Unrequited Dream. escrita por Bianca Miller


Capítulo 23
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, nem acredito que todas vocês ainda estão aqui :) ~pois é, acreditem, não perdi nenhuma leitora~
Enfim, peço infinitas desculpas pelo o que aconteceu, mas as coisas não estão muito boas comigo... Algumas coisas não muito boas aconteceram nesses últimos tempos, meu melhor amigo faleceu de câncer,eu estou com anemia e a editora que ia publicar meu livro desistiu (pra quem não sabe, eu estou escrevendo meu primeiro livro).
Mas espero que sejam recompensados com este capitulo (que na minha opinião é o mais lindo)
Enfim,
Boa Leitura.



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Algumas semanas se passaram, eu e Corey estamos na mesma. Nossa relação esfriou e maneira gritante, faz dias que não nos beijamos nem nos falamos, pra ser verdadeira, eu nem sei se quero mis falar com ele, apesar de ainda gostar muito dele.

As coisas estão terríveis conosco, as brigas por coisas inúteis se tornaram normais, mas ainda sim não rompemos oficialmente a relação, porque todas as vezes que tentamos reatar, eu jogo na cara dele toda a raiva que senti a última vez que eu fui no apartamento dele, e ainda o cretino tem a audácia de dizer que me ama.

Durante esse tempo, Jordison ficou ao meu lado o tempo todo, passou algumas noites na minha casa, me fazendo sorrir quando eu me sentia esgotada emocionalmente.

Ontem mesmo ele veio aqui, passar a madrugada jogando video-game comigo. E eu tava  perdendo de lavada, e como ele é praticamente um príncipe, deixou eu vencer. Depois eu e Jordison fomos ver o filme ‘Sweeny Todd, o barbeiro demoníaco da rua Fleet’ e eu acabei dormindo abraçada com ele. Enfim, quando eu estou com Joey, eu me sinto calma, e parece que não existe problema nenhum na minha vida e tudo está bem, mas quando ele vai embora, o caos ressurge me deixando atormentada com a possibilidade de milhões de coisas que não me agradam estarem acontecendo. Estou pensando sériamente eu mandar Jordison vir morar aqui comigo.

Enfim, de qualquer modo hoje o Slipknot tem um compromisso de grande importância: O New York Metal 2010! E como era de se esperar todos nós estamos com os nervos a flor da pele. Tudo tem que ser perfeito, porque além do fato do New York Metal 2010 trazer boa publicidade, vai alavancar de maneira brutal o sucesso da banda.

Arrumei uma pequena bagagem e liguei para Tina vir me buscar.

Logo após de uns bons 30 minutos, Tina chega em seu lindo e deslumbrante carro vermelho e fomos apressadas em direção do aeroporto. Não era muito longe da minha casa, mas já estavamos em cima da hora, e James já havia ligado para Tina mas 3 vezes, dizendo que era pra nós corrermos porque o voo já ia sair e ainda não tinhamos feito o check-in. No final deu tudo certo, até porque não tinha muita gente no aeroporto e as poucas pessoas que tinham lá não conhecia os membros do Slipknot, caso contrário, teriam que parar para dar autógrafos, tirar fotos etc...

Durante o caminho, Tina ficava me perguntando como ia meu romance com Corey...

_Ah, pode ter certeza que romance entre nós dois já não existe mais... _ eu dizia, amarrando a cara.

_Acho que você deveria acertar as contas com Corey, sei lá... _disse Tina, parando em um sinal vermelho.

_Porque você acha isso? _questionei.

_Sinceramente? Acho que ele realmente gosta de você, vocês brigaram aquela vez porque o Jordison disse que tinha um sutiã jogado no sofá dele, e eu não confio nem um pouco no Jordison... E também porque eu sei que você ainda gosta do Corey, não tente negar. Sem contar que foi com ele que você passou os melhores momentos da sua vida. _respondeu Tina, acelerando o carro novamente quando o sinal ficou livre.

_Pensando por esse lado, você tem até razão..._ eu disse juntando os fatos.

_Ah Jenny! Dá uma chance pro cara. _resmungou Tina.

_Tá bom ! Tá bom! Eu vou conversar civilizadamente com ele hoje, mas não posso te garantir nada. _eu disse jogando as mãos para o alto em sinal de rendição.

