Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 96
Capítulo 96 - Fazendo As Pazes


Notas iniciais do capítulo

Título podre... Pq não sabia oq colocar, talvez mude depois =/ aushuahs' Ah, aceito dicas kkk'
Mas o capítulo é bom... kkkk'
Boa Leitura.



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Layla’s P.O.V.


Fiquei ali sentada, vendo a luz do sol indo embora aos poucos, a lâmpada do quarto estava apagada, então eu logo fiquei no escuro.

De repente, ouvi uma batina leve na porta, e logo ela se abriu, revelando Gerard.

Ele não disse nada, apenas entrou e depois fechou a porta novamente, ficando parado ali, de frente para mim.

– O que você quer? – perguntei, sem emoção na voz.

– Como aconteceu? – ele perguntou, sério.

– Eu já disse, você estava lá quando falei aos policiais – respondi. – Não quero mais falar sobre isso.

– Por que você sabe que talvez tenha tido uma parcela de culpa nisso? – ele perguntou, mas o jeito que pronunciou as palavras parecia-me que ele estava deduzindo isso.

Olhei-o perplexa, ele estava me culpando pelo o que acontecera?

Bem, talvez ele tivesse razão, afinal, eu também estava me sentindo muito culpada por isso tudo, se eu não tivesse deixado os bebês sozinhos com Michele nada disso teria acontecido, eu era a verdadeira culpada disso.

Abaixei minha cabeça, olhando para minhas mãos pálidas e suadas, a luz que vinha de fora ainda era fraca, mas conseguia ver nitidamente Gerard.

– Eu sei que sou culpada – falei, quase em um sussurro.

– Bem, isso é você que está dizendo – ele falou, frio, como se concordasse com o que eu dissera. – Você não devia tê-los deixado sozinhos com ela... – ele murmurou, deixando uma lágrima cair.

– Eu não os deixei sozinhos – falei, estava cansada de explicar que além de Michele, ainda estavam lá Aline e Amanda.

O olhei entre as lágrimas, Gerard também parecia chorar um pouco. Ele me odiava agora?

– Você está livre para pedir o divórcio se quiser – murmurei, virando-me de costas para ele, ficando de frente para a parede, não queria que ele me visse chorar mais.

Cruzei minhas pernas em forma de “borboleta”, apoiando meus cotovelos nelas e depois enterrando meu rosto entre minhas mãos. Gerard ficou ali parado por um bom tempo, eu estava chorando e fazia o possível para ele não ouvir meus baixos gemidos.

De repente senti ele se aproximar rapidamente e logo o senti sentando atrás de mim, de repente seus braços me envolveram por trás, abraçando-me com força.

– Me perdoa – ele disse, fazendo com que eu me virasse para ele e me puxando para si. – Eu não queria ter dito aquilo.

Abracei Gerard com força, deitando minha cabeça em seu ombro e continuando a chorar, ele acariciou meu cabelo.

– Não, você está certo – eu falei, fungando.

– Não, Lay – ele me abraçou com mais força. – A culpada é a Michele, você não tem nada a ver com isso.

Ele não me odiava, isso me deixou mais tranquila, mas eu ainda me sentia culpada, não adiantava nada que me dissessem, eu sabia que eu era a culpada daquilo.

Ficamos ali por alguns minutos, abraçados, até que Frank bateu na porta e entrou lentamente.

– Gerard, Ray está aí – ele disse, meio triste.

Ray. Ainda tínhamos que falar tudo para ele. Isso seria difícil.

– Okay, estou indo – Gerard disse, soltando-me.

– Eu logo vou lá – falei, olhando-o.

– Está bem – Gerard sorriu um pouco, dando-me um beijo rápido.

Gerard foi com Frank até a sala e deixou a porta levemente aberta, levantei-me lentamente e fui até meu quarto, queria ver se meu rosto estava muito manchado.

Enquanto penteava meu cabelo, me aproximei novamente de Alice, vendo o seu sono tranquilo e lembrando de como os meus bebês também dormiam assim.

De repente meu celular sobre a cabeceira tocou, fui rapidamente até ele, o número era desconhecido, mas resolvi atender.

– Alô? – minha voz provavelmente estava horrível.

Alguns segundos se passaram até uma voz familiar começar a falar rapidamente.

– Layla, por favor, não fale para ninguém que está falando comigo – disse a voz feminina, logo a reconheci, mas antes que eu pudesse falar, ela continuou. – Aqui é Michele, por favor, apenas ouça o que vou falar.

Esperei, minha vontade era gritar com ela, xingar o máximo possível.

– Eu estou com Arth e Helie aqui – ela disse, parecia gaguejar um pouco. – Se você fizer tudo o que eu mandar, vai conseguir os seus bebês de volta exatamente como eles estavam quando os peguei, eles estão bem e continuarão assim se você me obedecer.

Ela era louca... Ela estava ameaçando fazer mal aos meus bebês se eu não a obedecesse.

– Fale – falei rapidamente, nervosa.

– Eu vou lhe passar um endereço, você vai me encontrar lá, não vai avisar a ninguém aonde vai, você me entendeu? – ela ficou nervosa.

– Sim – disse, fria.

– Pois bem... – ela continuou. – Eu vou lhe esperar lá daqui à uma hora, não quero saber de polícia e nem de nenhum dos caras da banda, muito menos Gerard! Se você cumprir tudo isso, terá seus bebês de volta.

