On The Road escrita por Hanna_21


Capítulo 7
Capítulo 7: Veredicto


Notas iniciais do capítulo

Gente, o que foi isso? Quantos reviews nesse capítulo!! Fiquei super feliz, de verdade! Surgiram muitas leitoras novas (sejam muito bem vindas!), e as fantasmas apareceram (igualmente bem-vindas, gente!)!!! Isso me motivou a escrever e postar.
Aposto que estão LOUCOS pra saber sobre Fiona e Joey, né?
Aí está, então!
Aproveitem e NÃO DEIXEM de ler a nota no fim do capítulo, é importante, ok?



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My confidence is leaving me on my own (all alone)...”


Capítulo 7: Veredicto


– Fiona?

– ALEXIS, EU PRECISO DA SUA AJUDA!

– O que houve?

– ACHO QUE DORMI COM O JOEY!

– Como assim!?

– EU ACORDEI DE LINGERIE DO LADO DE UM CARA ANÃO DE CABELO COMPRIDO CHAMADO JOEY JORDISON!

– Espere um instante... Corey! – chamei

– O quê? – ele respondeu

– Joey está nesse quarto ou no outro?

– No outro.

– Ah, tá. É, parece que você dormiu com o Joey, Fiona.

Definitivamente, a noite estava terminando de um jeito bem diferente do que havia começado...


O eu que faço? – perguntou Fiona do outro lado da linha

– Sei lá, Fiona! – exclamei, e baixei o tom de voz – Nunca dormi com Joey Jordison pra saber o que se faz depois de acordar ao lado dele!

Me ajuda, por favor! Como conserto essa merda?

– Oh bom, Fiona, milagre eu ainda não faço!

Só me ajude a pensar como eu saio daqui – ela implorou. Respirei fundo e olhei as horas. Quatro e vinte da madrugada. “Dane-se”, pensei, “já estou ferrada mesmo, então eu posso muito bem fazer uma última boa ação”.

– Tudo bem – concordei – Você ainda está no quarto?

– No banheiro do quarto.

– E como você foi parar aí?

– levantei e vim pra cá ligar pra alguém me ajudar.

– Não no banheiro, no quarto!

Ah. Eu... – silêncio por um minuto inteiro – Oh Meu Deus, Alexis, eu não lembro...! – ela sussurrou. Senti uma dor de cabeça começar

– Não se lembra como foi parar de lingerie no quarto de um cara?

– Não!

– Já aconteceu antes?

– Eu...

– Fiona!

Já, mas eu pelo menos eu sabia que estava envolvida com o cara, e sinceramente, eu não me lembro de ter me envolvido com Joey!

– E qual é a última coisa de que você se lembra?

– Eu... Bebi um pouquinho...

– Caham.

Tá, eu enchi a cara! Aí decidi que queria jogar alguma coisa e entrei no primeiro salão de cartas que encontrei. Bebendo.

– E depois? – continuei interrogando

Depois... – silêncio novamente – Só sei até aí. Depois eu acordei do lado do Joey.

– Isso não foi muito útil – comentei. – Onde estão suas roupas?

Estavam numa cadeira no quarto, já as peguei e estou vestida. – pelo menos isso ela fez.

– Alguém te viu?

Não.

– Tem alguém aí?

Não sei.

– Joey estava acordado?

– Não.

– Estava dormindo? – perguntei, irritando-me com a burrice dela

– Sim.

– Então o que você está esperando? SAI DAÍ AGORA! – sibilei e desliguei, bufando. Não acredito que ela se trancou no banheiro ao invés de dar o fora enquanto ele não acordava.


Olhei para James. Ele não estava se mexendo. Ah, não, só falta ele estar morto agora. Tudo acontece quando eu menos preciso. Chame-me de insensível, não é por nada não, adoro o James, mas são quatro da matina e eu estou cuidando de bêbados, correndo o risco de perder o emprego em menos de 24 horas.. Cutuquei-o com o pé e ele resmungou. Pelo menos estava vivo. Não podia deixá-lo ali.


