Um Ano Quase Tranquilo escrita por Tye


Capítulo 9
Testes, banda, e talentos descobertos!


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse cap. ficou maior, porque eu talvez não vá poder postar até sábado, meu pc vai ter que ser formatado so... Enfim, eu espero que gostem, fiz com carinho :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/185937/chapter/9

– Então? E a banda? – perguntou Malfoy pela milésima vez.

Os dois tinham ficado encarregados das coisas mais difíceis, uma delas escolher uma banda legal, que valesse a pena, que animasse os alunos, os ex-alunos, os professores e os grandes nomes da magia. Difícil? Não, imagina.

– Tem certeza que não quer As Esquisitonas?

– Não, Hermione. É uma banda ultrapassada. Sem contar que no baile de inverno, foi essa banda que tocou. Temos que inovar...

– Ahhhh Draco. Isso é complicado. Vejamos... bandas bruxas... boas... que agradem a todos... Que não fique extremamente caro... Não tenho a menor ideia!

– É... Realmente complicado. Todas essas bandas recentes vão cobrar uma nota... mesmo que seja pra Hogwarts... Sem contar que a maioria é estadunidense então...

– Tá. Você acha que os outros estão com mais sorte que nós?

– Bom, Hermione, tudo o que os monitores da Lufa-lufa devem fazer é planejar a decoração. Os da Corvinal farão as contas e orçamentos, lidarão com dinheiro. Pansy e Weasley, ficaram com a comida... e nós... bem, com todo o resto. Provavelmente estão com mais sorte do que nós. Principalmente o Weasley e a Pansy. Eles só vão ter que fazer uma lista do que querem e dar aos elfos... Que folga, não? Ah, e tem o Blásio e a Weasley. Mas ainda não entendi o que eles fazen, de fato.

– É... fomos bons demais para eles, ugh - Hermione riu.

De repente ela teve uma idéia, claro, uma ótima idéia! Por que não? Seus pensamentos estavam a mil.

– Eu... tive uma idéia, Draco.

– Então diga, caramba!

– Bem, não ria. E se... os alunos tocassem no baile?

Draco fez uma careta, como se imaginasse Crabbe e Goyle formando uma banda.

– Os alunos?

– Sim! - insistiu Hermione, sem se abalar. - Nós podemos fazer testes com as bandas, colocamos alguns cartazes e eles se inscrevem, selecionamos algumas bandas ou cantores, com certeza não fica caro. E eles podem ser bons! Aí contratamos As Esquisitonas, The Weird Sister, sei lá, pra abrirem o baile, e também agradar os mais tradicionais. Vai ficar completo!

Draco ficou em silêncio por um tempo. Hermione teve medo de que ele começasse a rir, ou que dissesse que ela era idiota. Mas não.

– É brilhante! Os alunos vão ficar animados, talvez possamos até descobrir alguns talentos! Hermione, você é a melhor! – Hermione corou, virando o rosto para a parede.

– Então, vamos falar com a Minerva?

– Claro!

A professora adorou a idéia, e logo vários cartazes estavam espalhados por toda Hogwarts, junto com fichas de inscrição. Os testes seriam no próximo sábado, durante todo o dia, e os oito monitores seriam jurados. A possibilidade de cantar em frente a todos, pagar mico, se expor, só fez os alunos ficarem mais animados para o baile. Que raça estranha esses adolescentes, não?

As fichas de inscrição espalhadas pela escola enchiam cada vez mais. Os outros monitores também adoraram a idéia, e Gina ficou completamente encantada. Os monitores mal podiam andar pelos corredores sem serem assediados. Os estudantes perguntavam seu estilo musical preferido, dicas de musicas, quais seriam os critérios avaliados.

Os mais descarados chegavam a pedir um lugar no palco. Meu Deus! Algo dizia que essa historia iria render! O resto da semana foi nesse ritmo, completamente agitada, e no sábado de manhã Hermione contou 210 bandas e cantores inscritos. Ela mal queria pensar em quanto trabalho teriam, mas pelo menos o assunto BANDA estaria em breve resolvido.

