Sol, Lua e Estrelas escrita por Ruki


Capítulo 13
XII - Auren


Notas iniciais do capítulo

desculpem pela demora mórbida >.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/183990/chapter/13

– Então você já fez a sua escolha? ­– Pergunta Auren.

– Do que você está falando? – Pergunta Stella.

Auren se apoia com o braço na parede.

– Você não se lembra? Quando eu disse que você teria que fazer uma decisão importante?

Stella se lembra de que ele havia sim falado isso.

– Se você está falando em relação ao seu pedido de namoro...

– Isso é muito mais do que um pedido de namoro – Diz interrompendo Stella. – Achei que você já soubesse a situação que se encontra.

– Sim, eu sei... Parece que eu sou algo valioso para você e o Yue...

– Stella, eu gostaria de conversar com você. Será que poderia me acompanhar?

– Claro.

Stella acompanha Auren em seu caminho. Ela não sabia para onde estavam indo.

– Bem, como você deve saber, eu não sou deste planeta.

– Sim Yue me contou. Assim como você, ele e a Alice são irmãos.

Eles andam mais um pouco em silêncio, até que param em um sinal, esperando-o fechar para atravessarem.

– Então acho que posso ir direto ao ponto – Diz Auren.

Eles chegam a uma cafeteria famosa da cidade. Ficava perto do colégio Sakyland, e lá só havia doces franceses, e era bem cara. Muitos alunos de Skyland podiam ser vistos lá depois das aulas. Stella nunca havia ido lá por causa do preço.

– Desculpe Auren, não tenho dinheiro para comer aqui.

– Não se preocupe Stella, você é minha convidada. – Diz Auren enquanto solicitava ao garçom uma mesa para dois.

O garçom, que estava vestido elegantemente com terno, os levou para uma mesa de dois. Eles se sentaram, e Auren pediu algo que Stella não sabia o que era. Provavelmente algum prato com nome francês, que ela não sabia pronunciar. Depois de alguns minutos, ele traz o pedido. Era um petit geteau, muito chique por sinal.

Então Auren começa a falar.

– Bem, Stella. O que eu gostaria de falar com você é sobre o meu passado. Sobre antes de eu vir para a Terra, e sobre o porque de eu odiar tanto o... – Ele hesitou em falar – Meu irmão Yue.

Stella ouvia atentamente.

– Eu e o Yue nascemos quase no mesmo momento. Yue nasceu ao equivalente ao dia 21 de julho na Terra, e eu nasci no dia 22. O que nos separa é apenas 20 segundos, e o local, já que nasci no Sol e ele na Lua. Logo depois nasceu Alice, minha irmã gêmea.

Ele interrompe para beber um pouco de água.

– Porém minha mãe não sabia a que meu pai tinha um caso com outra mulher, e entrou em depressão, pois meu pai escolheu ficar com ela. Isso fez com que nascesse meu ódio. Depois, quando eu tinha oito anos, a depressão da minha mãe ficou tão grande, que ela não aguentava mais morar no Sol, o que a fez se mudar para cá.

Stella lembra-se vagamente disso. Por um acaso ela e Ster estavam no mesmo lugar que elas nesse dia. Elas estavam usando umas roupas diferentes e bem chamativas. Havia alguns homens as acompanhando. Estavam fazendo a mudança para a mansão.

– Eu gostaria de acompanhar minha mãe e minha irmã, mas como príncipe regente do Sol, tive que ficar... E as vezes o meu pai me visitava. Ele era muito severo. Quando me visitava, nós treinávamos algumas técnicas de lutas, e ele lutava comigo como se eu fosse de verdade. Tenho cicatrizes permanentes desses dias.

– Isso é verdade? – Pergunta Stella.

Auren abre um pouco a sua camisa só para que ela pudesse ver. Havia uma cicatriz diagonal que ia desde o ombro direito até o final da barriga, no lado esquerdo. Stella fica perplexa, e leva suas mãos a boca.

– Isso... é horrível... como o seu pai podia fazer uma coisa dessas?

– Ele estava apenas me treinando para suceder Yuzhou. Ele também treinava Yue assim. Mas acho que ele não tinha esses problemas como eu. Quando eu ganhei essa cicatriz...

Auren começa a lembrar daquele dia. No palácio onde ele morava, havia um local feito para esses tipos de treinos. Era muito parecido com o coliseu romano, porém algumas partes eram revestidas de ouro. Auren estava com uma roupa de batalha. Um sobretudo branco com alguns detalhes dourados. Seu pai estava também com a sua roupa de batalha, porém era muito mais majestosa, com muitas cores e pedras preciosas.

Auren usava a Espada Escalarte, que é a coisa mais preciosa de todo o Sol, e seu pai usava uma lança que era uma de suas muitas armas poderosas. Auren dava tudo de si, mas só conseguia se defender, enquanto seu pai o atacava sem fazer esforço nenhum. Em algum momento, ele não consegui se defender, então foi atacado no peito.

