__ Será Lydia, está decidido Genebra. Merlin devo ter motivos... digo, previsões, para chamá-la assim. Além do mais, é um belo nome não acha minha querida ? Me lembra a primavera... __ disse Arthur, com sua voz segura e ao mesmo tempo doce, sabendo que havia convencido sua esposa, que apenas concordou com a cabeça e com um sorriso gentil e delicado.

__ Vamos meu Senhor, temos que deixar sua Rainha e sua filha descansarem um pouco, não acha ? __ pediu Merlin após de sentir tonturas que o faziam tropeçar.

__ O que há Merlin ?! Você está bem ? Conseguiu prever algo muito ruim? Um ataque ? __ perguntou Arthur, com sua voz de preocupação, e ouso até em dizer que havia medo em seus olhos azulados.

__ Conversaremos sobre isso, mas não aqui, não agora. Vamos para a sua sala de concentração de batalha, meu Rei. __ Merlin começara a ficar ofegante ao mencionar a Sala da Távola Redonda.

__ Voltarei logo... meus . __ Arthur realmente não conseguia descrever o quanto essa frase no plural o fazia bem.

Arthur, nervoso, seguira os passos de Merlin atentamente, tentando entender o que poderia acontecer de ruim para deixar seu conselheiro tão aflito e sem chão.

Ao chegar a Sala da Távola Redonda, Merlin trancou a porta com apenas um olhar, e preocupado, começou a falar com uma voz tão baixar que poderia chegar a ser um sussurro:

__ Meu Senhor e querido amigo, lhe trato como um filho... por isso é minha obrigação te avisar e contar a verdade não importa o que aconteça...

Quando Merlin ia falar sobre sua previsão que continha segredos caóticos sobre Genebra, ele e Arthur ouviram um grito de dor profunda que poderia aterrorizar qualquer coração em um segundo. Era o grito de Genebra, que aos berros pedira socorro no mesmo instante:

__ Arthur !!!!! Arthur !! Alguém ?!! ... SOCORRO !!! __ os grito e gemidos de genebra era como se estivesse sendo atacada por alguém e morrendo aos poucos.

__ Não, não pode ser agora ! Não é possível ! __ disse Merlin horrorizado.

__ Como é Merlin ?! __ o Rei se desesperou. Arthur não pensou duas vezes e pegou sua espada Excalibur. A espada lendária que lhe fez conquistar todas suas batalhas e inclusive seu reino com detalhes de ouro e prata do cabo à ponta com imagens e símbolos que diziam:"Somente o verdadeiro Rei pode me manejar " .

O jovem Rei correu para o quarto, onde Genebra gritara centenas de vezes para pedir socorro, enquanto Merlin estava realizando um feitiço para se transportar para o quarto:

__ Conlotempus... __ de repente, o mago sentiu um calafrio e não conseguiu completar seu encanto.

Arthur não pode parar para entender o que havia acontecido, e continuou a correr. Quando chegou ao quarto, a única coisa que estava lá era o corpo de Genebra, já lívido e frio sob a cama, com sangue espalhado por toda parte. Arthur arregalou os olhos e, naquele exato momento, largou a Excallibur para abraçar sua amada que já não poderia mais responder ou respirar... nem ao menos dar a Arthur o sorriso gentil que tanto amava ...

__ Não... Não !!! __ o Rei, após ver sua esposa morta, só conseguia gritar para libertar seus sentimentos de ira __ POR QUÊ?QUEM FEZ ISSO MERLIN ?!!!! ME DIGA, AGORA !!

__ Esse é o problema meu Rei, em minha visão eu não pude identificá-lo... mas você o verá em breve meu Senhor ...

__ Não, não... minha filha ... o que fizeram com ela ? ONDE ELA ESTÁ MERLIN ?!!

O mago o abraçou calmamente e decidiu concluir sua frase:

__ Não se esqueça Arthur, sua filha não é uma criança qualquer... graças a doce Rainha Genebra, Lydia se tornará a esperança entre a tempestade, que agora, se torna a nova era de Camelot. __ Arthur não procurou entender as palavras de Merlin. Naquele momento, a única coisa que Arthur conseguia fazer era chorar de angústia...

Horas depois, o primeiro amanhecer da primavera se iniciava. Junto com ele, um exército de monstros surgiu para atacar o todo o reino. Dragões cuspindo fogo, ogros e gigantes destruindo casas e famílias, semi-demônios, de todos os tipos, devastando o exército do Rei... o caos que Merlin havia previsto já estava destruindo a paz que os humanos e os seres mágicos lutaram para ter.

Merlin, rapidamente, conjurou um feitiço de proteção em torno do Castelo Real e da vila dos camponeses, expulsando os invasores. Arthur olhou para o céu e avistou um Dragão Rubro-Flamejante. Junto ao dragão, havia uma mensagem:

Caro e tolo Rei Arthur,

A batalha ainda não acabou . Me entregue sua filha, ou terei que atacar novamente seu reino até que eu consiga pegá-la a força . Desista Rei Arthur, e me deixe governar suas terras junto com sua filha, a não ser que você prefira que eu mate todos os seus súditos do mesmo jeito que sua esposa ...

Espero que não tenha me entendido mal reizinho, só quero me apoderar de todo poder que for necessário para obter o MEU livro de volta .

Ass: Goddrick Brumm

Arthur dominado pela raiva e pela tristeza só pode dizer:

__ MALDITO !!!!!

__ Acalme-se Alteza... não se esqueça das palavras lhe disse. Sua filha nos trará a salvação, Lydia se tornará a esperança entre a tempestade de Cammelot. Ela não cairá nas mãos de Goddrick .

Após uns minutos se recompondo do ataque e do choque da tragédia de sua filha e sua esposa, Arthur racionalizou e chegou a uma conclusão muito interessante e intrigante:

__ Merlin, se ele não conseguiu pegar a minha filha... aonde ela está ??

__ Isso, só o destino nos responderá... mas eu tenho quase certeza de que a nossa Esperança entre a Tempestade está em boas mãos ...