Unidos, Mas Em Constante Perigo escrita por Rebecca3


Capítulo 23
Batalha - parte II


Notas iniciais do capítulo

Oi, lindos leitores! Sei que demorou um pouco, mas minhas aulas voltaram :(
Prometo tentar postar, pelo menos, uma vez por semana.
E a fic tá terminando :'( se vocês pudessem indicar para amigos, inimigos, conhecidos e parentes lerem seria incrivel!
beijos, boa leitura



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Ele estava ali, impedindo que uma estrutura de quatro toneladas acabasse com sua vida.

_ Oi, filha.

Apolo sorria.

***

_ Apolo? – Roxanne arregalou os olhos.

_ Para você é pai. – o deus disse enquanto lançava a pilastra na última fileira do exército de Cronos e Voldemort que adentrava o castelo. Menos 20 inimigos. Depois, ele abriu os braços para Roxanne. – Abraço?

_ Talvez mais tarde. – ela falou seca.

Apolo murchou.

_ Que filhinha mais mal agradecida eu tenho. - ele resmungou para Hermes.

_ Eu devo dizer que ela é bem bonitinha. – o deus mensageiro deu um sorriso malicioso.

Não acredito que até meu próprio pai quer roubar minha futura namorada. – Travis pensou indignado.

_ A nossa amizade acabaria se eu saísse com ela? – o deus dos ladrões disse e o deus do sol olhou para Hermes furioso. – Eu digo daqui uns 10 anos. Ela ia ter 26, certo?

_ Certo. Mas hoje ou daqui a dez anos, se você chegar perto da Roxanne, eu me encarregarei do sol cair em sua cabeça divina e você vai queimar por toda eternidade porque... bem, você é eterno. – Apolo ameaçou.

_ Parem os dois. Estão cansando a minha beleza. – Afrodite se olhava no espelho meio quebrado que tinha em uma parede.

Atena bufou e deu um tapa em Hefesto que estava totalmente concentrado em um joguinho de videogame barato de lanchonetes de estrada.

_ Ei! – o deus das forjas reclamou quando se ouviu o som de um game sendo perdido.

_ Espera um pouco. – Travis sussurrou. – Tantos deuses. Finalmente, a ajuda da batalha!

_ Jura que só percebeu isso agora? – Sarah revirou os olhos.

_ SARAH! – Roxanne voou no pescoço da filha de Ártemis. – Eu não acredito! Fazem...

_ Seis anos. – Sarah retribuiu o abraço com força. – Pois é.

_ Olha que cena adorável. – rugiu Ares. – Mas estamos em guerra, então... ATACAR!

Doze deuses partiram em um rojão para a batalha, comandados por Zeus e seus raios que reduziam a pó quem entrasse em seu caminho.

_ Ares e seus filhos são tão antipáticos. – Roxanne resmungou, apesar de ter passado a maior parte da vida com bruxos, e não semideuses, bem, Zeus havia a prometido em casamento para um dos
brutamontes filho do deus da guerra, que hoje estava casado e morando com Calipso.

_ É... – Travis concordou, tentando, na verdade, chamar atenção da filha de Apolo. Conseguiu. – Oi.

_ Oi. – ela deu um sorriso sincero.

Os dois ficaram um tempinho parados, Travis sorrindo como um bobo. Até que Sarah se sentiu desconfortável.

_ Galera. A gente ainda tem uma batalha para lutar.

_ Tem razão. Desculpe. – Roxanne pediu, ainda olhando de relance para o filho de Hermes.

Os três partiram em direção aos outros escolhidos, que já haviam avistado do segundo andar, e perceberam no meio do caminho, que os esqueletos, que Nico tanto custara para trazer, estavam voltando ao Mundo Inferior, mas, em compensação, as fúrias pareceram mudar de lado, começaram a atacar Comensais, semideuses traidores e os monstros gregos e bruxos.

Quando encontraram os companheiros, viram uma cena bizarra: Hades usando a mão de um esqueleto para dar uma bronca no filho semideus enquanto os outros escolhidos assistiam a cena escondendo o riso.

_ Eu já cansei de lhe dizer que não se deve brincar com os mortos! – gritava o deus para o filho, utilizando um dedo da mão cadavérica para apontar bem no meio do rosto de Nico.

_ Era uma emergência. Ou melhor, é uma emergência. – o adolescente tentou se justificar.

_ E o que tem demais? Quer que quando você morrer eu use seu corpo já decomposto para servir de guerreiro em uma batalha de vivos que você nem sabe o motivo de estar acontecendo? – Nico ia abrir a boca para responder, mas depois desse último argumento preferiu se calar. – Eu deveria usar essa mão ossuda para te dar uma surra de palmadas.

