Theres A Girl escrita por melody


Capítulo 19
Sangue


Notas iniciais do capítulo

Ok, sei que demorei a postar, mas é que eu perdi TOTALMENTE minha inspiração, acho que ela ainda nem voltou de fato, mas pelo menos consegui escrever um cap., não está dos melhores, mas quero que prestem bem atenção na parte final dele, ela vai ser relembrada alguns caps. depois, então gravem-a qqqq
Enfim, boa leitura ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/185430/chapter/19

I just need to slow down for a while


Eu só preciso de um tempo para me acalmar


I’m missing your voice,


Sinto falta da sua voz,


Smile and the way you used to say


Sorriso e da maneira que você costumava dizer


“Stay with me until the daylight breaks


“Fique comigo até o dia acabar


No matter what it takes just say you’ll stay, just say you’ll stay”


Não importa o que aconteça só diga que ficará, só diga que ficará”

Chase Coy – Never Change


*****************************************************************************


Sakura narrando ON


Uma última lágrima escorreu por minha face aquecendo-a, assim como a mão misteriosa que apareceu em meu ombro, e o guarda-chuva sobre minha cabeça.

Segurei a mão em meu ombro esquerdo com a mão direita, ela estava quente apesar da chuva. Virei-me lentamente para ver quem era. Me surpreendi ao ver que era Sasuke, num impulso me joguei em seus braços me pendurando em seu pescoço. Com uma mão ele segurava minha cabeça contra seu ombro, a outra permanecia segurando o guarda-chuva, impedindo que fossemos molhados. Comecei a chorar novamente, era um alívio ter Sasuke por perto, eu sentia que podia ser eu mesma, soltar tudo aquilo que estava preso dentro de mim, pela primeira vez meu choro pareceu de fato me libertar daquele peso que sentia em minhas costas. Ele beijou o topo de minha cabeça com carinho, e permanecemos por tempo indeterminado ali, abraçados no meio do cemitério, e pouco me importava quem mais estava ali, o que importava era que Sasuke estava comigo.



Sasuke narrando ON


Eu já estava entediado, não tive notícias da Sakura a manhã toda. Estava deitado em minha cama “assistindo” TV, mudando de canal freneticamente com o controle remoto na mão, até que um deles me chamou a atenção, na parte inferior da tela a manchete dizia: “Morre Hyato Haruno, dono da rede de Construtoras Haruno”. Não pensei duas vezes, troquei de roupa, substituindo os moletons por uma roupa social. Dispensei o motorista que insistiu em ficar com o carro, por fim deixei-o falando sozinho. Sakura, como você está? Era só o que eu me perguntava naquele momento.


***

Chegando ao cemitério percebi a massa de pessoas que se encontravam aglomeradas no local. Me enfiei no meio delas empurrando as pessoas afim de encontrar cabelos róseos, encontrei-os após um tempo. Sakura estava de costas e olhava para o túmulo aberto a sua frente, vestia um vestido rosa da mesma cor de seus cabelos. Eu continuava empurrando pessoas para alcançá-la, começou a chover e agradeci internamente por ter pegado guarda-chuva, armei-o me dirigindo até a rosada.

Fiquei parado atrás dela, coloquei minha mão direita sobre seu ombro esquerdo, primeiro ela pareceu sobressaltada, depois foi a minha vez. Ela se lançou sobre mim agarrando meu pescoço, senti seu choro abafado em meu ombro, instantaneamente coloquei minha mão direita em seus cabelos, beijei o topo de sua cabeça sem dizer sequer uma palavra sentindo o cheiro de cereja que ela tinha. Permanecemos assim por tempo indeterminado, sem dizer sequer uma palavra, apenas aproveitando o calor um do outro.



Sakura narrando ON


Depois de um tempo, eu e Sasuke nos separamos. Meu pai queria me levar embora, mas Sasuke insistiu para que eu fosse para sua casa, e não sei como, mas ele conseguiu convencer meu pai. Por fim, agora estávamos dentro de um carro preto confortável de marca desconhecida. Ainda não havíamos nos falado direito, a única coisa que ele me disse na realidade era que sentia muito e me desejou os pêsames, eu agradeci, mas só, não trocamos mais nenhuma palavra.

– Você parece cansada – disse Sasuke colocando o olhar sobre mim, só então percebi que o carro havia parado e estávamos em sua casa.

– Um pouco – respondi enquanto desafivelava o cinto de segurança, logo ele abriu minha porta e então eu desci do carro – obrigada – agradeci pelo gesto.

– Por nada – ele passou a mão por minha cintura me guiando para dentro de sua casa – sabe, eu acho que alguém precisa se enfiar embaixo de um cobertor, assistir um filme e tomar uma sopa deliciosa que eu sei fazer, o que você acha, mocinha? – disse ele tocando a ponta do meu nariz, sorri levemente.

