Reviravoltas - Parte 2 escrita por Milka


Capítulo 37
Preparativos


Notas iniciais do capítulo

Espero que gosteem! :D



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Quando acordei, já eram dez horas. Me arrumei rapidamente e fui correndo para o pavilhão. O local das refeições era do lado de fora do pavilhão agora, pois começaríamos a decorá-lo para o baile.

Esperei dar onze horas, o horário que eu marcara com o resto do comitê, e então começamos a trabalhar.

- Precisamos decidir o tema. - Eu disse a elas.

- O mundo da Paty! - Disse Paty, do chalé de Afrodite. Ignorei.

- Que tal...  Uma Noite Cor de Rosa? - Eu disse. - É romântico, divertido e apaixonante!

- Eu adorei! - Disse Paty.

- Perfeito! - Concordou Fernanda, e assim, todas as outras garotas do comitê concordaram com o tema.

- Eu tenho várias ideias! Podemos tingir algumas bolas de algodão de rosa e pendurá-las, como se fossem nuvens! - Eu disse. - E no meio, a pista de dança.

- Podemos colocar cortinas brancas com laços cor de rosa nas janelas! - Disse Becca, do chalé de Athena.

- E podemos pendurar um enorme painel cor de rosa ali, com fotos dos casais reveladas na hora! - Disse Annabeth.

- Perfeito! - Comemorei. - Legal, eu e Fê vamos providenciar o painel. Vocês cuidam das nuvens.

Eu e Fê fomos até a Casa Grande, falar com o Sr. D.

- Ooooi, Sr. D! - Eu disse, na minha melhor voz de garotinha fofa.

- Olá, Lanna. O quê faz aqui? - Ele perguntou, com a mesma cara emburrada de sempre.

- Sabe onde podemos encontrar um pedaço grande de madeira? - Perguntei.

- Hã... Não. Agora sumam. - Disse Sr. D, abanando a mão para nós.

- Por favor, Sr. Dêêê! - Eu disse, sacudindo o braço dele. - É importante!

- No sótão, talvez. Eu não sei! - Ele disse, dando um gole em sua Diet Coke.

- Obrigada! - Eu disse, e corremos para o sótão. Entramos e nos deparamos com um monte de velharia e poeira.

- Nossa, tá escuro aqui. Cadê o interruptor? - Eu disse, tateando a parede. Senti algo áspero sob meus dedos, uma espécie de...

- AAAAAAAAAAAAAAH! - Gritei histericamente. - QUE NOJO!

- Que foi, Hanna? - Perguntou Fê, desnorteada. - Eu não tô te enxergando!

- Acho... acho que eu toquei em uma múmia. - Eu disse, limpando a mão na calça.

- O antigo Oráculo? Ai, que nojo! Espera, acho que eu achei o interruptor. - Ela disse, e de repente tudo ficou claro.

- Graças aos deuses. - Eu disse, e olhei em volta. - Ou... não.

- Acho que com a luz apagada estava melhor. - Disse Fernanda, olhando com nojo para os insetos e restos mortais de monstros, reservados em potes de palmito com água.

- Olho de Ciclope, 1982. Friederich Houston. - Eu disse, lendo o rótulo de um dos potes. - Isso é nojento. Vamos achar uma placa de madeira logo e dar o fora daqui.

Reviramos aquelas velharias cheias de pó até que achamos um grande pedaço retangular de madeira, perfeito para o baile. Descemos as escadas e voltamos para o pavilhão.

- Como vamos pendurar? - Perguntei. - É muito pesada.

De fato, a placa grossa de madeira era bem pesada. Garotas não aguentariam.

- Precisamos dos garotos. - Eu disse. - Becca, chame o Nico, o Travis e o Percy.

- Tudo bem. - Disse Becca, e em minutos, estava de volta com eles.

- Chamou? - Perguntou Nico.

- É, chamei. Podem pendurar essa madeira naquela parede, por favor? - Pedi. Eles assentiram e pegaram a escada. Foi engraçado assistir àquilo. Três garotos lindos pendurando um pedaço de madeira na parede.

- Pronto, amor. - Disse Nico, e me deu um beijo na bochecha. - Mais alguma coisa?

- Acho que não. Obrigada. - Eu disse, e eles foram sentar em um canto do pavilhão. - Cadê a tinta rosa, Paty?

- Tá aqui. Estamos usando spray para tingir o algodão. - Ela disse, me entregando o balde de tinta. Peguei um pincel de parede e comecei a pintar a madeira. Não alcancei a parte mais alta, então chamei Nico para me ajudar.

- Tá ficando ótimo! - Eu disse.

- Hã... amor, todo esse rosa tá me assustando. Eu achei que fosse um baile, não um desfile da Barbie. - Ele disse.

- Relaxa. Não posso te contar o tema, é surpresa. - Eu disse.

- Não pode me contar? Então vou ter que fazer isso. - Ele disse, e pintou meu nariz com tinta rosa.