Hades percebeu que seu filho se encolheu de vergonha com a última frase. Mas e daí? Esse deus nunca havia prometido ser um pai do tipo descolado.

_ Essas fúrias idiotas. Como ousam ficar contra mim? Se me dão licença ou não, eu tenho que ter uma conversa com a Sra. Dodds. – Percy soltou um grunhido raivoso ao ouvir o nome de sua ex-professora de Matemática, quando ele tinha 12 anos. Hades acenou para o filho, que ainda estava rubro pelo que o pai disse sobre a surra de palmadas por uma mão ossuda, e, então, o deus se retirou, destruindo vários monstros por onde passava.

Quando o último registro de que Hades havia estado ali desapareceu, Dino, Percy, Harry, Travis e Rony soltaram gargalhadas tão altas que alguns combatentes até perderam a atenção em suas lutas. Nico baixou os olhos de vergonha e se escondeu nos braços de Annabeth, que era a única que conseguia esconder a vontade de rir. Até Sarah e Roxanne soltavam risadinhas incontroladas enquanto Gina, Thalia e Hermione já haviam desistido de tentar parecer impassíveis e riam como os garotos.

_ Por que riem tanto? Posso saber?

Uma voz metálica soou em seus ouvidos, que fazia a nuca dos Escolhidos se arrepiar e seus corpos sentirem calafrios, uma voz com um leve tom de deboche, mas também com um pouco de humanidade.

_ Cronos. – Rony sibilou.

_ Luke. – Annabeth e Thalia soltaram involuntariamente.

O adolescente vestido com um jeans, uma camiseta bege e uma armadura de bronze celestial, que não escondiam seu corpo musculoso, sorria de modo maquiavélico para eles, como se pensasse quem seria sua primeira vítima. Seu cabelo cor de areia havia crescido e estava preso em um rabinho, o que, estranhamente, realçava seus olhos azuis dourados e sua cicatriz, deixando-o ainda mais sexy.

_ Por que ninguém me avisou que o inimigo era um modelo da Abercrombie? – Sarah sussurrou para a irmã, Roxy.

_ Por que a beleza do inimigo pode ser uma distração. – explicou Roxanne, no mesmo tom de voz, apesar de também não conseguir tirar os olhos do abdômen sarado de Luke.

Os braços dele não são mais definidos que os do Percy. Os braços dele não são mais definidos que os do Percy. – Annabeth repetia isso para si mesma, para não correr o risco de se atirar nos braços do filho traidor de Hermes.

_ Ainda não me responderam. Qual é o motivo da piada? Odeio ficar por fora assim. – a voz metálica de Cronos saia da boca de Luke. - Será que é a cara de ódio do Perseu? Porque ela está realmente engraçada!

Dino e Harry seguraram os braços do filho de Poseidon para que ele não partisse para cima do titã.

_ O que quer, idiota? – Travis perguntou. – Veio fazer o quê? Nos matar?

_ Na verdade, sim. Voldemort quer acabar logo com a chance de vocês vencerem, apesar de eu insistir que devemos nos divertir mais um pouco. Sinceramente, vocês nunca tiveram uma chance. Se eu matar um de vocês, tudo acaba. Vocês ficariam sem um Escolhido ou sem uma arma, pois se as duas diferentes ali morrerem, - ele revirou os olhos para Roxanne e Sarah. – as facas perdem a energia. Mas se vocês matarem o meu sócio, Voldemort, eu posso muito bem terminar isso sozinho.

_ E se você morrer? – Gina se adiantou, era a primeira garota que esboçava uma reação energética diante da visão de Luke.

_ Isso não vai acontecer, queridinha. Vocês não sabem nem como fazer.

_ Quem disse? – a ruiva implantou a dúvida.

Viu-se um lampejo de preocupação passar pelos olhos dourados de Cronos. Thalia jurou ter visto uma fagulha de esperança nos olhos azuis de Luke, mas ela não era como a filha de Atena, não acreditava que o filho de Hermes iria voltar para elas.

_ Sei que não vão fazer isso. Vão fazer uma outra escolha, vão decidir não me matar. – ele encarou descaradamente Annabeth. – Afinal, Ginevra Weasley, por que não está se encantando com meu corpo? Sei que Luke é um imã para adolescentes mortais.

A ruiva pensou um pouco e deu de ombros.

_ Acho que prefiro morenos.

Não é preciso dizer que Harry teve vontade de beijar a garota ali e agora.

Cronos virou a cabeça para ela, decepcionado.

_ Se é assim, tudo bem. Acho que vou começar meu trabalho com um moreno, então. – ele olhou de Percy, para Dino, para Harry e, finalmente, para Nico. – Filho de Hades.

