Unrequited Dream. escrita por Bianca Miller


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oi amores *-*
Tenho certeza que vocês vão adorar esse capitulo, que é dedicado TOTALMENTE as minhas leitoras lindas, que estão me dando apoio e especialmente a LitteJordison que está tecnicamente pegando o James (~sortuda~).
-Espero que gostem.
_Boa Leitura



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Mais uma vez, eu via sua imagem em meio aos meus devaneios, e então, me despertei deles quando Mick olha para dentro de minha casa e vê meu pai, estirado sobre o sofá lendo um jornal do dia.

            _Até mais, Senhor Sturzeneker.

            _Até mais.

            _Tchau papai...

            _Tchau, e Mick, tome conta de minha filha. Semana passada ela chegou em casa quase morrendo...

            Mick deu uma risadinha fraca e respondeu:

            _Tudo bem, não se preocupe.

            E por fim, saímos de minha casa, porém, como Mick tem o dom de ser desastrado, me virou ainda sobre seus ombros e eu bati minha cabeça no portal, doeu, mas no fim, eu acabei rindo mais ainda.

            Ele correu pelo jardim, coberto por graminhas verdes, meticulosamente aparadas, e eu galopando em seus ombros largos, e então ele me joga dentro da van, e eu ainda meio sem noção, não havia percebido que tinha caído no colo de Joey Jordison. Meu rosto ficou escarlate, exatamente da cor de meu sangue, que por sinal, parecia não estar em minhas veias e no lugar dele, havia centenas de cubinhos de gelo.

            Ficamos nos encarando alguns segundos, o mundo todo parecia estar congelado naquele momento, ou então em câmera lenta, pois parecia que nada mais fazia sentido, parecia que dava para tocar meu constrangimento, ou então o sentir pulsando em minhas veias. E eu balancei a cabeça e voltei a realidade.

            Levantei-me com um salto, e me coloquei de frente para Jordison, que me encarava com uma mescla de ódio e desprezo em seu olhar

            _Me desculpa, eu, eu não queria ter te machucado, quero dizer, não queria ter caído em você, foi mal...

            Fui interrompida, por um forte arranco da van que acabava de se mover, e então, cai de novo em cima do Jordison.

MALDIÇÃAAAAAO! QUE TODOS OS MOTORISTAS MORRAM ENGASGADOS NO PRÓPRIO SANGUE!

            Minha mente berrava de ódio comigo mesma, e então, me levantei do colo de Jordison, que agora sorria. Sério, esse cara é maluco. Mas logo seu sorriso morreu em seus lábios finos e bem desenhados, e deles brotaram um palavrão daqueles.

            _Me desculpa, foi mal. _disse novamente, abaixando a cabeça e me dirigindo aos últimos bancos da van.

            E eu não tinha reparado que todos observavam a cena com tanto entusiasmo, esperando que desse um tapa na cara do Jordison ou algo assim. Mas, eu sou burra demais para reparar nos pequenos detalhes.

            Corey também estava sentado em um dos últimos bancos da van, e parecia estar dormindo. E então, coloquei minha bolsa do lado oposto em que ele estava, e me sentei, observando às curvas de seu rosto, suas tatuagens, a forma de como ele apoiava a mão sobre o rosto, e como era lindo, até mesmo dormindo.

