Unidos, Mas Em Constante Perigo escrita por Rebecca3


Capítulo 2
Semideuses - parte II


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse capítulo pode estar um pouco chato, mas é para explicar mesmo.



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Annabeth corria pelo gramado do Acampamento, em direção ao seu chalé. De repente, ela ouviu um vulto correndo atrás dela.

Um braço passou em volta de seu corpo e ela foi obrigada a parar. Uma mão forte segurou seus braços juntos, de modo que eles não conseguissem se mexer.

_ Que é, Percy?- Annabeth gritou no ouvido dele, o que o deixou meio aturdido.

_ Posso saber o motivo de você ter saído correndo? Por que você ficou tão furiosa quando eu abracei a Rachel, hem?

Vários fios de cabelo loiro caíram sobre os olhos de Annabeth, mas ela não podia usar as mãos para afastá-los, pois Percy as segurava com força. Começou, então, a tentar soprar a mecha de cabelo para fora do rosto, em uma clara tentativa de evitar os olhos verdes do semideus a sua frente.

_ Annabeth, preste atenção em mim!- o garoto exclamou chateado. Ela soprou, novamente, a mecha de cabelo. Não aguentando mais, Percy segurou os fios loiros e os colocou atrás da orelha da garota.

_ Agora, me responde. – ele pediu. Annabeth o encarou com raiva, mas, no fundo, estava um pouco contente por ele ter vindo atrás dela, em vez de ficar com aquele pesadelo ruivo.

_ Você deve estar de brincadeira com a minha cara. – ela riu - Teria de ser muito obtuso para não saber o porquê.

_ Para começar: eu realmente não sei o motivo. E, depois, pode me xingar do que quiser, pois eu nem sei o que é obtuso.

Annabeth deu um suspiro.

_ Não será hoje que eu vou lhe contar o porquê, Cabeça de Algas. – ela mordeu o lábio inferior.

_ Como assim? – Percy levou um choque tão grande que largou as mãos da semideusa. – Você não vai me contar? ? Annabeth, qual é!

Mas a garota aproveitara a distração do semideus e saíra correndo para seu chalé.

Percy deu um suspiro profundo e decepcionado.

Atena e Poseidon o alcançaram.

_ Como foi, filhão?

_ Bem, acho que ela não está mais com raiva de mim, apesar de não ter me dito o motivo de ter ficado com raiva.

Os deuses o olharam com impaciência.

_ Mas ela nem precisava ter te falado! É bem óbvio, certo? - Poseidon perguntou, um pouco preocupado.

_ Errado! - Percy arregalou os olhos para o pai, até ele sabia!

Por que só eu não faço a menor ideia do que se trata?- Percy pensou, um pouco irritado. –Por que ninguém pode ser franco ou direto? É tudo indireta, e nada da verdade, oras!

_ Ah, como você é estúpido, Percy!- Atena exclamou- Quero dizer, eu já sabia que você era um completo idiota, mas não pensei que era tão burro assim!

_ Filho... – Poseidon o olhou com um misto de preocupação e decepção.

_ Fique quieto, ok, Poseidon?- Atena censurou o deus dos mares. – Por nossas bocas divinas ele não deve saber de nada!

_ Eu sei, eu sei. – Poseidon concordou com a cabeça. Percy o olhou com raiva. – Afinal, ele já tem dezessete anos! Como é possível ele não entender algo tão simples!

_ Vamos parar com esse assunto. – Atena ordenou, para alívio de Percy, que percebera que não ia conseguir arrancar nada do pai. – Bem, precisamos de Hermes, aqui!

_ Por quê?- Poseidon perguntou.

_ É justo que ele escolha o seu filho que participará da ação!

Atena, que usava vestido grego elegante e com mangas compridas, puxou uma dessas mangas, revelando braços adornados de joias de ouro puro e delicado, e tocou a única pulseira que não era feita de ouro, era feita de perolas muito brancas, mas um branco leitoso. Ela tocou uma das perolas e, de repente, um Hermes, vestido com um saiote azul, armadura dourada e um tênis de cano longo com asas douradas, surgiu.

_ Ei, o que eu estou fazendo aqui?- ele olhou para Atena e compreendeu tudo. – Sua nova pulseirinha, né? – Hermes estava furioso, para irritá-lo ainda mais, Atena deu um sorriso meigo e inocente. – Deusa de uma figa, eu ia me exibir para uma mortal agora... Enfim, o que é que você quer, Espertalhona?

_ Ah, que bom que perguntou, Hermes!- Atena exclamou, ela abriu um sorriso ainda maior. – Parece que há, sim, uma profecia para deter nossos inimigos! Um filho seu, um homem, vai participar da ação. Escolha um e eu te deixo ir.

Hermes a olhou assustado.

Ela fala uma coisa dessas na maior tranquilidade. – o deus pensou enquanto olhava os lábios de Atena de curvarem em um sorriso maroto.

_ Travis. Travis Stoll. – Hermes disse, enquanto pensava se Connor, irmão gêmeo de Travis, ficaria chateado. Certamente, Connor não ficaria com ele, mas ia tentar seguir o gêmeo a todo o custo. Optou, por fim, em deixar a história rolar. – Posso ir agora?

_ Claro. – Atena sorriu novamente e soltou a perola.

No momento que Hermes sumiu, Poseidon e Percy se voltaram para a deusa, admirados.

_ Como foi que você fez isso? – eles perguntaram ao mesmo tempo.