– Eu acho ótimo – respondi entrando em sua casa.

– Vou precisar de uma assistente. O que você acha de me ajudar?

– Eu aceito, chef – disse rindo, ele me puxou para mais perto de si e me deu um beijo na cabeça.


***

– Você pode cortar os legumes para mim – disse Sasuke me estendendo algumas cenouras e batatas, logo depois me estendeu uma tábua para cortá-los sobre ela e uma faca – mas antes você pode picar essa cebola para mim. Depois pode começar com estas cenouras e batatas, depois eu lhe dou o restante.

– Certo – respondi. Já estávamos preparados para começar a sopa, ambos estávamos de avental. Peguei a cebola e coloquei sobre a tábua, descasquei-a e comecei a cortá-la, como sempre acontecia, meus olhos marejaram, algumas lágrimas escorreram por minha face e Sasuke começou a rir da minha cara – idiota – xinguei-o. Foi apenas um momento de distração, e logo depois tudo aconteceu muito rápido. Senti uma dor no meu dedo, vi Sasuke correr até mim e levantar minha mão esquerda, só então pude ver meu dedo encharcado de sangue.

– Sakura... – Sasuke disse baixo, seu tom de voz era preocupado.

– Calma Sasuke, foi só um cortinho.

– Um cortinho!? – exclamou ele alarmado – Olha só para o seu dedo, ou melhor, olha só para a sua mão! Está coberta de sangue – olhei novamente, eu havia cortado a ponta do dedo indicador, meus dedos estavam dobrados com a palma da mão virada para cima, acontece que nela havia se formado uma poça de sangue. Um pouco de sangue havia escorrido de minha mão pelo meu braço, pingando logo após sobre o chão branco da cozinha – eu vou pegar o kit de primeiros socorros – disse Sasuke se retirando, sentei-me em uma banqueta de frente para a bancada, minutos depois ele voltou trazendo uma caixinha branca com uma cruz vermelha desenhada – lave sua mão – disse ele enquanto revirava a caixa.

Fui até a pia da cozinha mesmo e coloquei minha mão embaixo da torneira. A água desceu pelo ralo vermelha de sangue, lavei o sangue de minha mão sem nenhuma dificuldade, mas em meu braço, por onde ele havia escorrido e estava seco eu precisei esfregar um pouco. Quando terminei de lavar voltei para a bancada me sentando novamente. Sasuke veio para o meu lado com uma gaze encharcada de alguma coisa.

– Pode arder um pouco, mas precisamos desinfetar o ferimento – ele parecia um médico falando.

– Ai! – gritei puxando minha mão, mas como ele era mais forte não soltou-a e continuou a passar aquela coisa em meu dedo. Quando terminou o procedimento pegou uma espécie de tesoura e cortou a pele que encobria o corte, logo após espirrou um spray que tinha um cheiro horrível e fez meu dedo ficar amarelado, pegou um band-aid e colocou sobre o corte.

– Pronto – disse por fim – mas vai precisar continuar fazendo curativos, o corte foi meio fundo, então é melhor cuidar para que não infeccione – disse ele.

– Tudo bem, Dr. Sasuke, – eu disse descontraindo um pouco – mas agora, tem que dar um beijinho para sarar – fiz biquinho e cara de cachorro que caiu da mudança. Ele pegou minha mão sem em momento algum desviar os olhos dos meus e deu beijo em meu dedo. Eu podia sentir seus lábios macios e quentes sobre meus dedos. Ele tirou minha mão de sua boca, mas continuou segurando-a enquanto se aproximava de mim. Senti sua mão esquerda tocar meu rosto acariciando-o, virei um pouco a cabeça sorrindo e aproveitando seu toque, logo seus lábios tocaram os meus e eram carinhosos, os movimentos de sua boca sobre a minha eram lentos, assim como os de sua mão ainda em minha face. Ouvi o barulho de algo fervendo, mas não me importei, deveria ser meu corpo que estava em chamas desejando aquele beijo, mas logo ele nos separou. Tirou a sua mão esquerda do meu rosto e segurava com a direita a minha com carinho, foi andando de costas se afastando cada vez mais, senti seus dedos deslizando sobre minha pele. Já estava preparada para o momento em que eu acordaria daquele pesadelo, tê-lo em minhas mãos e logo depois ele se afastar soltando minha mão sem que eu pudesse fazer nada, por fim ele soltou minha mão e ela caiu mole sobre minha perna.

– A sopa – disse ele se virando para o fogão e terminando a nossa comida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixem reviews e recomendações se quiserem ;x HSUASHUASHSHU
Kissus, até o próximo ^^