Ao entrar no salão principal para o café da manhã, Draco e Hermione atrairam olhares eletrizantes. Sussurros de “ouvi dizer que a Granger o Malfoy escolherão sozinhos duas bandas, e então os outros monitores escolherão mais uma” “está vendo aqueles dois? São eles que devemos impressionar!” “não estrague as coisas! Malfoy gosta de garotas bonitas, então você deverá se esconder enquanto eu canto!” “A Granger é bonitinha, certo? Mas acima disso é inteligente. A melhor. Não abra a boca e talvez ela não perceba sua burrice.” Hermione mal acreditava no que ouvia. Tinha vontade de gritar com todos, mas fingiu que não tinha visto, ou ouvido. Seguiu para a mesa –Malfoy para a dele- e sentou-se entre Harry e Ron.

– E então? Vai fazer o teste para a banda do baile, Harry? – dizia Ron com uma expressão engraçada.

– Ai Hermione, eu queria tanto participar do juri... – disse Gina cabisbaixa.

– Já conversamos Gina... você sabe... – a ruiva fez uma cara de desgosto e continuou a tomar seu café da manhã.

– Amor? - Rony chamou com uma voz estranha, encarando seu mingau de aveia.

– Sim, Ron?

– Como anda sua er... amizade com o Malfoy? Hãh, digo, seu trabalho, com o baile.

– Muito bem Ron, nós estamos arrumando tudo! E você está... se entendendo com a Pansy?

– Com a Pansy vaca? Ah sim, tudo certo, contanto que ela fique bem longe de mim. – disse Ron carrancudo.

– Mas você está, ao menos, animado? Com as bandas e tal?

– Bom, aposto que vai ser divertido hoje. Só estou com medo do que vou ver e escutar...

Hermione não queria admitir, mas estava também. Quer dizer, todas as 210 pessoas não seriam boas. Mas também não era

O café da manhã veio e foi como se em cinco minutos. Os testes começariam às nove em ponto e seriam realizados na sala de Transfiguração, depois de grande barganha com a professora Minerva.

Os oito monitores se moveram para lá vinte minutos antes, para colocar tudo em ordem. Logo, havia uma longa fila de alunos, com instrumentos, na porta da sala. A professora Minerva tinha retirado todas as carteiras, deixando apenas oito, lado a lado, no fundo da sala. Faltavam dois minutos para o inicio dos teste, e eles prezavam a pontualidade.

– E então? – começou Ana Abbott. – Acham que vai ser muito ruim? – os outros não responderam, já tinha dado a hora.

Hermione prendeu o ar dos pulmões, pela primeira vez se perguntando se aquilo não seria total perda de tempo.

– Os Muito Bruxos! – berrou Ron, que tinha a prancheta com os nomes dos candidatos.

– Os Muito Bruxos? Que droga de nome é esse? – perguntou Pansy claramente confusa.

– Vamos descobrir já... – disse Mione, um tantinho receosa.

Um grupo de cinco garotinhos do segundo ano, talvez do primeiro, entrou na sala. Todos os cinco estavam vestidos da mesma forma: cabelo lotado de gel para trás, óculos escuro, calça preta e terninho nas cores da Sonserina. Seriam fofos, se não fosse a expressão em seus rostos.

– Olá, monitores. – disse aquele que seria o ‘lider’ – Somos os Muito Bruxos e viemos mostrar o que são bruxos de verdade! Digo, música de verdade!

– Vamos tocar algo de nossa autoria. – disse outro garoto. – Não vai ter pra ninguém!

– ÉEÉÉE! – concordaram todos os outros.

Nenhum deles tinha instrumento musical. Mas quatro dos garotos começaram a emitir sons com a boca. Um deles era a guitarra, o outro o baixo, e assim por diante. Era ótimo! Até que o líder abriu a boca...

– UUUUUUUOOOEEEIIIEEEE! SOOOUMOS BRUXOS PRA VALEERRR! SOMOS BRUXOSS ! SOMOS BRUXOOOOS! – sua voz era horrivel, e sobrepunha a dos outros garotinhos – MUITO BRUXOS! MUITO BRUXOS! MUITO BRUXOOOOOO-OOO-OO-OS! AGORA QUE ESTAMOS AQUI, TODOS IRÃO VER QUE... SOOOOOOOOOOOOOOOMOS BRUXOS PRA VALER! PRA VALER! VALEEEEEIR!