_ Simples, enquanto eu segurar a perola o deus é obrigado a ficar ao meu lado, entenderam? Há uma pedra para cada deus. – Atena explicou. – Não se empolguem demais, o deus só fica por, no máximo, 3 minutos, mas, se ele resistir, com o máximo de sua força, à magia que o prende, pode nem chegar a aparecer.

Os dois ficaram decepcionados, pensaram, por um momento, que Atena tinha todos os deuses na mão, graças à pulseirinha de perolas. Os três voltaram a andar, mas logo se separaram.

Percy foi fazer as malas e avisar a Travis, Nico, filho de Hades, e Thalia, filha de Zeus, da missão que acabaram de receber.

Poseidon e Atena foram falar com Quíron e explicar-lhe tudo, já que ele não permitiria que seus campistas saíssem do Acampamento sem ter uma vaga ideia do que eles fossem fazer. Além do mais, ele tinha que explicar a situação ao Senhor D, também conhecido como Dionísio, o deus do vinho, não que este se importasse, mas o centauro gostava de lhe dar relatórios diários.

Annabeth, Percy, Thalia, Nico e Travis estavam reunidos em frente à casa grande. Suas malas estavam sendo carregadas por Argos, o segurança e chofer com muitos olhos espalhados pelo corpo, para a Kombi do Acampamento.

­­­_ Vocês devem ir para a escola dos deuses. – Atena começou.

_ Mas há um pequeno probleminha, não dá para chegar lá por meio da nossa magia divina... – Poseidon continuou.

__... Só dá para chegar lá através de um portal. - Atena viu que Poseidon iria interrompê-la, então colocou a mão sobre os lábios do deus. - Este portal só pode ser aberto em um local: na sala do diretor de Hogwarts, um internato londrino comum, e em apenas um dia por ano: 5 de Setembro. Hoje é dia 30 de Agosto, e o trem para Hogwarts parte depois de amanhã.

Poseidon se desvencilhou da mão da deusa e continuou:

_ Argos vai levá-los ao aeroporto, onde vão pegar um avião. – Poseidon percebeu o olhar arregalado de Nico e Percy. – Não se preocupem. Zeus não vai tentar fazer nada se estiverem com Thalia, além do mais, até que vocês embarquem, ele já saberá de sua missão, não vai tentar nada mesmo.

Mesmo com a afirmação de Poseidon, Percy e Nico, por instinto, se agarraram em sua prima, Thalia, cada um em um de seus braços. A semideusa revirou os olhos.

_ Por que agente não pode dormir essa noite aqui, hem? – Nico perguntou, sonolento. O coitado teve de fazer várias viagens pelas sombras naquele dia, o que o deixou exausto, tudo pela estratégia de Annabeth, mas tinha, pelo menos, valido a pena. – O tempo de vou até Londres é de 7 horas! Podemos viajar amanhã cedo!

_ Bem... É que eu gostaria de conhecer Londres... – Annabeth murmurou, mas todos ouviram.

_ Annabeth Chase!- os outros semideuses exclamaram furiosos, em especial o pobre Nico.

_ Ok, ok. Mãe, será que pode arrumar passagens para amanhã, ás 10 horas?

_ De primeira classe, tudo pago.

_ Então, estamos decididos. Argos, deixe as malas na Kombi mesmo. – Annabeth não conseguiu conter um bocejo. Os outros semideuses a olharam, acusadores. – Boa noite.

Logo, Poseidon já havia voltado para o Olimpo e os semideuses, com excessão de Annabeth, para seus devidos chalés.

_ Annabeth, tenho que te dar uma coisa. - Atena estendeu a mão para a filha, nela havia um pequeno espelho.

_ Ah, obrigada, mãe... - a garota estava claramente decepcionada.

Atena riu.

_ Não é um espelho comum, com ele você pode se comunicar com quem quiser. É só chamar meu nome três vezes e dizer: convoco-te, responda a minha dúvida, e eu aparecerei na imagem.

_ Obrigada, mesmo.

E, dizendo isso, as duas deram o primeiro, de muitos, abraços.

O estranho é que, quando Annabeth foi se deitar, não teve sonhos com a mãe, ela sonhou com seus amigos, os que iriam acompanhá-la em sua missão, com destaque especial para um certo semideus de cabelos pretos e olhos verdes, e com outras cinco pessoas: um ruivo alto de olhos azuis, uma garota magra com uma juba de cabelos castanhos bonitos, um garoto negro, bonito, com cabelos encaracolados, uma menina ruiva, magra e com olhos castanho amendoados e, destacando-se, como Percy, um garoto magro, de olhos verdes intensos, como os do filho do deus do mar, cabelos pretos e uma cicatriz em forma de raio na testa. Com os dois garotos na cabeça, ela adormeceu.

E o tempo não perdoou. Annabeth sentiu que, 5 minutos depois que adormecera, seu despertador tocara. O que não era verdade, mas...

Depois de tomar café com os demais semideuses, já estavam todos acordados, Annabeth passou a eles as últimas instruções:

_ Não se separem no aeroporto. Chegaremos em Londres as ás 17 horas, meia hora depois estaremos no hotel e aí podemos sair para jantar. – os semideuses sorriram um para o outro. – Como somos menores de idade, uma aeromoça nos acompanhará até o hotel depois que chegarmos e pronto. Tudo ok?

Nico estendeu os polegares, Thalia e Percy assentiram e Travis ficou imitando Nico por de trás dele.

Argos chamou-os e eles se dirigiram a Kombi.

Quando, finalmente, estavam longe o suficiente para avistar as colinas por inteiro, Percy sentiu uma conhecida sensação, a de que não voltaria para o Acampamento tão cedo.


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Notas finais do capítulo

Então??



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