            Aproveitando que todos estavam absortos em uma conversa totalmente paralela, eu contemplei a imagem de Corey descansando serenamente sobre o vidro da janela. Eu estava testando a mim mesma, testando minha capacidade de me manter quieta, sem me levantar e acariciar o rosto tranqüilo de Corey. Eu queria ao menos tocá-lo, mas não iria. Era totalmente errado. Eu poderia morrer gostando dele que ninguém iria saber. Não por mim. Imaginei como seria, daqui a alguns anos, eu vestida de branco, segurando um lindo buquê de flores vermelhas, e ele na frente do altar, vestindo um meio-fraque preto, com uma linda gravata também vermelha, realçando seus olhos azuis e um sorriso em seus lábios .Imaginei o exato momento em que eu diria ‘sim’ ao padre. Imaginei, nós dois morando em uma linda casa azul na beira do mar, cheia de criancinhas loiras de olhos claros, correndo para todos os lados, nos chamando de ‘mamãe’ e ‘papai’. Imaginei, nós dois, bem velinhos, sentados em uma cadeira de balanço na mesma casa beira-mar, já com todos nossos filhos casados e com uma linda família. Imaginei exatamente como eu queria que minha vida fosse... Passei tanto tempo em devaneios insanos, que mal percebi que estava muito escuro, e que a van havia acabado de parar no meio do nada.

            _CRAIG! O QUE TÁ ACONTECENDO, CARA? _gritou James, com um ar preocupado.

            _SEI LÁ, VELHO, PARECE QUE A VAN ENGUIÇOU! _gritou Craig em resposta.

            Eu estava tão distraída que nem havia percebido que Craig estava dirigindo o veículo.

AI NÃO! CRAIG ME DESCULPE. EU HAVIA DESEJADO QUE VOCÊ MORRESSE ENGASGADO NO SEU PRÓPRIO SANGUE... MAS EU ESTAVA FALANDO DE OUTRO MOTORISTA MEU BEM, DESCULPA AI, FOI MAL...

Droga! O carro havia quebrado e estávamos perdidos no meio do nada, um lugar que só havia mato. Se olhasse para a direita, eu via mato, se olhasse para esquerda, eu via mais mato. Caramba! Eu tenho o dom de atrair confusões.

Em meio a gritaria de James, Sid, Craig, Shawn, Chris e principalmente Mick, que dizia coisas completamente desconexas, Corey acabou despertando, e eu estava debruçada em cima do banco, tentando descobrir que diabos realmente estava acontecendo.

_Não vi que estava aqui. _uma voz conhecida de meus ouvidos sussurrou contra a pele de meu pescoço desnudo, me fazendo me arrepiar e me contorcer. Corey havia enlaçado seus braços em minha cintura e aproximado perigosamente de mim, seu rosto estava colado em meu pescoço aspirando ao aroma suave de meu perfume.

_Não quis te acordar. _eu disse, me desvencilhando de seus braços, e me sentando, buscando algo de muito interessante dentro de minha bolsa, para não ter que olhar para Corey de novo... Não agora.

    _É Galera! Nada de show hoje... A cidade fica horas de distância daqui, e eu nem faço idéia de como consertar essa lata velha! _disse Craig, se virando para encarar o resto do pessoal que estava nos bancos traseiros da van. _ Vamos ter que dormir aqui.

_O QUE? _gritei indignada, quase caindo (de novo) em cima do Jordison.

_DORMIR, NO, CARRO! _berrou Jordison bem em meu ouvido.

_Para de gritar, droga. Já entendi...

Oh não! Era o fim! Não seria muito divertido dormir em um carro desconfortável, no meio do nada, e no escuro. Estava tudo relativamente sob controle, quando Mick se levantou de um salto na poltrona em que estava e disse:

_Shhhhhhh! Silêncio todos vocês...

_O que foi Mick? _perguntei apavorada.

_Estou ouvindo.

_OUVINDO O QUE, DROGA? _perguntei ainda mais apavorada, cheia de  medo.

_O uivo do chupa-cabra! _exclamou, observando ao redor, como se estivesse esperando que algum bicho estranho saltasse sobre o vidro do carro.

Eu apenas fiquei calada, eu sempre tive medo dessas coisas meio pavorosas e lendas urbanas. E se havia uma que eu mais temia era a do chupa-cabra. Sempre fiquei imaginando ele como um verme, ou um mosquito que transmitia um vírus mortal, mas meu sangue congelou ao ouvir a história contada na versão de Mick.

