Unrequited Dream. escrita por Bianca Miller


Capítulo 24
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Oi amoras *---* Mais um capitulo pra vocês :3 Acho que vocês também vão gostar dessa *-* E nos próximos, acho que vocês vão se apaixonar pelo Joey :D
Enfim, como já perceberam o Nyah só vai permitir essa categoria até dezembro, então, consequentemente a fic só vai durar até dezembro :( Depois eu passo aqui pra avisar a vocês onde eu vou postar as minhas outras fanfics, okya?
Boa Leitura.



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Quando Joey saiu por aquela porta, eu senti meu mundo desabar mais uma vez. Eu não sabia que merdas estavam acontecendo comigo e com tudo ao meu redor; estava tudo tão indecifrável, obscuro e complicado de entender. Deixei meus joelhos amolecerem e cairem como um baque surdo no chão, olhei para o alto e agarrei meus cabelos com força, puxando-os com brutalidade até deixar o nó na minha garganta se desfazer e soltar um berro desesperado, um grito que traduziu todo meu medo de continuar; estava farta de suspresas e coisas não planejadas.

Eu sentia medo de que ainda mais sustos estapeaçem minha cara como o que tinha acabado de acontecer; não pelo fato de Joey ter me beijado, mas o fato de ter visto com meus próprios olhos o homem em que eu me entreguei, se divertindo com outra. Tudo bem que eu já desconfiava de toda essa traição, mas isso foi realmente a gota d´água. A partir de agora, eu não quero nem olhar naquela cara suja de Corey... E em pensar que eu fui tão boba de me apaixonar por um astro do rock; eles nunca estão felizes com uma garota só.

A dor que eu sentia de ter sido usada começava a me assombrar novamente, as cenas ainda frescas gargalhavam da minha angústia, dando vivas ao meus desespero. Me joguei de cara no chão e tornei a chorar, mas dessa vez, eu chorei com vontade; berrei, joguei móveis para o alto, quebrei garrafas, arranquei meus próprios cabelos e gritei ainda mais. Deixei fluir a raiva em que eu senti durante toda minha vida e nunca consegui expressar dessa forma. Em meio ao drama um pouco exagerado, Tina chega com cara de pânico:

_MAS QUE PORRA É ESSA QUE TÁ ACONTECENDO AQUI?
_Juro que quando eu cheguei já tava tudo quebrado assim._eu disse fingindo inocência.

_Sua vaquinha, você não sabe o quanto eu ralei pra conseguir um camarim descente pra vocês, e você fica ai fazendo chilique quebrando as coisas. _disse Tina, puxando meu cabelo até uma mexa um pouco grossa sair em sua mão.

_PORRA! PARA COM ISSO, VOCÊ NÃO SABE DO QUE ESTÁ ACONTECENDO.PARA DE ME AGREDIR COMO SE EU ESTIVESSE ERRADA. _eu sai berrando, batendo a porta e correndo em direção a saída.

Eu não ficaria ali nem mais um minuto, era o fim. Minha melhor amiga já chega esculaxando tudo sem saber o que tá acontecendo, Corey fodendo com outra vadia, Slipknot triplicando o sucesso e provavelmente não vão mais precisar de mim, preciso de mais alguma notícia ruim?

Chamei um taxi e pedi para que me levasse com urgência até o aeroporto mais perto, iria voltar para Iowa hoje mesmo e iria me distanciar de tudo por um tempo. Menos de Joey, dele eu quero mais proximidade, okay.

Enfim, não era tarde quando eu cheguei em Iowa, e também não durmi durante o voo, já que passavam um turbilhão de coisas absurdas em minha cabeça, fiquei o tempo todo encarando a janela, ou a poltrona da frente.

