A Casa De Klaus escrita por Bellah102


Capítulo 53
Capítulo 52 - Descobertos


Notas iniciais do capítulo

Tam-tam-tããããmmmmmmm!!!!



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Nessie

            Nos próximos dias, Klaus começou a levar muito sério esta história estranha de tenente. Ele me acordava aproximadamente 4 horas da manhã, muito antes do Sol nascer e me arrastava até o ginásio. Fazia-me aquecer, então correr, levantar pesos, mas acima de tudo, lançar-lhe pensamentos. Evoluímos até alcançarmos distâncias absurdas. Todos os dias eu chegava tão cansada à Casa que mal me agüentada de pé. Diversas vezes Jake precisou me carregar escadas acima.

            -Você precisa parar com isso.           

            Ele pedia, colocando-me na cama.

            -Qualquer coisa para proteger vocês.            

            Eu respondia, tocando seu rosto antes de adormecer. Mais tarde acordava e íamos todos comer. Eu estava dispensada da escola, o que dava motivos para que todos me contassem, tim-tim por tim-tim tudo o que tinha acontecido durante o dia. Às vezes eu que esquecia o quanto novidades eram escassas na Casa. Depois a turma toda se enroscada no sofá para ver 2 Broke Girls.

           

            -Ei, vou dar uma volta, está bem?

            Jake perguntou, enquanto Caroline Channing quase matava um garoto amish de tesão – literalmente. Levantei os olhos da televisão. Ele estava com roupas leves. Ia se transformar. Mas porque ele faria isso num frio desses?

            -Está bem. Mas tome cuidado com os limites.

            Ele assentiu e beijou minha testa.

            -Sem problemas. Vejo vocês mais tarde.      

            Acenei para ele, enquanto ele partia. Uni as sobrancelhas, curiosa sobre o que ele faria.

            Os dias prosseguiram, cansativos e tediosos. Lentamente comecei a me sentir mais forte e mais disposta para os treinos de Klaus. E ele parecia cada vez mais, se não feliz, satisfeito com o meu desempenho. Minhas imagens estavam alcançando distâncias cada vez maiores – embora eu tivesse medo de para que Klaus queria usá-las – eu estava orgulhosa do meu progresso e das barreiras que eu estava ultrapassando.

            Mais tarde comecei a perceber que Jake frequentemente sumia durante a noite e quando voltava parecia sério, pensativo e tenso, como se algo estivesse preste a acontecer. Apesar do que ele dizia, eu tinha certeza que ele não ia à floresta simplesmente porque sentia falta de se transformar. Algo a mais estava acontecendo com ele, algo sério. Eu percebi isso em seus longos silêncios pensativos. Mas o que ele podia estar aprontando?

            Em uma noite, decidi segui-lo. Vesti um casaco e esperei até que ele se transformasse e se afastasse o bastante para que não me visse, ouvisse ou sentisse meu cheiro. Felizmente – pelo menos neste aspecto – o vento frio estava contra mim. A neve em flocos começava a se acumula sob nossos pés e eu pude facilmente seguir as pegadas lupinas de Jake através da clareira. Puxei o capuz sobre a cabeça e puxei o cachecol sobre a boca, deixando apenas os olhos visíveis, protegendo o resto do frio.

            Atravessei o cobertor de neve ainda fino até as árvores desnudas. Só precisei de alguns passos para ouvir vozes murmuradas sob o vento. Vozes muito familiares. Dei um passo atrás. Não.

            -Ela está aqui.           

            Avisou uma das vozes, olhando direto como mim com seus olhos dourados. Oh não. Eles estão aqui de novo. Foi tudo o que eu tive chance de pensar antes de desmaiar.

            Demorei a entender que estava de volta no meu quarto. Algo não parecia certo na caneca que fumegava na minha mesa de cabeceira. Respirei fundo, lembrando-me do que agora se escondia na floresta ao redor da clareira da Casa.

            -O que eles estão fazendo aqui?

