Before You Arried escrita por JuuhM


Capítulo 4
4. Arrependimento


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem :3



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Nunca obedeci ninguém antes, Seth parecia feliz por estar sendo o primeiro. Eu era o alfa aqui, não poderia receber ordens. Apenas eles recebiam ordens de mim.

"Você está ficando arrependido, Jake. Volta logo para Forks, esquece de tudo aí." Seth dizia e eu apenas ouvia calado. "Sabe que não pode derrubar árvores e matar pobres animais sempre que ficar com raiva." Nesse momento discordei.

"Tecnicamente eu posso. Sou o alfa, sou dono de mim, sei as consequências dos meus atos." Argumentei.

"Não, você não sabe. Se tivesse algum juízo, ficaria aqui, com sua alcateia e ao lado de Bella." Bella. Mais uma vez ela.

Não queria dar o braço a torcer, mas ele tinha razão. Minha cabeça quente me fazia cego, não me permitia enxergar a razão. Droga. Por que ela tem que me fazer tanta falta assim?

Estava me arrependendo até do que fiz com Nanda. Ela merecia muito mais que isso, sempre mereceu. Levantei-me falando para mim mesmo que iria voltar. Acabar com qualquer ligação com Bella, nem que eu precisasse me matar para isso. Infelizmente, Seth ouviu.

"Isso mesmo, Jake! Tirando a parte de se matar, é muito exagero." Se eu estivesse na minha forma humana, estaria revirando os olhos agora.

Corri de volta para casa, me transformei novamente em humano, vesti o que sobrou de minhas roupas e fui até o quarto de Nanda.
Estava decidido a contar toda a verdade sobre mim, não iria esconder mais nada. Também iria pedi-la em namoro, não era exatamente o que eu queria, mas sei que será melhor assim.

Fui até seu quarto, fiquei a observando por uns dois minutos. Entrei em seu quarto e a encontrei deitada, vestindo uma camisola curta cor de rosa, mas não parecia dormir. Deitei-me ao seu lado na cama e passei meu braço ao redor da sua cintura.

“– Vim aqui a essa hora da noite para te perguntar algo muito importante.” Sussurrei em seu ouvido e depositei alguns beijos em seu pescoço.

Ela não respondeu, permaneceu calada, estremecendo com cada beijo que eu dava. A olhei me perguntando se deveria continuar falando, e pensei em qual seria sua reação ao meu pedido.

Corri de volta para casa, me transformei novamente em humano, vesti o que sobrou de minhas roupas e fui até o quarto de Nanda.
Estava decidido a contar toda a verdade sobre mim, não iria esconder mais nada. Também iria pedi-la em namoro, não era exatamente o que eu queria, mas sei que será melhor assim.

Fui até seu quarto, fiquei a observando por uns dois minutos. Entrei em seu quarto e a encontrei deitada, vestindo uma camisola curta cor de rosa, mas não parecia dormir. Deitei-me ao seu lado na cama e passei meu braço ao redor da sua cintura.

“– Vim aqui a essa hora da noite para te perguntar algo muito importante.” Sussurrei em seu ouvido e depositei alguns beijos em seu pescoço.

Ela não respondeu, permaneceu calada, estremecendo com cada beijo que eu dava. A olhei me perguntando se deveria continuar falando, e pensei em qual seria sua reação ao meu pedido.

“– Olha para mim” Pedi e ela não se mexeu, a virei de frente para mim cuidadosamente “Fernanda, quer namorar comigo?”

Disse pausadamente e seus olhos brilharam, um pequeno sorriso apareceu em seu rosto, ela me abraçou e não me soltou. Esperei sua resposta, mas estava ficando meio impaciente com a demora.

“– Jake, meu Deus, que pergunta” Sorriu boba “É claro que sim, quis isso desde o início.”

Sorri e a beijei. Ela se deitou com a cabeça em meu peito, fiquei acariciando seus cabelos e velando seu sono até o meu chegar. Meus sonhos não foram povoados por ela como eu esperava, e sim por Bella, mas ignorei esse fato diante da minha “felicidade”.

No dia seguinte acordei um pouco mais cedo que o habitual e depois de tanto observar minha namorada dormir, resolvi acordá-la com alguns beijinhos. Não demorou muito para que ela levantasse e eu lhe contasse sobre meus planos de voltar para Forks.

Quando disse que ela iria comigo a qualquer custo, Nanda só faltou gritar de felicidade, por que pulinhos ela já estava dando. A puxei para meu colo e a beijei, por muito tempo, digamos. Passamos o dia no quarto, ela fazia inúmeros planos sobre quando chegarmos lá e eu só ria. Pediu que eu lhe apresentasse Billy, fiquei meio sem graça com isso.

“– Mas Nanda, eu” Tentei argumentar, mas ela me interrompeu.

“– Jake, por favor. É normal que um namorado apresente sua namorada a família, e vice-versa.” Insistiu.

