Layla’s P.O.V.

 Eu não consegui. Maravilha! Não sou capaz de fazer coisas desse tipo em um banheiro, qual é o meu problema?

 Não pude evitar de ruborizar ao voltarmos para a área de festas, algumas pessoas encararam-nos desconfiados, era tão evidente assim que vínhamos juntos do banheiro? Ora, podíamos estar apenas conversando!

*

 Estava na hora de cantarmos os parabéns para Alice, mas havia um problema...

 - Onde estão Frank e Diana? – Aline perguntou-me, ela estava com Alice no colo enquanto Leticia, Mikey e Ana procuravam os pais da menina.

 - Não faço ideia – respondi.

 Era estranho, onde eles haviam se metido?

 - Achei eles... – Mikey disse-nos, aproximando-se.

 Mas ele estava sozinho, e com uma cara estranha.

 - Onde eles estão? – perguntei a ele.

 - Bem... Eu acho que estão no banheiro – ele disse baixinho para mim.

 - No banheiro? Fazendo o qu... – interrompi-me rapidamente, entendendo o que eles estavam fazendo no banheiro. – Oh Deus.

*

 Depois de cantarmos os parabéns para Alice – Diana e Frank logo voltaram, disfarçadamente, também não mencionamos que sabíamos onde eles estavam – cortamos o bolo.

 Eu estava ao lado de Diana, ajudando-lhe a arrumar alguns pratinhos quando percebi que estava praticamente ao meu lado pegando um copo de refrigerante. Lindsey.

 Ela encarou-me fria, correspondi com a mesma expressão. Logo ela bebericou em seu copo, revirando os olhos e afastando-se dali, não pude evitar de xingar-lhe baixinho pelas costas, ela merecia todos os xingamentos do mundo.

 Eram por volta de oito horas da noite quando os primos de Frank foram embora, eles moravam em Nova Jersey, então resolveram ir mais cedo do que o planejado para não pegarem trânsito.

 Mais ou menos uma hora depois disso, foi a vez dos integrantes da Mindless Self Indulgence irem embora, era uma pena tudo isso que acontecera. Jimmy e Steve pareciam ser legais, Kitty mal falou comigo, então não pude ter nenhuma opinião sobre ela, e Lindsey... bem, ela merecia uma morte cruel.

 Restavam ali apenas Aline, Ana, Mikey, Leticia, Diana, Frank, Gerard e eu. Era engraçado ver como Mikey ficava desconfortável em estar entre suas duas ex-namoradas – Ana e Leticia – e Aline – havíamos percebido que eles estavam um tanto quanto íntimos demais.

 - Bem, acho que vou indo... – Ana disse para nós. – Preciso acordar cedo amanhã.

 - Okay, visite-nos mais vezes – Frank sorriu para ela.

 - Pode deixar – ela sorriu também.

 Após Ana ir embora, fora a vez de Leticia. Logo depois Aline também foi, e Mikey foi logo atrás. Restando ali apenas Diana, Frank, Gerard e eu.

 Bocejei involuntariamente, estava cansada.

 - Quer ir? – Gerard perguntou-me, estava sentado ao meu lado, com um de seus braços em volta de meus ombros.

 - Pode ser... – respondi.

 - Já? – Frank mostrou-se indignado.

 - Todos nós estamos cansados, Frank – Diana bocejou também.

 - Okay – ele revirou os olhos. – Mas vão ficar devendo-me isso...

 - Tudo bem – Gerard riu.

 Nos despedimos de Diana, Frank e Alice – que já não estava mais elétrica, estava deitada nos braços de Diana, quase adormecendo – e fomos embora.

 Enquanto Gerard dirigia, fiquei fitando através do vidro do carro, bocejava diversas vezes, estava realmente com sono.

 Assim que estacionamos, saímos do carro, tirando Helie e Arth de suas cadeirinhas e seguindo até nosso apartamento – não os colocamos nos carrinhos, não havia necessidade disso e eu estava com sono demais para fazer tudo isso.

 - Quer me ajudar a arrumar o apartamento? – perguntei a Gerard, aquele lugar estava uma bagunça.

 - Vamos deixar isso para amanhã – ele riu. – Mas eu ajudo você a botar os bebês para dormir – ele sorriu.

 - Okay.

 Gerard trocou as roupinhas de Arthur enquanto eu fazia o mesmo com Helena, eles logo dormiram, deixando-me livre para tomar um banho rápido. Enquanto eu colocava meu pijama, Gerard fora tomar um banho também.

 Deitei-me no sofá, ligando a televisão. Estava tão confortável ali... e aconchegante. Lutei o máximo que pude, mas acabei adormecendo.

***

Gerard’s P.O.V.

 Layla parecia cansada, talvez isso fosse bom... Eu ainda estava com medo de ela ainda estar com raiva pelo o que acontecera nesta tarde.

 Tomei um banho rápido e frio, estávamos no auge do verão e o calor estava monstruoso.

 Saí do banho de toalha, indo até nosso quarto e colocando uma roupa rapidamente. Sequei meu cabelo com a toalha e voltei ao banheiro, escovei meus dentes e fitei-me no espelho.

 - Mas que droga é essa? – resmunguei, arrancando mais um fio de cabelo branco próximo à minha testa. – Eu já não havia arrancado você?

 Era mais fácil pensar que era o mesmo fio de cabelo branco que se regenerara do que lembrar que provavelmente ele era outro, o que significava que eu devia ter centenas de fios iguais a este, escondidos em meu cabelo.

 - Vou pintar meu cabelo de verde – falei, irritado, indo até a sala. – O que você acha?

 Só então, chegando à sala, percebi que Layla adormecera no sofá.

 Aproximei-me dela, afagando seu rosto lentamente.

 - Lay? – chamei baixinho.

 - Hum? – ela resmungou, sem abrir os olhos.

 - Você vai ficar dolorida se dormir no sofá – lembrei-a.

 - Não estava dormindo – ela disse.

 - Okay – ri um pouco. – Venha cá – peguei um de seus braços e passei por volta de meu pescoço, passando um de meus braços por trás de suas costas e o outro por baixo de suas pernas, levantando-a em meus braços.

 Carreguei Layla até nosso quarto, deitando-a na cama e cobrindo-a com o edredom. Liguei o ar-condicionado para que o quarto ficasse mais fresco.

 Voltei até a sala e desliguei a televisão, depois fui até a cozinha e tomei uma xícara de café, ao contrário de outras pessoas, café não deixava-me sem sono, pelo contrário, ajudava-me a relaxar.

 Depois voltei ao quarto, Layla voltara a dormir. Apaguei a luz e deitei-me ao seu lado na cama, ela movimentou-se um pouco, não sabia se estava acordada ou apenas sonhando.

 Abracei-a fortemente por trás, ficando com meu rosto em seu pescoço, ela não passara perfume naquele dia, mas continuava com um cheiro doce que eu reconhecia há quilômetros de distância. O cheiro da minha Layla. Era estranho pensar que há algumas horas atrás estávamos brigados e ela queria me matar... Ainda mais estranho era pensar que eu correra o risco de perdê-la por culpa de Lindsey... Afastei esse pensamento, não era agradável pensar na sensação que eu tinha sempre que corria esse risco, isso também lembrava-me de todas as vezes que correra esse risco, então era ainda pior.

 Logo dormi também, exausto.