Crystal escrita por Lilith Súcubo


Capítulo 12
Todo o assunto é muito sério


Notas iniciais do capítulo

Bom, acho que já está na hora de eu começar a revelar algumas coisas, mas este capítulo é apenas o desfecho de UM assunto da Crystal. Vemos-nos nas notas finais.



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Manuel e a filha entraram no escritório de Wrath após serem anunciados por um doggen.

- Wrath? Thor disse que queria falar com minha filha.

- Sim.

- Queria saber se posso presenciar.

- Não. Esse assunto não lhe diz respeito Doc. Volte para a clínica ou vá para sua shellan. _ Wrath respondeu incisivo.

- Mas...

- Não Doc.

Manuel já ia se retirando quando Crystal se pronunciou:

- Não me importa quem você é ou pensa que é. Mas se meu pai não estiver presente, eu não falarei nada com nenhum de vocês! _ a garota tinha coragem, isso ele não poderia negar, se fosse outra pessoa, provavelmente já estaria sendo castigada neste exato momento.

- Meu Hellren, será melhor se Manuel estiver ao lado da filha em uma hora dessas. _ Beth disse carinhosamente ao ouvido do Rei ao mesmo tempo em que lhe apertava brandamente o ombro.

- Se continuar falando assim Leelan, acabarei por sair do trono e deixar que você tome as decisões da raça. _ com uma risadinha sensual, Beth olhou aos dois que aguardavam uma decisão definitiva do Rei.

- Fique Manuel, poderemos precisar de você.

- Sim minha senhora. _ Manuel fez uma discreta reverência, como era seu costume e adentrou ao escritório junto com a filha que estava evidentemente confusa.

- Olá Crystal, fico feliz ao ver que está melhor. Deu-nos um belo susto ao desmaiar daquela forma. A propósito, me chamo Beth. _ a morena sorriu simpaticamente para a garota obviamente nervosa a sua frente.

- Obrigada Beth.

- Filha, este é Wrath, o... Dono da casa.

- Ah, sim. Prazer em conhecê-lo Sr. Wrath.

- Sem o senhor. Assim me faz sentir mais velho do que ja sou. _ o grandalhão disse sorrindo, mas continuava tao intimidador quanto antes.

- Desculpe Wrath.

- Agora só precisamos esperar Rhage, Mary e Vi...

Antes que Wrath pudesse terminar de falar a porta abriu-se e Vishous adentrou, reverenciou o rei e a rainha e dirigiu-se para a parede sem olhar os dois sentados no sofá.

- V! Pensei que teria que mandar alguém buscá-lo. _ Wrath disse na intenção de instigar uma resposta do irmão.

- Não fui o único a me atrasar meu senhor. _ ele obviamente referia-se a Rhage e Mary.

- Okay, Crystal, este é Vishous, cunhado de seu pai. Vishous, Crystal, enteada de sua irmã. _ Beth fez as apresentacões.

- Olá. _ Crystal cumprimentou o homem de pé e este lhe respondeu com um movimento de cabeça e um murmúrio de um 'oi' em resposta.

Depois disto, todos ficaram em silêncio somente esperando o casal atrasado.

Quando Rhage e Mary ultrapassaram a porta do escritório, Wrath, Beth, Vishous, Manuel e a filha os esperavam.

- Perdão meu senhor. Tivemos alguns... problemas para resolver. _ Rhage tentou se explicar enquanto Mary se ruborizava.

- O que interessa agora é que ambos nos deram o pazer de sua presença. _ o sarcasmo na voz de Wrath era extremamente evidente.

Mary sentou-se no sofá ao lado de Crystal  e Rhage manteve-se de pé ao lado de Vishous. Ambos vestidos com o típico couro negro. Crystal focara seu olhar nos dois brutamontes próximos da parede. Nunca vira homens daquele tamanho. Ambos deviam ter no mínimo dois metros, com porte de verdadeiros lutadores, mas as semelhanças paravam ali, um era loiro o outro moreno,um tinha olhos azuis brilhantes como se fossem néon o outro tinha os olhos... brancos? Não, não brancos, diamantinados. Muito estranho. O moreno tinha tatuagens ao redor do olho direito e também um cavanhaque que dava a ele uma aparência tanto perigosa quanto sensual. Crystal também notou as armas. Muitas delas e com certeza deveriam existir mais por baixo das jaquetas de couro negro. O que afinal funcionava naquele lugar para necessitar tanta proteção?

- Mary, apresento-lhe formalmente a filha de Manuel, Crystal. _ a voz de Beth foi uma espécie de bálsamo na tensão que Cystal sentia, todos os homens, incluindo seu pai, tinham uma expressão severa no rosto e os dois grandalhões de pé a olharam tão intensamente que Cystal sentiu necessidade de desviar o olhar.

- Olá. _ Mary virou-se para a garota que estava tão nitidamente nervosa que chegava da causar-lhe compaixão pela posição onde a coitada estava.

- Ah... Olá. _ Crystal estenedeu uma tremente e fria mão para Mary e a aceitou com um aperto tão carinhoso que causou surpresa em Crystal.