Sai do aeroporto com minha mochila pendurada pelo ombro, com os olhos vermelhos e cabelo bagunçado, e possivelmente cheio de falhas. Caminhei a passos realmente lentos até chegar em um bar qualquer, onde pedi uma garrafa de vodka e outra de algum conhaque barato e joguei dentro da mochila. Abri a garrafa de vodka e sai bebendo no gargalo mesmo, caminhando sem pressa pelas ruas de Iowa. O vento morno batendo na minha cara e o gosto forte de vodka descendo pela minha garganta, eu já tinha virado a metade da garrafa quando cheguei em casa. Abri a porta com desânio e ignorei a presença das pessoas que estava na sala, meu pai e provavelmente algumas prostitutas de luxo que ficam se esfregando nele; mandei todos irem para o inferno quando meu pai perguntou se eu não tinha educação. Subi a escadaria para meu quarto, bati-a com força e tranquei-a. Liguei o som no volume mais alto possivel, e joguei os braços para o alto, levando a garrafa de vodka a boca eventualmente. Subi em cima da cama e pulei com os olhos fechados no ritmo da música, com os braços jogados para o ar, esquecendo de tudo o que me fazia mal. Quando me dei conta, já havia tomado uma garrafa de vodka pura e sozinha. Rodei meu quarto procurando minha mochila, sentindo minha visão entrar e sair de foco constantemente, devido a quantidade exagerada de álcool que eu já tinha ingerido. Quando achei minha mochila jogada no chão, abaixei para pegá-la e acabei caindo, senti minha cabeça doer mas não me importei, peguei a garrafa de conhaque barato, arranquei o lacre com a unha e virei um gole ainda jogada no chão. O cd do pantera já tinha começado novamente e eu já estava mais que bêbada; pelo menos havia um lado bom nisso tudo: Era em que quase nenhum momento eu me lembrava de Corey...

Depois de tomar quase um terço da garrafa de conhaque, senti que meu estômago começava a revirar e eu sentia um calor insuportável; com muito esforço arranquei minha blusa, minha calça e meus sapatos e joguei tudo para longe, ficando apenas de lingerie. Voltei a me deitar no chão, com a garrafa do lado, fechando os olhos eventualmente, já que o sono tinha me atingido feito uma flecha. Comecei a rir igual idiota , por algum motivo que eu realmente não me lembro qual era, mas não me importei, era bom sentir o ar comprimindo meus pulmões e sentir meu rosto se contraindo em um sorriso, até o som da minha própria gargalhada aos meus ouvidos, que eram tão acostumados a ouvir desgraças e calúnias. Após um tempo rindo igual abestalhada, adormeci jogada no chão, abraçada com minha garrafa de conhaque.

Não tive sonhos, apenas um sono pesado, no qual alguém poderia distribuir tapas na minha cara e eu não iria acordar tão facilmente. Quando me despertei, sentindo minhas costas geladas, e meus ombros e pernas doerem como se um caminhão tivesse os esmagado, levei a mão na testa e percebi que nenhuma dessas dores se comparava a minha dor de cabeça, meus olhos ainda fechados estvam fortemente comprimidos, evitando a luz forte, que com certeza iria fazer minha cabeça doer três vezes . Levantei o corpo de vagar, tomando cuidado para não me partir em duas, abri os olhos e quase cai no mesmo lugar. Havia alguém deitado na minha cama, e como diabos isso aconteceu só Jesus sabe, olhei para mim mesma e lembrei que eu havia dormido apenas de lingerie. Peguei a garrafa de conhaque quase vazia e caminhei até o estranho que havia conseguido entrar no meu quarto. Eu tremia de medo, talvez. Estava disposta a quebrar a garrafa na cabeça do infeliz, a não ser que ele seja... Darei um pirulito pra quem acertar... Joey Jordison.

_Ah, é você. _sussurrei, largando a garrafa na cama e me jogando ao lado. _Só me diz como você conseguiu entrar aqui. _perguntei, passando o braço sobre meus olhos.

_A porta estava apenas trancada, e quando eu cheguei você já tava bêbada. _respondeu Jordison com uma voz mais rouca que o normal e massageando as têmporas.

Levantei meu corpo um pouco, para poder encarar seu rosto. Passei meu braço sobre sua cintura e fitei-o.

_MAS QUE PORRA É ESSA NO SEU ROSTO? _eu gritei, passando as mãos pelo rosto de Jordison, que tinha um olho roxo e um lábio ferido.

_Digamos que eu e o Taylor tivemos uma briga feia, e que quem saiu na pior fui eu. _ele respondeu, sorrindo envergonhado.

