Theres A Girl escrita por melody


Capítulo 21
A chuva que inunda meu coração


Notas iniciais do capítulo

Yo minna!
Não vou nem pedir desculpas pela demora, porque sei que não mereço, então vamos ao capítulo mais sofrido que já escrevi rs



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Vai demorar uns dias pra voltar a sorrir

Vai esquecer de tudo aos poucos aprender,

A sentir falta, a deixar de lado o que sente

Érico Junqueira – Seria eu se não fosse Você

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*NO ÚLTIMO CAPÍTULO*

Sasuke:

Eu nunca soube o verdadeiro significado do sentimento amor, para mim sempre foi uma simples palavra e só, mas depois que a minha cerejeira voltou, eu descobri o que é amor, o que é amar, de fato, uma pessoa.”

Sakura:

“Bem, semana que vem eu tenho uma consulta médica para ver o porquê disto estar acontecendo comigo, mas eu sei que não é nada, só vou mesmo por insistência da minha mãe.”

Sasuke narrando ON

Hoje é o dia em que a Sakura vai ao médico com a sua mãe. Não consegui falar com ela sobre isto ainda, a verdade é que toda vez que toco nesse assunto ela muda o rumo da conversa e me faz sentir péssimo, mas eu realmente estou preocupado. Claro que não poderia vê-la mais feliz do que ela está nos últimos dias, parece que a morte de seu avô ficou em um passado distante e que todos os seus problemas foram esquecidos, mas seus olhos apesar de mais verdes e brilhantes do que nunca parecem mortos... Não sei como explicar...

Depois de tanta insistência por parte da minha família, eu finalmente comprei nosso par de alianças, com a medida perfeita do meu dedo mindinho para escolher a dela. Algum tempo atrás eu diria que alianças basicamente funcionam como “algemas de dedo”, mas não é bem assim quando se trata da pessoa de quem gostamos de verdade, funciona mais como um Akai Ito visível aos olhos humanos, mas na cor prata. Por isto faço questão de entregar este presente o mais rápido possível a minha Sakura.


Sakura narrando ON

– Está pronta filha?

– Ainda não mãe, só mais um pouquinho!

– Anda logo Sakura ou vai se atrasar.

Hoje, no fim das contas é o dia de visitar o médico, mas não posso me esquecer do evento mais importante, hoje faz exatamente três meses do meu primeiro beijo com Sasuke, obviamente não estou contando aquele de quando tínhamos seis anos, afinal nós éramos inocentes demais para saber o que estávamos fazendo, mas posso dizer que aquele beijo selou nossos destinos, para nos amarmos para sempre, independentemente do tempo que passasse, e da tempestade que viesse. Era o que eu pensava até esta manhã.

***

– Eu não disse, doutor Kabuto? Eu não tenho absolutamente nada, como pode perceber – disse confiante com um sorriso enorme no rosto para o médico logo depois de ele me examinar e não dizer nada.

– Hum, eu não diria isto ainda, Haruno, vamos fazer mais uns exames apenas para garantir, se é que me entende – disse o médico de longos cabelos brancos presos em um rabo de cavalo e óculos redondos apoiados na ponta do nariz me dando uma piscadela. – Aqui Sra. Haruno, entregue este papel na recepção, e quando sua filha for encaminhada para os exames, volte a minha sala para que possamos conversar um pouco mais.

– Certo – respondeu minha mãe preocupada demais para o meu gosto. Caminhamos em silêncio até a recepção, no papel que minha mãe carregava nas mãos pude ler o primeiro exame que eu faria: Hemograma. Se não me falha a memória é um exame que analisa as nossas células sanguíneas, não entendi muito bem do que se tratava, mas ainda assim segui para a recepção em silêncio e logo depois para o laboratório, onde meu sangue foi coletado.


***


– Sakura, infelizmente as notícias que tenho não são nada boas. – disse o Dr. Kabuto analisando o resultado dos exames em suas mãos, um calafrio percorreu minha espinha, eu podia sentir toda a tensão sobrecarregando o ambiente, vindo tanto do médico quanto de minha mãe, o que denunciava que a conversa que tiveram antes não tivera sido nenhum pouco agradável. O silêncio perdurou por mais um tempo enquanto o doutor terminava sua análise minuciosa nos papéis – Receio que deva me visitar mais vezes.

– Co-como assim, doutor? – perguntei nervosa com o rumo que a conversa tomava, e pelo canto do olho pude ver uma lágrima escorrer silenciosa pelo rosto de minha mãe.

– Sakura, você já tem 17 anos, deve ser madura o suficiente para entender a gravidade da situação. Não se trata de algo simples como uma gripe, é algo que vai mudar sua vida radicalmente... mas infelizmente não posso dizer que seja para melhor. – à medida que Kabuto falava eu ficava ainda mais confusa com tudo aquilo. Algo que vai mudar minha vida radicalmente... o que poderia ser? Olhei para o médico confusa, tentando incentivá-lo a falar, e então ele soltou as palavras, – Sakura, você está com leucemia. – estas palavras me atingiram como um tiro de bala perdida, inexplicável, repentinamente. Como se um balde de água fria fosse jogado sobre minha cabeça na noite mais fria e escura, no local mais vazio e fechado possível, cheirando a sangue podre e queimado. As piores sensações percorreram meu corpo, eu queria correr, fugir daquele lugar, mas ele mais parecia um labirinto e, o cheiro impregnado em minha pele. Levantei da cadeira em que estava sentada e me dirigi à janela, olhando o trânsito quase parado lá embaixo.

