Together escrita por giuguadagnini


Capítulo 21
Bancar a forte, Poças de Chuva e a Garota Nova


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOI MINHA GENTE!
Não demorei tanto assim para postar esse capítulo né?
Bom, o que eu tenho para falar mesmo? AAAH SIM, A PERSONAGEM VENCEDORA, CLARO.
Bom, eu gostei muito das que vocês criaram, mas aí eu pensei, vou escolher só uma? E o que eu fiz? Eu misturei as personalidades de três personagens de vocês.
As responsáveis por ela são Vivianni, IsabelleMalfoy e a Sophie *O*
Espero que gostem garotas, do que eu criei misturando as suas ideias.
Ok, o que mais? Ah sim, as músicas do capítulo.
POV da Hermione - Because of You - Kelly Clarkson
POV do Fred e da Charlotte (a personagem nova) - You're Beautiful - James Blunt
Bom, acho que é isso meus amores. Espero muito que gostem do capítulo.
Boa leitura e como de costume, nos vemos lá em baixo :)



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POV Hermione

Draco me puxou pelo braço até o jardim, como se eu não pudesse andar sozinha até lá. Me levou até o monumento de pedra ainda me segurando com força, e eu já sentia a dor incomodar um pouco acima de meu cotovelo.

– O que você pensa que tá fazendo? – ele ainda me segurava e eu sentia cada vez a pressão de sua mão aumentar em torno do meu braço.

– Eu? Até parece que foi eu quem fez alguma coisa – ele falou como se cuspisse aquelas palavras na minha cara.

– Ah, então o problema sou eu?

– Mas é claro que é! – disse com indiferença.

– O que deu em você? Por que você está assim? – já sentia meu peito ficar apertado, meu coração batendo mais forte e a dor ir aumentando.

– É meio óbvio não acha? – Draco levantou uma sobrancelha só e fez uma cara de sínico.

– Não, não acho. Agora faz o favor de me falar o que eu fiz de tão errado assim! – gritei e ele pareceu ainda mais raivoso.

– Então quer dizer que você não sabe? Vou te dar uma pista – ela se aproximou mais de mim, eu o fitava tentando entender o porquê daquilo estar acontecendo – Ele é uma cópia ruiva ridícula que chega até ser um pouco cômica – e dessa vez eu senti meu estômago embrulhar. Ele estava falando do Fred.

– Mas o que...?

– Não se finja de desentendida, Granger – cheguei a estremecer por ele voltar a me chamar assim – Eu vi você se insinuando pra ele!

– Me insinuando? Você só pode estar ficando maluco! – eu estava totalmente irritada - Como se eu fosse esse tipo de pessoa.

– Então me diga o que era aquilo! – ele gritou.

– Olha aqui, eu já te disse milhões de vezes que eu não tenho nada com o Fred.

– Nada? – ele gargalhou – Aquilo é tudo, menos nada.

– Draco, por favor, eu não quero brigar.

– Parece que você pede por isso – ele me fez sentir um lixo com aquilo.

– Sabe o que realmente parece? – ele me olhou – Que você não confia em mim. Que eu não posso falar com mais nenhum garoto além de você. Sabe, Draco, isso me deixa mal.

– E como você acha que eu me sinto? Vendo você falando com ele, segurando sua mão enquanto ele te olha com outros olhos.

– Eu não gosto do Fred! Ele é só meu amigo! Quantas vezes eu vou ter que repetir isso?

– Mais nenhuma, já está de bom tamanho – ele soltou meu pulso e se virou para ir embora.

– Draco? – chamei e ele continuou andando – Draco! – gritei, mas ele nem pareceu me escutar.

Eu estava na completa escuridão, sozinha, com a cabeça totalmente cheia. Caí de joelhos no chão e senti lágrimas, grossas lágrimas, escorrerem pelo meu rosto. Agarrei-me em algumas folhas de grama, e as puxei com força da terra. Por que tudo tinha de ser assim? Na base de brigas e provocações? Nos tratamos assim durante tantos anos que eu já posso dizer que estou cansada disso. Estou cansada de bancar a forte, de me forçar a engolir o choro, pois ele é visto como fraqueza pelos olhos de muitos. Tudo o que eu queria era deixar de ser a forte o tempo todo, a que sempre conserta tudo e que depois é deixada de lado quando não precisam mais dela.

É, eu aprendi da maneira difícil a nunca me deixar chegar até esse ponto. E agora eu acho difícil confiar não só em mim, mas em todos a minha volta. Eu mesma me obrigo a colocar um sorriso que não é meu em meus lábios, uma risada que não é minha em minha boca, fingir que está tudo bem enquanto o que eu mais quero é um ombro para poder chorar as minhas mágoas, as minhas inseguranças, os meus medos.

