3ºCapítulo: Localizando

POV Damon

  A única coisa em que eu conseguia pensar era: “Eu não acredito que eles nos obrigaram a isso”. Eu odiei essa escolha e sabia muito bem que Stefan também, nós compartilhávamos aversão por esse “sentimento” que nossos pais tanto queriam que nós sentíssemos. Ainda tinha a essa ideia sem pé nem cabeça deles de ter netos, não que fosse errado eles desejarem isso, no entanto eu e meu irmão nem conseguíamos nos imaginar segurando um bebê no colo.

  Mas agora a merda estava feita nós teríamos que encontrar nossas La Cantante e provavelmente nos casar com elas, só espero que minha predestinada seja bonita, gostosa, mas que não queira que eu seja fiel, porque não sou homem de ficar preso a uma mulher só. Não importa o quanto meus pais digam não acredito nessa história de que eu ficarei amor pra cá ou amor pra lá.

  Fomos até o limite da cidade e encontramos uma casa mediana com características medievais e ao mesmo tempo modernas, com certeza essa era a casa da Greta. Stefan se adiantou e bateu na porta, aparentemente não havia ninguém em casa, no entanto é pra isso que serve super audição. Pelo som constante que havia dava para perceber que só tinha uma pessoa dentro da casa. Depois de alguns segundos escutamos a porta ser destrancada e uma morena até que bonita aparecer na soleira da porta, era a Greta (http://vampirediariesbrasil.com/2011/03/lisa-tucker-escalada-para-greta-a-irma-de-luka/).

-- Como está bonita Greta—falei abrindo meu típico sorriso sedutor.

-- Como é bom te ver, já faz muito tempo que não nos falamos—disse Stefan.

-- Pena que não posso dizer o mesmo—respondeu seca. Arqueei minha sobrancelha, devido seu atrevimento.

-- Quem você pensa que é, para nos responder desse jeito? –falei sério, para mostrar que não estava de brincadeiras.

-- A... Eu...—começou a gaguejar. Atrevida, nos responde com tamanha insolência e fica enrolando.

-- Vamos responda, ou precisa de uma ajudinha?—já estava me estressando e comecei a usar minhas presas, o que fez com que ela tremesse.

-- Perdão, não deveria ter sido grossa, só não estou muito bem—respondeu devagar, mas pra mim não era suficiente, só que quando comecei abrir minha boca Stefan me interrompeu.

-- Bom que isso não se repita. Agora saia da nossa frente e peça-nos para entrar—disse curto e grosso. Conhecia meu irmão o suficiente para saber que seu humor tinha sido arruinado depois de tudo o que ocorreu. Greta se afastou da entrada e disse “Querem entrar?”. Passamos direto por ela e fomos em direção a sua sala, que estava muito escura devido às cortinas estarem fechadas e ter apenas algumas velas pelo local. Havia algumas cadeiras espalhadas e um sofá pequeno, onde eu e Stefan nos postamos prontamente. Greta puxou uma das cadeiras e a colocou de frente para nós, sentando-se logo em seguinte.

-- Pode apostar que o que vamos lhe dizer não nos agrada nem um pouco estamos fazendo isso porque fomos obrigados—Stefan começou a contar nossa desgraça.

-- Nossos pais retornaram de seu, vamos dizer retiro como você sabe e conforme conversávamos, nosso pai decidiu que deveríamos procurar nossas predestinadas...

-- E vocês aceitaram?—perguntou Greta descrente.

-- Se você lembrar-se do que eu falei a pouco, nós fomos OBRIGADOS, pelo nosso pai, Mikael, a procurar nossas predestinadas e ele nos ordenou que viéssemos aqui para que você nos indicasse mais ou menos onde é a localização de nossas La Cantante. Entendeu? Ou vai querer que eu desenhe?—perguntou Stefan com todo sarcasmo e ironia possíveis.

-- Nossa! Vocês estão ferrados—comentou rindo, aquela besta que se diz bruxa.

-- Vai começar a fazer o que MANDAMOS ou está difícil—falei grosso deixando transparecer meu nervosismo.

-- Ok. Venham até aqui—disse aquela aspirante à feiticeira. Encaminhando-se para uma sala, com certos símbolos místicos pintados no chão, e se ajoelhando em um circulo mediano de vermelho sangue. Aproximamo-nos e ela fez sinal para que nos abaixássemos que nem a mesma.

