranha.

Ela não conseguia parar de falar em como o Stefan é fofo, carinhoso, lindo...

Perguntei se ela já havia convidado ele para sua casa, só para me certificar, e ela disse que não, que até agora só ela que tinha ido o visitar. Mal sabia ela que seu namorado desejava seu sangue, afinal ele é um vampiro.

Eu não via problema com ela namorar Stefan, além de seu irmão malvado, é claro. Ele estava fazendo bem a ela. Meu maior desejo era que ele se resolvesse com seu irmão, mas mesmo assim eu teria de matá-lo, ele toma sangue humano e Stefan me certificou que não tomava.

Prefiro não pensar nisso, não está dando em nada. Quando eu sair da casa de Elena eu falo com Stefan e tento resolver isso. Enquanto isso, vou ficar aqui, assistindo filmes de terror – com vampiros, os favoritos de Elena - e comendo muita pipoca com bastante leite condensado.

Passei o final de semana inteiro na casa de Elena, todos os dias eram novos lugares para ir, conheci com ela lugares que eu nem sabia que existiam. Mas com toda a certeza eu posso te dizer, que o meu favorito é o cemitério.

Não que haja algo de muito espetacular ali, é só que o silêncio e uma tumba em particular me agradam muito. Bonnie também estava comigo quando conheci o cemitério, aliás, foi ideia dela ir lá. Elena não gostava muito, dizia que tinha um sensação de estar sendo observada. Bonnie gostava exatamente por isso, apesar de ser a mais medrosa, gostava de pensar que os seus antepassados estavam cuidando dela.

Lá nós conversamos, comemos, sentamos em cima de lápides e imaginamos como poderia ter sido a vida da pessoa que estava enterrada onde sentávamos. Sempre a mesma coisa, indo todos os dias no cemitério com bastante comida e a mesma sensação ignorada de que alguém poderia estar nos vendo.

Depois que voltei para casa, voltei para minha rotina normal, mas mesmo assim planejando novas tardes no cemitério, exatamente como eu gostava.

Na segunda-feira, me arrumando para o colégio, me lembrei que era o primeiro dia da semana em que veria Meredith. Estava um pouco curiosa quanto a ela, pois eu ouvi tanto as meninas falarem dela, de como ela era calma em situações desesperáveis, de como ela extremamente legal, e outros mais elogios dos quais eu não consigo me lembrar.

Coloquei uma blusa branca, meio transparente, um casaco preto que cobria a blusa quase que por completo, uma calça jeans e a minha maquiagem de sempre, rímel e lápis preto. Tomei meu café da manhã e fui ao colégio.

Como eu tinha dormido muito tarde à noite, não escutei o despertador de manhã, e perdi as duas primeiras aulas de química, que teria Elena sentada ao meu lado, e o intervalo.

Eu nunca tinha visto meu parceiro na segunda aula, de inglês, cheguei a pensar que poderia ser Meredith, mas assim que cheguei me sentei e vi que ainda estava vazio. Consegui chegar assim que o professor começou a aula e o ouvi falando sobre um aluno novo que tinha entrado no colégio. Ninguém o tinha visto ainda, pois ele só chegou a cidade hoje e estava agora mesmo preenchendo seu formulário. Ninguém sabia seu nome e era assunto no colégio inteiro.

Dez minutos após, ouvi um barulho de porta de abrindo, olhei para o lado e vi que a sala inteira estava com os olhos vidrados na porta.

Fiz como todos, olhei para a porta e vi o aluno novo. Era uma imagem completamente diferente das outras vezes que o tinha visto, parecia que cada vez que botava os olhos nele sua beleza aumentava. Sua beleza era desejável, assustadora, de um tipo que nunca tinha visto antes. Não sei o que está acontecendo comigo. Afugentei esses pensamentos da minha cabeça e me foquei em apenas um sentimento. O ódio.

O ódio era tudo que me afastava disso, a vontade de matar era o que me fazia querer fuzilá-lo com o olhar. Eu estava me sentindo mal de tanta raiva. Em geral é isso que ele causa nas pessoas, ou o ódio ou a admiração.

Damon pareceu perceber. Se virou, olhou para mim, deu uma leve risada que fez com que todas as meninas da sala suspirassem, sentou ao meu lado, juntou sua cadeira e disse:

–– Olá, Ashley! Como vai seu grande plano para me matar?



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Notas finais do capítulo

Eu tô tão carente de reviews :( por favor, comentem, comentem, comentem. E se quiserem... eu ficaria muito feliz com umas recomendações sabe? rsrsrsrs
Beijoooos ;*