Unidos, Mas Em Constante Perigo escrita por Rebecca3


Capítulo 4
Harry Potter


Notas iniciais do capítulo

Não sei se tá bom, mas aí vai!



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_ Nico, Nico! – Percy sacudia os ombros do filho de Hades.

_ Que é, Percy? – o garoto resmungou e virou de lado nas cobertas.

_ Quem é Sarah, Nico? – Travis perguntou.

_ Eu sei lá. – o garoto respondeu e se levantou.

_ Como assim não sabe? – Percy arqueou as sobrancelhas, desconfiado. – Você, no meio da noite, começou a balbuciar esse nome!

_ Eu realmente não sei quem é. – Nico mentiu, ele tinha certeza que Sarah era o nome da garota que ele vira em seus sonhos.

O garoto se virou e viu os dois amigos, que ainda estavam de pijama, olhando para a mesa abismados.

_ Que é que é isso... ? – Nico foi perguntar, mas arregalou os olhos quando viu o que era: um conjunto de vestes pretas, como capas, e três chapéus pretos estavam parados ali. – Uau. Essas são as roupas da escola? O povo de lá deve ser bem esquisito...

_ E não é só isso. Olha. – Percy pegou o seu conjunto, que estava marcado com um papelzinho escrito o seu nome, e dele tirou um pedaço de madeira comprido e polido. – Uma varinha com um bilhetinho: Ameixeira-brava, 20 centímetros, inflexível, núcleo de fibra de coração de dragão.

_ Será que eles pensam que elas fazem alguma coisa? – Travis riu. – E esses malões? São bem grandes, né?

­_ Sei lá, mas no bilhete diz que a varinha que me escolheu através da minha essência. – Percy completou. – Bem, as garotas devem estar esperando, e, se vocês querem evitar comentários como: E as garotas que são lerdas, né?, é melhor agente se apressar.

­_Colocamos ou não essas roupas? – Nico perguntou.

_ Não. Agente coloca isso sobre as nossas roupas no trem. – Travis disse e todos concordaram.

Eles se vestiram e encontraram as garotas no corredor, elas também não usavam as vestes escolares.

_ Resolvemos colocar quando estivermos no trem. – Annabeth explicou.

_ Nós também. – Percy disse.

_ O que agente faz com essas varinhas? – Thalia perguntou.

Todos deram de ombros e guardaram-nas nos bolsos.

_ Tenho quase certeza que os estudantes de lá são tão estranhos quanto nós... – Thalia disse.

_ Somos estranhos? – Nico perguntou.

_ Não. É muito normal ser filho de um deus. – Percy respondeu com sarcasmo.

Eles tomaram café e depois pegaram a van do hotel para chegar à estação King Cross.

_ Annabeth, você está com os bilhetes? – Travis perguntou, quando desceram da van.

_ Sim. – ela entregou um para cada. – Que estranho... – a garota analisou seu bilhete. – Aqui diz: plataforma nove e meia.

_ Onde fica essa plataforma? – Percy perguntou.

_ Essa é a questão, priminho. – Thalia respondeu. – Aparentemente, ela não existe.

De repente, Annabeth teve uma ideia.

_ Me deem licença um minutinho. – e saiu apressada para o banheiro feminino.

_ Dor de barriga? – Thalia deu de ombros.



Lá, Annabeth entrou em uma cabine, mesmo o banheiro estando vazio, e tirou o espelhinho quebrado que sua mãe lhe deu.

_ Ok, vamos lá. – a semideusa suspirou - Atena. Atena. Atena. Convoco-te, responda a minha dúvida.

No pequeno espelho, apareceram os olhos cinzentos de Atena e, depois, o seu rosto, que tinha a mesma expressão de sempre: pacífica e inteligente, como de soubesse de coisas que ninguém nunca imaginaria; o que era verdade...

_ Olá, filha. Algum problema?

_ Sim, no bilhete diz plataforma nove e meia. – Annabeth respondeu. – Essa plataforma não existe!

­­_ Existe, sim. – Atena garantiu. – Olha, está entrando na estação uma família de ruivos, junto com um garoto de dezessete anos com uma cicatriz em forma de raio na testa, observe-os e vai encontrar a plataforma.

Uma cicatriz em forma de raio na testa? – Annabeth se perguntou. – É o garoto que eu vi no sonho! Eu também vi dois ruivos, talvez eles estejam lá também.

_ Filha, mais uma coisa. – Atena tirou a loira de seus pensamentos. – Na escola, há uma espécie de seleção, mas não se preocupe, só coloque o chapéu na cabeça, ok?

