On The Road escrita por Hanna_21


Capítulo 9
Capítulo 9: Folga


Notas iniciais do capítulo

Olá sweets! Como foi o carnaval?????
Então, eu escrevi esse capítulo até rapidinho, sabe. Não estava nos meus planos, a inspiração veio depois de ler o review da Anna (btw, thanx!. Ela sugeriu que eu explorasse um pouco mais a questão pessoal, e foi o que fiz. Nesse capítulo, vocês tem uma análise mais fã do Slipknot e o lado mais pessoal da Alexis.
Agradeço à Nathy_Oliveira e Kelly_Sullivan, por me animarem com reviews mtmtmt legais (e grandes), e novamente, à AllyJordison13, primeira a comentar no último cap. e a primeira a fazer uma recomendação (amei, ok???)
Bem, é isso, guys. Enjoy!



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CIRCLE

Capítulo 9: Folga


Domingo


Ressaca: se nunca teve, evite.


Claro que já tive ressaca antes, mas aquelas levinhas, nada mais que um incômodo na cabeça. Mas aquela da noite seguinte à festa da Phoebe, caramba, estava impossível. E olha que Mason dissera que eu não estava bêbada.


Às três da madrugada, voltei com Mase para o hotel, cansada, e só no dia seguinte pensei no que quase tinha acontecido. Eu tinha que agradecer Fiona por ter deixado Joey mal-humorado; senão, ele não teria ido ao lado de fora e visto o que viu. Tinha que agradecer a Joey por ser tão pequeno e ter chamado o único ser capaz de tornar minha noite menos patética após ter caído tão estupidamente na lábia de um idiota.


A maior parte das pessoas que foram à festa tinha ficado por lá mesmo, como constatei ao ligar para os quartos, no hotel. O quarto estava só para mim, já que Phoebe estava em casa. Tirei as roupas do dia anterior que eu ainda usava, separei-as num canto (por que eu não as queria mais, não depois de tudo) e, meio automaticamente, passei uma hora no banho. Saí, vesti roupas de baixo, peguei shorts e uma camisa do Nirvana, vesti e sentei no chão.


Sem pensar muito, chorei. Não precisava de um motivo específico. Eu só queria colocar toda aquela carga de emoções pra fora, fossem elas boas ou ruins. Foi o mês mais intenso de toda a minha vida, tudo passando pelos meus olhos, rápido demais, barulhento demais. Eu amava aquilo, mas meu corpo nem tanto.


Depois de passado meu “momento-depressão-sem-razão-aparente”, percebi que já passavam das onze da manhã. O check-out era às uma da tarde, então eu tinha pouco mais de uma hora e meia para me recompor, arrumar a mala, almoçar, sair, entrar no ônibus...


Ouvi leves batidas na porta quando estava puxando uma calça jeans da mala e jogando uma jaqueta ali dentro.


– Quem é? – perguntei

– Jim. – Oh, Geez. Momento “eu-te-avisei”.

– Não estou – retruquei. Houve silêncio, e quando achei que ele tinha saído, a porta se abriu

– Devia trancar a porta – ele comentou. Virei para observá-lo, encostado no batente da porta

– Vai, pode falar. – continuei arrumando a mala

– Falar...? – ele ergueu as sobrancelhas

– Pode falar que você me avisou que eu não devia me empolgar.

– Você se empolgou ontem à noite? – ele pareceu um tanto surpreso

– Mason não te disse nada?

– O que Mason poderia ter dito pra mim... Aliás, porque pra mim? – James salientou.

– Oh. – droga, ele estava certo, não fazia sentido nenhum Mase dizer algo pra ele. – Então o que faz aqui?

– Queria saber se você sabe se tem mais alguém saindo à uma e meia. – ele respondeu, limpando os óculos na barra da camisa

– Saindo pra onde?

– Pro aeroporto.

– Pra quê? – James levantou o rosto, colocou os óculos novamente e se aproximou

– O que você tomou ontem à noite? – ele me olhou de forma estranha, sério

– Como assim?

– Você sabe seu nome, onde está, quem eu s...

– James, para com isso. – ele continuou sério – O que quer dizer com ir pro aeroporto?

– Você vai ficar aqui no Alabama? – ele perguntou, cruzando os braços

– Aaaah... Não.

