Wolfsongs escrita por DarkWasabi


Capítulo 3
Capítulo 3: O Pedido Perdido


Notas iniciais do capítulo

Olá, depois de mais de um ano, eu voltei com mais um capítulo de Wolfsongs.



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Com a cerração janela a fora, e os uivos dos ventos que se assemelhavam aos de lobos famintos, Agnes havia pensado na possibilidade do assassino de sua irmã ser o mesmo de seu pai. “Mas por quê?”, Ela se perguntava mentalmente. “Seria algum rancor ou algo parecido?”. Inúmeras perguntas passavam na sua cabeça, até algumas que questionavam o fato de ter alguém espionando a casa. Ou seria aquilo apenas fruto da sua imaginação? Mas isso não importava mais, pois ela continuava a ouvir os barulhos do lado de fora da casa. Barulhos de botas tocando no chão com a maior leveza possível para não fazer nenhum barulho. O que não adiantava em nada, já que Agnes havia visto a silhueta sombria do lado de fora. Sua mãe começou a falar até que Agnes fez “Shhh...” para silenciá-la. Ela disse bem baixo para sua mãe: “Mamãe, vamos dormir. Essa hora não é apropriada para falar de morte.”. As duas foram dormir. Uma delas, na cama de casal e a outra na cama da irmã.

A noite foi longa para Agnes pelo fato das perguntas virem à sua cabeça de novo, E isso lhe causava insônia. Lá para as duas da manhã ela havia conseguiu dormir e teve um sonho lúcido. No sonho, ela se via em uma charneca muito viva, onde corria com uma cesta de flores na mão, lançando as rosas, as bromélias e as margaridas no ar enquanto corria saltitando. E o sol brilhava forte e reluzente enquanto a brisa calma levava os seus longos cabelos no ar enquanto ela quase voava no vento. Até chegar a um flamboyant quase morto e ressecado no meio da charneca. Lá ela parou e ficou observando-o e estranhando a sua existência naquele lugar tão vivo. Mas aquela arvore magra era um pouco mais do que estranha, era nostálgica. Assim, quanto mais ela se lembrava de onde ela tinha visto aquele flamboyant, as coisas ao seu redor começavam a ficar acinzentadas e mortas, até as flores em seu cesto começaram a morrer e Agnes começava a se recordar de tudo. E um clarão muito rápido mostrou uma cena dela e de sua irmã brincando em volta de um flamboyant morto perto da casa delas, em uma floresta. E então seu pai aparecia tocando uma flauta que semelhante a uma ocarina. E aquela música... “Que música era aquela que ele tocava na pequena flauta?”, ela se perguntava. “Seria... Wolfsongs?”. Quando ela fez essa pergunta a si mesma, o céu da charneca ficou nublado repentinamente enquanto o rosto de seu pai aparecia nas nuvens com uma cara de preocupado e revolto. E só disse as três palavras “Cadê... A...Flauta?” com uma voz muito mais profunda que a sua de costume. E foram só precisas essas palavras ditas com tanto impulso para formar uma ventania que lançou Agnes para longe, fazendo-a acordar na vida real. Já era de manhã e ela tinha parado de pensar nas perguntas. Agora a única que sobressaía em sua mente era a que seu pai supostamente fez em seu sonho. “Cadê a flauta?”. “Mas que flauta?”. Foi então correndo à janela para ver se havia alguém olhando do lado de fora, mas não havia ninguém lá. Estranhou e nesse momento, se lembrou de qual era a flauta. A flauta que seu pai tocava a música dos lobos para ela e sua irmã quando iam sair para o bosque local brincar. Assim, ela começou a procurar por toda a casa a tal flauta. Mas não conseguia achar. Agnes estava então começando a ficar nervosa, era a sua única boa recordação de seu pai. Depois de revistar a casa inteira ela desistiu de procurar. Estava começando a chover do lado de fora e sua mãe disse para ela: “Filha, você poderia ir à feira comprar um pouco de legumes para a minha sopa do jantar? O seu pai costumava comprar o estoque da casa, mas bem... tu sabes.” Agnes concordou, pegou o guarda-chuva mogno de sua mãe e saiu à feira. No caminho viu um jornal jogado no chão, ela pegou para ver as notícias do dia e nele havia a foto de um homem denominado Jack Frosberg. No jornal dizia que ele era um imigrante escandinavo que havia ficado rico ao abrir uma fábrica de sapatos de couro em Londres e que ele indagava... Nessa hora, Agnes decidiu parar de ler porque o jornal estava ensopado e as letras eram impossíveis de ler. Ela decidiu ir andando, ela comprou alguns rabanetes, batatas e cenouras. Quando voltou para casa, sua mãe estava meio ansiosa e abraçou a filha na chegada. Pobre mãe desafortunada, sua filha mais velha era tudo o que restava para ela. “Mamãe, onde está a flauta de papai?”, perguntou Agnes. “Ela estava na gaveta do nosso quarto, por quê? Não a achou?”. Nessa hora, as duas foram ao quarto ver se a flauta estava lá, e para a surpresa de ambas, não estava. “Que calamidade!”. Bradou a mãe. A flauta havia simplesmente desaparecido, “Mas ela estava aí bem antes de seu pai morrer, ele verificava-adentro da gaveta todas as noites. Ele até trancava-a aí dentro por puro sigilo. E só ele tinha as chaves.”. Algo não estava certo, “Mas mamãe, se só o papai tinha a chave, como essa gaveta está aberta?”. Mas outra vez, o mesmo silencio profundo, as duas de olhos arregalados e Agnes com a mão cobrindo a boca. Mais tarde, no jantar, as duas comiam a sopa apimentada gradualmente para não queimar a língua. Para quebrar o silencio, Agnes fez a pergunta: “Mamãe, por que exatamente você me pediu para ficar aqui?”. A mãe esperou um pouco, porque tinha sopa na boca, depois de ter engolido respondeu: “Eu não ia aguentar, filha, e eu queria que você ficasse aqui para me apoiar emocionalmente.”. Depois da sopa, Agnes ficou se perguntando, “Por que alguém queria roubar logo aquela flauta”? “O que ela tinha de tão especial?”. Ela teve uma ideia então, no dia seguinte ela iria à biblioteca mais antiga de toda a Grã Bretanha. Talvez lá, ela poderia descobrir mais sobre a flauta. E o mais importante de tudo, ela deveria saber quem a pegou. Ela não voltaria para sua casa em Londres enquanto não retribuísse a flauta de seu pai.


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Notas finais do capítulo

A história não acaba por aqui, ainda há mais por vir.



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