A Casa De Klaus escrita por Bellah102


Capítulo 32
Capítulo 31 - O novo amigo de Lizzie


Notas iniciais do capítulo

TENHO DOIS RECADOS IMPORTANTES NAS NOTAS FINAIS! LEEEEIAM POR FAVOR!



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Lizzie

Saí da lagoa cedo para ir até o prédio dos homens fortes e de carrancas engraçadas. Era legal segui-los e imitar suas expressões. Mas naquele dia tinha uma missão: Devolver a bóia a eles. Nessie me garantira que Elijah não precisaria dela, então eu precisava devolver. A caminhada até lá era solitária e quieta sem Boi. Apesar de estar me divertindo o máximo que eu já havia me divertido na minha vida, não podia parar de pensar em como seria com Boi ali para brincar comigo. Se brincaria na água, se teria medo dela, se comeria os peixes que faziam cóceguinhas nas minhas pernas quando eu nadava...

De qualquer modo, ele estava na Casa, provavelmente me odiando por deixá-lo para trás. A fachada do quartel apareceu entre as árvores. Empurrei a trava da porta e a empurrei com um ombro.

Sob a sombra do teto, a sala era geladinha de uma forma gostosa. Haviam pás doidinhas chamadas ventiladores presas no teto, que eram muito semelhantes às pás das máquinas voadoras que os homens fortes usavam para ir para cima e para baixo no parque – E que parecia um insetão. O homem de pele bonita estava escondido atrás de um computador. Eu gostava da cor dele. Luka e a Greta-Morcega tinham uma cor de caramelo – Apesar de não serem doces como ta – Mas aquele homem... Ele era da cor de uma árvore e da terra. Só havia uma explicação para aquilo:

ELE ERA UM DUENDE!

–Oi Sr. Moço. Eu trouxe a sua bóia de volta.

Eu disse, indo até a mesa. Ele desviou os olhos escuros do computador e sorriu.

–Não precisa devolver. É um presente.

Dei de ombros.

–Eu não preciso e meu amigo vai aprender a nadar – Eu disse oferecendo a bóia a ele por cima da mesa. Ele relutou em aceitá-la de volta, mas por fim, colocou-a atrás da escrivaninha. Olhei curiosa, as fotos em cima de sua mesa. – Quem são essas pessoas? São suas amigas?

Ele olhou as fotos, lembrando-se do que estava fazendo.

–São... Pessoas perdidas. Eu tenho que achá-las.

–Você acha pessoas? – Duendes achavam as coisas. As evidências estavam cada vez mais óbvias. – Esse é o seu talento?

–Talento? – Ele riu – Não. Só as encontro quando vêm até aqui.

Dei a volta na mesa, espiando o computador. Havia uma lista giganormica de nomes na tela.

–Acho que pode achar uma pessoa para mim?

Ele fez que sim.

–Acho que depende. Quem você quer encontrar, menina linda?

–Minha mãe.

–Sua mãe? Ela deve estar em casa, esperando você voltar do acampamento...

Fiz que não.

–Ela com certeza não está na minha casa. Ela foi viajar para muito longe, logo depois que eu nasci. Ele me deixou com a Nessie para cuidar de mim. Eu sei que ela vai voltar, mas Nessie diz que não.

Ele fez que sim, parecendo entender algo a mais nas minhas palavras. Ele desviou os olhos e limpou a garganta, parecendo desconfortável.

–É... Bem... Acho que não posso encontrá-la se ela está... Viajando. – Baixei os olhos, decepcionada. Mamãe não me encontraria e eu não a encontraria. Iríamos continuar separadas, até que ela decidisse voltar. Ele levantou meu rosto com o indicador – E seu pai? Qual o nome dele? Talvez possa encontrá-lo.

–Jura?! – Perguntei, animada. Nunca tinha pensado em procurar por ele. Talvez ele soubesse onde a mamãe estava, e podíamos encontrá-la! Ansiosa, subi em seu colo, para ver a tela cheia de nomes. O homem-duende pareceu um pouco hesitante antes de se aproximar do computador. – O nome dele é Frank Forbes. Digita, moço, digita! E é com F, viu?