– Nem eu. É por isso que vou pegar um avião pro Iowa. Eu, Corey, Chris, os caras. Saímos à uma e meia. Não sei os horários da equipe, então vim te perguntar para saber se mais alguém sairia a esse horário, porque não consigo falar com mais ninguém, já que parece que metade dos roadies estão acordando agora, na casa da Phoebe, se perguntando por que não estão no h....

– Oh meu Deus, Jim, eu sou uma anta! – interrompi, afundando o rosto nas mãos e finalmente entendendo o que ele queria dizer. – Eu esqueci que daqui cada um vai pra um lugar diferente! Não comprei passagem!

– Hey, é só ir pro aeroporto, comprar uma passagem pra de onde quer que você seja e pronto. – James franziu o cenho para meu desespero desnecessário

– Certo... Tem razão. Nossa, essas duas semanas de folga vieram do céu. – suspirei, indo me olhar no espelho e reparando no cabelo úmido, desarrumado, e nas olheiras profundas.

– Você vem, então? – perguntou James, já saindo do quarto

– Vou, mas não agora. Com um pouco de sorte nos vemos lá – disse, aparecendo na porta do banheiro. Ele deu um daqueles sorrisos de lado dele.

– Hey, Alexis... – voltei para olhá-lo - Eu te avisei – ele disse antes de sair, acenando discretamente, se referindo à noite anterior, enquanto eu me concentrava em parecer um pouco mais com uma pessoa e menos com um zumbi de ressaca.


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Segunda-feira

Seattle, Washington


Estranhei.


Não houvera “Paradise City” como despertador tocando naquela manhã. Dessa vez, o que me obrigara a acordar foi a luz do sol, entrando fracamente pela janela. Minha janela. Olhei ao redor. Meu quarto me pareceu estranho, mas era bom sair dos tons claros pastéis que parece ser regra nos hotéis.


Lembrei-me do dia anterior, que começara comigo chorando em um quarto de hotel, seguido da breve conversa com James – e era estranho pensar que eu não veria nem a ele nem aos outros naquela noite -, uma ida conturbada até o aeroporto, um voo inquieto e solitário (porque metade seguiu pro Iowa, e o resto para seus respectivos estados; os que moravam em Washington pegaram outro voo), e, por fim, terminara com Violet me levando pra casa, fazendo perguntas que ela sabia que eu só responderia no dia seguinte –hoje.


E falando no diabo...


– Então você acordou, preguiçosa – disse Violet, adentrando meu quarto – São dez da manhã, sabia? Você está aí há doze horas.

– Que cheiro é esse? – perguntei, sentindo um cheiro vindo da cozinha

– Fiz muffins, mas você só vai poder comê-los se levantar AGORA, tirar esse bafo de dragão, pentear esse cabelo e vir pra sala. – Violet mandou, saindo.


Sem muita opção, levantei e fui seguir suas ordens. Tinha esquecido como era bom acordar com o cheiro da comida da Violet, porque se não fosse por ela eu estaria sobrevivendo de pipoca de microondas e coca-cola. Agora pelo menos eu sabia cozinhar um pouco, mas ela ainda era a cozinheira da casa.


Cheguei na sala e Violet estava sentada no chão, também de pijama, devorando um muffin e bebendo suco de laranja, encarando a televisão, que exibia um show do Guns N’ Roses. Revirei os olhos e sentei do seu lado.


– Puxa, senti falta disso – comentei, mordendo o bolinho

– Não acostume, só fiz pra te dar boas vindas, e porque sei que se puxar seu saco você vai passar as próximas horas me contando cada detalhe dos shows, e sem reclamar – ela discursou de boca cheia.

– Você nem parece ter 34 anos, agindo desse jeito.

– Sid Wilson tem minha idade e parece um macaco viciado em anfetamina. – ela retrucou

– Ok, ponto seu – admiti – Porque não está trabalhando?

– Hoje é dia de sei-lá-o-quê na escola, aí me deram folga. Nunca fiquei tão feliz em ser professora de Inglês. Agora chega de falar de mim, comece a contar tudo.

– Por onde começo? – perguntei, milhões de coisas em minha cabeça

– Fale de como eles são. Uh, comece pelo Corey! – ela pediu, animada, pegando a câmera

– Ah, bem, eu achei ele mais bonito em carne e osso. Ele tem dentes estranhos – Violet fez uma cara indignada, do tipo “não diga uma coisa dessas” – mas é muito lindo ainda assim. Aqueles olhos, você não tem noção, são azuis demais – tagarelei – Ele é meio feliz demais, fala MUITO, mas é bem engraçado. Simpático. Meio carente, se quer saber minha opinião. Ele fica gritando coisas sem sentido nos corredores pra aquecer a voz. É mais baixo do que parece. Às vezes ele é meio imbecil também, mas é divertido.

