Be The One That Saves Me escrita por WannabePrincess


Capítulo 3
Detenção


Notas iniciais do capítulo

Olá morois/strigois/dampiros/alquimistas/humanos enfim, estou aqui com mais um one shot ROSE/DIMITRI. Espero que gostem ;*
PS - tem um recadinho para pessoas Team Dimitri no final.



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Rose’s POV

–Muito bom, Rose – Adrian disse sorrindo em aprovação. – Realmente. Atacar um professor? Essa não está na minha lista de malvadezas que fiz na escola.

–Rose! – Lissa disse sentando ao lado de Adrian no refeitório. – O que você fez?

–Eu não fiz nada! – Eu exclamei exasperada. – Você estava lá – eu disse apontando o dedo para Adrian que estava na minha frente -, você viu que eu não fiz nada.

–Não – ele disse com um sorriso torto -, o que eu vi foi você atacando a professora.

–O que? – Lissa perguntou dando um pulo. – Uma professora?

–Não! – eu praticamente gritei de volta. – Não foi isso que aconteceu.

–Rose – Christian disse sentando ao meu lado -, é verdade o que as pessoas estão dizendo por aí? Você atacou a professora do primário?

–Não – eu disse querendo enforcar cada um deles –, posso, por favor, explicar o que aconteceu?!

Lissa me encarou de modo reprovador esperando minha explicação. Christian estava olhando para mim com aquele seu jeito indiferente, mas eu pude ver a curiosidade brilhando nos olhos dele. Será que eles realmente acreditavam que eu atacaria uma professora simplesmente porque eu quis?

Enquanto Lissa e Christian me encaravam seriamente, Adrian estava sorrindo e seus olhos verdes mostravam como ele estava se divertindo com tudo aquilo, o que me deixou mais irritada, se é que era possível.

Quando todos estavam esperando que eu dissesse alguma coisa, eu respirei fundo e contei o que aconteceu mais cedo.

[...]

“Eu estava saindo da aula do Stan quando alguém me puxou pelo braço.

–Rose! – Adrian disse. Eu não estava em um bom dia, a aula tinha sido uma droga e Stan tentava me humilhar a cada cinco minutos, só porque eu não tinha feito a lição estúpida de casa que ele havia passado. – Preciso falar com você.

–Adrian – eu rugi -, agora não.

Ele me estudou por alguns segundos.

–Little Dhampir – ele disse -, sua áurea está terrivelmente negra hoje.

Eu queria explodir e gritar para ele ir embora, mas como havia alguns guardiões por perto decidi não chamar a atenção.

–Então você deveria ficar o mais longe possível de mim – eu disse no tom mais calmo que consegui.

–Não, imagine – ele disse colocando um braço ao redor dos meus ombros.

–Adrian – eu disse elevando meu tom de voz e tirando seu braço – vá embora.

–Tem uma coisa muito importante que você precisa ver, agora.

Eu não sabia o que Adrian queria dizer com “importante”. Será que ele considerava importante uma vodka nova? Bom, eu não estava querendo descobrir.

–Eu tenho aula agora – eu disse e comecei a andar.

Adrian andou junto comigo e passou o braço novamente ao meu redor.

–É importante – ele disse.

Eu não queria ir onde quer que seja que Adrian quisesse me levar, mas por outro lado não queria ter aula também.

–Está bem – eu disse – mas você tem que me prometer que vai deixar o seu braço bem longe de mim, ok?

Ele deu de ombros, mas tirou o braço. Andamos até a parte primaria da academia e entramos no dormitório feminino.

–Adrian – eu sussurrei não querendo chamar atenção para nós, mesmo que as únicas pessoas presentes fossem três meninas que aparentavam ter oito anos -, o que estamos fazendo?!

–Calma – ele disse e continuou andando -, estamos quase lá.

O lugar onde Adrian me levou me deixou sem palavras. Nós estávamos no banheiro do dormitório feminino do primário. Agora... o que estávamos fazendo ali eu não tinha a mínima ideia.

–Viu? – Adrian disse apontando para uma parede. – Isso é um absurdo. Quantos anos têm essas garotas? Oito? Seis? E elas são forçadas a verem essa coisa? Só meninos podem ver isso.

Eu olhei para onde Adrian estava apontando e vi uma parede com mictórios.

–Adrian – eu disse. Estava começando a ter uma dor de cabeça.

–Você viu isso?! – ele continuou apontando. – Isso é um absurdo! Essas pobres garotinhas podem ficar traumatizadas. Eu assisti a um filme assim outro dia, uma garota viu um mictório e virou uma psicopata! Isso é um absurdo.

–ADRIAN! – Eu gritei. – VOCÊ ME TROUXE AQUI PARA ESSA MERDA?!

Ele olhou para mim, mas eu comecei a sair do banheiro. Abri a porta com tudo e... BANG! Acertei a porta em uma moroi alta e loira. Com um grande barulho, ela caiu no chão e derrubou alguns livros.

–Eu sinto muito! – Eu disse e quando estava agachando para ajudá-la, ela levantou, o que fez o meu joelho e o nariz dela se chocarem e um som de algo quebrando.

–AIIIIIIIIII – A pobre professora gritou.”

[...]

–Rose! – Lissa disse com as mãos no rosto. – Você quebrou o nariz de uma professora?

–Eu não quis tê-la machucado! – Eu praticamente gritei, implorando para eles acreditarem em mim. – E a culpa foi toda sua – eu disse apontando novamente para Adrian.

–Minha? – ele disse ainda se divertindo muito com tudo o que acontecera. – Eu não vejo porque a culpa é minha.