O garoto continuou sua apresentação por cinco – longos, terríveis, quase intragáveis – minutos, até que ninguém aguentava mais.

– Ou, garoto? – chamou Pansy – GAROTO! Está ótimo! Cale a boca! – o menino olhou pra ela com olhos arregalados – Boa apresentação, se você passar, vai saber, agora pode ir.

Os garotos se viraram e saíram, sem saber bem o que pensar. Os monitores se entreolharam. Outra vez. Até que ninguém aguentou e os oito começaram a gargalhar.

– O... que... foi...aquilo? – disse Padma, morrendo de rir.

– Se todos forem assim, teremos que cancelar o baile! – disse Ernie Macmillan, e todos os outros voltaram a rir.

– Ok... Próximo – disse Ron ainda rindo. – Ah... As Bruxinhas Delicinhas!

Os garotos se animaram com o nome da banda, e mais ainda ao ver as tais bruxinhas. Já as garotas... Nem tanto. Até Pansy parecia santa ao lado delas. Eram três garotas: uma da Sonserina, e duas da Corvinal. Elas tinham os cabelos propositalmente bagunçados, top e mini –mini nada, micro – saias vermelhas. Botas de cano longo preto completavam.

– Garotas... O que querem? – perguntou Hermione meio incomodada.

– Viemos cantar, é claro! – disseram em uníssono.

– Amores, é pra cantar. Música. Se estão pensando que teremos stripers no baile voc...- O monitor da Corvinal interrompeu Parkinson, que fuzilava as garotas com o olhar. – Cantem! – disse ele.

As três garotas limparam a garganta, duas delas começaram o coro. A terceira começou a cantar. Sua voz não era, assim, ruim, era horrível. Não pelo fato de ser desafinada, mas pelo modo como cantava, sem contar o repertorio...

Amor, Amor, Amor, é o que queeeeeeerooouou

Quero que você queira de miiiiiim.

Amor, isso não é um mistério...

Não precisa ter fiiim,

Como gnomos em um jardiiiim!

– Já chega, Bruxinhas Podrezinhas. – disse Parkinson.

– Ah, é delicinhas. – disse "ingenuamente" a garota da Sonserina.

– Oh, que engano meu... - Pansy fingiu arrependimento, seu olhar carregado de cinismo. - Podem ir!

– Eu gostei delas, vamos aprovar? - disse Ron, com cara de idiota. Todas as garotas se colocaram a encará-lo e ele murmurou algo como “péssima idéia”.

– Não acredito que aquilo pertence à Corvinal. – disse Padma desgostosa.

– Por que? Gente inteligente não pode ser vadia? – Pansy falou de maneira quase ríspida, as sobrancelhas arqueadas.

– Ignorem. –disse Malfoy

Durante as próximas duas horas, por aquela porta só entraram completos fiascos. Tirando uma garota lufana, e uma banda de meninos e meninas da Grifinória, não houveram aprovados. Já era hora do almoço e os monitores estavam cansados. Mas havia sido divertido. Ron contava aos amigos o que tinham passado, enquanto se servia de batatas assadas.

–... e tinha uma garota da Grifinória, com a voz tão grossa, que quando ela cantava parecia estar arrotando! – e os amigos riram.

– Só espero que tenhamos maior sorte na parte da tarde... – murmurou Hermione, com a voz carregada.

De volta à sala de transfiguração, ainda restavam cento e dois candidatos para serem avaliados.

– Srta. Astoria Greengrass! – berrou Ron.

Quando a garota entrou Macmillan assobiou e cochichou para Malfoy:

– Cara, como que você esquece dessa garota?

Malfoy junto as sobrancelhas, como que pensativo.

– Ah sei lá, acho que...

– CA-LA-DOS. – rugiu Pansy.

– Boa tarde, hã, eu quero fazer o teste. – disse Astoria timidamente, evitando encarar Draco.

– Pode começar – disse o monitor da corvinal amigavelmente.

A voz de Astória era surpreendente. Era perfeita, doce, suave, mas ao mesmo tempo firme. Ela cantou uma balada bruxa, lenta, com um toque de ópera, que encantou a todos e certamente faria isso no baile. Ela não desafinou nem uma vez sequer, e atingiu notas que eles nem sabiam que existia. Ao final de sua – maravilhosa – apresentação os monitores sentiram-se obrigados a aplaudir.