Estou cansada de quando eu preciso de alguém, olhar para o lado e não ver ninguém, de ter que contar comigo mesma o tempo todo.

Eu estou cansada de lutar com os outros e comigo mesma todos os dias.

POV Fred Weasley

Me virei novamente e saí de lá. Minha cabeça estava a mil. Essa história de não poder demonstrar o que sinto tá me deixando louco.

Estava tão distraído, que ao virar um corredor, acabei topando com alguém...

Tudo que eu vi foi um uniforme da Sonserina antes de cair no chão.

– Hey, o que você... – fui perdendo a fala ao ver a garota abaixo de mim. Sim, eu estava em cima dela. Tinha cabelos castanhos e ondulados, olhos azuis acinzentados, lábios carnudos e sardas espalhadas pelo rosto – V-você...

– E-eu, é... Me desculpe – ela disse e eu congelei com sua voz. Era tão doce.

– Não, tudo bem. Fui eu que não prestei atenção n-no corredor – falei enquanto me levantava e a ajudava a ficar de pé.

– Obrigada. Você sabe onde fica o Salão Principal? – ela me olhou com um pequeno sorriso em seus lábios.

– Fica dobrando aqui – apontei com o braço para a direita – acabei de vir de lá.

– Valeu, eu já estou um pouco atrasada para o jantar – disse ela soltando minha mão. Oh, droga, eu ainda não tinha largado sua mão depois que eu a ajudei a levantar - Bem, preciso ir.

– Tudo bem, a gente se vê por aí – foi tudo o que eu consegui dizer, enquanto ela concordou com a cabeça e foi se distanciando. Sorriu tímida e acenou para mim.

Céus, ela parecia um anjo. Disso eu tinha certeza. Não me lembro de vê-la andando por aqui. Seu rosto não me é familiar, deve ser aluna nova. É... No que eu estava pensando antes de derrubar a garota nova no chão? Nossa, que linda forma de dar boas vindas! Tenho sérias dúvidas de estar me transformando em um trasgo. Oh, de novo não. Estou falando comigo mesmo, isso não pode ser bom.

Agora uma leve chuva caía do céu, deixando o chão cheio de pequenas poças. De repente, olho lá para fora e vejo Hermione, encolhida e toda encharcada. O mais rápido que pude, fui até ela.

– Hermione, o que você tá fazendo aqui? – perguntei e ela pareceu se assustar com a minha presença. Acho que nem me viu chegar.

– É tudo culpa sua, Fred – ela me olhou e vi a vermelhidão em seus olhos. Ela estava chorando.

– Mas, o que eu fiz? – perguntei calmo. Ela só se levantou e saiu andando até o castelo. A cada dois passos seus, sentia um pequeno soluço vindo da castanha.

A segui e ela parecia querer fugir de mim. Fui perceber isso quando ela estava praticamente correndo na minha frente.

– Se é culpa minha, me desculpe. Mas eu gostaria de saber o que eu fiz – me coloquei a sua frente e ela parou de correr.

– Não. A culpa não é sua, é minha. – ela admitiu e passou a olhar o chão. Vários pingos escorriam pelo nosso uniforme.

– O que aconteceu? – perguntei mais uma vez, e ela praticamente desmoronou em lágrimas.

Eu odiava vê-la assim, triste, sofrendo. A puxei para um abraço, e ela depois de relutar um pouco, ela se prendeu fortemente a mim. Sentia sua respiração alterada se mesclar com a minha. Nós, totalmente molhados, nos abraçando. Ela enterrou o rosto em meu peito, e eu passei a acariciar seus cabelos. E assim ficamos, juntos. Se você me perguntasse quanto tempo ficamos assim, não saberia responder. Pareceu tudo tão bom, tê-la ali comigo, que tudo foi se passando rápido e devagar ao mesmo tempo. Ok, eu não sei explicar o que eu senti, e perderia meu tempo tentando descrever. Só sei que eu estava com ela, e que não me sentia assim fazia muito tempo.


POV Charlotte Lewis

Senti saudade da comida de Hogwarts. Não em que Beauxbatons fosse ruim, mas você me entendeu. Senti saudade de sentar nessa mesa, de olhar para esse céu encantado e essas velas flutuantes.

Você deve estar totalmente confuso e nem deve saber quem eu sou não é mesmo? Bom, aqui vão algumas linhas da minha vida.

Meu nome é Charlotte Lucy Lewis. Sou da Sonserina.