Saí dali e me aventurei pelo apartamento, que era pelo menos três vezes maior do que aquele que eu e Phoebe estávamos. Passei pelo quarto onde Paul dormia, e por outro onde Shawn estava jogado torto na cama, até chegar ao de Corey, que estava deitado.


– Corey – chamei baixinho, sem resposta – Hey, Corey – aumentei o tom, adentrando o quarto – Corey! – exclamei. Putz, eu tinha falado com ele há menos de dez minutos e ele já estava ferrado no sono! Impaciente, dei-lhe um peteleco no pescoço, o que definitivamente não foi uma boa ideia.

– AAAAI CARALHO!!! – berrou Corey, me sobressaltando e me fazendo gritar também. Quase que imediatamente ouvi passos, e Corey ainda berrava xingamentos, enquanto eu fazia “Shhh” – Porque fez isso?! Puta merda, isso dói!

– O que houve? – perguntou uma voz vinda da porta. Paul. – O que ela faz aqui?

– Viu só o que você fez? – resmunguei para Corey

– O q... Nossa, que reunião é essa? – Shawn surgiu atrás de Paul, descabelado e com os óculos tortos. Respirei fundo, meio desesperada. Eu não queria ter que ouvir a história toda novamente. Eu queria ir para o quarto e tentar dormir, mesmo com tanta adrenalina no sangue me deixando ativa

– Olha gente... Corey, explica você, eu só te acordei porque o James tá igual um saco de batatas no banheiro, tira ele de lá, mas... – “Scream” me interrompeu: meu celular tocando. Olhei para o visor. Fiona, DE NOVO. O que seria dessa vez? – Caras, tenho que ir, realmente. A gente se vê.


Saí em disparada dali, deixando Shawn e Paul confusos e Corey irritado. Corri pelo complicado lugar, tentando achar o banheiro em que James estava para eu poder pegar minhas sandálias. Atendi o celular.


– É o quê, agora, Fiona? – reclamei, entrando no lugar errado.

Joey sumiu.

– Quê?

Joey não estava aqui quando saí do banheiro.

– E daí?

Eu saio da cama por menos de 10 minutos e ele some?

– Fiona, você não queria ver o Joey, lembra?

Eu sei, mas aí, quando eu ia saindo, dei de cara com o Chris, que tinha levantando por causa de um barulho, que obviamente não fui eu e sim o Joey – ela disse. Caramba, o que estava acontecendo para TODO MUNDO acordar a essa hora da madrugada depois de toda aquela bebedeira?

– E...?

Ele começou a perguntar um monte de coisas, eu não estou raciocinando direito, então contei pra ele o que sabia. Ele riu e disse que era melhor esperar Joey para saber o que aconteceu...

– Não é difícil saber o que aconteceu! – resmunguei. Ela ignorou e continuou.

–... e então eu vou ficar aqui, porque ele só foi no quarto do Shawn pegar aspirina e já volt...

– Espera, quê? – perguntei, pegando minhas sandálias depois de finalmente achar o lugar certo. Ela disse o que eu acho que ela disse?

– Vou ficar no quarto dele.

– Não, aquilo que você disse sobre onde, ai – tropecei tentando calçar a sandália- sobre onde estaria o Joeeeeeeeeeeeey...! – levantei a cabeça, e a resposta estava na minha frente. Shit!

– No quarto do Shawn. Por quê? – Fiona perguntou. Não consegui formular palavras – Alô?

– Sabe de uma coisa? Porque não volta pro quarto, toma um banho e resolve isso de manhã? Você vai estar sóbria e descansada. – a frase saiu num turbilhão, sob o olhar atento dele.

– Bem... Acho que tem razão.

– Claro que tenho.

