Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 43
Capítulo 43 - Voltando à Vida


Notas iniciais do capítulo

Oii..
-x-x-x-x-x-x-x-x-
Vamos ver o que vai acontecer com a Layla?? ...
-x-x-x-x-x-x-x-x-
Boa Leitura...



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 Abri os olhos num átimo, assustada. Havia algo em minha boca, um cano que eu já conhecia, eu ouvia os aparelhos ao meu lado.

 - Dr. Hill! – gritou uma mulher, vestida de branco.

 - O que houv... Oh Deus, ela não devia ter acordado! – disse Dr. Hill, entrando no quarto.

 - Não sei como ela acordou, os remédios eram fortes o suficiente para mate-la dormindo pelo menos até amanhã à tarde – disse a mulher.

 - Novamente nos surpreendendo – ele disse, quase num sussurro.

 Tirei o cano de minha boca, aquele movimento fez minha barriga doer, então lembrei de meu ferimento.

 - Eu estou viva? – perguntei, minha voz fraca.

 Ele pareceu se admirar ao me ouvir falar.

 - Sim – ele respondeu. – Se lembra de algo?

 - Apenas de ter brigado com Brendon, daí ele feriu-me e eu fiz o mesmo, eu... eu... eu precisava fazer aquilo, era minha obrigação, eu não podia deixar ele vivo, não depois de tudo, as coisas iriam se repetir – comecei a dizer.

 - Shhh – ele disse, interrompendo-me. – Você não precisa explicar nada, Layla, era a sua vida ou a dele, legítima defesa.

 Não respondi.

 - E depois? – ele incitou.

 - Lembro-me apenas de ter ido até o elevador e sentido-me morrer. Não entendo, como estou viva? Eu morri, Dr. Hill! Eu sei disso! Era isso que deveria ter acontecido! – quase gritei.

 - Acalme-se – ele disse, tocando minha testa. – Também não entendo, isso é como um milagre, Layla...

 Foi então que lembrei da última frase que ouvi antes de voltar. “O meu jeito de lhe agradecer”, disse Layla – a outra Layla.

 Layla havia ajudado-me a ter uma segunda chance, uma chance que ela não teve por culpa de Brendon, ela me ajudou a voltar para Gerard.

 Oh, Gerard... eu já estava com saudades dele.

 - Gerard – sussurrei.

 - Irei chamá-lo – ele disse, saindo quase correndo do quarto.

 - Você é realmente surpreendente, Layla – disse a mulher de branco.

 Olhei para ela rapidamente, pronta para responder. Arfei.

 A mulher sorria para mim, normalmente, mas eu reconheci aquele sorriso.

 - Você – sussurrei.

 Ela apenas concordou com a cabeça.

 Era ela, a mulher do sorriso psicopata que eu via em todos os meus pesadelos, e que disse que havia chegado minha hora, pouco antes de eu voltar.

 - Mas como...? – perguntei.

 - Não é só com Brendon que você se encontra em suas vidas, Layla – ela sorriu. – Eu era sua amiga quando Brendon lhe matou pela primeira vez... eu prometi lhe ajudar com a vingança... mas nada pude fazer nesta vida, apenas em suas lembranças – ela explicou.

 - Foi você quem fez eu ir até a cova, até onde meu corpo estava, e era lá que eu conseguiria voltar – deduzi.

 Ela concordou com a cabeça.

 - Eu não podia lhe ajudar realmente, apenas lhe mostrar o caminho – disse ela.

 - Como é seu nome? – perguntei.

 - Rosálie – ela respondeu.

 Antes que eu pudesse dizer algo, Dr. Hill entrou no quarto.

 - Pode entrar – ele disse para alguém que estava do lado de fora.

 Assim que o vi, meus olhos encheram de lágrimas. Minha segunda chance de ser feliz.

- -

 Gerard’s P.O.V.