( http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/-o4cTP4pSVBM/TaEaeUQ9EoI/AAAAAAAAAj8/KF-0AdkBv7c/s1600/normal_anna_canon-1st-outfit-003_v01_cmyk.jpg&imgrefurl=http://omediadorr.blogspot.com/2011_04_01_archive.html&h=600&w=399&sz=46&tbnid=BbkBMMKduEF_VM:&tbnh=90&tbnw=60&prev=/search%3Fq%3DSusana%2BPevensie%26tbm%3Disch%26tbo%3Du&zoom=1&q=Susana+Pevensie&docid=ylm5YtBkZADGXM&sa=X&ei=oXtBT-bkPNG4twfTs5zTBQ&ved=0CFsQ9QEwBw&dur=497 )

Aos meus cinco anos era melhor amiga de Draco Malfoy e Blaise Zabini. Estudei meu primeiro e segundo ano em Hogwarts, mas depois que meus pais se separaram, tive de ser transferida para Beauxbatons, pois ficava mais perto da casa de meus avós, por quem fui criada desde então. Depois de alguns anos, decidi voltar a Hogwarts, onde sempre tive certeza de que era meu verdadeiro lar.

Apesar de ser uma Sonserina, sou uma pessoa gentil com a maioria das pessoas, doce, mas, porém brava quando precisar. Sou sangue-puro, mas não sou esnobe, muito pelo contrário, acho que filhos de trouxas são ótimas pessoas tão boas quanto sangues-puros.

Agora eu voltei para Hogwarts, me sentindo totalmente perdida. Minha primeira noite era esta e eu estava sem chão. Acabara de chegar à escola e não havia visto nenhuma pessoa conhecida. Dificilmente eu conseguiria reconhecer alguém depois de tanto tempo. Era hora do jantar e eu não parava de pensar no quanto eu senti falta disso aqui. Estar em Hogwarts novamente já era um motivo para sorrir. Se bem que sorrir agora era difícil. Tive de deixar meus avós, que sempre cuidaram de mim quando os irresponsáveis dos meus pais não queriam nem saber se eu estava bem ou não. E não, não estou exagerando. Eles viviam brigando e eu mais que sobrava mesmo. Sabe o que é se sentir culpada por uma separação? Foi o que sempre eu senti. E agora, eu deixei tudo para trás, para ver se eu acho alguma coisa bela na minha nova vida.

Terminei de jantar e segui para as masmorras. Nada havia mudado desde que eu fui embora. Adentrei ao Salão Comunal da Sonserina e parecia tudo vazio, exceto por um garoto loiro sentado no sofá. Ele me lembrava alguém, aquele cabelo loiro platinado não me era estranho. Oh meu Deus, era o...

– Draco? – perguntei meio incerta e ele levantou a cabeça para me olhar. Ele me analisou e por um momento, sua boca se abriu chocada.

– Ch-Charlotte? – ele se levantou e veio correndo me abraçar. Me apertou forte e eu até senti meus pés saírem do chão.

– Hey, como você tá? – perguntei e ele ainda me abraçava, e eu estava mais do que feliz com isso. Ele que não me soltasse mais e eu nem reclamaria.

– Cara, como eu senti sua falta! – saiu me rodando pela sala e eu apenas ria, o agarrando mais forte.

– Eu também senti a sua – sorri e me afastei do loiro apenas para olhá-lo, enquanto ele fazia o mesmo.

– Você cresceu – ele disse e eu sorri bobamente.

– Você também.

– Como é bom te ver aqui – ele me abraçou mais uma vez – Veio de visita?

– Não, eu vou estudar aqui.

– Sério? – ela parecia não acreditar – Caramba, isso vai ser ótimo.

– Eu to mais do que feliz de ter voltado.

– Então, era isso que eu estava te dizendo – um moreno entrou ao lado de uma garota muito bonita ao seu lado – Temos que arranjar alguém para preencher essa vaga, o jogo é amanhã – ele ia dizendo. Parou de andar e ficou me olhando. Eu e Draco estávamos meio que abraçados.

– Blaise? – falei e vi um misto de confusão e tumultuo em seu rosto. De repente, ele deu um sorriso e veio até mim.

– Charlotte? O que você tá fazendo aqui garota? – ele me abraçou forte e me girou no ar.

– Eu vim pra ficar, Blaise – disse quando ele me colocou no chão.

– Sério? Tá brincando? – ele parecia o Draco há uns segundos atrás – Isso vai ser demais! – me abraçou de novo.

– Hem Hem – A garota bonita que havia chegado com Blaise pigarreou e todos olhamos para ela – Ninguém vai me apresentar, não? – ela sorriu.