Ele riu e digitou o nome. Um retrato abriu-se. Frank Forbes era como eu. Sorridente. Uma criança grande. Apesar da altura que dizia que era adulto, eu podia ver a verdade por trás dos olhos azuis, que havia um sorriso oculto, por mais que estivesse sério. Senti-me instantaneamente atraída para aquela imagem do homem loiro. Estiquei a mão em direção à tela.

–Meu pai...

Eu disse, abismada.

–Você não o conhecia? - Fiz que não, ainda estarrecida – Bem, aqui diz que ele mora em Wyoming. Não é muito longe daqui. Se o seu chefe de acampamento deixar, podemos ir até lá.

Baixei o rosto e suspirei, decepcionada, deixando a mão cair sobre a mesa.

–Klaus nunca vai me deixar ir.

–Porque não?

–Porque ele não quer que eu conte segredos para o meu pai.


Bruce

Elisabeth voltou para o acampamento, em parte atordoada por ver o pai pela primeira vez, em parte decepcionada por não poder ir encontrá-lo. Eu sabia bem com era aquilo. Não conhecera meu pai por longos 17 anos, e um dia ele apareceu em meu quintal, pedindo dinheiro. Mas aquilo era mais do que um abandono. Sua frase macabra fizeram mãos geladas brincarem pela minha coluna abaixo. Não era comum alguém tão novo dizer algo tão perturbador.

–Com licença. Você tem caneta e papel?

Pediu uma mocinha do acampamento de Lizzie. Fiz que sim e alcancei a ela.

–Qual o seu nome?

Perguntei, tentando distrair meu foco da foto a minha frente, com o pai de Lizzie rindo de mim secretamente.

–Anna.

Ela respondeu baixinho.

–Você conhece a menina que acabou de sair daqui?

Anna fez que não, fazendo a caneta voar pelo papel, com uma letra pequena. Fiz que sim, e o silêncio me corroeu por dentro. Não consegui agüentar. Alcancei o telefone e disquei o número que constava na ficha abaixo da foto do homem.

–Frank Forbes? – Perguntei, quando uma voz masculina atendeu. – Creio que encontrei sua filha.

Nessie

–Ei, me desculpa.

Disse, Elijah, sentando ao meu lado em um dos troncos a frente da fogueira. Suspirei e lancei um sorriso a ele.

–Me desculpe também. Não devia ter explodido com você.

–Então... Estamos bem?

Ele perguntou, hesitante. Ele tinha a mesma opinião que eu. Não queria que fôssemos dormir brigados. Isso só pioraria tudo. Fiz que sim e aproximei-me para beijá-lo. Ele respondeu com entusiasmo. Era como se a briga só houvesse aumentado sua energia. Nos tornamos vorazes, ardentes, eu ousaria dizer. Eu alcancei seu cabelo e nos envolvemos tanto que acabamos caindo na grama. Nem o impacto com a grama macia foi o suficiente o bastante para nos fazer parar. Mas sua mão subindo por baixo da minha camiseta sim. Pousei as mãos sobre seu peito e o empurrei.

–Nós não precisamos estragar isso.

Ele suspirou, baixando os olhos. Porém não era vergonha o que ele sentia.

–Eu não serei como ele.

–Eu não quero. Você não é o único que tem o direito de querer seu quebrado.

Eu disse, empurrando-o. Cruzei os braços e corri para a barraca, inundada de memórias daquela noite horrível, que jamais seria apagada da minha memória. Se ele queria ser respeitado pelos seus traumas, que respeitasse os meus.


–Vamos suas lesmas lerdas!

Gritou Scott, nos apressando para dentro do ônibus. Eu e Lizzie guardamos as malas e estávamos subindo na máquina quando algo nos fez parar no meio do caminho.

–Não. Você não.

Disse ele, colocando a mão para impedir Anna de subir no ônibus. Ela se encolheu, assustada.

