De Repente, É Amor escrita por Sophia


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Capítulo cheio de emoções, e um pouquinho de lágrimas também, espero que vocês gostem!
Boa Leitura!



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Eu estava acima da velocidade permitida, eu seria multada, mas isso pouco me importava. Eu precisava vê-los, saber se estavam bem. Angela, Eric e Riley sofreram um acidente enquanto estavam na estrada de volta para Forks, eu esperava que eles estivessem bem. Deus é justo certo? E ele nos ama, não quer nos ver sofrendo... Então eles estariam bem.

Assim que cheguei ao hospital avistei Edward, ele estava sentado na sala de espera, com a cabeça baixa e o rosto entre suas mãos, que sempre subiam e puxavam seus cabelos, seus ombros tremiam e eu pude ouvir baixos soluços conforme me aproximava. Ele estava chorando. Edward Cullen não chora. Nunca.  Eu podia sentir meu coração se apertando a cada passo que eu dava. Minhas vistas estavam embaçadas pelas grossas lágrimas que já caiam silenciosamente por meu rosto.

- Co-como eles estão? – perguntei com a voz falha e grossa pelo choro enquanto me sentava na cadeira ao lado da de Edward. Ele levantou a cabeça lentamente e olhou nos meus olhos. Edward estava com os olhos vermelhos e melancólicos, não havia aquele sorriso sacana que ele sempre trazia em seus lábios. Esse definitivamente não era o Edward Cullen que eu conhecia há anos.

- Eu insisti tanto com Eric para que eles dormissem lá em casa, você também pediu, Riley pediu Bella... – ele estava transtornado sua voz estava mais grossa e rouca do que era de costume, eu tomei suas mãos entre as minhas e continuei em silêncio, dando o aval para continuar. – Mas eles foram e..., bem o policial disse que um caminhoneiro bêbado, chapado Bella, o desgraçado avançou o sinal no cruzamento e acertou em cheio o carro deles... – Edward tentava se controlar, sua expressão era de pura e unicamente dor a mesma que eu estava sentindo, eu já não segurava as lágrimas e os soluços que escapavam. – Bella, eu juro que se esse desgraçado tivesse sobrevivido, eu mesmo acabaria com ele...

- Como eles estão Edward, o caminhoneiro não me importa... Eu só preciso saber deles, eles estão bem não estão? Por favor, me diz que sim... – eu implorei desesperada por notícias de meus amigos...

- Eu não sei... Angela foi direto para a sala de cirurgia, Riley graças a Deus estava do lado oposto da batida e na cadeirinha, os médicos o estão examinando... - e então Edward parou de falar e voltou a chorar, dessa vez compulsivamente. Ele não precisava falar, eu entendi Eric... Deus, não, não era possível, Eric não... – a batida foi do lado dele, não teve tempo, ele, morreu na hora Bella... E eu nem pude me despedir do meu melhor amigo... Eu tinha tanto pra falar pra ele, eu... Não tenho mais ninguém Bella... Eric era meu único amigo, meu irmão... Eu não consigo sem ele.

Eu só pude abraçá-lo e chorar junto. E naquele momento, que pareceram ser horas, eu orei, orei e pedi a Deus que nos desse uma luz, um sinal, qualquer coisa que nos indicasse que no fim, tudo ficaria bem.

As horas passavam e tudo estava tão indefinido, cada segundo era como um tormento, Edward e eu estávamos calados, nós nos encarregamos de avisar aos familiares de Angela e Eric sobre o acidente. Não que eles tivessem uma família muito grande. A mãe de Angela faleceu quando ela ainda era muito pequena, Angela ainda tinha a sua avó materna, mas não tinha tios, então eram somente ela e seu pai, dois tios distantes e primos que nunca conhecera e claro sua avó Charlote, que já devia beirar os setenta anos.  Há mais ou  menos dois anos o senhor Weber faleceu. Já Eric, ainda tinha seus pais vivos, mas eles se mudaram para a América do Sul, Eric nem chegou a conhecer seus avós, e tinha somente um tio solteirão e bem maluco.

Deus, só de pensar em Eric meu coração se apertou e eu voltei a chorar, tão jovem, tão alegre, cheio de vida... Angela iria ficar arrasada, e Riley... Ah, Riley só cinco anos, ele sempre foi tão apegado ao pai, claro que ele era apegado a Angela também, mas com Eric, era diferente, meu afilhado tinha adoração pelo pai.

Fui tirada dos meus pensamentos quando senti Edward se levantar ao meu lado e quando olhei para cima pude ver dois médicos se aproximando de nós, eles mantinham aquele olhar extremamente profissional, um dos médicos, era um homem, um belo homem e que me parecia familiar...

