- Mas o que está acontecendo aí? - Gritou o homem que guiava a carroça. Nós nos abaixamos no meio das bananas, torcendo para que o homem pensasse que estava louco e continuasse seu caminho. De fato, ele se virou murmurando algo sobre ter se esquecido de tomar o remédio, e continuou o caminho. Segurei o riso e percebi que meus amigos faziam a mesma coisa. Olhei para eles mandando uma mensagem clara com os olhos: vamos saltar. Eles assentiram e nós pulamos para fora da carroça, nos escondendo atrás de algumas palmeiras.

- Eu. Quase. Morri! - Eu disse pausadamente, lembrando do pânico do avião.

- Ah, quase? Que droga. - Disse Nico.

- Muito engraçado, Nico. Se me lembro bem, você bem que estava gostando de ficar agarradinho comigo no avião. - Eu disse.

- Foi você que me agarrou primeiro. Aliás, sua blusa tá rasgada. - Ele disse. Eu olhei para minha blusa e havia um corte bem naquela área, deixando à mostra meu sutiã de coelhinhos. Ótimo. Puxei Lilly para a minha frente para cobrir aquilo.

- Aposto que você prefere minha blusa do jeito que está agora! - Eu disse.

- Não, relaxa, eu tenho a Jennifer. - Ele disse. O ódio quase explodiu na minha cabeça e eu pulei pra cima dele, socando, batendo e puxando o cabelo dele.

- SEU IDIOTA! TROUXA! EU TE ODEIO, SEU DEMÔNIO! - Eu gritava. Lilly se aproximou e nos separou.

- GENTE, PARA COM ISSO! VOCÊS TEM PROBLEMA? - Ela me segurava para não atacar Nico. - Eu falei para vocês esquecerem as inimizades! Agora vamos, temos um Livro para procurar.

Assim que ela se virou, levantei uma mão e concentrei todas as minhas forças no mar ali perto. Um feiche de água levantou e eu fiz um movimento na direção de Nico, encharcando-o. Eu ri e Lilly me lançou um olhar de eu vi isso.

- Nico, acho que você tem algo para dizer para a Hanna. - Ela disse. Do que ela estava falando? Ele pensou por um bom tempo e depois disse:

- Não. Não tenho absolutamente nada a dizer pra ela.

Lilly fez uma carinha triste mas continuou o caminho. Eu empurrei Nico fazendo-o cair na areia. Ele levantou e saltou em cima de mim, fazendo-me cair. Nós dois rolamos pela areia com Lilly correndo atrás de nós desesperadamente. Nós ríamos, agarrados no chão e rolando. Percebemos o que estávamos fazendo e nos largamos imediatamente. Continuamos nosso caminho. Lilly nos guiava. Ela tinha um mapa nas mãos. Não sei de onde surgiu aquilo, mas estava nos guiando. Então, quando nos aproximamos de um enorme castelo que parecia feito de areia, ela se virou e disse:

- É aqui. Aqui encontraremos a próxima pista para encontrarmos o Livro da Glória.