– Mr. Seven.

– Mick? Não falei muito com ele, ele é assustador. Calmo, achei que por qualquer coisa ele tirasse uma serra elétrica do cabelo, mas não. Ah, e falando em cabelo, o dele é muito nojento. Eu acho que ele nunca lava aquele negócio, parece que tem vida própria. Ele tem umas piadas bem sinistras, e é meio sério. E ele sempre mantém aquela postura, sabe, como se ele tivesse um cabide preso nos ombros, como aqueles jogadores de futebol americano. E ele faz umas caras de dar medo.

– Ele é feio?

– Sim, muito. – ri - Mas seu gosto é duvidoso, então você ia adorá-lo – ela rolou os olhos.

– E o Craig?

– Se eu te disser que falei com ele uma vez só, você acredita?

– Não.

– Mas foi só isso. Depois, quando eu me dirigia a ele, ele só concordava com a cabeça, ou dava um sorrisinho imperceptível.

– Ele é bonito?

– Tanto quanto o Mick. Continuando, eu achava o Craig um inútil, mas aquele troço que ele toca tem uns 300 botões, cara. Por mais imbecil que pareça, não sei como ele consegue se entender com aquilo. Ainda acho que um dia ele vai se revoltar e matar todo mundo. Mas ele é educado, até onde vi.

– Ok, então me diga mais sobre... Sid.

– Macaco viciado em anfetamina define – rimos juntas – Não, sério, eu sempre pensei que Sid fosse um retardado completo, e bem, ele é, na maior parte do tempo, mas também é bem esperto, e saca pra caramba de música. Nossa, e tem um papo interminável, se juntar ele e Corey fica impossível. Ele toca bem mais do que eu imaginava. É engraçado, sarcástico até não poder mais, e tem uma admiração palpável pelo Shawn. Ah, e vive se acidentando. Em Salt Lake City ele bateu a cabeça na maçaneta, não me pergunte como! – disse, rindo

– Ele é bonito? – Violet repetiu pela terceira vez

– Putz, você vai perguntar isso de todo mundo, né? – ela balançou a cabeça afirmativamente – Sim, Sid é bonito. Ele tem um sorriso safado, mas os olhos e o físico dele compensam.

– Epa, que história é essa? – ela perguntou interessada

– Os olhos dele são lindos, acho que é regra ter olhos bonitos pra entrar na banda, até os do Paul que são cast...

– Não, essa parte do físico do Sid.

– Aquela vez que ele chegou atrasado, eu não te contei isso?

– Não!

– Então, ele chegou atrasado, depois explico a história toda, e aí eu tive que ajudá-lo a trocar de roupa.

– E...?

– Digamos apenas que se pendurar na percussão do Clown faz bem pro corpo, pelo visto. – sorri, maliciosa

– Huuuuuuuuuuuum... Não rolou nada não, né, Alexis?

– Não, mas eu tirei uma casquinha, né. Por mais irritada que eu estivesse com ele por ter dado a ideia de cortar meu cabelo, eu não sou imbecil.

– Nossa, safada... Me diz sobre o Paul, então.

– Foi o primeiro que eu conheci, você sabe. Mas ele é muito legal. Ele fala com tanta, sei lá, calma. E é apaixonado pela esposa, completamente, acho isso lindo. Conversar com ele era divertido, o jeito que a conversa flui é natural. Putz, bonito ele não é, mas o carisma dele ultrapassa isso, nem passa pela sua cabeça ficar analisando o físico. Nossa, e um baixista incrível, você sabe que eu adoro canhotos. O único defeito dele é que fuma como uma chaminé. Mais que Corey e Jim juntos.

– Ah, tem o James.

– Meu favorito – admiti, sorrindo – Ele é muito inteligente, Vi. Quando ele coloca os óculos fica parecendo professor de literatura. Eu achei ele... Tipo, não bonito lindo maravilhoso, mas tem um charme. E, wow, ele tão alto, eu me sinto o Joey perto dele. É um guitarrista incrível. Ele é engraçado à maneira dele, e volta e meia fica bem sério.Foi com quem eu mais falei, nós pensamos parecido, e pelo visto eu sou com quem ele mais fala na equipe. É uma coisa tipo como se ele fosse... Não sei, meu irmão mais velho. Adoro isso, não achei que criaria essa proximidade.

