Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 132
Capítulo 132 - Final.


Notas iniciais do capítulo

HI! LOL'
Último capítulo O.O
PARABÉNS BIA! FELIZ ANIVERSÁRIO! auhshahs
Boa Leitura, nos vemos lá embaixo.



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X – x Duas Semanas Depois x – X


Finalmente estávamos nos mudando para a casa nova. Ao contrário das outras vezes, não estávamos indo para um apartamento, e sim para uma casa de verdade.

Ela já estava quase toda mobiliada, Mikey, Frank e Ray ajudaríam-me a levar nossas coisas pessoais.

Layla estava extremamente animada com a casa nova, principalmente com o jardim. Eu nunca havia pensado nisso, mas há mais de anos que eu não pisava em um jardim decente, a mudança para uma casa seria boa, Helie e Arth teriam mais espaço para brincar quando crescessem.

– Isso aqui é ainda mais grande do que nas fotos da corretora – comentou Ray assim que chegamos.

– Sim, quando eu vim aqui com o corretor eu fiquei um pouco espantado – confessei.

Layla, Leticia e Diana já haviam sumido pela casa com as crianças, provavelmente estavam no segundo andar, ou no quintal.

Em menos de uma semana depois da compra oficial da casa eu já havia feito as “reformas” necessárias. A decoração já estava do jeito que devia, alguns móveis haviam sido mudados de lugar e o jardim já havia sido ajeitado com a ajuda de Mikey – que se mostrou muito entendedor do assunto “Decoração”.


Enquanto Frank, Mikey, Ray e eu estávamos na sala de estar conversando, Diana apareceu com Alice no colo.

– Frank, fique com ela um pouco – pediu Diana, já entregando Alice para ele. – Os bebês de Layla dormiram e essa pequena está querendo fazer barulho demais lá em cima.

– Okay – Frank acatou sua decisão, colocando Alice sentada sobre suas pernas, de frente para nós.

Alice tinha um sorrisinho angelical no rosto, seus cachinhos castanhos escuros balançavam levemente conforme ela se movia.

– Olhem isso... – disse Frank, pedindo nossa atenção. – Alice, olha aqui para o papai...

Alice olhou rapidamente para Frank, ainda sorrindo como antes.

– Agora fala “Papai” – Frank disse lentamente para ela.

Nesse momento Alice mudou seu sorriso, que se tornara um tanto sapeca, e disse com sua voz de bebê, ainda tropeçando um pouco nas letras:

Frank...

Todos nós olhamos para ela sem reação. Ela realmente parecia sorrir como se desafiasse Frank, como se soubesse o que estava fazendo.

– Não falei? – Frank nos encarou. – Ela está me desafiando, faz isso de propósito por que não me ama! Alice me odeia!

– Frank... Isso... é coisa de criança – Ray disse, pensativo.

– Coisa de criança é tentar comer o controle remoto, colocar o dedo na tomada... Isso que ela faz é coisa de gente má! – Frank dramatizou.

– E se ela for igual ao Kevin? – Mikey disse, espantado.

– Kevin? – todos perguntamos juntos.

– Sim... Aquele do filme, que era uma criança psicopata e depois matou um monte de gente na escola quando virou adolescente – ele continuou.

Cala essa boca, seu infeliz! – Frank rosnou. – Alice pode ser um pouco má, mas não será uma psicopata!

– Calam, Frank – falei, revirando os olhos. – Alice é apenas um bebê que faz coisas de bebês – dei um sorriso para Alice, que reagiu com uma risadinha e um bater de palmas.

– Eu tenho medo, Gerard... – Frank confessou, respirando fundo. – Eu não quero ter que buscá-la na prisão daqui alguns anos, ou ter que colocá-la em um reformatório... Ou chegar em casa e descobrir que ela deu uma festa onde todos se drogaram e encheram a cara.

– Ela é sua filha, Frank... Ela vai encher a cara um dia, pelo menos uma vez – Mikey riu.

– Vocês são muito exagerados – Ray riu, irônico. – Tudo isso só por que a pequena lhe chama pelo nome... Ridículo, Frank. Se ela pelo menos destruísse alguma boneca ou tivesse alguma reação demoníaca você poderia dizer algo, mas não, ela apenas lhe chama pelo próprio nome.

– Reação demoníaca? – Frank uniu as sobrancelhas.

– Sim... Sair mordendo coisas, pegando facas e tentando decapitar você durante a noite ou arrancar sua próstata... – continuou Ray.