–Algum problema?

Perguntou. Scott fez que sim, empurrando-a para o lado para que os outros entrassem. Jeremy colocou a mala no ônibus e olhou de Anna para Scott, confuso.

–Qual o problema aqui?

–Não é da sua conta.

Disse Scott, cruzando os braços. Jeremy o imitou, dando um passo a frente. Scott era quase uma cabeça mais alto que ele.

–Ela é minha amiga.

–Jeremy!

Chamou Jenna, descendo do ônibus para apartar o que seria uma discussão com um final desastroso.

–Scott não quer deixar Anna entrar!

Disse o garoto, como se reclamasse para a mãe que o amiguinho não o deixava brincar com um brinquedo. Agora eu via porque Bonnie era tão arisca quando àquele garoto. Ele era uma criança. Jenna pediu a Scott uma explicação com os olhos.

–Ordens de Klaus.

Jenna fez que sim. Não precisava saber mais do que isso.

–Jeremy, querido, entre no ônibus.

–O que Klaus quer com ela?!

Gritou, interrompendo o pedido de Jenna.

–Quer saber?! Sua amiguinha vez uma ligação ontem! A rapariga estava querendo contar segredos!

–Uma ligação?

Ele perguntou, confuso. Anna parecia tão confusa quando ele. E foi nesse instante que Klaus chegou. E eu soube o que ele ia fazer.

–Lizzie, para dentro, rápido.

Subimos as escadas para o segundo andar do ônibus. Elijah assistia a cena pela janela. Fiz sinal para que ele fechasse as cortinas. E antes que nos sentássemos, o tiro ecoou pelas paredes de metal do ônibus.

–NÃO!

Ouvimos Jeremy gritar, tarde demais. Lizzie tropeçou e caiu no chão. Ajoelhei-me ao lado dela, e Elijah levantou, vindo na nossa direção. Lizzie tinha os olhos cheios de lágrimas quando olhou para mim.

–Eu não posso ajudar.




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Notas finais do capítulo

RECADOS! LEIAM!
-Recado muito importante #1 - Eu sei que o capítulo ficou pequeno. Eu tinha planos de postar o 32 junto e isso me leva ao segundo recado.
-Recado MUITO IMPORTANTE #2 - ESTOU DECLARANDO ESTADO DE HIATUS EM TODAS AS MINHAS FICS POR UM MÊS. ISSO SIGNIFICA SEM POSTS DO DIA 1 DE NOVEMBRO ATÉ O DIA 30!
A razão é porque eu vou me concentrar em escrever o meu Original. Eu me inscrevi neste site, cujo objetivo é escrever 50000 palavras em um mês, o que deve ser, mais ou menos, umas cem páginas de word. Só que, vejam só vocês, eu gasto muito tempo precioso digitando e bolando coisas novas para o Casa de Klaus e minhas outras fics, e como eu quero muito terminar esse livro antes do fim do Ensino Médio - que está um pouquinho longe, mas enfim - eu estou declarando esse hiatus que vai durar até 1 de Dezembro.
Se alguém se interessou pela proposta do site e quiser participar comigo, vou ficar super feliz!
http://www.nanowrimo.org/en/dashboard
-Recado nem tão importante #3: Daqui exatamente dois meses vai fazer um ano desde que eu postei o primeiro capítulo de Casa de Klaus. Cara, passou muito rápido... Como eu vou ficar um mês sem vir aqui, e provavelmente eu vou esquecer disso, eu só queria agradecer vocês tipo muito, por todos os reviews, as recomendações... Vocês são as melhores leitoras que existem! Mesmo que não comentem em um capítulo, no próximo estão de volta, e me aturam com as minhas loucuras quando eu fico sem postar.
Espero continuar contando com todas vocês quando eu voltar, porque eu amo Casa de Klaus, e amo cada uma de vocês. Eu adoro escrever para vocês e espero que vocês também gostem da história e estejam por aí em Dezembro quando eu voltar a postar...
Sem mais delongas... Beijinhos!