– Vou fazer isso mesmo. Obrigada, Alexis! – Fiona ainda estava um tanto embriagada

– Aham, tchau – desliguei com pressa, e o encarei. Os olhos claros de Joey eram inquisidores

– O que faz aqui? – ele perguntou

– Ia fazer a mesma pergunta – firmei o olhar

– Pela conversa, provavelmente sabe o que faço aqui. Além disso, eu estar no quarto de meus colegas de banda não tem nada demais. Você estar... – ele deixou a frase no ar, insinuando algo.

– Dos músicos aqui, o único que acabou de dormir com uma roadie foi você – retruquei. Aquele era um jogo para dois. Joey deu um daqueles sorrisinhos enviesados

– Se você diz... – ele disse sarcástico

– Eu não dormi com ninguém – afirmei entre dentes.

– Acredito. – ele respondeu. O álcool alterava minha paciência. Contornei Joey e fui em direção À porta, mas estaquei com a mão na maçaneta, percebendo algo.

– Espere. – virei-me e Joey estava no mesmo lugar, de costas. Analisei sua camiseta branca de mangas curtas, seus jeans e tênis pretos, o cinto de rebites. Não parecia o traje de alguém que acabara de levantar da cama. Ele não teria tempo para se vestir antes que Fiona saísse... Teria? - Você não parece ter acabado de acordar – afirmei. Joey se voltou para mim, e eu comecei a raciocinar – E se nenhum deles dormiu com ninguém, espero, e você está dizendo que fui eu quem disse que você estava com uma roadie... – juntei as peças e matei a charada – Você não dormiu com a Fiona! – apontei pra ele, acusadora. Joey franziu o cenho.

– Não, eu não dormi com ela – ele disse, e eu fiquei aliviada por Fiona não ter feito aquela besteira – Mas – ele tornou - tenho algumas perguntas, e você vai respondê-las.

– Oh, não, não, Joey, eu não saberei responder nenhuma das suas perguntas... – comecei a dizer. Era a terceira pessoa que me impedia de ir dormir!

– Vai sim – ele me pegou pelo braço a me puxou pra fora do quarto quando as vozes de Paul e Corey se tornaram audíveis. Joey me arrastou pelo corredor.

– Você não estava com dor de cabeça? Não ia pegar aspirinas com Clown? – tentei

– Minha dor de cabeça vai passar assim que você me der algumas respostas. – ele retrucou, me empurrando pra dentro de um elevador

– Então pergunte logo! – eu estava começando a desesperar

– Aqui não - Joey respondeu com tranquilidade, com cara de quem encerra a discussão


Eu estava começando a traçar um plano de fuga quando o elevador parou subitamente e Joey agarrou novamente meu braço, e puta que pariu, que força ele tem! Utilizando a máxima de que lutar só pioraria, me deixei ser conduzida até um lugar do hotel que eu não conhecia: as chamadas “Cabanas”. Era uma área pequena semelhante a uma varanda, que dava acesso às piscinas, com sofás brancos e uma televisão na parede. Joey soltou meu braço e se sentou num sofá, me indicando o da frente.


– Pare com esse showzinho e me pergunte o que quer – mandei

– De onde você tirou a ideia de que dormi com a Fiona? – ele disse, apoiando a cabeça na mão e se recostando no braço do sofá

– Pra começar, o que ela fazia no seu quarto? De roupa íntima? – perguntei de volta, sem respondê-lo. Ele suspirou e revirou os olhos

– Pelo visto, ela tirou essa conclusão sozinha e te ligou pra dizer isso. – ele respondeu à própria pergunta

– As circunstâncias apontavam pra isso. - comentei

– As circunstâncias não apontariam pra isso se ela não bebesse feito um saco sem fundo e não se lembrasse de nada depois. Não foi isso?

– Sim – eu estava surpresa por ele ter adivinhado – Como sabe?

– Não é a primeira vez que ela faz isso.