–De qualquer forma – Christian disse olhando para Adrian -, por que logo você ligou para mictórios no banheiro das meninas?

–Por causa do filme! – Ele disse e eu não tinha certeza se ele estava brincando ou realmente acreditava naquilo. Eu também não sabia qual das duas opções era a pior. – É sério. A menina viu um mictório e virou psicopata!

–Essa foi a única razão pela garota ter virado uma psicopata? – Christian perguntou.

–Foi. – Adrian parou para pensar. – Quero dizer, o pai dela batia na mãe dela, e o tio dela foi preso. A avó dela era uma prostituta. Enfim, o mictório foi o grande responsável por ela virar uma psicopata.

–Ah, tenho certeza que sim – Christian disse ironicamente.

–De qualquer forma – Lissa disse -, por que você sabia o que havia no banheiro das garotas?

Boa pergunta. Eu sabia que Adrian era um tarado, mas a ponto de entrar no banheiro do primário?

–Eu gosto de conhecer o lugar onde eu estou – Adrian disse dando de ombros -, você deveria entender isso mais do que ninguém – ele disse olhando para mim -, isso é uma coisa de guardião, não é?

Eu não respondi a pergunta idiota de Adrian porque de repente tudo o que conseguia ver era o deus russo atrás dele.

–Rose – ele disse seriamente depois de ter cumprimentado os morois formalmente -, vou levá-la para a detenção.

Levantei derrotada enquanto Dimitri me esperava.

–Adrian – eu disse -, você é o psicopata.

E essas foram minhas últimas palavras antes de ser arrastada para uma detenção por Dimitri. Pude ver os olhos encorajadores de Lissa que agora entendia minha versão do que realmente aconteceu e Christian balançando a cabeça como se não acreditasse no que acabara de ouvir.

Ele me levou para uma sala de aula do primário e designou minha tarefa. Como já era noite para os morois, o prédio estava deserto.

–O que?! – eu disse praticamente vomitando. – Não vou fazer isso.

–Isso não é nada comparado ao que você fez mais cedo – ele disse e sentou em uma cadeira para me observar – estou surpreso que você não levou uma suspensão.

Depois de mais alguns protestos eu finalmente abaixei e comecei a limpar os chicletes que haviam de baixo das carteiras. Eu nunca fui uma pessoa que odiasse crianças, mas agora?!

–Eles são porcos – gemi. Dimitri olhou para mim com uma expressão que eu não consegui decifrar. – Há algo errado?

–Sim – ele disse – você atacou uma professora.

–Dimitri – eu disse parando de limpar. Apoiei-me no meu braço e olhei diretamente para ele -, você realmente acredita que eu a “ataquei” de propósito?

–Não – ele disse olhando para mim e sua expressão se suavizou um pouco. Somente um pouco. – Você sabe que eu não acredito.

–Mas então – eu disse frustrada - eu não entendo.

–Não entende o que? – ele perguntou.

–O que há de errado – eu disse – e nem tente falar que não há nada errado porque eu te conheço.

–Você realmente me conhece, Roza – quando ele disse meu nome em russo, meu corpo inteiro tremeu.

De uma coisa eu estava absolutamente certa: eu amava Dimitri e olhar para ele sentado me observando e não poder tocá-lo doía. Doía muito.

–Então, o que é? – eu perguntei com a voz suave.

–Eu só estou tentando entender o que você estava fazendo em um banheiro com Adrian Ivashkov – ele disse depois de uma longa pausa.

–Ahn? – eu perguntei surpresa. E depois entendi o que se passava na mente dele – Dimitri, eu não... eu nunca... fiz absolutamente nada com Adrian! E nem vou fazer.

Ele olhou para mim por um momento e depois relaxou um pouco, acho que acreditando nas minhas palavras.

Ciúmes. Dimitri sentira ciúmes. Por mais que eu odiasse admitir, eu fiquei feliz com isso. Eu sei que era errado me sentir assim, porque Dimitri e eu nunca poderíamos ficar juntos, mas eu não podia evitar.

–Tudo bem se você fizer algo com ele – ele disse tentando parecer calmo, mas eu pude ver seu desconforto -, eu não tenho nada a ver com isso.

–Você tem sim – eu disse olhando em seus olhos castanhos -, você sabe que tem.

Depois desse tópico estranho, um clima de tensão ficou no ar. Eu me controlei muito para não falar mais nada e simplesmente voltar para o trabalho. Depois de alguns minutos, Dimitri agachou ao meu lado e começou a limpar as carteiras comigo.

–O que você está fazendo? – perguntei.

–Limpando – ele disse e não falou mais nada.

Pelo resto da detenção ficamos lá, sem conversar, apenas sentados e limpando. Eu podia sentir o cheiro de Dimitri e todos os movimentos que ele fazia.

Fechei os olhos e pensei que aquela detenção nem foi tão ruim assim. Talvez eu devesse quebrar o nariz de professores mais vezes.



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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Esse capítulo foi pedido da SkyMason, espero que tenha gostado *--* e dedicado a todas as pessoas Team Dimitri. E eu quero deixar uma coisa bem clara: EU NÃO ODEIO O DIMITRI, ok? KKK, não me matem *O* Só prefiro o Adrian. Mas acho que isso não é problema, porque vocês podem ficar com o Dimitri, eu fico com o Adrian e dividimos o Christian no final de semana, KKK *brisando*
Enfim, ignorem meu recadinho idiota, eu só não quero que pensem que odeio o Dimitri ou coisa assim porque eu me expressei mal no último capítulo..
Obrigada a todos que comentam na minha história, vocês alegram meu dia! ;*