Disenchanted escrita por Luana Lee


Capítulo 104
Capítulo 104 - Seria Ciúmes?


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura =)



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Layla’s P.O.V.

 - Layla... – uma voz masculina chamou-me delicadamente.

 Abri meus olhos devagar, levantando minha cabeça do ombro de Frank e encarando seus olhos esverdeados.

 - Sim? – perguntei.

 - Dr. Hill tem notícias de Gerard – ele sorriu.

 Só então percebi a presença de Dr. Hill à nossa frente, de pé. Ele continha em seus lábios um sorriso enigmático.

 - Como ele está? – perguntei, já mais alerta.

 - Ele teve outra parada cardíaca, Layla – Dr. Hill disse.

 Preparei-me para o desespero, estava crente que Gerard havia morrido, mas Dr. Hill continuou:

 - Mas, assim como você... – ele riu levemente. – Gerard nos surpreendeu!

 Encarei-o sem entender.

 - E isso quer dizer...? – Frank perguntou.

 - Ele está vivo... e bem – Dr. Hill sorriu. – Está com dores e alguma dificuldade para respirar, mas já parece muito bem recuperado. Mesmo depois de uma... quase morte.

 Ficamos em silêncio por alguns segundos, clareei minha mente para entender tudo isso. Será que era isso que acontecia comigo? Será que Gerard se sentia tão confuso e assustado quanto eu estava me sentindo agora?

 Lembrei-me de minhas quase mortes... Não conseguia lembrar-me de muitas coisas, apenas de que sempre eu estava naquela casa.

 Pensei então se Gerard tivera algo parecido com isso... Ou se eram apenas meus sonhos enquanto permaneci desacordada.

 - Podemos vê-lo? – perguntei.

 - Claro, ele está acordado agora. Fizemos alguns exames e ele está em perfeitas condições de recebê-los – ele respondeu.

 Sorri um pouco, precisava vê-lo para acreditar nisso tudo.

*

 Frank e eu seguimos Dr. Hill pelos corredores do hospital, Gerard estava em um dos quartos da UTI, ele estava bem, mas ainda precisava de cuidados.

 Segui de braços dados com Frank, ele estava sendo um grande amigo agora, dando-me uma grande força.

 Paramos em frente ao quarto de número 403, Dr. Hill virou-se para nós sorrindo.

 - Volto logo – ele sorriu, entrando no quarto e fechando a porta.

 - Está feliz? – Frank sorriu.

 - Muito – respondi. – Eu pensei que... ele não fosse aguentar – confessei.

 - Eu entendo... Também temi que ele não suportasse – ele concordou.

 A porta se abriu novamente, Dr. Hill saiu e manteve a porta aberta.

 - Podem entrar – ele disse.

 Frank foi à minha frente, segui atrás dele, entrando no quarto.

 Pude ver Dra. Miller sentada na poltrona de visitantes, sorrindo para nós. Logo vi Gerard deitado na cama, ele olhou-me e deu um leve sorriso.

 - Bem, deixarei vocês sozinhos – Dra. Miller suspirou, sorrindo, levantando-se e indo até a porta.

 Gerard estava com o peito nu, havia um curativo em seu abdômen e vários fios – ligados ao medidor de batimentos cardíacos – em seu peito. Havia também uma agulha em sua mão, perguntei-me se ele não a vira ainda.

 Frank sentou na poltrona até agora ocupada por Dra. Miller e eu fui até a cama de Gerard.

 - Está se sentindo bem? – perguntei, pegando em sua mão.

 - Um pouco dolorido – ele sorriu tortamente. – Na verdade... muito dolorido.

 Toquei seus lábios com os meus rapidamente, ele sorriu e eu afaguei seu rosto.

 - Nunca, nunca, nunca, nunca, nunca mais faça isso! – adverti. - Entendeu?

 - Eu agi sem pensar – ele revirou os olhos. – E ela estava prestes a atirar em você!

 - Mas eu já sobrevivi diversas vezes, não ia ser agora que eu iria morrer – rosnei.

 - Okay, eu também não morri – ele deu de ombros.

 - Mas quase – insisti.

 - Você também quase morreu, então estamos quites – ele retrucou.

 - Chega – Frank encerrou nossa pequena discussão antes que eu respondesse Gerard. – Ninguém morreu, está todo mundo vivo, e está tudo bem – ele se espreguiçou.

 - Você também ficou preocupado! – retruquei Frank.

 Frank bufou, revirando os olhos.

 - É sério, Frank? – Gerard zombou. – Que fofinho! Ficou com medo de que eu morresse...

 - Se não calar a boca, eu mesmo lhe dou um tiro – Frank bufou.

 - Nossa, que irritado – Gerard provocou. – Ele está naqueles dias? – ele perguntou-me.

