Crystal andava pela mansão admirada com a decoração e tentando ao máximo esquecer a brincadeira de mal gosto de Lucius.

- Quem ele pensa que é para brincar comigo dessa maneira? _ Crystal falava sozinha até que uma loira deslumbrante apareceu a sua frente.

- Olá… Crystal, certo?

- Ah… olá. Si… sim sou Crystal.

- Bom ver que está melhor. Sou Marissa. Está procurando seu pai ou apenas andando?

- Ambos.

- Bom, seu pai está no quarto com Payne.

A loira já estava se retirando quando Crystal a chamou:

- Marissa?

- Sim querida?

- Onde fica o quarto do meu pai?

- No fim do corredor, ultima porta a esquerda.

- Obrigada. _ Crystal não deu tempo a Marissa de responder e rumou decidida ao quarto de seu pai.

- Pai? Papai? _ ela batia e chamava sem parar.

A porta abriu e Payne apareceu com uma camisola preta de seda e renda e os longos cabelos traçados. Era uma bela mulher, devia admitir, parecia perigosa, mas era uma bela mulher. Seu pai tivera sorte, realmente.

- O que aconteceu? O que você tem?

- Nada. Apenas quero falar com meu pai.

- Entre, ele está trocando de roupa.

Crystal entrou no quarto e obedeceu imediatamente quando Payne a mandou sentar. Sentou-se em uma cadeira que provavelmente fosse de seu pai, enquanto Payne optou pela cama.

Minutos depois do mais absoluto silencio, Manuel apareceu à porta, com uma toalha em volta do pescoço.

- Crystal? O que está fazendo aqui? Devia estar na clínica, de repouso.

- Desculpe se interrompi algo, mas cansei de repouso e cansei desse lugar, quero ir para casa papai.

- Não atrapalhou nada, mas… _ Manuel sentou-se em uma cadeira em frente à Crystal e olhou Payne e já se levantava para levar Crystal para outro lugar quando Payne levantou e saiu.

- Mas o que pai? Já estou melhor e quero ir embora, simples.

- Não é tão simples.

- Por que não? Se não pode ou não quer me levar, é só dizer, eu peço que alguém venha me buscar.

- Eu vou levá-la, mas… você está diferente, impaciente.

- Claro que sim! Quero ir embora!

- Não, é outra coisa. Aconteceu alguma coisa?

- Na verdade, estou zangada com Lucius.

- O que ele fez? _ Manuel estava visivelmente irritado.

- Nada demais, só uma brincadeira de mau gosto.

- Qual?

- Ele me contou que vampiros existem.

Manuel levantou-se com tal brutalidade que a cadeira caiu longe.

- Ele contou o que?!

- Que vampiros… existem. _ Crystal respondeu assustada. – Pai, o que houve?

Manuel agachou-se diante da filha, e de forma séria ele disse:

- Nós precisamos conversar.