Michele me passou o endereço, era longe daqui, eu precisava correr.

– O tempo está correndo, Layla – ela disse, desligando logo depois.

Respirei fundo e tentei raciocinar, eu precisava chegar lá rápido, sozinha, sem saber ao certo o que me esperava, mas precisava arriscar.

Corri até a sala, todos estavam lá, inclusive Ray, que parecia chorar. Eles me encaram assustados, provavelmente estranharam minha reação e minha respiração ofegante.

Não disse nada a ninguém, apenas peguei a chave do carro sobre a mesa de centro e fui até a porta.

– Aonde você vai, Layla? – Gerard perguntou, tentando vir atrás de mim.

– Eu preciso respirar, não vou conseguir fazer isso aqui! – falei, batendo a porta.

Desci rapidamente até o estacionamento e entrei no carro, quando estava colocando o cinto de segurança vi Aline e Amanda saírem do elevador e correrem até o carro.

– Droga – falei, elas não poderiam vir junto.

– Layla, Gerard disse que é para irmos com você – Aline disse.

– Eu preciso ficar sozinha, isso é sério – falei, tentando parecer ser convincente.

– Tem a ver com Michele, não é? – Amanda deduziu.

Eu demonstrei tanto assim que tinha algo a ver com o sequestro dos bebês? Saí do carro rapidamente.

– Gerard desconfiou? – perguntei.

– Não – Amanda respondeu.

– Mas nós vimos rapidamente que tinha algo a ver com isso – Aline sorriu levemente.

– Okay, vocês vão junto, mas precisam ficar escondidas no carro, entenderam? – falei, rude de mais até.

– Okay – elas responderam em uníssono.

– Entrem – falei, entrando no carro.

Aline foi sentada ao meu lado e Amanda no banco de trás, acelerei rapidamente e logo estávamos na estrada.

Cerca de quarenta minutos se passaram até entrarmos em uma estrada de terra esburacada, devíamos estar longe da cidade agora, para todo lado que se olhasse apenas podia-se ver mato.

– Tem certeza que é por aqui que ela marcou? – Aline estranhou.

– Sim – respondi. – Até que faz o gênero de “cativeiro” – falei. – Um lugar isolado.

– Realmente – concordou Amanda.

Depois de uns dez minutos, paramos em frente a uma casa que realmente parecia-me abandonada. Era de madeira, e parecia quase desabar. Eu acharia que era um engano, se não fosse pela BMW prata parada na frente da casa e a moto preta e grande, ao lado.

Aquela BMW... Era a mesma que estivera parada em frente ao meu prédio nas últimas semanas. Então já fazia tempo que Michele espionava minha rotina?

– Okay, vocês vão ficar aqui – falei, ordenando isso. – Aline, passe para o banco de trás e as duas ficarão abaixadas para que ninguém veja que eu não estou sozinha.

Havia mais pessoas ali, se não para que teriam um carro e uma moto? Michele não estava sozinha.

– Eu vou deixar meu celular no carro – falei, enquanto Aline ia para o banco de trás e as duas se acomodavam no chão. Entreguei o aparelho à Aline. – Se eu demorar de mais, se vocês ouvirem algum barulho estranho, ou coisa do tipo, liguem para Gerard.

– Está bem – as duas disseram.

– Prestem atenção, se algo acontecer lá dentro eu vou dar um jeito de fazer algum sinal, então fiquem atentas, para que se isso acontecer vocês possam ligar para Gerard e depois para a polícia. Aqui está o endereço da casa – entreguei-as o papel onde anotara o endereço quando Michele me disse – talvez seja útil.

– Boa sorte – Amanda disse.

– Obrigada – falei, saindo do carro.

As mães dessas meninas ma matariam, eu não havia pensado nas consequências.

Caminhei até a casa, passando pela BMW e indo até uma escada de madeira com quatro degraus velhos e trêmulos que levavam a uma varanda caindo aos pedaços e depois a uma porta velha.

Bati duas vezes na porta e logo vi um movimento na cortina da janela ao lado da porta, e depois algumas vozes lá dentro. De repente a porta se abriu, um homem alto e de pele queimada me puxou rapidamente para dentro, era o homem que conversava com Michele naquela noite no jardim do hospital.

Ele bateu a porta rapidamente, ainda apertando meu braço com sua mão grande. A sala estava vazia, apenas ele e eu estávamos ali.

– Onde está Michele? – perguntei, rude.

– Você não está em posição de fazer exigências – ele disse, sorrindo e soltando meu braço.

– Ela marcou comigo aqui, então quero vê-la – rosnei.

– Okay – ele sorriu mais largo. Indo até um corredor. – Irei chamá-la – ele gritou de lá, deixando-me sozinha na sala.



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Notas finais do capítulo

O.o Reviews?
-x-x-
Gente, agradeço a todos vcs que mandaram força pra minha amiga, okay? :) A mãe dela já ta melhor e já veio pra casa :)
-x-x-
Luana feliz pq vai ser personagem principal da próxima fanfic da Anaaaaaaaaaaaaa! ~rebola na argola~ Xenti, eu amo essa mina, sério! kk'
-x-x-
Ainda hoje posto outro cap, pq enquanto o Nyah! tava fora eu tive tempo de escrever 3 :)
-x-x-
Beijos'