 - O que houve com ela? – perguntei, assustado, imaginando o pior, pela reação de Dr. Hill.

 - Ela... acordou, Gerard! Sozinha! Não sabemos como, já que os remédios não permitiriam isso! Sem falar que nossas expectativas para ela não eram boas, estou sendo sincero – ele disse rapidamente, parecia ter uma mistura de assombro e felicidade na voz. – Ela está lúcida, falando, como se não tivesse parado de respirar, como se seu cérebro não tivesse ficado sem oxigênio, não era para ser assim depois do que aconteceu!

 - Isso é... bom? – fiquei confuso.

 - Muito! – ele disse, animado. – Ela é surpreendente, Gerard!

 Não gostei do que ele disse, parecia-me animado de mais para com Layla.

 - Quero vê-la! – disse.

 - Ela quer vê-lo – ele sorriu.

 É, animado de mais para falar de Layla, apenas uma paciente dele, nada mais que isso, não precisava se entusiasmar tanto.

 Caminhamos rapidamente até o quarto de UTI onde ela estava. Dr. Hill entrou primeiro, chamando-me logo depois.

 Assim que entrei, vi os olhos dela, rápidos como sempre, olharem para mim.

 - Rosálie, venha comigo – disse Dr. Hill, saindo da sala.

 A enfermeira fechou a porta antes de sair, ficamos apenas Layla e eu ali.

 - Gee – ela sussurrou, sorrindo.

 Não aguentei, acabei chorando – ela tinha essa incrível capacidade de fazer-me voltar à infância e chorar como um bebê de colo.

 Fui até sua maca rapidamente, abraçando-a.

 - Ai! – ela arfou.

 Eu havia esquecido-me de seu ferimento profundo na barriga, soltei-a rapidamente, assustado com a possibilidade de poder tê-la machucado.

 - Desculpa – disse, sem saber o que fazer.

 - Não foi nada – ela sorriu, acalmando-me.

 Selei nossos lábios levemente, ela tocou meu rosto com sua mão gélida.

 - Desculpa – disse.

 - Já disse, não foi nada – ela riu levemente.

 - Não por isso – falei. – Por ter lhe deixado sozinha as duas vezes que você mais precisou de mim, de não poder lhe ajudar... – mais uma lágrima caiu em meu rosto.

 - Você não tem culpa de nada – ela sorriu. – Talvez fosse para ser assim, meu encontro final com Brendon talvez tivesse que ser apenas nosso.

 Suas palavras fizeram-me mal, ela falava como se já imaginasse que alguma hora isso tudo tivesse que acontecer.

 - Não fala mais nisso – ela disse, dando-me outro beijo.

 - Tudo que eu quero agora é esquecer isso – respondi.

 E eu queria mesmo, minha vontade era esquecer tudo o que havia acontecido, esquecer Brendon, esquecer que um dia corri o risco de perder Layla.

 - Nós vamos nos mudar – disse.

 - O apartamento ficou muito bagunçado? – ela perguntou, eu sabia que com “bagunçado” ela queria dizer “sujo de sangue”.

 - Um pouco – falei. – Mas não é por isso, é que ele agora vai nos trazer lembranças ruins, e não quero mais isso.

 - Okay – ela sorriu.

 - Vou providenciar logo um novo apartamento, não quero que você precise voltar a morar lá, vamos direto para o novo – eu disse.

 - Como se fosse um recomeço – ela completou.

 - Exatamente – falei, tocando meus lábios nos dela.

 Não fui para casa naquele dia, consegui convencer Dr. Hill a deixar-me passar a noite com Layla, havia um sofá não muito confortável no quarto, mas eu não me arriscaria a deixá-la novamente.


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Notas finais do capítulo

REVIEWS?
PLEASE??
REVIEWS?
-x-x-x-x-x-x-
Bjs Killjoys...
-x-x-x-x-x-x-
Follow me?? .. @_LuanaLee