– Isso, me deixe com inveja. – Violet riu, olhando minhas fotos - Chris Fehn.

– Meu segundo favorito. Dá vontade de abraçar aquele cara toda vez que eu olho pra ele, ele não é lindo, mas é muito fofo! Eu quero fazer uma miniatura dele e pendurar num chaveirinho, de boa. Ele é muito feliz, mas fica desconfortável antes de entrar no palco. Eu rio muito com ele, é muito engraçado, e teatral. Ele costuma ficar esparramado no sofá conversando com a gente antes do show, durante um bom tempo. O cabelo dele é melhor que o seu.

– Hey!- ela protestou e fez uma careta – Esqueci de alguém?

– Clown e Joey.

– Fale do palhaço.

– Fiquei surpresa com ele. No palco, caramba, eu tenho mais medo dele que do Seven. Ele desmonta a percussão e joga nos caras, e eles adoram e tal. Mas fora do palco, ele tão... Sóbrio. Quando ele coloca aquela máscara, eu acredito que ele é louco, mas sem ela... Eu acredito que ele tem 42 anos, casado, com filhos. Parece detestar toda aquela preparação do backstage, toda aquela tensão, pessoas correndo de um lado pro outro. Ele é o tipo “artista louco incompreendido”. Aquilo é a vida dele, ele ama o trabalho. E não venha me perguntar se ele bonito, caramba, ele parece um caminhoneiro!

– Credo, não precisa ser má – ela gargalhou - Por fim... Joey.

– Vandinha Adams. – Violet quase cuspiu o suco, rindo – É sério, cheguei a achá-lo bonitinho, mas não dá mais. É impossível olhar pra ele sem pensar nisso. Mas ele tem um mundo de fangirls que o acham bonito por mim. Mas ele é legal. Um pouco sério e fechado, verdade, mas ele é bem atento... É só conversar sobre as coisas certas que ele fala sem parar. Não é engraçado e risonho como os outros, mas tem seus momentos. Eu diria que ele é meio... Galanteador, também.

– Huuum...

– Tsc. Eu só acho que ele chega e fica jogando charme. Não significa que tenha sido pra mim. – frisei, e não estava mentindo. - Enfim... Ele é inteligente. E como baterista, nossa. Ver ao vivo é uma coisa, nos bastidores...

– Imagine aquelas mãos nos bastidores, hein, Alexis...

– Ai, Violet, deixe de ser nojenta! – exclamei, a empurrando – Já disse, não dá pra se imaginar com a Vandinha Adams!

– Ah, obrigada por destruir minhas fantasias sexuais com Joey! – olhei pra ela, chocada, e ela ficou um pouco vermelha - Hum, já que entramos nesse assunto...

– Oh, Deus, não entramos em assunto nenhum!

– Entramos sim. Você deu amassos com alguém? Flertou? Acho que você tá me escondendo alguma coisa, hein...

– Não estou escondendo!

– Vai dizer que ninguém ficou interessado em você? Ninguém jogou charme, flertou?

– Teve aquilo com o Sid, não foi nada, e tenho a nítida impressão de que o Joey flerta com todo mundo, então...

– Só? Mais ninguém? E aquele loiro gato nas fotos?

– Ryan? Não, muito infantil.

– E esse de olho azul esverdeado, bonito? E aquele feio de cabelo comprido?

– Tom, e ele está feio agora, pintou o cabelo e fez uma moicano ridículo, além de ser mulherengo. Ethan é um drogado, então não. Você sabe, Violet, sou complicada pra relacionamentos e coisas do tipo.

– Ai, lá vem você com essa história de novo... Desencana, Alexis!


Revirei os olhos. Violet estava se referindo a algo que eu contara pra ela um tempo atrás. Quando eu morava em Boston, no colégio ainda, eu não era uma garota muito, digamos, cobiçada. O primeiro cara que eu namorei era o estilo perfeitinho, notas boas, simpático, bonito... E me traiu depois de três meses. Putz, eu tinha 15 anos, então fiquei um tanto abalada, porque na minha cabeça, nós iríamos nos casar e ter cinco filhos, tipo aqueles romances bem trash.