– Achar que dormiu com você? – zombei

– Beber e ter amnésia – ele esclareceu, e eu ri – Só que nunca foi tão longe.

– Mas enfim, como ela foi parar lá?

– Quando ela entrou no Hell’s Belles...

– Onde?

– Hell’s Belles. O salão com mesas de Blackjack e garotas dançando em plataformas.

– Ah.

– Enfim. Ela sentou na mesma mesa em que estava e começou a “jogar” – Joey fez aspas no ar – E então começou a gritar que descobrira algo inacreditável.

– Que era...?

– Meu nome... Não, esquece.

– O que tem o seu nome

– Esquece.

– Joey... – ele respirou fundo e fechou os olhos.

– Ela chegou à conclusão de que minhas iniciais são J e J. Então começou a me chamar de Jay-Jay, o Jatinho.

– Oh não. – eu senti uma vontade histérica de rir, mas algo me dizia que se eu o fizesse, Jay-Jay, ops, Joey, pararia de falar.

– Juro que nunca tive tanta vontade de ser chamado de Nathan. E detesto que me chamem de Nathan. Depois que a mesa toda de Blackjack me reconheceu e começou a rir, Fiona teve a brilhante ideia de subir numa das plataformas e começar a fazer strip-tease.

– Você está brincando!

– Gostaria de estar.

– Ha, e até parece que você não gostou de vê-la tirando a roupa – provoquei, e ele riu

– De início sim, mas então ela desceu de repente do palco, vomitou por cima do balcão do bar e voltou a subir, perguntando se ela podia embarcar no meu jatinho. Aí ela deixou de parecer sexy. –não consegui controlar os risos – Muito engraçado, não era você que estava sendo humilhado para um salão inteiro

– E...?

– Antes que ela começasse a tirar as últimas peças, um segurança disse que se eu não a tirasse dali, eles a expulsariam do hotel, porque aparentemente eu era responsável por ela. Tirei Fiona dali de lingerie mesmo.

– E levou pro seu quarto?

– A chave dela estava com Jill. Não tive escolha. Ela apagou na minha cama.

– Ela estava mal assim?

– Ela disse que queria criar cabras no Afeganistão. - Ri histericamente

– Então porque você estava do lado dela quando ela acordou?

– Estava procurando meu celular. Ela começou a acordar e eu fingi que estava dormindo. -Joey ficou sério - Contei o que sei. Agora a questão é outra. – ele me olhou com firmeza – Porque ela acha que dormi comigo... Se ela disse ser lésbica. - Parei de rir. Caramba, eu nem lembrei desse detalhe: ela tinha mentido pra ele parar de dar em cima dela, e agora havia se traído!

– Ela... Pode ser bi... – inventei. Não entregaria Fiona.

– Não. Quando ela entrou na equipe e eu, ham... “Conversei”, com ela, Fiona disse que se ela fosse a última mulher no mundo, não faria sexo com o último homem nem para repovoar a Terra.

– Ela pode ter tido uma recaída.

– Ela disse que não beija um homem desde seus 15 anos. E já vi Fiona bêbada, ela nunca teve “recaídas”... Na verdade, também nunca a vi com mulheres pra ter certeza de que é lésbica. – empalideci. Putz, ele tinha um argumento. E estava certo.

– É mentira – admiti

– Eu sabia.

– Mas sério, Joey, ela não está a fim de você.

– Ela achou que tinha dormido comigo.

– Bêbadas fazem isso.

– Verdade.

– Era só isso? – perguntei. Joey fez cara de pensativo

– porque estava no quarto do Corey e...

– Não, Joey, essa o Corey responde. A culpa foi dele mesmo. Vou indo, quero tentar dormir antes de amanhecer. – eu disse, levantando.

– Alexis? – ele chamou – Pode... Fazer um favor? – me virei para trás. Joey pedindo favores?

– Diga.

