Disenchanted escrita por Luana Lee
Notas iniciais do capítulo
Vai ter briga nesse capítulo... #chora
Boa Leitura.
X – x Três Semanas Depois x – X
O clima estava melhor entre mim e Gerard, até aquele dia.
Acordei de manhã, Gerard começaria os trabalhos com a banda no dia seguinte. Fui até a cozinha, enquanto eu passava pela sala ouvi o celular de Gerard tocar, ele estava sobre a mesa de centro da sala.
Caminhei até lá e o peguei, atendi imediatamente quando vi que era novamente o número restrito que estava ligando. Não disse nada, fiquei apenas ouvindo por alguns segundos.
A pessoa do outro lado parecia esperar que eu falasse – no caso, Gerard, já que estava ligando para ele. Passaram-se alguns segundos de silêncio até que a pessoa, impaciente, resolveu falar.
- Gerard? – perguntou a voz feminina, logo a reconheci.
- Jessica... – falei, com ódio.
Fui até a lista de chamadas de Gerard, havia chamadas recebidas do mesmo número restrito em que Jessica havia o ligado, o seja, ele já sabia que era ela.
O sangue subiu à minha cabeça, corri até nosso quarto, batendo a porta. Gerard acordou assustado e confuso, encarando-me sem entender.
Joguei seu celular sobre a cama com toda minha força, ele quicou e caiu no chão.
- Mentiroso! – gritei.
- O que aconteceu? – ele estava confuso.
- Você mentiu para mim! Era Jessica e você sabia disso! – rosnei, pegando a primeira coisa que vi, meu espelho pequeno, e jogando no chão.
- Está falando de que, Layla? – ele ficou de pé, mas não se aproximou.
- Dos telefonemas, Gerard, dos telefonemas! – peguei seu celular do chão. – Eu acabei de atender outro telefonema restrito e adivinha quem falou comigo? Jessica! Não precisa mais mentir, apenas me diga há quanto tempo!
- Há quanto tempo o que?
- Que vocês estão juntos! Me enganando! Fazendo-me de boba, rindo às minhas custas – comecei a chorar, mas ainda gritava de ódio.
- Layla, eu nunca fiz isso – ele se aproximou de mim.
- Não dê mais nenhum paço! – gritei, fazendo menção em acertá-lo com o celular. – Eu pedi, Gerard! Eu pedi para você ser sincero comigo, para você me falar quando deixasse de me amar, mas que nunca me traísse...
- Mas eu te amo – ele disse, espantado.
- Então por quê? Por que você está com ela? – eu não conseguia entender.
- Eu vou repetir, Layla. Eu não tenho nada com Jessica, quero dizer, não tenho nada com ninguém – ele insistiu.
- Pare de mentir, Gerard – falei, deixando meu corpo cair, fiquei de joelhos no chão, colocando meu rosto entre minhas mãos.
Senti Gerard se aproximar, ele sentou à minha frente, abraçando-me.
- Fale a verdade, por favor, eu imploro – pedi, eu chorava muito agora.
- Okay – ele suspirou. – Eu... beijei ela.
Não consegui ouvir isso sem chorar muito mais, como ele pôde?
- Mas foi apenas um beijo, nada mais que isso – ele jurou. – Mas depois, ela não desgrudou mais de mim, Layla. Ela começou a dizer que falaria para você, que iria inventar outras coisas, que iria fazer sua cabeça contra mim... Eu não podia perder você, Layla. Você é a coisa mais importante na minha vida, eu não podia deixar ela fazer isso...
- Por que não contou? – perguntei, sem olhar para ele, ainda chorando.
- Não é fácil admitir que eu fui fraco o suficiente para isso, Layla, principalmente para você – ele parecia chorar agora. – Layla, me perdoa, por favor, eu não sei por que eu fiz isso!
- Quando foi?
- Aquela vez, quando eu fui tomar um café com ela... – ele respondeu.
- Como foi? – fui obrigada a perguntar.
- Eu estava levando-a para casa, e na hora de nos despedirmos ela me beijou, não vou dizer que a culpa foi total dela, eu devia ter percebido que ela tentaria algo, você estava certa a respeito dela...
- Ela não tentou mais nada? – por que eu não saía dali rápido e me jogava da janela?
- Não, eu a afastei de mim assim que consegui raciocinar, mas aí ela começou a dramatizar, dizer que me amava, coisas desse tipo, e quando eu falei que não teríamos nada... Bem, ela disse que falaria para você – ele respondeu, agora eu sabia que ele chorava.
Não perguntei mais nada... Não tinha mais nada o que perguntar, mas nada para saber sobre isso, apenas que os lábios de Jessica haviam tocado os de Gerard.
Libertei-me de seus braços rapidamente, ficando de pé.
- Aonde você vai? – ele perguntou, segurando meu braço novamente.
- Eu não sei – disse, libertando-me novamente.
- Layla, por favor, me perdoa – ele continuou ajoelhado, abraçando minha cintura para manter-me ali.