– “Eu prefiro ter um filho amaldiçoado como o Yue do que ter um filho fraco como você”, foi o que ele disse. – completou Auren.

– Ele disse isso? – Stella não acreditava no que acabara de ouvir.

– É por isso que eu brigo tanto com o Yue não nos damos bem. Para ver se eu ganho o respeito do meu pai.

– Mas vocês são irmãos! – ela se levanta da mesa – Não devem brigar assim. Eu acho que o Yue não tem culpa se seu pai é assim, por isso você não dve odiá-lo por algo q ele não fez.

Todos da doceria estavam olhando para a mesa deles, o que fez Stella se envergonhar. Ela se senta de novo e pede desculpas a Auren, que estava caindo na gargalhada. Quando eles saem, Auren ainda ria.

– Stella, você é muito engraçada.

– Eu já pedi desculpas... às vezes sou impulsiva – Disse um pouco envergonhada pela cena que tinha feito na doceria.

Auren cerca Stella contra a parede com uma das mãos.

– Garotas impulsivas... Gosto disso – Disse Auren aproximando o seu rosto ao dela.

– Então... – Disse Stella se afastando – Obrigada pelo lanche, mas já está ficando tarde, e preciso ir. Então até mais. – Disse enquanto ia embora.

– Você ainda será minha, estrelinha...

Enquanto caminhava para casa, Stella tinha a sensação de que estava sendo seguida. Ela olhava para os lados, mas não parecia que havia ninguém a obsevando. Ela vai à estação de metrô, e corre para entrar nele. Por um relance ela sente algo, como se fosse a presença de alguém, mas não sabe o que é. Ela procura um lugar para sentar, enquanto o metrô não se movimentava.

Ela se lembra que Auren havia comentado algo sobre uma maldição que Yue tinha, mas não sabia o que era.

Quando ela senta, que foi na mesma hora em que o metrô começou a se movimentar, ela vê pela janela uma moça um pouco estranha. Tinha cabelos vermelho vivo e muito grande, preso a um rabo de cavalo alto lateral. Tinha pele muito branca, olhos praticamente laranjas. Usavas roupas também muito estranhas: um top, sobretudo, calça e botas de cano alto. Tudo preto, com exceção do top e das botas, que eram acinzentadas. Ela encarava Stella.

Stella sai do metrô e faz o caminho mais tenso de sua jornada: precisava passar por uma rua em que dos dois lados havia um pedaço de floresta, e como já estava praticamente escuro e a iluminação da rua era precária, ela ficava com um pouco de medo.

Stella ainda sente que está sendo seguida. Olha para os lados, mas não vê ninguém. De repente, um arbusto do seu lado direito começa a se mexer. Ela fica tensa, sem conseguir se mexer. Então Francis, o seu gato sai do arbusto.

– Francis! Nunca mais me assuste assim... – Disse ela aliviada enquanto o pegava no colo.

Com a companhia, mesmo que fosse do seu gato, ela fica um pouco mais aliviada. Quando entra em casa, encontra a garota que vira no metrô sentado no sofá. Stella se assusta.

– Olá pequena estrela – Disse enquanto se levantava – Gostaria de conversar com você.

Com a mão esquerda, a moça ruiva segurava firmemente uma adaga. Stella assustada começa a correr para a rua. A moça corre atrás dela, mas para no caminho. Porém Stella continua a correr. Algo faz com que ela tropece e caia com tudo no chão. Ela olha e vê algo segurando o seu pé direito. Era algo como uma corrente. A mulher que segurava tinha roupas do mesmo estilo que a primeira mulher, e também tinha cabelos vermelhos, só que soltos e curtos.

Ela tenta se soltar, mas outra corrente segura o seu pescoço. Agora era um rapaz, também com cabelos vermelhos. Ele se aproxima de Stella, e fica com o rosto muito próximo ao dela.

– Não sabia que a estrelinha era tão linda... – diz com um sorriso malicioso­­­ – Dá até vontade de machucar... – Diz enquanto aperta mais a corrente em seu pescoço. Stella tentava puxar a corrente, mas não conseguia.

– Pare com isso Huo. Precisamos dela viva, ou vai se ver com a Blaze.

– Não se preocupe Agni. Até parece que eu mataria essa preciosidade.

Agni tira a corrente do pé de Stella e prende suas mãos por trás. Huo mantém a corrente no seu pescoço, ainda um pouco apertada. Stella ainda tenta se soltar, mas cada vez que fazia isso, Huo apertava mais o seu pescoço. Eles a levam até sua casa, onde Blaze a esperava.

– Agora podemos conversar, não é estrelita? – Dizia enquanto brincava com sua adaga.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

e aí, gostaram? deixem reivews! (e recomendações kkkkkkk)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sol, Lua e Estrelas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.