A Casa De Klaus escrita por Bellah102


Capítulo 11
Capítulo 10 - A caçada com Elijah


Notas iniciais do capítulo

WHATS UP YO?
Quem está pronto para caçar com Elijah? Eu estou! Eu estou!
Divirtam-se vampirinhas!



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Chegando no andar de baixo, as duas TVs estavam ocupadas por dois grupos. Um deles era composto apenas de meninos, então resolvi manter distância. Felizmente, Elena fazia parte daquele grupo de meninas desconhecidas no outro buraco.

            -Elena, oi!

            Eu disse aliviada. Ela me observou de cima abaixo, com um olhar superior que eu não tinha visto nela antes. Espera... Seu cabelo estava ondulado? Quando ela tivera tempo de fazer baby liss? E com que propósito ela faria isso? Afinal estávamos separadas do mundo, o que importaria? Então abriu um sorriso digno de um gato e revirou os olhos castanhos.

            -Já entendi. Você deve ser a garota nova. A maioria aqui já sabe a diferença entre mim e Elena. Bom saber que ainda tenho alguém para enganar. – Ela disse sorrindo. Não era Elena? Então... – Sou Katherine. Eu e Elena somos gêmeas.

            -Gêmeas? – Perguntei e ela confirmou - Está bem. Acho que Elena deixou de mencionar essa parte. Mas vou me lembrar.

            -Ótimo. – Ela disse ao estilo Sharpay Evans. – Essas são minhas amigas: Isobel, Cherrie, Greta, e Vicki.

            Isobel era morena dos olhos verdes, observando-me com a mesma expressão de superioridade que Katherine, e seu sorriso era avaliativo, como se gostasse do que quer que visse em mim. Algo nela não cheirava bem. Cherrie tinha cabelos castanhos curtos e lisos, com traços franceses, o nariz pequeno e as maçãs do rosto altas, mas não dava sinais de ser metida como qualquer uma das outras. Greta era uma afro-americana, cuidava de colocar os cabelos cacheados para trás com um grande lenço tingido com cores e em formas psicodélicas, e nos seus lábios grossos encontrei mais um sorriso de superioridade. Aquela turma parecia ser cheia deles. Vicki era ruiva com o cabelo levemente ondulado, e seus olhos claros lembravam Matt. Bonnie tinha falado sobre ela, certo? Namorava o irmão de Elena... Qual era a palavra que tinha usado para descrevê-la? Psicótica?

            -Venha sentar conosco.         

            Disse ela, abrindo um sorriso maldoso. Com um sorriso desconfortável disse que não e fui na direção da cozinha. Quando uma psicótica que chamar para sentar com ela em um sofá, e você tem amor a sua vida, é melhor que você não a siga. Podia esperar Elijah na cozinha. Seu eu não estivesse no Hall, ele me procuraria lá com certeza.

            Aos poucos, as pessoas que jantavam foram embora, assim como os dois grupos que assistiam filmes. Quando o relógio na parede da cozinha marcou onze horas, a casa toda parecia mergulhada num silêncio de morte. Mesmo estando muito irritada com o atraso de Elijah – três horas, tenha dó! Isso é muito deselegante! – Aproveitei meu tempo para conhecer melhor a casa. Conheci a lavanderia, e desci novamente ao porão para explorar mais. Um relógio para a mesa de cabeceira, um mouse para o meu notbook, um ou dois pares de cobertores, e um travesseiro foram uma boa pedida, porque essas coisas deviam ter ficado na minha cama em casa, porque não as vi nas caixas. Deixei tudo por cima e desci ao andar de baixo, ainda tendo esperança que Elijah aparecesse. Estava com tanta sede...

            Liguei uma das televisões e liguei nas reprises do Disney Channel HD. Suas séries eram bobinhas, e me distraíram até a meia noite. Foi quando ele apareceu. Em um momento eu estava assistindo Boa Sorte Charlie, e no outro, Elijah estava a minha frente.

            -Achei que não vinha mais.

            -Mentira. Senão, não estaria aqui.                                     