            Perguntei, sabendo que Jake estaria por perto. Ele saiu de perto da janela, vindo até a cama de Lizzie e sentando-se na ponta dela, à minha frente.

            -Você realmente achou que eles desistiriam de você?

            -Esperava. – Suspirei. – Você precisa convencê-los a irem embora. Você sabe agora, como todo mundo aqui. É perigoso demais... Se Klaus os encontrar...

            -É tarde demais. Mesmo se eles forem não vai adiantar nada.

            Uni as sobrancelhas, o estômago se revirando.

            -O que quer dizer?

            -Eles estão chegando. Os Volturi.

           

            Eu passei a noite acordada, escondida no meu armário. Não tinha certeza do porque de estar me escondendo. Sabia que aquilo não faria as coisas melhorarem. Mas me sentia observada, como um veado em um campo aberto em temporada de caça, caçada por todos sem descanso, e aquele armário me dava a ilusão de segurança e que, se eu não fizesse nenhuma besteira – tipo respirar – todos os outros fora do armário também estariam seguros.

            Porque os Volturi? Perguntei a mim mesma pela milésima vez. Este é o objetivo de Klaus, sempre foi, será que não vêem? Estão dando o que ele quer. Os híbridos só conhecem essa casa. Vão defendê-la por mais que odeiem Klaus. Se isso acabasse mal, o peso recairia sobre minha família. Não que não houvesse uma chance que eles ganhassem. Afinal, os Volturi eram os vampiros mais poderosos que a humanidade jamais conhecera – ou não conhecera.

            Mas eu não queria arriscar. Ninguém garantiria a segurança dos híbridos caso isso acontecesse.

            -Nessie? – Chamou a voz de Lizzie, sonolenta, de sua cama. – O que você está fazendo no armário?

            -Estou me escondendo.

            -Do que?

            Precisei pensar por um longo tempo para descobrir do que eu realmente estava com medo. De Klaus, sim, como sempre. Do fracasso. Da morte. Mas acima de tudo:

            -Do futuro.

            -Bem, boa sorte para se esconder dele...

            Durante 5 anos, minha noção de futuro havia sido transformada e condensada em uma forma guerrilheira de vê-la. Eu estava viva e bem hoje, mas podia não estar amanhã. A estabilidade só vinha em uma forma: Não sairia da Casa jamais. Esta era a única certeza, e era, de certa forma, tranqüilizadora. Sem erros, sem problemas.

            E então, de repente, havia uma saída. Uma porta que se abria feita de portas fechadas. Esta porta oferecia uma promessa de futuro, tão doce e afável como que feita por lábios de mãe. Através dessa porta eu poderia voltar para Washington, para a minha casa. Eu e Jake finalmente estaríamos livres para viver nosso amor intensamente a cada dia. Haveria um amanhã. Tio Jasper sorriria mais vezes. E Klaus não seria mais uma ameaça. Não havia uma palavra daquilo que não me soasse boa como o paraíso. Então porque sentia tanto medo?

            E Lizzie? Viria conosco? Ela se adaptaria bem à mansão Cullen e seus habitantes? E Riley e Nova? Manter cães próximos à vampiros que se alimentam de animais não soava como uma boa ideia. E todos os meus amigos? Eram todos sulistas e seguiriam seus caminhos. Alguns não teriam para onde ir. Os híbridos eram, em sua maioria, bastardo aos olhos dos pais – como Scott não se cansava de ressaltar.

            Lizzie gritou dentro do quarto e a porta do armário se abriu com violência. Atrás de Scott ouvi Klaus convocar Lizzie. Cada gota de sangue dentro de mim congelou. A mão de Scott fechou-se sobre meus cabelos.

            -Acha que eu sou idiota? Da próxima vez mantenha sua família asquerosa longe dos animais. Sabe o trabalho que vai dar para explicar isso para a polícia ambiental?! – Ele sorriu e me pôs de pé, puxando-me os cabelos. – É claro, se fosse haver uma próxima vez. 


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