Cronos sacou a sua foice e a espada, Mordecostas, e Nico sua pequena adaga negra. Os outros Escolhidos e também Sarah e Roxanne se colocaram entre os dois, mas o titã saltou, parecendo voar, por cima de todos eles e pousou a centímetros de distância do rosto pálido do filho de Hades, deu o primeiro golpe com Mordecostas e, se Nico estivesse sequer pensando, não teria conseguido desviar.

_ Nico! – Sarah alertou-o bem a tempo dele se esquivar novamente, mas dessa vez da lâmina de Cronos, que matava apenas com um corte.

Rony ergueu a varinha e pronunciou um alto Estupefaça!, que atingiu o rosto de Luke em cheio e mandou-o para longe, sem ferimentos, mas o afastou do filho de Hades, pelo menos.

De repente, Quíron apareceu galopando e colocou os cascos sobre o corpo caído do titã.

_ Vão ao escritório de Dumbledore, ele precisa vê-los com urgência.– o centauro pediu.

_ Mas... – Annabeth tentou.

_ Sem mas. Esse é meu trabalho, ajudar e preparar heróis. E vocês são heróis. Então, vençam isso, me honrem.

Dino começou a puxar a loira, que não queria abandonar seu mestre, seu pai, sozinho contra Cronos, mas teve que o fazer.

A última coisa que Quíron viu foi os olhos dourados de Cronos se apagando e dando espaço aos belos olhos azuis de Luke, nesse momento o garoto parecia lutar contra o titã dentro dele. Infelizmente, isso ocorreu durante poucos segundos, logo Cronos assumiu o controle novamente e, com apenas um chute, lançou o diretor do Acampamento longe, o centauro deu de encontro com uma parede, que desabou com a força do choque.

O treinador de heróis estava soterrado.

***



Depois de subirem as escadas voando para o escritório de Dumbledore, ficaram todos exaustos. Mas Annabeth não se importava, chorava amedrontada pelo medo de perder Quíron, se aparando no ombro de Hermione.

O diretor de Hogwarts abriu a porta cautelosamente para os jovens, olhou para todos os lados e sussurrou Abaffiato, um feitiço para que ninguém conseguisse ouvir a conversa deles.

Dumbledore indicou-lhes doze cadeiras para que se sentassem, mas os bruxos e semideuses estavam ansiosos demais para fazê-lo. Apenas Annabeth se sentou ainda com o rosto encharcado de lágrimas, Hermione se postou atrás dela, com as mãos no ombro da loira. O diretor entregou-lhe um lencinho.

_ O que tenho para falar é muito importante. – ele já foi avisando. – Como vocês já sabem, para derrotar nossos inimigos é necessário ter uma arma única. Roxanne, Sarah, entreguem suas facas para mim, por favor.

As duas, meio nervosas porque nunca haviam dado as lâminas para ninguém, fizeram com que surgissem as facas, uma em luz dourada e a outra em azul. Relutantes, entregaram-nas para Dumbledore, que as colocou sobre sua mesa e as encaixou.

Um forte brilho saiu desse encontro e uma espada se fundiu.

_ Uau. – soltou Thalia.

Era, com certeza, a mais bela arma que já viram. Tinha o cabo prateado decorado com fios de ouro. Antes da lâmina, vinha um símbolo decorativo: uma meia lua unida com um sol e, finalmente, a lâmina brilhante de bronze celestial, que brilhava em dourado de um lado e do outro em prata, era bem afiada.

_ Corta tudo. – disseram Sarah e Roxanne ao mesmo tempo. A filha de Ártemis cravou os olhos na marca de nascença em forma de sol no pulso da filha de Apolo, enquanto esta encarou a marca de meia-lua no pescoço da outra garota.

_ Isso. A única coisa que vocês possuem que mata Cronos, que mata Voldemort. – Dumbledore também estava encantado com a espada. – Chama-se αστερισμός, em grego. Ou Constelação, na nossa língua.

_ O nome combina muito. – murmurou Hermione.

_ Tem razão. – os olhos do diretor brilharam através dos óculos de meia-lua. – Enfim, só tem um problema nisso, um grande problema.

Todos ficaram apreensivos, segurando a respiração. Até Annabeth parara de soluçar.

Dumbledore pigarreou, começou várias frases sem conseguir terminá-las, mas, finalmente, decidiu ser direto e, então, soltou a bomba:

_ Essa espada só pode dar um golpe nocivo. Ela só pode matar um dos nossos inimigos. Então, o que vai ser? Matar Cronos ou Voldemort?


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Notas finais do capítulo

Rewiens, quem sabe recomendações..?
beijos ♥



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