- Eu preciso sair, Gerard, preciso ir... para algum lugar – falei, tentando me soltar.
- Por tudo que há de mais sagrado na sua vida, Layla, me desculpa. Eu não tive culpa, eu amo você, eu só não queria ter que passar por isso – ele chorava.
- Me solta! – falei entre dentes, tirando seus braços de mim.
Abri a porta rapidamente e fui até a sala, Gerard correu atrás de mim, segurando meu braço rapidamente.
- Fica aqui, a gente pode resolver tudo isso, podemos conversar – ele implorava.
- Eu já disse, preciso pensar – eu ainda chorava.
Peguei a chave do carro sobre a mesa de centro da sala e fui até a porta.
- Layla, por favor... – ele pediu uma última vez, sem se mover.
- Eu volto mais tarde... – falei, batendo a porta.
Eu não sabia ao certo para onde ia, mas não podia ficar ali, precisava pensar.
**
Jessica’s P.O.V.
Eu havia feito uma besteira, estava tudo perdido. Layla reconhecera minha voz no telefone e provavelmente sabia de tudo agora, Gerard acabaria falando e eu perderia meu trunfo para tê-lo em minhas mãos. Não seria fácil dar essa notícia para a real interessada nisso.
Fui até o banheiro de meu apartamento e lavei meu rosto com água fria, teria que visitá-la e falar sobre meu fracasso na missão que fora me dada.
Peguei a chave de meu carro e fui até a garagem do prédio, caminhei até a Mercedez prateada que eu ganhara há pouco tempo. Dirigi lentamente pelas ruas até o bairro quase abandonado, cheio de casas pequenas e mal conservadas.
Parei em frente à casa pequena, sem iluminação, com portões de ferro sujos praticamente abertos. Saí do carro e já me senti observada, aquele bairro era perigoso, nada mais conveniente que ela morasse ali.
Bati na porta, logo a madeira oca se movimentou, liberando minha passagem.
- Ela está lhe esperando no quarto, é melhor que não sejam notícias ruins – disse o homem de pele queimada, cabelos negros e olhos escuros como a noite, vestindo roupas escuras, fechando a porta após minha entrada.
Não respondi, estava com medo da reação dela quando eu lhe desse a notícia de meu fracasso com Gerard e Layla.
Caminhei até o quarto, tocando as paredes para me localizar na escuridão, havia uma pequena luz de vela sobre uma mesa no quarto.
Pude ver a sombra feminina de pé próxima à janela, estava virada de costas
- O que quer aqui? – ela perguntou, dura, sem olhar para mim.
- Eu fracassei – falei rapidamente.
- Como assim? – ela perguntou lentamente, olhando-me agora.
Ela era baixa, tinha cabelos negros e pele pálida, seus olhos azuis brilhavam um pouco com a luz da vela.
- Layla descobriu que eu chantageava Gerard, não tenho mais nenhum trunfo e não sei como posso me aproximar deles novamente – respondi.
- Você perdeu tudo que havia conseguido nesses meses todos? – ela parecia tranquila.
- Lamentavelmente... sim.
- Eu lhe dei tudo que você precisava, lhe dei o carro de meu namorado, lhe dei aquele apartamento próximo ao de Gerard, lhe dei tudo, pedi em troca apenas que você conseguisse minha vingança, e você não conseguiu fazer isso... – ela disse, encarando-me.
Abaixei a cabeça, estava com medo. Eu sabia que ela era perigosa, assim como o seu namorado, quero dizer, não eram mais namorados, mas ela ainda usava esse termo.
- James irá com você até seu apartamento – ela disse para mim.
O homem de pele queimada apareceu atrás de mim, segurando meu braço.
- James, cuide dela – ela disse ao homem, com um sorriso fraco no rosto.
Eu não sabia o significado daquilo, mas não contestei, ela já devia estar enfurecida de mais comigo, eu não precisava provocar mais ainda.
James dirigiu o carro até meu apartamento e subimos sem passar pela portaria, ele preferiu as escadas ao invés do elevador.
Entramos em meu apartamento e ele fechou a porta, enquanto eu colocava minha bolsa sobre o sofá senti algo se aproximar de mim, virei-me rapidamente e tive tempo de ver James avançar sobre mim com uma faca que estava escondida em um bolso interno de sua jaqueta de couro.
Ele perfurou a faca em minha barriga com força, sorrindo alegre.
- Ela não permite fracassos – ele disse, retirando a faca de mim.
Caí sem forças no chão, ele me arrastou até atrás do sofá e colocou a faca em minha mão, não tive forças para me movimentar ou impedir que ele fizesse isso.
Antes de sair ele chutou minha perna, rindo.
Ouvi a porta do apartamento bater. Foram minhas últimas lembranças antes da escuridão completa me tomar.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O.O QUEM SERÁ "ELA"?
-x-x-
REVIEWS?? REVIEWS??
PLEASE??
-x-x-
Beijos'