_Então desce do carro, que já chegamos. _disse Tina, abrindo a porta do carro e saindo.

Pegamos nossas pequenas malas dentro do porta malas e fomos em direção ao aeroporto.

Quando chegamos na fila, James já estava parado com uma cara nada boa. Parecia estar estressado.

_Pensei que vocês nunca mais iriam chegar. _disse e logo foi dando um beijo longo em Tina.

_Ei, dá pra parar com essa agarração na minha frente? _perguntei, tapando os olhos com a mão, finjindo cara de nojo.

_Quando você fica se pegando com Corey, ninguem reclama. _disse James apertando Tina pela cintura e sorrindo pra mim.

Ao longe, Mick, Chris, Shawn e Corey caminhavam tranquilamente em direção a nós com uma garrafa de cerveja em mãos.

_Minha panda! _disse Mick me abraçando (partindo meus ossos) e me levantando do chão.

_Panda o caralho! _reclamei, distribuindo tapas no braço de Mick que provavelmente não fizeram nem cóssegas.

_Oi. _disse Corey me puxando pela cintura e depositando um selinho sem emoção em meus lábios.

_Como está? _perguntei, segurando sua mão e guiando-o para entrar no avião logo.

_Normal. _respondeu ainda sem esboçar alguma emoção. Aquilo já estava começando a me incomodar.

Entramos no avião, e para não ficar desconfortável, optei por sentar ao lado de Tina, que já ficar olhando pra Corey durante 40 minutos sem dizer nada é um sacrilégio.

_James, sai daí. _eu disse pra James que se sentou ao lado de Tina e segurava sua mão.

_Mas... Não! Ela é minha namorada, oras. _disse exasperado.

_Foda-se! Você já ficou tempo demais com ela por hoje, agora é minha vez. _eu disse sorrindo, James revirou os olhos e fingiu não me ouvir. _Se não sair daí em 3 segundos eu vou no seu colo. _eu disse autoritária.

James nem se moveu.

_3...2...1 _me joguei com toda força em cima de James, que soltou um berro de dor, chamando atenção de todos os passageiros que já haviam chegado no avião.

_AI, MALDITA! Já tô saindo. _berrou Jim, meio vermelho de raiva.

Sorri para ele e me sentei.

_Será que ele ficou com raiva de mim? _perguntei a Tina

_Claro que não. Só tá ansioso pro show. _disse Tina revirando os olhos. _Agora vai dormir que eu sei que você tem medo de altura.

_Eu não vou conseguir dormir enquanto o Jordison não chegar. _eu disse, revistando com os olhos toda aextenção do avião sem ter nenhum sinal de Joey.

_Ah, vá a merda você com o seu anão.

_Ufa! Ele acabou de chagar. _eu disse, me levantando e indo em direção a Joey, Sid e Craig que tinham acabado de chegar.

Craig, como sempre, se sentou no último e mais discreto lugar, enquando Sid já foi correndo sentar-se ao lado de Corey.

_Quase morri de preocupação. _eu disse, abraçando firmemente Jordison e afundando meu rosto em seus cabelos longos.

_Porque? _ele perguntou, com uma leve risada.

_Porque eu pensei que você estivesse perdido, atrasado, sequestrado ou alguma coisa pior. _eu disse. _ e o pior é que eu nem pude dizer isso pra ninguém, porque Tina te odeia, e eu ainda não tô muito boa com Corey.

_Ei, agora eu tô aqui, fica calma Jenny, tá parecendo que vai ter um infarto. _disse Joey sorridente, percebendo a tremedeira dos meus braços. _Vem, senta ao meu lado.

Concordei e fomos andando até um par de poltronas vazias.

Quando o avião levantou voo, logo tratei de dormir logo, afinal não sou habituada com altura, acabei dormindo a viagem toda, foram apenas 40 minutos de voo, mas quando se trata de altura, são 40 minutos de um tremendo pesadelo para mim.

Quando já tinhamos pousado, Jordison me acorda carinhosamente com tapas na cara. Um amor não é mesmo?

_Ai, caralho! Para de me bater. _eu resmunguei, ajeitando meu cabelo e torcendo para não estar com cara de travesseiro.