Annabeth assentiu, apesar de não ter entendido.

_ Ótimo. Agora eu tenho que ir, se apresse para acompanhar os ruivos e não conte para seus amigos sobre esse espelho. – Atena disse. – Adeus, Annabeth.

_ Tchau. – a loira disse, mas sua mãe já sumira.

A garota voltou correndo e viu a família de ruivos.

_ Gente! – Annabeth gritou para seus amigos. – Aqui, aqui.

_ Que foi, Ann? – Thalia perguntou.

A semideusa não respondeu, ficou observando dois garotos ruivos e idênticos se dirigirem para uma pilastra. Displicentemente, eles a atravessaram.

_ O quê? – Annabeth exclamou. – Viram aquilo?

Apenas Percy assentiu.

_ Eles... Eles atravessaram a pilastra... – o garoto gaguejou.

Depois, o resto da família atravessou, junto com o garoto da cicatriz.

_ Vamos. – a loira seguiu até a pilastra, arrastando o malão.

Ela e Percy foram andando de encontro à pilastra. Um centímetro antes de colidirem, eles fecharam os olhos, já sentindo a dor do choque.

Mas nada os atingiu, eles passaram pela pilastra sem problema algum, como se ela fosse fumaça ou apenas uma ilusão.

Do outro lado, eles avistaram um trem enorme. Na plataforma havia muita gente, famílias se despedindo e estudantes alegres embarcando no trem. A família de ruivos se abraçava, e uma senhora gordinha e com os cabelos iguais aos dos filhos beijava a testa da menina e do menino ruivo que Annabeth vira em seu sonho, o garoto da cicatriz foi abraçado e beijado pela senhora também. Depois, os três embarcaram, parando para cumprimentar um monte de gente pelos vagões.

Thalia, Nico e Travis apareceram ao lado deles.

_ Não disse que eles eram estranhos... – Thalia balbuciou quando viu a plataforma.

_ Vamos entrar no trem antes que algo dê errado. – Percy disse.

Os cinco entraram e viram que praticamente todas as cabines estavam cheias, menos uma lá trás. Ocuparam aquela. Annabeth explicou como havia encontrado a plataforma, sem mencionar o espelho, disse apenas que entrou em contato com a sua mãe. Ninguém perguntou como, eles perceberam que a garota não diria nada.

_ O que vocês acham disso? – perguntou Percy. – Quero dizer, essa, com certeza, não é uma escola normal.

_ Acho que devemos nos misturar, depois arrumar uma distração e invadir a sala do diretor. É isso que eu penso. – Travis informou.

_ Concordo. – Annabeth disse olhando para o filho de Hermes. - Aposto que você, como o gênio das pegadinhas que é, já inventou alguma coisa. - Travis deu de ombros, sorriu, enigmático, e se reencostou no seu acento.

Percy sentiu sua cabeça formigar e, novamente, aquela sensação estranha o invadiu.

Eles ficaram conversando por um tempo, até que a porta da cabine se abriu.

_ Oi, posso sentar aqui? As outras cabines estão cheias.

Era o garoto da cicatriz. Annabeth o reconheceu imediatamente. Os olhos dele eram tão verdes quanto os de Percy, seu cabelo preto era em pé, ele era magro e usava óculos redondos.

_ Claro. – Thalia respondeu, sem jeito. O menino se sentou.

Fez-se um silencio constrangedor, Annabeth não tirava os olhos dele, esperando que fizesse alguma coisa esquisita, mas ele ficou parado.

_ Hum... – ele balbuciou. – Não pensem que sou metido, mas... Vocês não me conhecem?

_ Deveríamos? – Nico perguntou.

_ Sim. – o garoto arqueou as sobrancelhas. – Sou Harry. Harry Potter, O-Menino-Que-Sobreviveu.

_ É que... somos estrangeiros... – Percy disse.

_ Não que eu goste disso, mas minha fama é internacional.

_ Somos... hum... brasileiros! – Annabeth exclamou. – É um país bem longe da Inglaterra...

_ É, deve ser por isso. – o garoto sorriu. – São novatos também, certo?

Os semideuses assentiram.

_ Ótimo. Vão gostar de Hogwarts, aprendemos muitos feitiços legais.

Feitiços? – os cinco pensaram ao mesmo tempo. Todos olharam para as varinhas instintivamente.

_ Que legal, Harry... – Travis disse confuso.

_ Ah, me esqueci de perguntar seus nomes! – Harry Potter sorriu.

_ Sou Thalia Grace. E esses são Nico Di Ângelo, Annabeth Chase, Percy Jackson e Travis Stoll.

