Eu precisava esquecer tudo aquilo. Snape tentando me matar, confessando ser um aliado de Voldemort, Malfoy me defendendo...

Não queria nem precisaria contar ao Harry, ele já sabia sobre Snape. Já até contara para Dumbledore, que não acreditou.

Não posso me envolver mais nessa história. Quase pensei, por um segundo, em ajudar Malfoy. Depois de tudo que ele já me fez... não é possível, eu não perdôo as pessoas tão fácil assim... Mas ele me salvou... Mas não posso ajudá-lo com Voldemort, que absurdo!

Rony me cutucou, então eu me lembrei de onde estava, tomando café da manhã ao lado de Harry, Rony e Gina.

Gina abraçava Harry, e Rony lia o meu exemplar de “o Profeta diário”. E eu parecia uma idiota, encarando o pão com manteiga enquanto pensava.

–Mione, você ta bem? – Gina perguntou. Era a segunda vez que ela me perguntava isso.

– Ah. Estou sim Gina. – respondi, atordoada.

– Mione, você já fez o dever de DCAT? Podia me emprestar. – Rony comentou.

–Não, eu não fiz. Nem pretendo fazer. – os três pararam de comer e me encararam. Rony soltou sua colher de cereal, de tão surpreso.

Então me veio à cabeça uma questão. Como eu poderia continuar a freqüentar a matéria de Snape, depois de ele tentar me matar?

– Vou falar com a Mcgonagall. Vou abandonar a matéria. – eu comentei.

– Porque? – Rony perguntou.

–Isso não lhe interessa uon-uon. – eu disse, rispidamente.

–Mas eu...

–Vou repetir. Isso não é da sua conta...

–UON-UON! – Lilá surgiu do nada, abraçando Rony por trás. Ele fez uma careta como se estivesse sendo sufocado. Me levantei quase que imediatamente e segui para minha sala comunal.