            -Verdade. Mas sempre quis dizer isso. Está pronto? – Ele fez que sim, sério. – Então vamos.

            -Você não tem rifles. Como vamos caçar?

            Ele perguntou quando estávamos a frente da casa. Revirei os olhos. Seria possível que um animal criado geneticamente para matar, fosse assim tão estúpido quando alimentado sem caça a vida toda?

            -Elijah, abra a boca. – Ele o fez. – Estão aí as armas que precisa.

            -E como vamos encontrar os animais?

            -Você é um vampiro. Feche os olhos e sinta o cheiro do sangue deles.

            De uns tempos para cá, enquanto ainda caçava nas montanhas que cercavam Forks, eu começara a admirar o lado poético e romântico da caça. Quando fechávamos os olhos e estendíamos os sentidos a frente como um sonar, era como um filme. Podíamos sentir cada pulsação de qualquer animal que estivesse dentro do nosso alcance. Podíamos sentir o quanto cada animalzinho dependia do outro, no momento em que um pulsar se acabava, e que outros oito começavam a ser ouvidos. Não demorou até que eu achasse as presas naquela noite.

            -Me siga.

            Eu disse à Elijah. Quando cheguei ao local, já automaticamente enterrei a mão na toca do coelho, sentindo sua pelagem macia indo de encontro com a minha mão. Eu sinceramente preferia cervos. Ofereciam pouca resistência, e geralmente eram preciso poucos para saciar-me. Mas coelhos assim, eu precisaria de muitos e não me alegrava a perspectiva de comer filhotes. Precisava encontrar algo maior, mas primeiro, aquele. Quando Elijah chegou onde eu estava, o pelo branco do coelho já estava todinho manchado ao redor do pescoço. Ele tentara lutar com as patinhas, mas por fim, eu venci.

            -É uma pena. – Disse, sentindo o líquido quente e pulsante descer pela minha garganta. – É tão lindo.

            Larguei seu corpinho na grama. Enfiei a mão novamente na toca e Elijah se ajoelhou ao meu lado. Aninhei o coelho assustado contra o corpo.

            -Não sei se posso fazer isso. Não podíamos começar com algo que eu seja capaz de odiar? Como um lobo, ou algo parecido? É só um coelhinho.

            Levantei os olhos para ele.

            -Não. Não caço lobos, e não acho provável que encontremos nenhum urso, ou leão das montanhas, o que nos trás ao pequeno coelho. É fácil. Depois que começar não vai pensar. Tudo o que precisa fazer é morder.

            Entreguei o coelho com o coração acelerado a ele. Ele procurou meu olhar antes de começar como se pedisse permissão. Acenei com a cabeça para que ele continuasse, e ele baixou os olhos para a presa. Era a sede coçando sua garganta. Cautelosamente ele se aproximou o pequeno pescoço do animal e cravou os dentes nele. Nos seriados de vampiros, quando uma pessoa ou animal é mordido, os efeitos especiais fazer parecer que o barulho é semelhante à abrir um pacote de salgadinhos, mas na vida real era bem silencioso. Não demorou muito até as patinhas do coelho parassem de se mexer e menos ainda para que Elijah baixasse seu corpinho até o colo e suspirasse.

            -Não foi tão ruim quanto achei que fosse.

            Ele disse olhando para baixo, acariciando o pelo macio do bichinho.

            -Eu sei que a gente se sente culpado depois, mas é melhor do que comer pessoas. Vem, vamos achar uma coisa que você possa odiar.

            Fechei os olhos novamente, escutando. Esquilos nas árvores, mais coelhos pelo chão. Pássaros se escondiam nos seus ninhos que abrigavam ovos pequenos do tamanho do meu mindinho, que também tinham seus pulsares fraquinhos. Um pulsar maior revelava uma raposa vermelha na sua toca do outro lado da enorme clareira.

            -Você pode odiar uma raposa?

            Perguntei a ele.

            -Acho que se ela comer minhas galinhas sim.

            -Então traga sua galinhas. 


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