Anneliese escrita por sih cobain


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo maior. Agora a história começa a chegar perto do fim... Mas, bem, nossa pequena Annie ainda tem muita coisa pra descobrir.



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Mas de que iria adiantar ficar sentada, sem fazer nada pra, sei lá, mudar toda aquela situação? Me levantei e resolvi ir atrás de Chad. Por que diabos ele abriu suas asas e fugiu, sem ao menos me dar uma explicação? Ok, sei que isso é o mínimo que posso esperar dele, mas mesmo assim, ele não parecia estar em seu estado normal.

Fui andando até a minha barraca e peguei minha bolsa, com óculos de sol, boné, protetor solar e um suco de caixinha. Por onde eu começaria? Talvez eu devesse ir até a floresta, onde eu havia encontrado aquele canivete estranho. Ou ir até a barraca dele? Não, aquele seria o último lugar para se esconder. Perdida em pensamentos e andando sem olhar por onde, acabei esbarrando em algo grande e forte, e só depois percebi que era Rafael.

– Opa! – ele disse, me ajudando a se levantar. Limpei a areia da calça e sorri, sem jeito, com lágrimas saltando dos meus olhos. – Ei, você se machucou? Céus, diga que não.

– Não, não. Eu... Não me machuquei. Estou procurando Chad, você o viu? Brian também. Se souber alguma coisa sobre algum dos dois me avise, eu preciso...

Ele não me deixou terminar de falar. Do nada, me envolveu com os seus longos braços e me abraçou, enquanto eu apoiava a cabeça no ombro e não fazia idéia do por que estava ali, chorando com Rafael.

– Acho melhor você sentar um pouco querida. Te ajudo a procurar Brian depois, prometo. Mas por agora, vamos até a sua barraca, descansar um pouquinho.

Concordei, sem outra alternativa. De qualquer forma, eu não conseguiria fazer muita coisa no estado de choque em que eu me encontrava. Acompanhei Rafael até a minha barraca em silêncio, e assim que cheguei lá tirei minha sandália e me deitei. Troquei de camiseta na frente de Rafael, nem me importava. Fucei minha mochila até achar uma velha regata, com alguns furinhos perto do umbigo, e coloquei. Me deitei novamente, de lado, de bruços, virada para cima. Nada parecia me acalmar. Olhei para Rafael, ele estava sentado na cama de Brian, me olhando com seus calorosos olhos azuis. Eu nem havia reparado nisso antes, mas ele tinha belos olhos.

– Olha, eu limpei seu machucado nojento e até te dei um band-aid, mas isso não é motivo pra você se dar ao direito de cuidar de mim. – eu disse, sorrindo um pouco. O garoto se levantou e se sentou no chão, fazendo cafuné na minha cabeça. A única pessoa que fazia isso era minha mãe, quando eu era bem pequena. E Rafael fazia aquilo me lembrar da minha mãe de um jeito tão maravilhoso, que eu nem pensei em impedi-lo.

– Você arrancou a camiseta na minha frente, isso já me faz íntimo o suficiente pra ficar aqui por um tempinho. – senti que ele sorria, enquanto apoiava a cabeça na minha "cama". – Só achei que a companhia de um bobão como eu faria você se sentir melhor.

Realmente, agora eu estava milhões de vezes mais calma e ciente das coisas. O que aconteceu hoje? Eu estava tão desesperada e com tanto... Medo. Medo de que algo acontecesse com Chad. Ou medo de que ele fizesse algo?

– Você ficou sabendo que uma garota foi assassinada? – eu disse, de repente.

– Uhn, fiquei sim. Eu até vi a garota, que se chama Ellen, aliás. Ela está com uma aparência terrível, seus olhos estão totalmente revirados. Sabe? Brancos. E tem sangue por toda parte... – ele parou, me encarando. – Na verdade, esse não é o assunto do momento. Podemos conversar sobre você. O que gosta de fazer nas horas vagas?

Eu ri e dei um leve soco no braço dele, que nem saiu do lugar. Olhos brancos, que terrível! Mas espera, Rafael estava me cantando?

– Você sabe que eu namoro Chad, não sabe?

Na verdade, ninguém sabia. Mas eu queria dar um jeito de dizer à ele que eu já estava em outra, e ao mesmo tempo não queria perder a amizade rec-em descoberta de Rafael. Ele era tão familiar e tão fofo, o tipo de "amigo para todas as horas". Sentia falta de Brian. E antes que Rafael pudesse responder a pergunta anterior, lancei-lhe outra.

– Você viu Brian por aí essa manhã? Queria muito vê-lo. Nós estamos meio que brigados, mas é tudo por causa de uma vadiazinha do acampamento ao lado, a Akemi.

– Eu sei que você namora Chad, o que não me impede de ser seu amigo. – ele sorriu, inclinando a cabeça para me ver sorrindo também – Mas não sei onde o seu amigo está. Vi ele com a tal da Akemi bem cedinho, perto do rio. Mas depois disso, nada.

Suspirei, eu precisava mesmo encontrar Brian e saber de tudo que estava acontecendo, ou eu iria ficar louca com essa história de namorado anjo e amigo desaparecido. Rafael revirou os olhos, incomodado.

– O que foi?

– Nada não, me lembrei de algo desagradável.

Nossa, isso foi estranho. Mas tudo bem, com tanta coisa acontecendo um garoto revirando os olhos do nada não é tão preocupante assim.

– Você me ajuda a achar Brian? Preciso mesmo ver ele.

– Só se você me prometer que vai dormir um pouquinho antes. Você precisa mesmo disso. – ele sorriu, voltando a me fazer cafuné.

E assim eu acabei adormecendo. Sonhei novamente com Chad e suas lindas asas. Ele me abraçava e me beijava, como se nada mais no mundo importasse. Mas de repente algo surgia, e tudo que eu podia ver era uma enorme mancha de sangue cobrindo a minha visão.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem, e pelos últimos reviews. Isso me motiva muito. ♥ E Vih querida, logo volto a ler sua fic, estou com saudades do D. ~



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