- Nico! - Eu disse, e pintei seu pescoço. Ele pintou minha testa e eu pintei sua bochecha. Saí correndo e ele veio atrás.

- Pessoal! - Disse Annabeth, com as mãos na cintura. - Temos muito trabalho!

- Ele que começou! - Apontei para Nico, como uma criança de cinco anos.

- Eu que comecei, então sou eu que vou terminar. - Ele disse, e me beijou. Eu sorri e ele se afastou, indo sentar com os outros garotos.

- Tá bom, painel pendurado e pintado, algodão tingido e cortinas prontas. Falta a pista de dança, a música, a comida e a iluminação. Acho que posso cuidar da comida hoje e o resto nós terminamos amanhã. Dispensadas, garotas. - Eu disse, e elas saíram. Estávamos muito cansadas, e eu ainda teria que preparar as comidas.

Conversei com algumas ninfas, que toparam em preparar os docinhos e o ponche. Sobraria apenas o bolo, e eu poderia fazê-lo. Quíron dissera que providenciaria o refrigerante e o suco.

Usei a mesma técnica de garotinha fofa e o Sr. D deixou que eu usasse a cozinha do acampamento. Fui até lá e comecei a preparar o bolo, até que Nico apareceu.

- Quer ajuda? - Ele perguntou.

- Uma ajudinha não seria ruim. Pega a farinha pra mim? - Perguntei, e ele pegou um saco de farinha no armário. Peguei um pouco e coloquei em uma tigela.

Nico pegou um pouco de farinha e assoprou, deixando tudo branco.

- Nico! O Sr. D vai nos matar! - Eu disse. - E como eu vou tirar isso do meu cabelo?

- Você tá parecendo uma filha de Afrodite falando assim. Quer mais farinha? - Ele disse, e jogou um punhado de farinha em mim.

- Você vai ver, seu inútil! - Gritei, virando o saco na cabeça dele. Ele ficou todo branco.

- Não devia ter feito isso. - Ele disse e me abraçou, me deixando toda branca de farinha.

- Nico! - Gritei, e nós rimos. A farinha acabou, então tive que continuar a fazer o bolo. Ainda bem que já tinha colocado a quantidade necessária.

Depois de assar o bolo, cobri ele todinho com glacê cor de rosa. Depois de terminar, Nico passou o dedo no glacê e lambeu.

- Hum, bom. - Ele disse, se deliciando com o glacê.

- Você destruiu meu bolo perfeito! - Gritei, e dei um pedala nele. Cobri de novo com glacê os locais destruídos. - Agora, fica longe do meu bolo.

Fiz uma decoração com chantilly em cima e puis granulado cor de rosa. Ficou lindo. Guardei-o na geladeira e fui treinar.

Treinei bastante, ficando completamente exausta. Tomei um bom banho e fui almoçar. Novamente, fiz oferendas à meu pai, Afrodite (por causa de Nico), e Apolo, que era o mais próximo de ser o deus das festas. Pedi a ele que desse tudo certo no baile.

Depois do almoço, fui passear com Nico. Ficamos conversando e rindo, como sempre, além de uns beijos aqui e ali.

Passei o resto da tarde com Thalia, fofocando e rindo. Ela era minha melhor amiga, eu gostava de ficar com ela. 

Depois do jantar, resolvi passar no chalé do Nico. Entrei e ele veio me abraçar.

- Eu já estava indo te chamar, pequena. - Ele disse, e beijou minha testa. Eu adorava quando ele me chamava de pequena.

Ele olhou nos meus olhos. Ah, não. Ele estava fazendo aquela cara de cachorrinho que caiu do caminhão de mudança. Aqueles olhos brilhantes que me encaravam, começaram a encarar meus lábios. Era inútil resistir. Eu o beijei e ele me pegou no colo. Deitamos em sua cama e ele começou a levantar minha camiseta.

- Hoje não, seu safado. - Eu disse, e lhe dei um selinho.

- Aaah, por quê? - Ele perguntou, lembrando uma criança de seis anos reclamando quando sua mãe não comprava algo que ela queria.

- Eu tô muito cansada. Eu treinei, fiz bolo, pintei madeira... - Eu disse, levantando um dedo para cada tarefa realizada.

- Tá bom, então. Mas... beijar pode, né? - Ele disse e sorriu. Olhei para ele.

- Só se for na bochecha. - Eu disse, apenas para provocá-lo. Ele se virou e deu um beijinho na minha bochecha.

- Sua vez. - Ele disse, e virou a bochecha para que eu beijasse. No momento em que meus lábios iam encostar em sua bochecha, ele virou o rosto, e eu acabei beijando sua boca.

- Espertinho. Vai ficar de castigo. - Eu disse, cruzando os braços.

- Ah, qual é! Vem aqui. - Ele disse, me puxando para cima dele e me beijando. Esse Nico, viu. Sempre safadinho.


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Notas finais do capítulo

Gostaaram? Hihi ♥