– Isto..isto é verdade, doutor? – disse relutante a aceitar o fato, senti um tremor percorrer meu corpo acompanhado de mais um calafrio.

– Sim, isto é verdade Sakura.

– De que tipo é a minha doença, doutor?

– Leucemia mieloide crônica.

– Em que...em que estágio ela se encontra? – não pude evitar que lágrimas escorressem pelo meu rosto. Eu não sabia o que eu sentia exatamente, mas se tivesse que escolher apenas uma palavra para descrever, seria medo, sim, eu estava com medo. Medo do que poderia acontecer, medo do que o médico poderia me responder.

– Nós ainda precisamos de mais uma bateria de exames para responder com precisão, mas no caso da sua doença, normalmente a medicação é o suficiente para erradicar a doença, mas...

– Mas...?

– Em alguns casos, alguns pacientes não respondem a medicação, então o tratamento indicado é a quimioterapia, que pode erradicar a doença, se não... se não somente o transplante de medula óssea poderá fazer isto. Bem, mas como já disse, ainda faltam alguns exames que terão maior precisão.

***


Não sei descrever exatamente qual é a sensação que se sente ao receber uma notícia como esta, tudo o que eu queria era ficar sozinha. Mas ao mesmo tempo eu queria um ombro para chorar, para desabafar sem precisar dizer nada, apenas com o meu choro baixinho abafado pela manga da blusa de alguém, sentir o calor de braços me envolvendo com carinho, como quem diz “eu estou aqui, vai ficar tudo bem”. Mas não sabia quem poderia me ajudar, eu não queria magoar ninguém, nenhuma pessoa importante para mim, não queria ter de ver a preocupação nos olhos das pessoas por minha causa.

Estava andando até em casa agora, depois de tanto insistir consegui fazer com que minha mãe voltasse de carro e me deixasse sozinha por um tempo. Eu não sabia que horas eram, mas as ruas estavam meio vazias, assim como eu me sentia agora, começava a escurecer e um vento frio começava a soprar, percebi que eu não estava em um lugar que conhecesse, ou seja, estava perdida. Mesmo morando em Konoha há alguns meses eu não costumava sair sozinha pela cidade e, mesmo sendo uma cidade pequena, não era suficientemente pequena para que eu não me perdesse. Tentei buscar por um ponto de referência, algum lugar que eu conhecesse, mas, nada. Tudo parecia novo para mim, desconhecido. Continuei andando sem rumo pelas ruas, e não sei como, mas me encontrei, consegui me localizar. Não sei como vim parar aqui, só pode ser coisa do destino, o meu único lugar secreto em Konoha, meu refúgio para os dias tempestuosos, onde eu posso reviver as melhores lembranças de uma temporada de férias. Sentei-me em um balanço do parque observando a lua, que tomava conta do céu, sem dar lugar as estrelas.

Eu sentia meu coração tão apertado que ele nem sequer conseguia extravasar todas aquelas emoções que eu sentia, ele não conseguia gritar, não conseguia desabrochar, e isto fazia com que doesse, doesse tanto que eu não conseguia nem sequer pensar. Eu me sentia tão vazia que nem as lágrimas costumeiras em meu rosto nessas situações escorriam mais, eu estava seca por dentro. Uma chuva intensa começou a cair, era como se o céu derramasse as lágrimas que estavam presas dentro do meu peito, como se Deus soubesse que eu precisava de seu apoio naquele momento, e eu senti como se aquele ombro de que eu precisava estivesse ali, me consolando, como se alguém estivesse me observando com ternura...

– Sakura, você sabe o quanto estamos preocupados você? – ouvi então aquela voz tão familiar.


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Notas finais do capítulo

Galera, peço desculpas se algo estiver errado a respeito das informações médicas, se alguém que acompanha a estória souber um pouco mais sobre o assunto e estiver disposto a me mandar uma MP para me ajudar com essa parte, eu agradeço.
Espero não demorar mais tanto tempo a postar, MESMO. E espero do fundo do meu coração, ter voltado com chave de ouro, e que tenham amado esse capítulo. Sei que não mereço por conta da demora, mas reviews são muito bem vindos, se tiverem sugestões então, mais ainda, enfim, até o próximo cap., e que ele seja ótimo e não demore,
Beijos (:
Galera, postei o capítulo ontem e fiquei extremamente triste quando fui ver meu número de leitores, que ao invés de subir nesse tempo em que estive fora, DIMINUI, 18 leitoras abandonaram a fic, creio que se deixaram de acompanhar é porque nunca se apaixonaram pela estória de verdade, espero que novas leitoras venham, e que essas sim, permaneçam, e tenham a paciência de esperar por um novo capítulo, fresquinho, mesmo que ele demore. Obrigada.