_Achei que você tinha desmaiado, porra.Vem, chegamos. _disse Jordison, se levantando e saindo. Tenho a leve sensação que ele também não é muito chegado em altura. Oops, acho que não soa muito bem essa frase.

(...)

_MAS QUE PORRA É ESSA DE CAMARIM PEQUENO? _gritou Tina quando chegamos nos camarins do New York Metal 2010.

Digamos que o caramim era pequeno demais para caber todos nós.

_EU SOLICITEI UM CAMARIM COLETIVO COM NO MÍNIMO 42 METROS QUADRADOS, E VOCÊS ME TRAZEM ESSE OVO QUE NÃO TEM NEM 15 METROS QUADRADOS? ESTOU CHATEADA COM VOCÊS PRODUÇÃO, CHATEADA! _ berrou Tina no telefone, com possivelmente o responsável da produção do evento.

Estavamos todos olhando abismados para o desespero de Tina, que conversava sem parar com alguém no telefone, passando as mãos no cabelo e andando de um lado para o outro. Quando ela terminou finalmene a conversa, aparentemente mais calma, ela disse:

_Bem rapazeada, consegui um camarim individual para vocês... Não é tão divertido, mas pelo menos é alguma coisa.

Eu não achei que fosse tão ruim assim, mas faltou pouco para os caras sairem arrebentando tudo de raiva... Quando eles perceberam que reclamar não iria adiantar porra nenhuma, partiram arrastando os pés para seus respectivos camarins.

Eu e Tina obrigamos a produção do evento nos dar um camarim exclusivo e luxuoso, porque segundo Tina, somos Divas, e não podemos nos misturar com aqueles porcos do Slipknot... Mas na verdade ela só disse isso porque tinha tequila grátis nos camarins de luxo. Optamos por dividir apenas 1 camarim.

Faltava apenas 1 hora para o show começar, e eu e Tina decidimos que estavamos enjoadas dos macacões laranjas, e queriamos que nossos meninos usassem os pretos, porque afinal, o New York Metal é realmente algo importante, e dar uma mudada de vez em quando é sempre bom.

Pegamos os macacões pretos em nossos armários, as máscaras e fomo entregar aos rapazes.

Tina ficou encarregada de levar Shawn, James (obviamente), Craig e Chris. Já eu fiquei encarregada de levar para Sid, Mick, Corey e Joey.

Passei primeiramente no camarim de Sid, e ao abrir a porta, tive um ataque de risos quando vi Sid pulando em cima da mesa de madeira com o som ligado e com uma garrafa de Tequila na mão.

_Mas que porra Wilson! Você não pode se apresentar bêbado. _eu disse em meio aos risos.

_Não tô bêbado, só tô feliz. _exclamou dando uma voltinha na mesa. _Estou sensualizando. _rebolou.

_Arg, visão do inferno. Tô deixando suas coisas aqui e tô indo embora, falou? Até mais Sr. Sensualizante.

Fechei a porta vagarmente ouvindo de longe os gritos de Sid dizendo que Sr. Sensualizante é sem sombra de dúvidas o melhor apelido que já deram para ele.

Procurei entre as portas o camarim de Mick e finalmente encontrei. Mick estava sentado em um sofá, com um saco de batatinhas fritas ao lado e com os olhos vidrados no video-game, xingando algum noob. Ele estava jogando online com alguém.

_Hey grandão. Vim deixar suas coisas aqui, e não quero te atrapalhar no jogo, okay? _perguntei retóricamente, deixando o macacão e a máscara ao lado de Mick; dei um tapa forte na sua cabeça e sai correndo, antes que ele saissem atrás de mim para revidar.

Corey estava no camarim logo ao lado, e eu tinha em mente, ter uma conversa com ele agora. Afinal, seria o momento perfeito para conquistar meu namorado mais uma vez... Dei uma arrumada na blusa, ajeitei a calça, passei as mãos no cabelo, respirei fundo e abri a porta confiante. Mas naquele mesmo momento toda minha confiança havia descido pelo ralo e meu coração falhou uma longa batida.

Corey estava nada mais nada menos que, transando com alguma vadia no sofá. Meus olhos se encheram de lágrimas e eu permaneci imóvel, apenas quando a vadia abriu os olhos eu pude ver quem era: Liza Wood. A ex-namorada de Joey, e uma das fãs que havia visitado o camarim do Slipknot uma vez.

