The Voice Of Heart escrita por yin-yang


Capítulo 1
Capítulo 1 - Lembranças e Amizade


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo é um flash back, no qual mostra como Lenalee e Kanda se conheceram e como se tornaram amigos.



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“Uma verdadeira amizade nunca é construída de uma hora para outra, sempre leva um tempo para ser realmente chamada de ‘amizade’. É necessário que tenha a iniciativa de algum dos lados para se construir. Respeito, honestidade, sinceridade, lealdade e confiança; são palavras que são realmente necessárias para que uma amizade de verdade se concretize.”

Tudo começou quando descobriram que Lenalee Lee, a irmã caçula de Komui Lee, o Supervisor da Ordem Negra, era uma pessoa compatível com a Inocência, em outras palavras, teria que se tornar uma exorcista. Todavia, ela somente tinha nove anos de idade e não queria participar da mesma, assim, foi levada à Ordem na marra. A menininha chinesa chorava de desespero, queria ir embora, mas não podia, seu irmão tentava acalmá-la, porém inutilmente. O único jeito era lhe dar um sonífero. Então, após dar-lhe o suposto remédio, Komui a levou em seu novo quarto, onde seria o novo lar dela. Na hora que estavam a carregando, um pequeno exorcista, Kanda Yuu, de apenas 11 anos, voltava de uma missão. O pequeno era solitário naquela Ordem, pois, até então, ele era a única “criança”.

Na manhã seguinte, Kanda estava a tomar o seu café da manhã sozinho em uma das mesas do refeitório, quando Lenalee acorda vai ao refeitório, e o vê sentado sozinho. Ficou feliz em saber que não era a única criança naquela Ordem de exorcistas. Após pegar seu café da manhã com o cozinheiro Jerry Lenalee foi sentar ao lado de Kanda. O garoto estranhou, mas continuou a comer, quando a olha e após engolir o que comia pergunta:

- Quem é você?

- Infelizmente sou uma nova exorcista aqui... Meu nome é Lenalee – apresenta-lhe um grande sorriso -, e o seu?

- Kanda, prazer.

-Prazer. Nossa, eu nunca pensei que teria alguém mais ou menos da minha idade... Aliás, quantos anos você tem?

-... Faço 11 anos hoje...

- O que!? Nem parece. – Faz uma cara de interrogação – Mas por que não prepararam uma festinha pra você? Meu irmão disse que sempre os aniversários dos exorcistas e dos finders são comemorados com uma festinha...

- Irmão? Quem é?

- O Komui, ele é meu irmão.

- Nossa, que legal...

- Mas hein, me responde!!

-... Eu prefiro passar o aniversário só.

- Por quê?

- Já me acostumei... Ninguém nunca se lembrou do meu aniversário.

- Então, acho que serei a primeira e a única... Parabéns!!

Lenalee o abraça com um enorme sorriso em seu rosto, enquanto Kanda fica um pouco assustado, mas, em seguida, retribui com um leve sorriso, dizendo: Obrigado.

Já haviam se passado dois anos que Lenalee entrara para a Ordem, Kanda e Lenalee tornaram-se ótimos amigos, ele a fez esquecer o tormento e a chatice de ser exorcista, a fez sorrir mais, que até Komui ficava feliz por dois se tornarem tão próximos. Kanda ainda continuava quieto, meio seco e ”um pouco” mal-humorado, porém com Lenalee era educado, mas ainda continuava quieto, ele era do tipo de amigo que ouvia o que seu companheiro tinha a dizer e dificilmente abria a boca para dar opiniões, além de tudo, era do tipo protetor, tendo assim, como recompensa, a felicidade de seu amigo, no caso, de Lenalee.

Um dia, Lenalee o chama no jardim para conversarem.

- Kanda – ele a olha, como se seu olhar dissesse “o que foi” –, nós vamos continuar sendo amigos, né?

Kanda se deita no gramado, fecha os olhos e faz com a cabeça, o sinal de positivo. Lenalee também se deita no gramado, começa a olhar aquele lindo céu azul que lá estava.

- Me promete uma coisa? – Perguntara Lenalee.

- Diga – responde Kanda, ainda de olhos fechados.

- Me promete ser meu melhor amigo para todo o sempre?

Ele não  responde por um longo tempo, quando finalmente abre os olhos a olha, em seguida, diz:

-... Isso não só depende de mim, sendo assim, você também teria que me prometer o mesmo. Se sua resposta for “sim”, já saberá a minha.

Então, depois de dizer as tais palavras, o jovem japonês se levanta e sobe em uma das árvores, para observar as aves voarem ao infinito. Lenalee o observa e deixa transparecer um leve e delicado sorriso inocente em seu rosto.

- Lenalee, ao observar essas aves, estive a pensar... Será que um dia, nós, exorcistas da Ordem Negra, seremos, simplesmente, livres?

-... Sabe, ainda somos crianças, talvez seja muito cedo pensar nessas coisas, para dizer a verdade, eu não sei, de maneira alguma, te responder... Quando crescermos, e você ainda não tiver encontrado a resposta para a sua pergunta, te responderei, com certeza... De nada, viu, estressadinho?- Disse Lenalee, esperando o agradecimento de Kanda.