– Charlotte, essa é a Pansy – Draco falou e eu sorri para a garota, fui até ela e a abracei.

– É um prazer em te conhecer – disse e ela sorriu também.

– Eu digo o mesmo – falou e eu comecei a me sentir mais confortada.

– Draco, temos problemas – Blaise falou.

– Não maiores do que os meus, Blaise – Draco disse se sentando no sofá, passando as mãos pelo rosto e pelos cabelos. Ele estava nervoso, conhecia Draco muito bem.

– Ah, pode crer que são – Blaise sentou na mesinha de centro e Pansy me puxou para sentar no sofá, uma de cada lado do loiro.

– O que foi dessa vez, garotos? – Pansy perguntou.

– Vaisey está doente e não pode jogar amanhã, o que significa que perdemos um artilheiro – Blaise contou.

– Mas não pode ser – Draco ficou mais nervoso ainda – Tudo para o meu dia ficar melhor, só pode.

– Quadribol, é? – perguntei e os garotos assentiram. Blaise começou a olhar para mim e foi como se seu rosto se iluminasse de uma hora para outra.

– Charlotte, você jogava quadribol, não é mesmo? – o moreno perguntou com ansiedade.

– Sim, mas isso foi no segundo ano – respondi e ele ainda me encarava.

– Posição? – ele perguntou e Draco passou a me olhar também.

– Olha, eu não jogo faz muito tempo, gente, isso requer trein...

– Posição? – ele insistiu.

– Artilheira, mas...

– Sem mas – Blaise se levantou – Preciso avisar ao Flint que achamos uma substituta – já ia indo em direção aos dormitórios e eu comecei a me desesperar.

– Blaise?! – me levantei e o segui. Ele parou onde estava e me escutou - Eu joguei já faz mais de três anos! Eu não vou saber...

– Char, é quadribol. Isso a gente nunca esquece – ele disse e subiu as escadas. Voltei ao sofá e me joguei ali.

– Não fica assim, pequena – Draco passou o braço em volta de mim e me puxou para mais perto – Vai dar tudo certo.

– Eu vou é me estatelar no chão, isso sim. Tem ideia do que é montar em uma vassoura pela primeira vez em três anos? Isso não vai dar certo.

– Hey, relaxa – Pansy se levantou e ficou na minha frente no sofá – O Draco vai te proteger, não vai Draco? – ela falou essa ultima frase olhando exigente para ele.

– Vou, é claro que vou – Pansy se levantou e foi até uma estante cheia de livros – Se não eu sei o que vai acontecer comigo – Pansy se virou para ele e jogou uma almofada na sua cara, rindo da situação.

– Você hein, tá que nem o Blaise, não toma jeito – Pansy falou e bagunçou os cabelos do loiro.

– Vocês são namorados? – perguntei e os dois caíram na risada.

– Eu e Blaise? – Pansy falava entre risos – Que castigo seria isso, meu deus – ela riu mais enquanto Draco estava roxo de tanto gargalhar. Eu sorri e balancei a cabeça.

Pelo jeito, Blaise ainda era um garoto galinha. Ele sempre foi, desde o segundo ano. SEGUNDO ANO! Pelo amor de deus, éramos crianças!

– Pronto, tá tudo certo – o moreno ia descendo as escadas. Olhei para Pansy e Draco, os dois abafando risadas – O que foi?

Não nos aguentamos mais e voltamos a rir dele. Pansy caiu do sofá, puxou Draco e consequentemente eu também caí, pois o loiro me levou junto com ele. Ríamos tanto que até Blaise se jogou no chão e começou a rir também. Mal sabia que era ele o motivo das risadas.



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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram do capítulo? Gostaram da Charlotte?
Eu amei ♥
*: Meninas, sintam-se a vontade para se imaginar como a Charlotte tá bom?
Próximo capítulo é o jogo de Quadribol, e já tenho algumas ideias.
Queria agradecer a BellaVolturi pelos reviews. Ela deixou review em tudo que é capítulo, gente :) Obrigada linda, sério.
Obrigado também a todas que mandaram os personagens, eu gostei muito, mas não dava para escolher todas né? Bem que eu queria D:
Ok, eu vou indo, espero seus comentários me contando o que acharam e o que querem ver mais na fic.
Vocês que me inspiram, e eu amo namorar os reviews de vocês (:
Bom, vou indo. Ah, quem for a primeira a comentar nesse capítulo pode escolher um selinho dos boys ou das girls de Harry Potter. Anda, corre lá que não dá pra perder essa hein. hahahahaha
Ok, agora eu vou embora, beijinhos meu queridos.
Giulia Guadagnini ♥