- Pai, por favor, como eles estão? – assim que Edward falou me lembrei, era o senhor Cullen, pai de Edward, ele sempre foi um excelente médico, muito bem renomado. Diziam até que ele era um dos melhores do estado de Washington. Isso de alguma forma me trouxe um imenso alívio, saber que minha melhor amiga e meu afilhado estavam em ótimas mãos.

- Podemos nos sentar, por favor? – perguntou sério. Edward assentiu e sentou-se, o doutor Cullen sentou-se em um do bancos próximo a mim e a Edward, a médica que antes estava ao seu lado, sentou-se no banco ao lado do meu. – Isabella Swan certo? - ele– perguntou a mim e eu afirmei  silenciosamente. – Você cresceu menina... é uma pena nos encontrarmos em uma situação como essa... Bem, essa é a doutora Jane Volturi, ela é a pediatra responsável por Riley. Antes que vocês me interrompam perguntando desesperadamente, eu me adianto. Não há muito que fazer por Angela nesse momento, a cirurgia foi complicada e ela já chegou aqui muito grave. Eu sinto, mas creio que não há mais como salvá-la – eu não conseguia mais ouvir nada, eu sentia as lágrimas descendo silenciosamente por meu rosto, meu coração que antes estava apertado, se despedaçou, e já sentia um vazio crescendo em mim descontroladamente. Angie não tinha o direito de me deixar, nós nos prometos, ela viveria, ela viveria, ela viveria... eu repetia esse pensamento como um mantra em minha cabeça. E mais uma vez eu recorri a Deus, ele me daria força e confortaria meu coração. Então, eu orei mais, muito mais.

- Bella, vamos? – Edward me chamou, já havia se passado algumas horas desde que o doutor Cullen e a doutora Jane estiveram conversando comigo e com Edward. E desde então, estávamos em completo silêncio.

- Pra onde Edward? – perguntei confusa levantando meu rosto.

- Ver Angela, ela pediu pra falar com a gente, parece que ela piorou Bella e... – ele não conseguiu concluir, suspirou e puxou seus cabelos – podemos ir?

- Claro... Ela já, sabe, er... Sobre o Eric? – perguntei enquanto nos preparávamos para entrarmos no CTI (centro de tratamento intensivo)

- Sim, ela estava consciente na hora do acidente – ele respondeu com a voz mais rouca do que de costume. E então nós entramos, Edward estava logo atrás de mim, Angela estava ligada a máquinas, com uma mascára de ar no rosto, seus olhos estavam abertos, mas não havia brilho neles, não havia vida.

-Be-bella... – ela balbuciou fracamente enquanto tirava a máscara, e pus um dedo delicamente em seus lábios,  dizendo silenciosamente que ela não devia se esforçar para falar – por favor, e-eu preciso falar...

- Angie, é melhor você não fazer força, quando estiver melhor você fala – Edward disse, apartando suas mãos suavemente.

- Edward... e-eu tenho que falar isso, pe-pelo Eric, por mim.. . Eu preciso que vocês... Me... Prometam-me, que... Se algo acontecer comigo... Riley, meu filho, será cuidado por vocês, dois.

- Angela, você vai ficar bem, nada vai te acontecer, e por favor não se esforce falando amiga, Edward e eu viemos aqui só para te ver não pra te fazer falar – falei com a voz embargada pelo choro

- Pro-prometam-me Bella, Edward... – seus olhos estavam se fechando cada vez mais... eu estava vendo minha amiga partir, eu não iria deixar. De repente, os bips ritmados do aparelho que monitorava seus batimentos cardíacos aceleraram, Angela arregalou os olhos, num pedido mudo de ajuda... Eu estava paralisada enquanto ouvia Edward chamar por seu nome desesperadamente, e eu pude ouvi-lo dizer que prometia que ele e eu iríamos cuidar de Riley, juntos. E então entraram os médicos e enfermeiros, eu senti Edward me puxar para fora da sala, quando nos aproximamos da porta meu olhar se encontrou com o dela. Angela como sempre, me deu seu olhar cumplice e eu pude ver o fraco sorriso em seus lábios.

- Eu prometo Angie, vou cuidar de Riley como se fosse meu filho. – falei enquanto chorava, ela, apesar da gritaria dos médicos, pareceu me ouvir e balbuciou um fraco “Obrigada”. Aquela foi a ultima palavra pronuncibada por Angela.


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Notas finais do capítulo

Ai gente, que triste não é?
Bom, agora vamos ver como eles vão ficar e o que vai acontecer com Riley... bem, é isso.
Boa Noite e fiquem com Deus, até o próximo. E claro, lembrem-se que a autora aqui adora receber reviews!