- Ah, obrigado, Lenalee... E não sou estressado!... Talvez um pouco.

Kanda sente algumas agulhadas em seu pequeno coração, coisa rápida e momentânea, que deu para serem disfarçados.

Mais dois anos se passara. Agora, Kanda estava com 15 e Lenalee, com 13. Era aniversário de Lenalee, e Kanda havia comprado uma pequena lembrancinha a ela. Komui e seus assistentes estavam a preparar uma festinha surpresa, já que ela estava fora por causa das missões. O telefone começou a tocar e Komui atendeu. Era sua irmã:

- Alô, nii-san? Aqui é a Lenalee. Eu to ligando pra dizer que já terminei a missão...

-Oi, manaaaaaa! Bom trabalho! Quando você volta, minha liiiinda?

- Já estou a caminho, acho que em 45 minutos estou aí.

- EM 45 MINUTOS!?

- S-sim, mas por quê?

- Ahn... É que... Sabe, acho que é muuuuito tempo, ah, você sabe, estou quase morto de taaanta saudade, né? – Komui tenta disfarçar.

-... Ta bem, te amo, nii-san, até.

- Eu também, até.

Ao desligar o telefone, Komui grita:

- Pessoal, Pessoal! Ela já está para chegar!! Vamos agilizar esse negócio.

-Tch...

- Qual o problema, Kanda-kun?

Não responde o jovem, e vai para o quarto. Lá, ele embrulhava o pequeno presente que havia comprado, quando Karen, uma das exorcistas, bate em sua porta do quarto.

-Kanda-kun, o Supervisor me mandou avisar que você irá na missão junto comigo, daqui 15 minutos.

- Valeu, tch...

Kanda pensava: “Droga, não poderei entregar o presente... Então, acho que deixarei no quarto dela, antes de partir...” Então, Kanda pegou um cartãozinho de papel e lá escreveu: 

“Desculpe-me pela ausência.

Feliz Aniversário, Lenalee!

Kanda Yuu” 

Então, ele colocou o mesmo junto ao presente, vai ao quarto dela, e coloca sobre de uma mesinha.

“Feliz Aniversário!!”, todos gritaram ao chegar a garota de cabelos esverdeados, que levou um susto danado. Lenalee recebeu vários presentes, porém notou que seu amigo estava ausente, por isso, ficou um pouco entristecida durante sua festinha.

- Komui nii-san, onde está o Kanda?

-Ele foi a uma missão, está previsto para chega, se tudo correr bem, amanhã à noite.

- Ah, sim...

- Mas não se preocupe com isso, agora curta a festinha, Lenaleeee!

Lenalee dá um sorriso e vai para seu quarto, assim, “ignorando” o pobre coitado de seu irmão. Ao chegar ao quarto, percebe que há um presente em cima da mesinha que ficava ao lado de sua cama. Ela pega o presente com o bilhete.

- Olha só, é do Kanda. Não posso me esquecer de agradecê-lo.

Ela, ao abrir o presente, encanta-se. Kanda havia lhe dado uma caixinha de música, que quando abria tocava a música e uma pequena lua e um pequeno sol, ficavam a rodar, no meio, havia o símbolo do Yin e Yang. Dentre os presentes que ganhara, foi o do Kanda que ela mais gostou.

No dia seguinte, à noite, Kanda volta da missão e, ao entrar na Ordem, é surpreendido por um abraço repentino de Lenalee, que foi correndo ao seu encontro.

- O-o que foi Lenalee?!

- Nada – sorrindo –, muito obrigado pelo presente. Eu adorei!

-... De nada. Agora, com licença, vou para meu quarto descansar...

- Ah, sim, claro.

Então, Lenalee o solta e fica observando o amigo ir para o quarto. Ao chegar lá, ele deita na cama, e começa a sentir fortes agulhadas em seu coração, porém, dessa vez, sentia por um longo tempo. Seu poder curativo não fazia efeito, pois ele, em verdade, possuía uma doença de nascença. Preferia deixar em segredo, sofrer sozinho, era auto-suficiente, e não queria preocupar ninguém. De repente, Lenalee bate na porta:

- Kanda, posso entrar?

Ainda sentindo dor, disfarça e pede para que ela entre.

- Hein, Kanda, meu irmão pediu que te perguntasse se você trouxe a Inocência...

- Sim, eu trouxe. Está em cima daquela estante... Já levo até a Hevelaska, somente me deixe descansar um pouco, por favor...

- Tudo bem... Como foi a missão?

Kanda fecha os olhos e não a responde.

- Me responde!

- Normal, nada de diferente e nada de mais. Agora, Lenalee, poderia me deixar descansar?

- Claro, Kanda – responde entristecida Lenalee.

- Obrigado. Sinceramente, me desculpe falar assim com você.

Kanda cai no sono depois que Lenalee sai do quarto.

 


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Notas finais do capítulo

Não se desanimem para ler, pois a História só está começando... Se possível, comentem e deixe uma pequena escritora novata feliz.



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