Desde então eu passei a ter certo receio com cada cara que parecesse interessado em mim, um sentimento de desconfiança que era ouvido na maioria das vezes. E quando eu não ouvia, quebrava a cara. Veja o que aconteceu quando dei uma chance àquele Will, na festa da Phoebe. Não é frescura! Na faculdade, a maior parte dos caras com quem eu fiquei eram mentirosos, que me cortejavam e dez minutos depois estavam com outra. Além disso, eu tinha o costume de ser muito amiga de garotos, e me irrita pensar como a maior parte deles quer sempre algo a mais.


Violet era totalmente contra esse meu complexo. Ela dizia que o que acontece na escola, fica na escola. Eu já tinha provado pra ela que não era só na escola que aquilo tinha acontecido, mas ela não me ouvia e falava que eu não podia esperar que um cara rejeitado por mim ficasse a noite inteira me fazendo declarações de amor; o normal era que ele partisse para outra que o aceitasse. Eu sabia de tudo aquilo, mas ainda assim, não entrava na minha cabeça essa facilidade toda em sair de uma e ir para outra.


– Já desencanei. – menti. Ainda hoje eu sentia aquela apreensão quando um cara chegava perto demais.

– Mentirosa – ela resmungou – E esse aqui? – ela apontou alguém na foto

– Ah, Mase. – respondi, olhando pra quem ela apontava

– Espera aí, esse é o Mason? Esse gato? Aquele que você saiu em Las Vegas?

– Eu não saí com ele tipo encontro, como você está insinuando. E sim, é ele.

– O que você disse que deu em cima de você?

– Não que ele tenha feito isso diretamente, mas ele parece vagamente interessado...

– Vagamente? Como assim?

– Sei lá, volta e meia ele está com uma garota e...

– Aaaaargh, não é porque ele sai com outras garotas que não esteja interessado. Ele ainda dá em cima de você?

– Não, quer dizer, sim, mas... Não. Olha, não tenho certeza, mas sei que não vai rolar.

– Por quê?

– Ele é o exemplo perfeito do que eu sinto. Aquela, insegurança, dúvida, sei lá. Quando ele fica... Daquele jeito, sabe? Quando o clima muda? Então, eu fico estranha. Eu não sei o que sinto.

– O quão bem você o conhece?

– Que?

– O quão bem você o conhece.

– Acho que o suficiente.

– Onde mora? Idade? Hobbies? – fiquei em silêncio por vários minutos. Droga, ela me pegou.

– Eu não sei isso de ninguém – resmunguei

– Mentira. Você disse a idade daquele Tom, de onde a tal da Phoebe e o Jullian vem, como a Fiona se comporta... Você sempre sabe essas coisas de todo mundo. Admita, Alexis, você não sabe nada sobre esse cara.

– Exatamente por isso não dou uma chance a ele.

– Isso não faz o menor sentido!

– Faz sim! – insisti. O assunto estava me incomodando. Realmente, não fazia sentido. Mas porque eu simplesmente não conseguia me livrar daquele frio na barriga quando se tratava daquilo?

– Nem um beijinho, em ninguém? – Violet pressionou

– Isso, fale como minha mãe. E teve um, mas... Não foi muito legal, sabe. Ele quis ir além, mas eu não queria, e então... Olha, eu não quero falar sobre isso, ok? Foi horrível.

– Não aconteceu nada demais, não é? – Violet pareceu preocupada

– Não, por pouco não. Ainda assim...

– Entendi. Tudo bem. Vamos falar de outra coisa, então – ela sorriu

– Ok. E sua vida amorosa, como está?

– Ah, se limita a olhar pra TV e me lembrar de como eu era 16 anos atrás...


Ri, pois sabia que ela começaria a ter devaneios sobre Duff, o “amor de sua vida”. Desliguei um pouco o pensamento para rir das bobeiras de Violet, mas no fundo, eu sabia que meu complexo para relacionamentos traria aquele assunto à tona novamente.


Eu só esperava que aquilo não tomasse conta da minha cabeça, como fizera tantas vezes antes, mas não ocorria há tanto tempo...



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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?
sei que estão ansiosas para a europa e o mundo, mas eu achei esse capitulo legal pra explicar sobre a alexis e porque ela é cheia de "parenteses" quando o assunto é relacionamento.
no próximo a turnê recomeça, garanto. mtas coisas virão ainda! (prometo uma capa nova, inclusive)
Leitores fantasmas... Apareçam, por favor. u.u
como sempre, me avisem se virem erros (provavelmente terá). sugestões e críticas são tão bem vindas quanto reviews.
Qualquer coisa, podem me mandar Mensagens Privadas, ok?
bjos, até o próximo!!