_ Já ouvi seus nomes antes! – Harry arregalou os olhos verdes. – Foi quando eu espiei a mente de Voldemort!

_ Bem, não sabemos quem é Voldemort também. – Nico disse envergonhado.

_ Voldemort é só o bruxo das trevas mais poderoso do mundo!

Os semideuses se entreolharam. Bruxos. Sim, eles estavam no meio de bruxos e não sabiam nada sobre eles.

Harry começou a contar-lhes tudo o que Voldemort fez. Os semideuses se assustaram. O bruxo contou para eles o que aconteceu com ele e seus pais na noite em Godric ‘s Hollow, os olhos de Harry ficaram marejados.

­Mesmo não sabendo o porquê, naquele exato momento, Annabeth entendeu uma parte da profecia. Ficou se chamando de burra mentalmente por não ter compreendido antes. A profecia dizia que outros cinco, diferentes e desconhecidos, iriam para a escola dos deuses com eles. É óbvio! Os bruxos são diferentes e desconhecidos, já que nenhum dos semideuses sabia de sua existência. Harry Potter e os outros quatro bruxos que ela vira em seus sonhos que eram esses cinco. E Voldemort era um dos inimigos, se não, por que ele iria pensar nos nomes dos semideuses?

Aí surgiu o problema. Annabeth tinha quase certeza que o outro inimigo era Cronos, o titã do tempo. Nossa, se Voldemort era tão perigoso assim, junto com Cronos os dois seriam praticamente invencíveis! Ela tinha muito o que conversar com os amigos, e com Atena também.

_ Sinceramente, se no Brasil vocês não conhecem mesmo Voldemort, eu quero me mudar para lá. – o bruxo concluiu.

_ Harry, você ouviu algum outro nome também? Um nome que Voldemort também estava pensando... – Annabeth perguntou bem devagar. Todos os semideuses olharam para ela e perceberam que uma ideia havia brotado na cabeça da loira.

_ Ah, sim. – Harry assentiu tenebroso. – Cronos, o titã do tempo.

Os cinco filhos de deuses prenderam a respiração. O bruxo não deixou de notar essa atitude.

_ Conhecem? – ele perguntou intrigado.

_ Ah, sim. – Thalia disse. – Mitologia grega. Ele é o pai de muitos dos deuses olimpianos.

_ Vocês acreditam? – Harry perguntou com seriedade.

_ Sim, acreditamos. – Percy respondeu.

Harry não riu, ele percebeu a expressão de medo e raiva no rosto dos novatos. Eles não conheciam nada sobre os bruxos, nem mesmo sobre Voldemort. E o garoto tinha quase certeza que o mundo bruxo inteiro, inclusive o Brasil, recebera o aviso do ministério que informava sobre a volta de Você-Sabe-Quem. Além disso, os seus novos amigos tinham ficado um pouco desconfiados quando Harry falou sobre feitiços, mas não tinham nem um pingo de dúvida quando disseram acreditavam em Mitologia Grega. Os cinco eram, realmente, estranhos.

_ Existem profecias? – Percy perguntou timidamente. Annabeth sorriu para ele, finalmente, o garoto mostrara que tinha cérebro.

_ Claro. – Harry arqueou as sobrancelhas. – Bolas de Cristal, estão guardadas no ministério.

Os cinco semideuses perceberam que Harry começara a desconfiar deles.

Antes que pudessem se justificar, ou o bruxo fazer a pergunta reveladora, as luzes do trem se apagaram. O vagão ficou frio e os seis sentiram como se toda a felicidade deles tivesse sido sugada.

Thalia viu sua mãe xingando-a e gritando com ela. Viu a mulher se livrando do filho mais novo também.

Travis viu quando seu pai o abandonou e à Connor no meio de uma floresta, quando estes tinham cinco anos.

Nico relembrou o momento em que Percy contou a ele que Bianca estava morta.

Percy viu o Minotauro pegando sua mãe.

E Annabeth relembrou quando Luke revelou que tinha entregado seu corpo para Cronos o usar como hospedeiro.

Um vulto encapuzado, grande e medonho entrou na cabine. Havia uma mão saindo da capa e ela brilhava, um brilho cinzento, de aparência viscosa e coberta de feridas, como uma coisa morta que se decompusera na água.

Annabeth agarrou o braço de Percy, que se sentiu incrivelmente melhor, mas ainda assustado.

Harry parecia que ia desmaiar, ele procurava a varinha nas vestes.

_ Dementadores.


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Notas finais do capítulo

Rewiens??



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