– Não diga pra Fiona que ela não dormiu comigo. - Observei-o por alguns instantes, e senti um sorriso maldoso brotar em meus lábios ao mesmo tempo em que Joey. Vingativos.

– Claro – garanti, voltando andar. Conferi o relógio. Cinco horas da manhã. Até parece que eu conseguiria dormir. Voltei – Hey, Joey! – ele me olhou – Não vai subir?

– Não. Mick está roncando como um trator, Craig acorda cedo e fica andando a esmo, Sid está com uma garota. Vou ficar aqui mesmo.

– Posso ficar com você? – perguntei. Ele me olhou estranho, mas eu estava decidida. Era bem provável que Phoebe estivesse com o carteador no quarto, e algo me dizia que se eu saísse dali, haveria mais chamados urgentes de bêbados. Ele deu de ombros e eu me aproximei, sentando ao lado dele. A adrenalina finalmente começou a baixar...


Quando me dei conta, estava no meu quarto, com Phoebe perguntando aos berros porque eu estava com a roupa de ontem e porque Joey Jordison havia me levado até o quarto dormindo, sendo que a notícia era que Fiona tinha dormido com ele, e não eu.


Levantei, percebendo que tinha adormecido por duas horas. Havia uma mensagem na tela do meu celular: “Minta”, estava escrito. Sorrindo, armei minha melhor cara de blefe e comecei a mentir descaradamente.


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Las Vegas, Nevada

Três horas depois do show


Meu coração estava acelerado, acelerado demais. Eu estava esperando meu veredicto. Não havia avistado Jullian o dia inteiro, e meu emprego estava nas mãos dele. Depois de acordar do meu “longo” sono, inventei um monte de mentiras para Phoebe, que engoliu tudo, achando tudo engraçadíssimo. Fiona, por outro lado, estava em pânico. Ela conversou com Joey, que simplesmente disse que sempre soubera que ela não jogava no outro time e que era louca por ele.


Depois de três copos de café, um mau humor incrível se abateu sobre mim. A falta de sono estava me matando, e durante o dia sobrevivi à base de energético e café, andando arrastando os pés e resmungando com qualquer um que tentasse ser gentil comigo. Inclusive Mason, que veio falar comigo logo de manhã e foi a maior vítima do meu ataque anti-social.


– Olá, trapaceira – ele cumprimentou, e eu o olhei feio – Escute, ontem a noite, não tive a chance de me despedir de você a agradecer. A noite foi incrível.

– Deve ter sido. A ruiva era bonita – retruquei. Ele me lançou um olhar confuso, e depois pareceu entender

– Não estava falando disso. Ela não fez diferença nenhuma em minha noite.

– Não parecia – eu ri, zombeteira e mal-humorada. Mason respirou fundo

– De qualquer forma, eu queria agradecer – ele disse, e aproximou o rosto do meu. Sem nem pensar, afastei o rosto, me desvencilhando.

– O que pensa que está fazendo!? Podia ter tentado isso ontem, o que garanto que não daria certo, mas depois de quase engolir uma vadia já é abuso!!! – exclamei, enraivecida

– Eu não ia beijar você. – ele afirmou, ficando sério de repente – Quero dizer, eu ia, mas não do jeito que está pensando. – ele segurou meu braço e encostou levemente os lábios em meu rosto – Assim. Eu sei interpretar sinais, Alexis, e jamais tentaria um truque barato como “a noite foi incrível” só pra beijar você. Estava sendo sincero. Mas pelo visto, “não daria certo”. Não foi isso o que você disse? - Mason saiu de perto de mim sem dizer mais nenhuma palavra, e eu me senti arrependida. Ele era uma cara legal, e me respeitara. Além disso, ele era meu subchefe, eu devia respeitá-lo.