– Uou. – disse Ana Abbott. – Isso foi ótimo! Os resultados saem amanhã.

– Parece que vamos ter sorte daqui para frente!

E tiveram. Graças a Deus! Depois de Astória, tiveram mais cinco aprovados. OS alunos entrando e saindo mais rapidamente, a fila encurtando. Finalmente, estavam chegando ao fim.

– Próximo é... O QUE? – Ron parecia não saber se ria, ou se chorava. Olhava para a prancheta com expressão angustiada.

– Algum problema? – perguntou Draco.

– Não... – Ron deu um risinho.

– Arrgh, me dá isso aqui. - disse Pansy, tomando a prancheta de suas mãos. Ela estreitou os olhos como se não estivesse lendo corretamente. E, então, começou a rir. Ela gargalhava histericamente, era cruel.

– Alguém me diz o que eu perdi? – perguntou Hermione irritada.

– Nada... - disse Ron – Próxima candidata! Luna Lovegood!

– Luna Love.. Oh Meu Deus, a Luna vai cantar?

Luna entrou na sala tranquilamente. Pansy ainda ria, mas a garota não pareceu se importar. Estava vestida normalmente, com o uniforme da escola. Ela não parecia nervosa ou nada do tipo. Também não disse nada, como os outros fizeram, não se apresentou. Apenas cantou. Quando começou a cantar todos prenderam a respiração. Sua voz era... melhor que a de Astoria. Pansy calou-se imediatamente e Ron fez cara de confusão. Hermione teve a sensação de que estava assistindo a outra pessoa. Era a coisa mais linda... Dava vontade de ouvir pra sempre. Mesmo sem instrumentos musicais, acompanhamento ou coisa do tipo, a música era maravilhosa. Passaram-se vários minutos até que Luna parou de cantar. Ela se pôs a encarar os jurados, que durante alguns segundos estavam estupefatos demais para falar.

– Lu! – disse Hermione finalmente. – Isso foi lindo! Os resultados saem amanhã.

– O que... foi isso? – disseram os outros quando Luna saiu.

– Só pode ser brincadeira. – falou Ron descrente.

– Enfim, vamos continuar. – disse Hermione enquanto Parkinson murmurava algo do tipo “um dia eu descubro que feitiço a Di-lua usou.”

– Nossos últimos candidatos: The Black Wizard Boys.

– Faz sentido esse nome? – perguntou Malfoy.

Não tiveram tempo de responder, pois cinco grifinórios entraram na sala carregando seus instrumentos. Eles estavam vestidos de forma hilária. Com chapéus e tinta no rosto. O vocalista – também guitarrista – é, que surpresa, Dino Thomas. O baixista Simas Finnigan. Haviam mais dois caras com eles. E o baterista que era...

– NEVILLE? – perguntaram todos assustados.

– Oi gente... Eu estou na banda!

– Hã... legal. Achava que a loira doida era o mais estranho de hoje, mas estava errada – disse Pansy.

Os garotos se posicionaram, e deram inicio a Do the Hippogriff – Weird Sisters. Quem diria, estava ótimo! Dino cantava super bem e todos os outros eram muito talentosos. A música era contagiante, e quando deram por si estavam todos cantando e dançando feito doidos.

Can you dance like a Hippogriff?
Ma, ma ,ma ,ma, ma,ma,ma
Flyin' off from a cliff
Ma, ma, ma, ma, ma, ma, ma
Swooping down to the ground
Ma, ma, ma, ma, ma, ma, ma

No final do dia, os aprovados eram dez, e Hermione estava super feliz. Foi se deitar completamente exausta, mas satisfeita, por ter descoberto tanto a respeito de pessoas que mal podiam ter previsto. Agradeceu mentalmente a si mesma, por ter acreditado em sua ideia, e adormeceu, feliz por ter concluído, ao menos, uma etapa do baile.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sinto muito se o final não tá muito bom, ou sei lá sashaushuashu
reviews? Por favor gente, pra me animar o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Ano Quase Tranquilo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.