_Esse bicho só sai a noite, e é carnívoro. Ele tem garras enormes e os olhos vermelhos, e os seus dentes são afiados igual faca. Mas dizem que o chupa-cabra não mata a pessoa, ele a deixa agonizando para morrer aos poucos, com uma morte lenta e dolorosa.

_E dizem que essa região é lotada de cupa-cabras. Por isso nós tivemos que passar em alta velocidade e o carro quebrou. _completou Craig para terminar de deixar-me agonizada.

_Agora, vamos todos dormir. _ disse James, que parecia estar preocupado com outra coisa, bem distante, algo que não fazia parte de nada que estava lá dentro conosco.

_Isso mesmo, parece que a Jenny vai ter um ataque. _ disse Shawn, olhando para minha cara de medo.

_HÁ! Mas é agora que eu não vou conseguir dormir. _minha risada clássica de desaprovação irrompeu em meus lábios.

_Então nós vamos continuar a falar do chupa-cabra! _disse Jordison, pulando em minha frente, e eu dei um tapinha na sua cabeça. (Mas na verdade, eu queria espancá-lo até ficar roxo)

_Tá bom, ta bom. Vou dormir...

_Boa Noite pessoal.

Aninhei-me em meus próprios braços, encostando meu rosto no vidro gelado, e minhas costas na poltrona macia, e a sensação de vazio me dominou novamente. O medo infantil e as minhas crenças idiotas atormentando minha mente. A imagem de alguém ali dentro da van sendo rasgado por dentes enormes de um animal me causou tanto medo, que escapou um sussurro de medo em meus lábios.

_O que foi, Jenny? _perguntou Corey, um pouco mais audível que um sussurro.

_Tô com medo. _respondi, sentindo vergonha de mim mesma, mas dane-se a vergonha, eu estava me segurando para não irromper em lágrimas de pânico.

_Vem aqui então, medrosa. _disse Corey, batendo as mãos no acento ao seu lado, e eu sem mais delongas, obedeci.

Então, ele me enlaçou em seus braços, me abraçando e confortando-me contra seu peito. Eu ainda meio sem jeito passei o outro braço em volta de seu pescoço, permitindo meu rosto ficar encostado na curva de seu pescoço.

Era obvio que eu estava constrangida. Aliás, não é todo dia que você dorme abraçada com Corey Taylor. Era como estar flutuando em nuvens macias, da mesma textura que a pele de Corey, e todas perfumadas com um aroma amadeirado com leves notas cítricas.

_Tá tudo bem com você? _perguntou Corey, abaixando bem a voz, audível apenas para mim.

_Agora eu estou melhor. _respondi sincera, sorrindo de leve contra o pescoço de Corey.

_Parece que você ta meio tensa. _retrucou Corey, fazendo-me levantar um pouco minha cabeça para encará-lo.

_Juro que estou bem, não se preocupe Co...

Fui interrompida por lábios urgentes, tomando os meus, com um sereno beijo e uma sensação inexplicável de borboletas voando em meu estômago surgiram.

Os lábios de Corey eram doce como açúcar, mas eram também venenosos, eu sabia que aquilo iria me enfeitiçar, e eu não estava com a mínima vontade de refrear meu desejo de me deixar ser intoxicada por esse veneno, que me fazia tão bem....

Eram se como algo em meu interior fosse dividido em duas metades, uma metade me dizia que eu iria me machucar, pois era cedo demais para tê-lo comigo, mas a outra parte implorava por Corey. Mas ambas as partes de mim, sentiam o doce e saboroso ‘veneno’ dele se dissipar em meus lábios.

Ele era habilidoso com os lábios, o que me fez imaginar que a vida anos de turnês em bandas e uma bela aparência havia lhe ensinado, nossas línguas travavam uma sensual batalha em que eu me deliciava em ser a perdedora. Eu tinha medo de abrir meus olhos e ver que talvez ele não estivesse mais ali, que talvez fosse apenas mais um sonho.

(CONTINUA..)


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram do beijo do Corey? KKK' Mereço reviews?
-Beijos, até o próximo capitulo.