 - Acho que não, apenas não dormiu bem – entrei na brincadeira.

 - Que horas são? – Frank tentou mudar de assunto.

 Olhei em um relógio na parede ao fundo do quarto.

 - Quase dez da manhã – respondi.

 - Okay, eu vou ao banheiro – Frank levantou e saiu.

 Gerard e eu ficamos um pouco em silêncio, sentei-me ao lado de Gerard na cama.

 - Como estão Arth e Helie? – ele perguntou.

 - Estão bem – sorri. – Diana e Leticia iriam cuidar deles.

 - E Aline e Amanda?

 - Quando Frank e eu viemos para cá elas ainda estavam em nosso apartamento, mas provavelmente devem ter ido para suas casas – respondi.

 Nesse momento ouvimos uma batida leve na porta e logo depois a vimos se abrir, era Mikey. Ele correu até Gerard e o abraçou.

 - Eu juro que na próxima vez que você quase morrer eu mato você! – ele rosnou.

 - Onde está a lógica dessa sua frase? – Gerard riu.

 - Você entendeu! – Mikey disse, ainda com um tom autoritário. – Não apronte mais isso!

 - Demorou, Mikey – comentei.

 - Eu sei... – ele suspirou. – Passei a madrugada na delegacia resolvendo a situação de Ana... Tive que dar um depoimento sobre tudo que acontecera dentro daquela casa para que ela pudesse ser solta – ele explicou.

 - Ainda não entendi o que Ana estava fazendo lá – Gerard comentou.

 - Ela fugiu do assunto quando perguntei sobre isso, mas irei ter outra conversa com ela e a obrigarei a me dizer a verdade – Mikey falou. – Ah, encontrei Frank no corredor e ele mandou-me avisar que dará uma passadinha no apartamento de vocês para ver como estão todos... e sabemos que com “todos” ele quer dizer “Alice” – ele sorriu.

 - Eu também quero ver meus filhos... – Gerard choramingou.

 - Mas não irá poder... – respondi. – Crianças não podem entrar nessa ala do hospital.

 - Injusto – ele bufou.

 - Eles estão bem, Gerard – Mikey insistiu. – Diana e Leticia cuidarão bem deles, fique tranquilo.

 - E o que aconteceu com Malu? – Gerard perguntou.

 - Estão procurando ela – respondi. – Ela fugiu com uma moto, então já devia estar longe quando a polícia chegou a casa. Mas estão confiantes, já foram até a casa onde ela estava morando atualmente, em um bairro perigoso aqui de Nova York, mas não encontraram nada que pudesse revelar seu paradeiro.

 Ficamos novamente em silêncio.

 - Estou com fome – Gerard comentou, quebrando o silêncio.

 Acabei rindo.

 - Irei pedir para Dr. Hill se você pode comer algo – falei.

 - Manda o Mikey ir falar com ele – Gerard disse rapidamente, segurando minha mão.

 - Por quê? – estranhei.

 - Oras... Por que eu quero ficar com você – ele respondeu, depois de pensar um pouco.

 - Ele tem ciúmes do Dr. Hill – Mikey riu.

 - Cale a boca – Gerard revirou os olhos. – Eu não tenho motivos para ter ciúmes de Dr. Hill – ele riu debochado.

 - Exatamente – concordei. – Vou falar com ele...

 - Não, não, não, não! – Gerard segurou minha mão novamente. – Vai você, Mikey!

 - Não estou afim – Mikey suspirou, sentando-se na poltrona.

 - Okay, então eu não estou mais com fome – Gerard sorriu. – Não precisa ir, Lay.

 - Gerard, isso é ridículo – revirei meus olhos, soltando-me e indo até a porta.

 - Então fale com a Dra. Miller! – Gerard insistiu.

 - Não, irei falar com Dr. Hill – encarei-o. – Ela acabou de sair daqui, não irei estressá-la novamente.

 Okay, não era esse o motivo. Eu apenas não queria que eles ficassem próximos, não sabia o porquê, apenas não queria.

 Gerard bufou, jogando a cabeça para trás, estressado.

 Fui até o corredor e encontrei Dr. Hill saindo de um dos quartos, falei com ele rapidamente e logo ele providenciou uma sopinha de hospital para Gerard, que a comeu com muitas caretas.

 - Isso é horrível – Gerard comentou, uma colherada pequena na sopa.

 Mikey debochava de Gerard, que ameaçava jogar a sopa quente no rosto de Mikey se não parasse.


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Notas finais do capítulo

REVIEWS?
-x-
Gente... Como consegui postar esse cap. agora... TALVEZ, T_A_L_V_E_Z, T.A.L.V.E.Z, T*A*L*V*E*Z eu consiga postar mais um hoje... Mas não é de certeza kkk'
-x-
Beijão'