– Porque ela faria isso? – Frank arregalou os olhos.

– Ta aí, Frank – Ray bufou, cansado de explicar. – Se ela fizesse isso você poderia se preocupar, mas ela não faz. O que estou querendo dizer é que você é um maldito exagerado que não sabe a princesinha que tem em casa.

– Okay... Talvez eu esteja exagerando... – admitiu Frank. – Mas vocês não têm filhos, não sabem a pressão que é cuidar de uma vida sabendo que um dia ela pode colocar você em um asilo para idosos e ir gastar sua herança em Las Vegas.

– Ela não vai fazer isso com você – falei. – Eu é que vou começar a me preocupar, já que tenho dois filhos que poderão fazer um complô contra mim e me matar para conseguir a herança mais cedo.

– Legal, agora além do Frank, você também vai surtar? – Mikey perguntou.

– Estou brincando, babaca – ri.

Todos ficaram até anoitecer em nossa casa, apenas próximo à hora de dormir é que Layla e eu finalmente tivemos um momento sozinhos em nossa nova casa.

– Bem vinda ao lar – falei, enquanto deitávamos na cama.

– Meio tarde demais para dizer isso, não é? – ela riu, deitando sobre meu ombro.

– Faltam alguns minutos para a meia-noite ainda, então ainda é nosso primeiro dia aqui – ri, acariciando seus cabelos.

Ficamos um pouco em silêncio. Eu podia ouvir alguns grilos do lado de fora da janela, coisa que eu nunca ouvira no apartamento, então era um som que não me era mais tão familiar. Estranhamente fazia-me lembrar de quando eu morava na casa de meus pais.

– Aqui é perfeito, Gee... – disse Layla. – Obrigada por me fazer tão feliz.

Abracei-a mais forte, sentindo seu cheiro doce que sempre fazia-me tão bem.

– Você é que me faz o home mais feliz do mundo, Layla – respondi. – Não faz ideia do quanto.

Layla levantou sua cabeça e sorriu para mim. Dei-lhe um beijo leve, puxando-a para mais perto de mim.

Nossos lábios moviam-se lentamente, unidos. Estranhamente eu sentia como se aquele fosse nosso primeiro beijo novamente, mas ao mesmo tempo sentia como se já tivesse vivido aquilo milhares de vezes.


*


O dia estava nublado quando acordei na manhã seguinte. O outono estava cada vez mais próximo, o que fazia com que o clima ficasse cada vez mais instável.

Levantei-me e fui até o banheiro, escovei meus dentes e tomei um banho rápido.

Depois de vestir uma calça jeans e uma camisa preta fui até o quarto dos bebês. Nenhum deles se encontrava no quarto, então fui até o primeiro andar, logo sentindo cheiro de algo vindo da cozinha.

Layla havia preparado hambúrgueres e estava sentada à mesa, Helie e Arth estavam em suas cadeirinhas, ao lado dela.

– Bom dia – falei, dando-lhe um leve beijo.

– Bom dia – ela respondeu. – Dormiu bem?

– Parece que vivo aqui há anos – brinquei, respondendo à sua pergunta.

– Vai sair? – ela perguntou, olhando-me dos pés à cabeça.

– Sim... pretendo ir a um lugar – falei, tomando uma rápida xícara de café.

Eu decidira de última hora sair, ainda tinha que fazer algo antes de “recomeçar”.

Logo depois de tomar café, saí. Antes de ir ao meu destino final, passei em uma floricultura, onde comprei dois buquês de rosas vermelhas, seguindo então ao meu destino.

Estacionei meu carro, meia-hora depois, em frente aos grandes portões de ferro que cercavam o lugar. Aquele cemitério parecia ainda mais triste e melancólico naquele dia nublado.

Caminhei lentamente entre as lápides, carregando um dos buquês que havia comprado.

Logo achei o que procurava, parando em frente à lápide de mármore escuro, ainda com algumas flores frescas.

A lápide de Malu.

Já havia sua foto ali, ela estava sorridente na imagem, seus olhos azuis pareciam realmente transmitir felicidade, muito diferente das vezes em que a vi, onde eles transmitiam apenas tristeza e raiva.

Ainda não haviam colocado o epitáfio com a frase que a família escolhera para o túmulo.

– Oi, Malu... – falei, retoricamente, colocando minha mão livre sobre o mármore frio. – Bem... Desculpe ter demorado a vir, eu precisei resolver algumas coisas e não tive tempo de lhe visitar...