Pela primeira vez Crystal prestou atenção na mulher sentada ao seu lado e tomou consciência de que tanto ela quanto a morena parada ao lado do "armário" sentado em uma cadeira que lembrava um trono eram de aparência frágil ao lado da força bruta daqueles homens, mas mesmo assim elas pareciam exercer alguma espécie de controle sobre eles. Aparetemente a situação toda seria dirigida pelo homem sentado, mas obviamente as duas mulheres tinham um papel tão importante quanto eles naquela conversa, talvez até mais importante.

- Eu quero pedir sua pemissão para deixar sua casa e voltar a minha vida senhor. _ Crystal entendera desde a chegada do casal que todos deveriam dirigir-se a ele com respeito, só era dificil entender o porquê de ser necessária tamanha formalidade.

- A que se resume sua vida Crystal? _ ele estava ignorando seu pedido de propósito, o que não a deixou nem um pouco feliz.

- Eu estudo como toda pessoa da minha idade e algumas vezes eu cuido da área equestre do rancho da minha família.

- Sinto muito Crystal, mas não pode sair daqui ainda. Não antes de que algumas perguntas sejam respondidas.

- Quais?

- O que houve entre você e Lucius?

- Ele veio contar uma historinha ridícula e tudo para não me dizer de uma vez que lugar é este!

- Que historia? _ Wrath ajustou os óculos escuros na ponte de seu nariz e a encarou.

- Sobre vampiros. Deu a entender que vocês empreendem uma luta para salvar a raça vampira. Com eu disse antes, ridículo.

- Entendo. Você está zangada com ele?

- Bom... não exatamente. Senti uma raiva momentânea. Mas nada demais.

- Você quer dizer com isso que ele desperta seu interesse?

Crystal empertigou-se no sofá, deixando ainda mais nítida sua tensão.

- Eu... eu não disse isso. _ os pensamentos dela não entravam em ordem por mais que se esforçasse.

- Eu sei, mas decidi perguntar. Estou certo ao presumir que está interessada por ele?

- Eu... você não tem o direito de pressionar alguém dessa forma! Eu só quero e é meu direito ir para casa!

- Wrath, não vai conseguir nada falando e pressionando-a da forma como faz com os outros. _ Mary falou calmamente segurando a mão de Crystal e afagando-a para deixar a garota um pouco mais calma.

- Mary está certa meu amor. Tenha calma, os sentimentos dela com relação a Lucius, sejam eles quais forem, não vêm ao caso agora. _ Beth disse, afagando os longos cabelos negros do marido.

- Certo. Desculpe-me Crystal. Não sou de fazer muitos rodeios, então creio que seja hora de irmos direto ao assunto. E acredite criança, é tão difícil para mim falar quanto é para você ouvir, mas espero que entenda. O que Lucius disse, não é uma mentira, nem uma história ridícula que foi inventada para ocultar-lhe nada.

Crystal não podia acreditar que até mesmo eles que pareciam tão sérios iriam manter a estúpida brincadeira de Lucius de pé. Virou-se para o pai e o viu encarando-a seriamente.

- Pai, o que ele disse é verdade?

- Sim.

- Então o senhor também é um deles?

- Não. Mas Payne é. Esse é o motivo de eu não poder vê-la com a mesma frequência de antes.

- Mas o que eu tenho a ver com tudo isso? Não sou uma de vocês. Nem sei como se faz para alguém se tornar um vampiro.

- Não faz. Ou nasce um de nós ou não pode sê-lo. _ a morena, Beth respondeu com doçura na voz.

- Ainda não entendo minha relação com tudo isso.

- Nós também não. É isso que queremos saber e também é o motivo pelo qual você não pode sair. _ o moreno com o cavanhque respondeu.

- Deixem-me ver se eu entendi. _ Crystal adotou uma expressão séria. - Vocês querem me manter presa aqui por algum motivo mesmo que vocês não saibam qual? Piada.

- Não senhorita. Todo o assunto é muito sério.

- Mas o que acontece com a minha vida? O que você acha que vão pensar se eu sumir do nada? Eu tenho mãe, avô, tenho família, amigos, comopromissos fara deste lugar! Nenhum de vocês tem o direito de me prender aqui!

-Está bem, realmente não temos esse direito, mas preciso que você nos facilite as coisas, preciso que fique.

- Pai! - Crystal percebeu que o homem... vampiro, não cederia tão facilmente.

- Wrath, ela realmente não pode sumir dessa forma. Dê a ela a possibilidade que me deu. Deixe que ela saia comigo pela manhã e eu a trago de volta a noite. Ao menos assim, fazemos o que precisamos e ela pode manter as aparências. Garanto que não contará nada a ninguém.

- O que acha Leelan? _ Wrath estava tão indeciso que apelou para Beth, se sua fêmea permitisse a saída, ele concordaria.

- Irá atrapalhar o que precisaremos fazer?

- Não, creio que não.

- Então concordo com a saída dela, desde que a monitoremos.

- Sim. _ o que Crystal mais queria era sair daquele lugar e respirar aliviada, voltar a sua vida.

- Então está decidido. Poderás sair, mas com a condição de voltar. _ Wrath disse leantando-se e estendeu a enorme mão e esperou a garota levantar-se e se aproximar devagar e relutante e segurar sua mão com a dela, pequena e cálida.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Tchauzinho, vou começar a preparar o próximo capítulo. Bjokas!



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