Suspirei derrotado e decidi que a apresentaria, mesmo a contragosto. Descemos para comer alguma coisa e seguimos para um passeio em algum lugar, estava mais afim da companhia dela.

Ficamos conversando durante horas no parque, e nem percebemos que o tempo havia passado. Nanda me perguntava sobre minha família, os quileutes e Bella. Insistia para eu lhe contasse tudo que ouve entre a gente e no fim acabou dizendo: “Tipo como na letra dessa música brasileira”, então começou a cantar.

Ainda me lembro
Daquele beijo
O teu abraço apertado
o teu corpo junto ao meu (...)


Sua voz era linda, assim como tudo nada. Ela era afinada mesmo sem nenhum instrumento a acompanhando. A música combinava perfeitamente comigo e com Bella, melhor dizendo, com a situação. Depois a beijei, para mostrar que agora é ela quem eu amo. É, mas eu não amava, pelo menos não do modo como ela esperava.

Quando voltamos para casa, a primeira pergunta que Nanda me fez foi quando iríamos para Forks. Disse-lhe que eu só precisava acertar algumas coisas aqui no Canadá, que demoraria algumas semanas ou até alguns meses, precisava ficar numa situação estável em relação a dinheiro para poder voltar definitivamente.

“– Meses? É muito tempo, Jake.” Reclamou manhosa.

“– Eu sei minha linda, mas não tenho tanto dinheiro assim e estou sobrevivendo aqui as custas de John. Não conseguiria pedir mais dinheiro a ele.” Respondi a abraçando pela cintura e beijando seu pescoço.

“– Tudo bem, eu pago a viagem, depois voltamos para cá e você se estabiliza em relação ao dinheiro. Então, um tempo depois voltamos definitivamente para Forks, o que acha?” A olhei boquiaberto.

“– Não, você não pagaria a viagem. Ia ser muito descaramento de minha parte deixar isso acontecer.”

“– Desde quando você se preocupa com isso? Vou pagar tudo, e fim de conversa. - Suspirei derrotado e assenti, ela sorriu vitoriosa.

Ligou para companhia aérea, agendou a viagem para dia 06 de Dezembro. Tudo estava pago, fiz questão que fôssemos de econômica, uma mais cara e luxuosa não iria me deixar confortável.

Sei que ela é mais rica que eu, e só isso me faz sentir numa classe dez mil vezes mais baixa que a dela, então, algo de luxo faria com que eu sentisse que ela era ainda mais superior a mim.

Dias Depois.

Tudo passou bastante rápido, hoje iríamos voltar para Forks. Estava com medo do que ia encontrar por lá, como iria falar que estou namorando e...

E receber a notícia de que Bella havia morrido ou que ela ainda estava viva, por um milagre. John fez questão de nos levar pro aeroporto, aceitei mesmo a contragosto.

“– Ansiosa, linda?” Perguntei para Nanda.

“– Claro, você não está?”

“– Um pouco.” Sorri sem graça.

Nos despedimos de todos ao chegar ao aeroporto, a única que não estava conosco era Mariana, Mary estava trabalhando de enfermeira numa escola de Forks, nós iríamos morar com ela.

Não me senti confortável com a ideia, mas como ela era irmã de Fernanda, aceitei o convite. Quando chegamos ao aeroporto, não demorou para que fizessem a chamada do nosso voo.

O voo foi mais tranquilo do que eu esperava, tirando o fato que eu estava bastante nervoso. Nanda dormiu e eu fiquei velando seu sono. Enquanto eu a observava dormir, meus pensamentos voaram para longe. Mudei de ideia sobre voltar ao Canadá depois de passar esse breve período em Forks.

Agora estava decidido a ir ao Brasil, mais especificamente para o Rio de Janeiro, onde Nanda morou por toda sua infância. Iria conhecer sua família, me estabilizar financeiramente e crescer na vida lá. Depois de rever todos de Forks, inclusive os Cullen, - Eu passaria lá para saber de Bella – seria bom “fugir” dos Estados Unidos.

A aeromoça anunciou que o avião estava pousando, acordei minha namorada - Quase noiva, para ser mais sincero - e esperei. Descemos do avião, pegamos um táxi e fomos para o apartamento de Mary. Ela nos recebeu com um enorme sorriso no rosto, arrumamos tudo no nosso quarto e dirigi até a casa de Billy.

Nossa como seria bom rever o velho depois desses 'meses'. Sentia saudades, apesar de não deixar transparecer isso. Não sou daqueles que expressa seus sentimentos assim, o fato de eu ser cabeça dura e ter pavio curto ajudava a manter a postura do cara que não mudava as emoções e que nem tem sentimentos.

Não deixei Nanda me esperando no carro para poder comunicar tudo, entrei em casa de mãos dadas com ela, chamando por Billy que logo apareceu sem acreditar que estava me vendo. Eu ri e dei alguns passos a frente, deixando Nanda sem graça sorrindo de leve.