Eu devia estar parecendo um idiota falando sozinho, mas não me importava. Eu podia sentir Malu ali, presente.

– Isso é para você... – falei, colocando o buquê de rosas vermelhas sobre seu túmulo, próximo à sua foto. – Acho que vermelho combina com você, espero que goste de rosas.

Um vento leve começou a soprar, estranhamente levei isso como uma resposta agradável ao meu pequeno presente a ela.

– Eu não queria que as coisas terminassem assim... Você podia estar viva agora – disse. – Mas foi sua escolha, então... Não irei contestar. Posso tentar imaginar o que você sentia.

Encarei o silêncio melancólico do cemitério.

– Eu posso entender você, Malu – falei por fim. – A dor que você sentiu ao perder Brendon, mesmo ele sendo o homem desprezível que era... – contive minha raiva ao lembrar daquele desgraçado. – Em todas as vezes em que quase perdi Layla eu passei por isso. Pelo desespero que você sentiu, pelo medo de ficar sozinho. Eu entendo você.

O vento se tornou um pouco mais forte, trazendo o cheiro das rosas até mim.

– Mesmo isso não justificando tudo o que você fez, não tenho raiva – continuei. – Quero que saiba que nunca vou esquecer-me de você, querida. Espero que... aonde quer que esteja, seja finalmente feliz. Espero que... finalmente descanse, e volte a ser a Malu desta foto.

Acariciei levemente a foto de Malu, sorrindo.

– Adeus, Malu – encerrei, retirando-me dali com um suspiro pesado.

O vento cessou rapidamente e uma leve garoa começou a cair sem aviso. Corri até meu carro para não me molhar. Assim que liguei o motor, a garoa transformou-se em chuva forte, cobrindo o para-brisas por completo.

Dirigi direto para casa, chegando em menos de meia-hora. Estacionei o carro na garagem coberta, trancando-a e seguindo para dentro de casa, levando o outro buquê comigo.

Entrei em casa e logo pude ouvir a voz de Layla na sala, então fui até lá.

Layla estava brincando com os bebês – que se encontravam nos andadores, que foram comprados em uma tentativa desesperada de fazê-los regular o sono, já que se deixássemos eles dormiam o dia inteiro.

– Olá – falei, chamando a atenção de Layla para mim.

– Ah, oi, amor – ela sorriu, levantando do chão e vindo até mim, dando-me um leve beijo.

– Isso é pra você – sorri, entregando-lhe o buquê de rosas.

Ela esboçou uma reação de surpresa, mas depois sorriu, pecando as flores.

– Porque isso? – ela perguntou, fingindo uma cara de desconfiança. – O que andou aprontando?

– Eu não posso mais presentear a minha esposa? – questionei, rindo.

– Hum... – ela riu também. – Se for só isso, tudo bem. Obrigada!

– De nada – falei, roubando-lhe outro beijo.

– Eu te amo – ela disse, abraçando-me.

– Eu te amo – respondi, beijando-a novamente.

Passamos o resto do dia brincando com as crianças, eles pareciam animadinhos e já estavam começando a arriscar algumas engatinhadas.

Finalmente estava tudo bem, como devia ter sido desde o começo. Isso poderia ser levado como o fim dos nossos problemas, afinal. Mas eu estava levando mais como um recomeço. Uma nova jornada de nossas vidas.

Se eu tivesse desistido no início, logo no primeiro problema que Layla e eu enfrentamos, provavelmente eu não teria uma família agora, não teria dois filhos lindos e uma mulher maravilhosa. Poderia também não ter passado por tantas coisas, mas tudo aquilo foram apenas pontes para me trazer até aqui, até o dia de hoje.

Arriscar é a palavra chave em todos os momentos de sua vida.

Bem... Isso não é o final, isso é o recomeço de uma história, agora é apenas esperar pelos próximos capítulos...

Nada se acaba, as coisas apenas se renovam, e depende de você escolher o que acontecerá no novo capítulo da sua história.



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Notas finais do capítulo

Reviews? Please?
Então...
uhsuhahsahsh
Galero, esse foi o último capítulo. Eu chorei, okay? U.U Porque não é todo dia que você encerra uma fanfic com mais de 130 capítulos lol
Beijos, espero que eu tenham gostado, realmente.
-x-x-x-
-x-x-x-
Continuação: http://www.fanfiction.com.br/historia/252471/Disenchanted_-_The_Funeral_Of_Hearts