-- Estendam as mãos—pediu Greta e assim fizemos. Ela pegou uma pequena faca e cortou  as palmas das mesmas, com sua mão direita pegou um pouco do meu sangue e do de Stefan e passou em sua testa, e com sua mão esquerda fez o processo inicial, no entanto em vez de passar nosso sangue na sua fronte, ela passou seus dedos ensanguentados no centro do circulo, desenhado ao chão, formando a forma de uma estrela. E então começou a falar em “outra língua”, invocando os poderes necessários para o que pedimos.

   As velas a nossa volta começaram a se tornarem apenas chamas vivas, enquanto sentíamos o ambiente ficar mais pesado, devido à quantidade de poder concentrado ali. Após alguns minutos as velas retornaram a sua forma original, a estrela pintada de sangue deu um leve brilho e então Greta abriu seus olhos.

-- Ela está em Phoenix, Arizona—disse Greta com os olhos ainda fora de foco. Mas pera aí, Greta disse ela? Não seriam elas?

-- Vocês quis dizer elas, não é mesmo?—verbalizei minhas ideias. Ela olhou em nossa direção e disse:

-- Não sei ao certo, mas senti apenas uma energia, muito forte e compatível a ambos.

-- Você está querendo dizer que a minha predestinada também é do Damon?—perguntou Stefan.

-- Não tenho certeza absoluta, pode ser que eu esteja enganada, pode ser que sejam amigas muito próximas ou irmãs—respondeu.

-- Mas já houve casos de uma predestinada (o) para dois parceiros (as)?—perguntei. Isso não me saia da cabeça, algo me dizia que estávamos nessa situação.

-- É raro, mas já aconteceu. Não tenho certeza de quantas vezes, mas a maioria das vezes ocorre com irmãos. Teve uma vez em que três irmãos compartilhavam uma predestinada—respondeu a minha pergunta.

-- Bem só saberemos quando chegarmos lá, mais uma surpresinha—disse Stefan sarcástico.

-- Esperem um momento—exclamou Greta no momento em que já estávamos saindo de sua casa, e tivemos que virar em sua direção.

-- Sei que vocês não acreditam em amor, mas deem  uma chance, podem se surpreender—aconselhou-nos.

-- Sabe uma das coisas que fazem com que nós não acreditemos nessa história furada de amor?—Eu fiz uma pergunta retorica—Porque se fosse amor mesmo e não uma coisa falsa, não precisaríamos de predestinados.

-- Aí é que se enganam. Tudo isso de predestinados e etc. não é como o imprinting dos lobos, isso sim de certa forma é falso, pois tem haver com quem é melhor para levar adiante o gene lupino e quem sofre esse processo não tem escolha, é “preso” totalmente a essa pessoa. Já vocês, vampiros tem vamos dizer que o IDEAL, quando vocês olham seu predestinado, estão olhando para a melhor pessoa no mundo que pode fazer você feliz, que pode despertar em você o que outras não o fazem e quando fazem é apenas paixão, enquanto com sua La Cantante, é Amor, Alma, Vida, Esperança, Alegria e tudo mais. Se eu tivesse a oportunidade que vocês têm, eu adoraria saber quem é a pessoa perfeita pra mim e viveria com ela pra sempre. Mas não vou ficar aqui lhes dando sermão, como eu disse vocês têm escolha, coisa que os lobos não têm, e aposto que quando conhecerem suas ou sua La Cantante irão entender do que estou falando e vão ficar com ela. Pelo menos assim espero, não gostaria que a fizessem sofrer por infantilidade de vocês. Bom só isso que eu queria lhes dizer. Tchau, boa sorte e pensem no que acabei de falar—assim ela acabou seu “sermão” e fechou a porta na nossa cara.

Ficamos um tempo sem saber o que fazer, até que viramos em direção nosso carro e fomos embora. Mais precisamente para o aeroporto comprar passagens do próximo voo para Phoenix. Estávamos em silêncio desde que saímos da casa de Greta e eu sabia que tanto eu quanto Stefan ficaríamos remoendo suas palavras por muito tempo, apesar de tentarmos evitar e desligar esse tipo de sentimento que tanto tentam nos empurrar. Mas será que o que ela disse é verdade? Será que seremos “fisgados”? Eu, Damon Salvatore? E meu irmão?