_Ai não Joey... _ eu disse amargurada, deitando meu corpo sobre o de Joey, dando um beijo estalado em seu pescoço. _Eu não queria que isso tivesse acontecido, ainda mais por minha culpa.

_Não foi culpa sua... _retrucou, pousando uma mão em minhas costas e outra em meus cabelos. _ Na verdade, eu fiquei o show todo acertando baquetas na cara dele.

Eu ri, contra o perfume de Jordison. Era tão inebriante, que dava vontade de substituir todo meu oxigênio por aquele aroma.

_Vou tomar um banho e depois vou cuidar de você, não sai daí, okay? _perguntei, me levantando e indo para o banheiro.

_Não vou fugir, como você fez. Você deixou Tina desesperada, sabia? _perguntou Joey, se ajeitando um pouco melhor em minha cama.

_Não é por mim que ela morra junto com Corey. _ resmunguei com cara fechada e entrando no banheiro.

Tomei um banho relaxante, mas bem rápido, já que eu queria aproveitar ao máximo meu tempo com Joey. Na verdade eu ainda não tenho certeza do que eu sinto por ele, eu o vejo ainda como um amigo; mas tem horas que eu penso que não é pra ser assim, ele é tão perfeito que eu não o mereço. O sorriso dele parece ser um calmante natural para mim, os abraços dele são tão confortantes. Enfim, se for para ser assim, eu não quero magoar Joey, ele já teve uma experiência ruim de mais com aquela vaca da Wood, não quero que ele se decepcione de novo.

Sai do banheiro já com meu pijama vestido e cabelos molhados, onde Joey dormia sobre minha cama. Caminhei de vagar até onde ele estava, sem fazer barulho, me deitei ao seu lado entre seu braço, e depositei um longo beijo em seus lábios para despertá-lo; com certeza ele estava cansado, iria apenas cuidar daqueles ferimentos e daixar ele ir para casa.

_Vou buscar uma bolsa de gelo para esses seus machucados. _ eu disse me levantando e depositando um beijo rápido em sua testa.

Fui até a cozinha e enchi uma bolsa de gelo, aproveitei e tomei um coquetel de remédios para dores musculares e dores de cabeça. Subi as escadas correndo e quando entrei no quarto, deixei a porta encostada.

Sentei -me em cima do troco do Jordison, equilibrando meu peso entre as coxas e tomando cuidado para não deixar todo meu peso cair em cima de Joey. Pousei a bolsa de gelo em seu olho esquerdo, e ele protestou no ínicio, mas eu disse que era pra ele melhorar logo. Depois que seu olho já tinha desinchado uma boa proporção, tirei um único cubo de gelo e passei em seus lábios que estavam vermelhos e cortados.

_Quando eu ver o Corey, eu vou arrancar a cabeça dele. _ eu disse raivosa, pressionando o gelo em seus lábios.

_Não Jenny, deixa pra Zoie, acho que ela vai gostar. _ ele sussurrou, passando os braços em volta das minhas costas.

_É, acho que ela faria isso bem melhor que eu... Mas quem ele acha que é pra te machucar, hein? Arg, eu seria capaz de estapear ele até morte Joey, você nem faz ideia.

_Tá bom, agora chega de discução. Isso não vai nos levar a lugar nenhum. _ele disse se levantando e arumando brevemente os cabelos.

_Você já vai? _perguntei fazendo beicinho e me sentando sobre os meus joelhos.

_Já, tô cansado e você também deve estar; descança um pouco e amanhã a gente conversa melhor. _ele disse, já saindo do meu quarto.

_EI, volta aqui. Não me deu um beijo de despedida. _ eu disse, fazendo cara de cachorrinho que acabou de cair da mudança. Joey caminhou até mim, esboçando um sorriso de tirar o fôlego. Me segurou pela sintura e me beijou com desejo; e eu ansiava por aquilo; eu precisava daquilo. Ele parou o beijo, me deixando com gostinho de quero mais, e saiu, piscando o olho para mim.

Depois que ele fechou a porta, eu me joguei na cama, com a cabeça tão confusa que decidi que era melhor dormir e quando eu acordasse eu iria decidir o que fazer a partir de agora.







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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Mereço reviews? Beijos, e até o próximo