“– Não vai querer dar um abraço no seu filho aqui?” Perguntei.

“– Mas é claro, Jake, por onde andou? Não imagina o quanto sentimos sua falta, inclusive Charlie.” O abracei.

“– Bom saber que não me esqueceram. Ahn, pai essa é a Fernanda, minha” Hesitei “Namorada.”

Ele me olhou surpreso e cumprimentou Nanda. Contei tudo que aconteceu, como a conheci e outras coisas sem muitos detalhes é claro. Depois de uma hora, decidi ver Charlie. Ele deveria ter morrido de preocupação, como na vez que sumi por causa do casamento dela. Sorria sem parar até chegar a casa dele.

Apesar do sorriso no rosto, eu estava extremamente nervoso. Mil coisas se passavam na minha cabeça, ficava imaginando o que Charlie iria pensar. Posicionei-me atrás de Nanda e abracei sua cintura, isso me deixava um pouco mais tranquilo. Ela tinha uma expressão preocupada e mordia os lábios, talvez pensasse que Charlie não iria gostar dela. Apertei a campainha.

“– Ja-Jacob?” Fora Bella quem atendera a porta. Ela olhava boquiaberta e confusa para mim e Nanda, manteve o olhar durante muito tempo também nos meus braços que enlaçavam a cintura de Nanda.

“– Oi Bella. Podemos entrar?” Perguntei ignorando o nó na minha garganta, ela assentiu e eu puxei Nanda pela mão. “Onde está o Charlie?”

“– No banho. Mal posso acreditar que esteja aqui, meu Deus Jake, não sabe o quanto senti sua falta.” Ela disse me dando um abraço apertado.

“– É bom saber que não fui esquecido. E saber que ainda está... Viva.” Ela enrijeceu.

“– E quem é essa aí?” Perguntou sorrindo um pouco.

“– Ela é a Fernanda, minha namorada.”

A boca de Bella se abriu num enorme “o”. Estava ficando cada vez mais surpresa. Primeiro eu apareço do nada e a encontro, segundo eu estava namorando com uma garota que ela nunca viu na vida. Se ela conhecesse Nanda talvez fosse mais fácil dela entender. Conversamos bastante, apresentei Nanda a Charlie e os dois ficaram conversando.

“– É ótimo saber que desistiu de ter aquele monstro.” Sussurrei para Bella.

“– Eu não desisti Jake, eu tive o bebê.”

“– Como não?” Perguntei alterando o tom da voz.

“– Eu e Edward desejávamos mais que tudo ter aquela filha. É uma menina linda, se chama Renesmee. Vai adorá-la Jake.” Ela falou sorrindo.

“– Mamãe?” Uma garotinha chamou por ela aparecendo na escada.

Naquele momento fiquei sem chão. Hipnotizado pela garotinha a minha frente. Renesmee. Tão linda. Tão parecida com Bella. Tão minha.

Me levantei do sofá e sai porta a fora, pude ouvir Nanda gritando por meu nome e ignorei-a completamente. Me transformei e corri pela floresta. Em menos de uma hora, Seth já estava me dando sermões e tentando colocar em minha cabeça que eu tinha tido um imprinting com a 'filha' da minha melhor amiga.

Aquilo não iria entrar em minha cabeça de jeito nenhum! Eu não poderia amar aquela pequena garota, esperar ela crescer e sentir algo tão especial quanto eu sinto por ela. Isso não poderia acontecer, eu não deixaria isso acontecer, não me permitiria ter um imprinting por ela.

Por que isso tudo teve de acontecer justo comigo? Por que não poderia ser com qualquer outro lobo por aí, que estivesse realmente louco para ter um imprinting? São tantas perguntas das quais sei a resposta. O destino fez questão de brincar comigo.
Quando já estava um pouco mais calmo, voltei. Com certeza Charlie deveria ter deixado Nanda no hotel, então fui até lá. Entrei no prédio, subi para o apartamento e quando abri a porta parecia não ter ninguém. Joguei-me na cama com as mãos na cabeça, por que eu só fazia burradas?

“– Pode me explicar por que saiu correndo daquele jeito?” Nanda perguntou me olhando, com as mãos na cintura. Suspirei de alívio por ela ainda estar ali.

“– É complicado.”

“– Jake” Insistiu. Às vezes ela parecia minha mãe, bom, deve parecer com uma. Não tive muito tempo ao lado da minha.

“– Nanda, agora não. Eu só quero ir para o Brasil, passar um tempo longe dos E.U.A. Não estou com cabeça para explicar tudo, muito menos pra continuar aqui, em Forks.”

“– O que? M-mas Jake, esse não foi o combinado, eu... Ai meu Deus, por que não me avisou antes?” Ela andava de um lado pro outro, nervosa.



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Notas finais do capítulo

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