I Hate Everything About You escrita por Adams


Capítulo 9
Odeio o modo como me machuca


Notas iniciais do capítulo

Oieeee pessoinhas lindas. *-* Como vão todo mundo?
Está aqui mais um capítulo saído no meio da madrugada de mais uma noite de insônia de um escritora insana. Kkkkkk.
Bem, que tal eu parar de enrolar né?!
Espero que gostem.



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Capítulo Nove – Odeio o modo como me machuca

Copiei rapidamente o que a professora de química passava na lousa.

Sempre me pergunto: Por que diabos existe essa matéria?!

Balancei a cabeça, desconcentrada. Sem perceber, copiei novamente a mesma palavra, mas somente risquei-a, rasurando o caderno já nem um pouquinho – olha o sarcasmo em meus pensamentos – rasurado.

– Lea, você ainda não me respondeu por que ontem quando eu fui à sua casa, você não estava. Caramba, você nem sequer me atendeu quando te liguei! – Disse Trisha, dando-me um olhar indignado. Tenho certeza que isso é porque ontem ela deveria estar querendo muito tomar um porre com o vinho.

– Eu saí ontem e esqueci o telefone em casa. – Dei de ombros, como se não fosse importante, nem sequer levantando meu olhar da folha do caderno para encará-la.

– Aff – murmurou.

Pude senti-la revirando os olhos azuis.

Meu estômago roncou.

– O que foi isso? Um trovão? Ou só o estômago da Leana? – Disse uma voz zombeteira atrás de mim.

Vamos fazer as contas? Acordar tarde + uma advertência por chegar tarde ao colégio + um mau-humor infernal por ter de sair correndo de casa + não ter tomado café da manhã e estar morrendo de fome + Cameron me enchendo o saco = eu estando a dois segundos de dar um soco em alguém.

Virei-me para trás rapidamente.

– Cala a boca, cretino – cuspi as palavras, destilando um ódio mortal que não sei de onde tirei.

– Oh, ela sabe xingar que nem uma criança – zombou desdenhoso, com um toque de maldade ao se referir a mim como uma criança.

Eu odeio quando me chamam de criança!

Peguei a primeira coisa que vi e joguei em Cameron, notando se tratar do meu caderno quando a capa – de veludo roxo que eu encapei – acertou em cheio o lado direito do seu rosto.

Achei muito legal quando vi que o rosto dele estava ficando vermelho onde o caderno – agora no chão – havia pegado. Achei mais legal ainda quando ele ficou completamente vermelho de raiva, e estava pronto para cometer um assassinato em público.

É impagável a careta que ele faz.

Acredite quando digo que às vezes ele tem o olhar de um psicótico. E isso é realmente assustador, como agora.

– Para a diretoria. Agora! – A professora gritou ao nosso lado.

Somente agora notei que ela estava aqui.

Sempre quando brigo com ele, perco o controle e tudo parece simplesmente sumir. Odeio quando isso acontece.

– Mas professora... – Tentei explicar-me.

– Agora!! – Gritou nervosamente, com o rosto tomando tons vermelhos e as mãos travadas em punhos.

Cameron só revirou os olhos, seguindo em direção à porta. Fui atrás dele em silêncio.

– Cretino – murmurei furiosamente, passado ao lado de Cameron e trombando propositalmente em seu ombro.

– Dá pra parar de criancice?!

– Olha quem fala. O garoto que tem a mentalidade de uma criança de sete anos. Não, até uma criança de sete anos tem mais mentalidade que você – retorqui com sarcasmo, revirado os olhos em seguida.

Ele bufou.

Seguimos o restando do caminho em silêncio, até chegarmos à diretoria. Bati na porta.

– Entre. – Disseram lá de dentro.

Hesitante, entrei seguida de perto por Cameron.

A diretora nos olhou entediada.

Sempre que vínhamos para a sua sala era porque havíamos brigado na sala de aula. Da última vez foi porque ele tentou incendiar minha mochila e eu quase tê-lo quebrado o nariz.

– O que foi dessa vez? – Indagou irritada, dando um suspiro desgostoso.

– Essa maluca jogou um caderno no meu rosto – disse ele apontando freneticamente para a marca vermelha que havia no lado direito da sua face.

Revirei os olhos.

– Porque esse idiota não sabe calar a boca e não se meter onde não foi chamado – ralhei, estreitando meus olhos em direção à Cameron.

– Acho que já ouvi demais – disse a diretora, chamando nossa atenção. Ela pegou um papel em sua mesa, escreveu alguma coisa e nos entregou. – Os dois estão suspensos amanhã e só será permitida a entrada de vocês quando me trouxerem esse papel assinado pelos responsáveis. Se tornar a acontecer, chamarei os seus pais e o próximo passo será a expulsão. Fui clara?! Já estou cansada dos dois sempre brigando feito gato e rato.

– Sim, senhora – murmuramos Cameron e eu em uníssono.

– Podem ir – disse ela, fazendo um gesto com a mão que indicava claramente a saída.

Assim que estávamos longe o suficiente para a diretora não escutar, dei um tapa com toda a minha força no braço de Cameron.

– Ai! – Reclamou, esfregando a mão no local onde bati.

Revirei os olhos.

– Você me paga por me fazer levar uma suspensão! Vai se arrepender de ter me irritado um dia.

– Ah, e quem vai me fazer eu me arrepender? Você?! – Ele riu daquele jeito desdenhoso e quase psicótico que tanto odeio.

– Você não sabe com quem está se metendo!

– Escuta aqui, durante todos esses anos que você me irrita eu sempre relevei muita coisa porque eu me lembro daquela garotinha meiga que já foi a minha melhor amiga e simplesmente da noite para o dia começou a me odiar, mas agora chega! Cansei de você bancando a sabe tudo e colocando a culpa das coisas que você faz pra cima dos outros! Cansei da sua implicância, do seu mau-humor, das ótimas lembranças que tive do seu lado. Cansei do modo como me trata agora sem eu nem saber o motivo. Simplesmente cansei de você. Fazemos assim então: fica fora do meu caminho, que eu fico fora do seu – disse Cameron com a voz controlada, deixando somente aparente um pouco da frustração ao cerrar os punhos ao lado do corpo, apressando-se em se retirar de perto do mim o mais o mais depressa possível.

Fiquei imóvel, somente o olhando desaparecer no corredor com passadas longas e tensas.

Como odeio o modo que ele me enfrenta, dizendo tudo o que passa na sua cabeça sem nunca pensar antes. Odeio o modo como ele sempre soa tão claro e muitas vezes, cortante. Odeio o modo como ele sempre parece mais lúcido do que eu quando nos falamos. Odeio o modo que somente olhando para o seu rosto me lembro de coisas que quero esquecer.

Simplesmente odeio o fato que mesmo ele nunca conseguindo perceber, sempre acaba me ferindo com suas palavras. Por mais que eu não demonstre, eu sinto o quanto suas palavras me machucam.



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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Mereço reviews?
E o que vocês acham que fez a Leana odiar o Cameron? Não esperavam que eles já tivessem sido melhores amigos né?!
Comentem gente!! Façam uma escritora Feliz!! Kkkk' :D