Com mais aquele peso na consciência, o dia foi de mal a pior, e eu cheguei a dar as roupas de Joey pra Mick vestir e a máscara de Craig para Corey usar. Como se fazendo tudo errado eu fosse conseguir o emprego! James estava todo sem graça e com uma horrível cara de ressaca, mas eu nem quis falar com ele. Para ter noção do quão mal eu estava.


Agora estava sentada sozinha numa sala vazia do The Joint, onde tinha sido o show (no Hard Rock mesmo). Todo mundo festejou brevemente após o show, depois arrumamos tudo e estava tudo pronto para viajarmos para a próxima cidade, que eu não sabia qual era porque não tinha um cronograma oficial. Estava triste e solitária. E nada de Jullian aparecer.


– Alexis – ouvi uma voz e olhei pra cima e vi Mason, me olhando sério

– Você viu Jullian? – perguntei, desanimada

– Jullian não veio pra cá. Você não sentiu falta dele? – ele se sentou do meu lado

– Sinceramente, não. – Mason riu brevemente

– Não sentiu falta de mais ninguém? – pensei um pouco.

– Não.

– Tem certeza?

– Mason, aonde você quer chegar com isso? – eu fui educada, mas ainda assim impaciente

– Neil não veio hoje.

– De novo? O que houve? Ele tentou roubar um cassino? - brinquei

– E uma farmácia. – olhei incrédula para Mason

– O quê?

– Ele tentou roubar um cassino e uma farmácia.

– Como?

– A farmácia, bem, do mesmo jeito que qualquer um faria. E no cassino... Contando cartas. – Mason riu abertamente – Parece que escapamos por pouco, não?

– Pois é – comentei – Mas eu meio que precisava falar com o Jullian, Mason. Hoje era meu último dia antes de...

– De ele decidir se você conseguia o emprego ou não. Eu sei. – Mason ficou em silêncio, e eu na expectativa – Isso não te diz nada?

– Não. – voltei a retrucar, bufando. Mason deu mais uma risada.

– Alexis, o cara tentou roubar um cassino e uma farmácia! O que você acha que aconteceu com ele?

– Foi preso, como em LA.

– Além disso!

– Mason, eu não estou ent...

– Ele. Foi. Demitido! – exclamou Mason, me cutucando

– Bem, só faltava depois dessa Jullian ainda querer que esse cara...

– Alexis – Mason cerrou os dentes – Se ele foi demitido, quer dizer que tem uma vaga livre.

– Claro, que vai ser substituída por outro roadie experiente, que tal do System of a...

– É seu, caramba! O emprego é seu! – Mason gritou. Eu o encarei por alguns instantes, captando a mensagem

– Meu? – repeti como uma retardada

– Seu. –ele murmurou, me levantando e me dando um abraço

– Oh meu Deus, eu jurava que ia ser demitida.

– Eu sei.

– Desculpe por hoje de manhã, Mase.

– Tudo bem – ele sorriu ao ouvir “Mase”.

– Preciso contar pro pessoal! – exclamei, tremendo de alegria e ia sair correndo quando Mason segurou meu braço

– Aquilo que você disse hoje de manhã, sobre “não dar certo”... Era verdade? – Mason perguntou, ficando sério de repente. Eu o encarei por alguns instantes, e tomei uma decisão

– Sim. – seu toque diminuiu em meu braço. Ele pareceu chateado – Mas eu não conheço nada da Europa. Você pode tentar ser meu guia de novo – eu disse, eu deixei a sala correndo, sabendo que Mason estaria com um sorriso bobo nos lábios.



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Notas finais do capítulo

e entããão? espero que tenham gostado!
O capítulo ficou BEM MAIOR do que eu esperava, mas espero que gostem!!!
Gente, infelizmente o número de postagens vai diminuir a partir dessa, porque minhas aulas começam ¬¬
Mas eu NÃO vou abandonar, que isso fique bem claro.
Quero reviews com as opiniões de vcs, ok? aceito sugestões, críticas, elogios, tudo!
Muitos beijos e obrigada por lerem!