Liza me encarou, e deu uma sonora gargalhada, enquanto Corey, inútil como sempre, gemia seu nome em um tom considerável. Joguei as coisas de Corey pelo chão e sai correndo, fazendo questão de deixar a porta aberta e torcendo para que alguém paparazzi passasse por ali, flagrando os dois.

Sem rumo, segui para o camarim de Joey entregar suas coisas. Corri o máximo que pude até o número delimitado para Joey, corri o máximo que as lágrimas me deixavam, corri como se quisesse fugir das sombras das cenas que a poucos segundos invadiram minha cabeça.

Ao chegar no camarim de Joey, não bati na porta nem nada, já fui dando um chute para se ela abrir logo. Encontrei Joey estático olhando para minha cara em pranto de choro e corri para abraçá-lo.

Abracei Joey como se ele fosse a coisa mais importante do meu mundo, abracei-o como se eu nunca mais fosse largá-lo. Encostei meu rosto na curva do pescoço de Joey e disparei a chorar novamente, ele sem entender porra nenhuma ,dizia que era pra mim ficar calma e retribuia o abraço. Depois que eu acalmei, Joey segurou em minhas mãos e me guiou ate o sofá. Foi até o frigobar e buscou uma garrafa de água para mim.

_Tá mais calma? _perguntou Joey, se sentando ao meu lado e tirando uma mecha de cabelo que caia em meu rosto. Concordei com a cabeça. _Então pode me dizer o que aconteceu?

_Corey tava transando com uma mulher no camarim dele, ali ao lado. _eu disse seca, fitando meus pés.

_Aquele desgraçado. EU VOU DAR UMA SURRA NELE E VAI SER AGORA! _berrou Joey, já se levantando com o rosto vermelho de raiva. Mas eu fui mais rápida e me coloquei a sua frente, impedindo Joey de arrumar mais confusão.

_Não Joey. Fica aqui, por favor. _eu supliquei, já sentindo as lágrimas voltaram a fluir.

Joey voltou ao sofá e eu deitei a cabeça em suas pernas, chorando baixinho, sem fazer barulho. Ele acariciava meus cabelos e distribuia beijos sobre minha testa, segurando minhas mãos.

Passaram-se alguns minutos e percebi que já estava quase na hora de os meninos subirem ao palco. Me levantei subitamente e encarei Joey nos olhos.

_Vai se trocar Joey, está quase na hora do show. _ eu disse limpando as lágrimas e sorrindo fracamente.

_Me espera aqui, tá bom? _ele disse, se levantando e indo em direção ao chuveiro.

_Tá bom, eu espero o tempo que for. _respondi, e em troca recebi o mais lindo sorriso que Jordison já havia dado.

Fui até o frigobar e pegar alguma cerveja e voltei para o sofá, esperar Jordison como ele havia pedido. Não demorou muito para ele sair, com os cabelos úmidos e com o macacão preto com as mangas dobradas. Olhei no relógio e percebi que faltavam apenas 10 minutos para o show começar e Tina já devia estar desesperada a procura de Jordison (ou não, afinal, ela o odeia).

_Jordison, você está atradado. Corre! _ eu disse ajudando ele a colocar a máscara, mas antes dele colocar, Jordison se virou para encarar meu rosto, e segurou-o firmemente com as mãos. Ele fechou os olhos e veio em minha direção, quando me dei conta, Jordison estava me beijando de maneira doce e possessiva, no inicio eu até fiquei meio sem reação, mas aquele beijo era tão carinhoso que eu senti que não queria mais me soltar dali. Jordison desceu as mãos até minha cintura e me puxou mais para perto ainda sem interromper o beijo.

Nunca pensei que fosse dizer isso na minha vida, mas talvez Joey possa ter um grande espaço reservado no meu coração e eu nunca quis admitir isso.

Ele foi parando com o beijo devagar, até parar completamente, deixando um selinho estalado, e eu me afundei na curva se seu pescoço, aspirando o perfume forte de Joey.

_Você é especial, Jenny. _disse Jordison sorrindo, depois, ele virou as costas e saiu amarrando a máscara por conta própria. Agora ele tinha uma multidão a sua espera; porque afinal, Joey Jordison é o melhor. Em todos os quesitos...


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Mereço reviews? Beijos, e até o próximo capitulo.