Unidos, Mas Em Constante Perigo escrita por Rebecca3


Capítulo 13
Azkaban




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Harry acabara de pular, com muita dificuldade, nas costas do dragão. Ele respirou fundo e encaixou as pernas do jeito mais confortável e seguro que deu. Faltava apenas Gina para pular. A ruiva tremia dos pés a cabeça.

_ Eu não consigo. – ela admitiu derrotada.

_ Anda, Gina. – os outros disseram ao mesmo tempo.

De repente, a maçaneta da porta girou de uma vez só e Severo Snape apareceu. Ele olhou para todos os lados da Torre, enquanto a garota estava estática.

_ Onde estão os outros? – o professor gritou.

_ Bem... eu... – a ruiva começou, mas antes que pudesse terminar a frase, ela fez algo incrível: saltou da janela, em queda livre.

A garota começou a gritar quando percebeu os jardins de Hogwarts se aproximando. O vento contra o rosto em uma velocidade violenta não fez com que ela se sentisse melhor. Gina começou a pedir perdão por seus erros e a admitir coisas para ela mesma do qual sempre evitara pensar.

Por fim, eu devo admitir para mim mesma que nunca vou conseguir deixar de gostar do Harry não importa o que eu tente. – Gina concluiu.

Depois, assim que viu a lula gigante emergindo na superfície do lago, ela voltou a gritar.

E gritou mais ainda quando sentiu garras cravando-se em seus ombros e filetes de sangue começarem a escorrer. A garota olhou para cima e viu a barriga escamosa do dragão.

_ Ai, meu Deus. – ela falou quando olhou par baixo e viu os jardins se distanciando.

_ Deuses. – Hermione corrigiu.

_ Tanto faz, só me tirem daqui! – Gina gritou e viu a cabeça de Harry a sua esquerda. A bruxa corou muito e desviou o olhar.

O bruxo agarrou seu braço e a puxou para cima. A garota só se acalmou quando prendeu os pés na lateral do dragão e se agarrou em Harry, que estava a sua frente.

Os dois coraram violentamente. A ruiva ficou da cor dos cabelos e Harry só conseguia olhar para baixo.

Os seis adolescentes ficaram em silêncio até saírem dos domínios de Hogwarts e passarem por Hogsmead. Ainda estava muito cedo, por isso nem um aluno viu a fera gigante sobrevoar os jardins, mas muitos vendedores do povoado bruxo caíram para trás ao ver o grande dragão.

_ Está tudo bem, Gina? – Roxanne foi a primeira a falar.

_ Nossa, maninha! – Rony exclamou antes que a bruxa pudesse responder. – Aquilo foi demais! Você pulou da Torre e... uau!

_ Snape deve ter pensado que você estava cometendo um suicídio. – Dino riu.

_ E esse ombro? – Harry perguntou preocupado. – Está sangrando bastante.

_ As garras do dragão. – Gina respondeu.

Harry usou um pedaço da camisa e enfaixou a ferida de Gina, a garota corou mais ainda.

_ Muito bem. – Hermione falou. – Agora vamos analisar a situação...

E começou a contar tudo que ela, Harry e os semideuses viveram, enquanto os seis rumavam para Azkaban.



Percy estava batendo na grade com os punhos mais uma vez. O pobre semideus já parecia meio paranoico.

_ Me deixem sair! – ele gritava. – Eu preciso de espaço. Sou claustrofóbico!

_ Calado, Percy! – Thalia gritou pela enésima vez. A filha de Zeus estava assentada em um cantinho da cela, ao lado de Nico.

O filho de Poseidon fingiu que não ouviu, mas parou de gritar quando viu a cara dos outros presos, que ainda dormiam. Mesmo assim, ele não desistiu de socar a grade da cela. Até que Annabeth segurou suas
mãos, que já tinham os dedos sangrentos.

_ Não adianta nada. – a loira falou. – Vai se sentar, Percy.

O semideus obedeceu e ficou olhando fixamente para os dedos.

Havia muito tempo que eles estavam escutando um barulho de passos muito altos e de vez em quando ouviam um brado de batalha.

_ Por que é que estamos aqui? – Travis perguntou, ele estava encostado em uma das paredes imundas da cela. – E que barulho é esse?

_ Eu não sei. – Nico murmurou mais para si mesmo do que para os outros. – Mas eu não gostei nem um pouco daqui e esse som... eu, sinceramente, nunca vou gostar dele.

Eles ficaram silenciosos durante muito tempo. O barulho de marcha cada vez mais alto. Annabeth podia calcular que eram umas cinquenta pessoas pisando ao mesmo tempo, mas estava muito nervosa com o homem da cela à frente para dizer isso aos amigos. O prisioneiro lhe parecia familiar e não parava de encará-los desde o momento em que acordaram naquela cela suja e sombria de Azkaban.

_ Vocês estão na maior e mais segura prisão para bruxos de toda a Grã-Bretanha. – o homem, finalmente, disse alguma coisa, o que fez Annabeth se assustar. Ele tinha cabelos loiro-brancos que iam até a cintura, olhos castanhos claros, rosto fino e com uma expressão cansada e um pouco maluca também. – Meu nome é Lúcio Malfoy estou aqui há muito tempo, mas nunca vi presos com menos de dezoito anos.

Eles se entreolharam quando escutaram o nome do sujeito.

_ Bem, é que... – Percy já ia dizer alguma bobagem quando Annabeth respondeu.

_ É que nós assaltamos Cornélio Fudge. – ela inventou na hora, mas não foi muito difícil se lembrar do ministro que os arrastara para lá. – Ele ficou um pouco bravo.

_ Deve ter sido divertido. – o homem se reencostou na parede de sua cela e olhou para o relógio. – É hora da patrulha dos dementadores. Preparem-se para sofrer.

_ Dementadores? – o filho de Hades arregalou os olhos. – De novo, não! Já me cansei desse mundo bruxo e suas criaturas.

_ Foram criaturas gregas que atacaram Hogwarts ontem. Não se esqueça. – Annabeth sussurrou. – Temos nossa parcela de culpa.

_ É verdade. – Thalia concordou. A garota estava visivelmente incomodada e envergonhada com os olhares dos companheiros de prisão.

Os cinco ainda estavam em suas roupas de baile, o que só contribuía para que os outros prisioneiros ficassem olhando-os desconfiados.

Um frio repentino atingiu a sala. O semideuses fecharam os olhos e se espremeram contra a parede do fundo da sala. Todos encolhidinhos. Afinal, eles não poderiam fazer nada. As armas deles haviam sido confiscadas, menos Contracorrente, mas se Percy a usasse, os semideuses seriam levados para o Ministério, onde algum bruxo especialmente doido iria fazer experiências com os cinco.

Mas eles nunca chegaram a sentir a sensação de perder tudo, pois, no momento em que o primeiro dementador apareceu, o barulho da marcha ficou absurdamente alto e as criaturas recuaram. Os guardas da prisão vieram ver o que estava acontecendo, bem na hora em que uma das paredes de Azkaban explodiu, literalmente. Um exército de dracaenaes, fúrias, bruxos e semideuses adentrou na fortaleza.

Percy, aproveitando-se da confusão, tirou a tampa de Contracorrente e começou a golpear a fechadura, que, no final, cedeu, já que não era preparada para bronze celestial.

_ O que é isso? – Thalia perguntou.

_ Não sei, mas acho que acabei de ver Cronos. – Travis disse assustado e apontou para o garoto loiro de olhos azuis que liderava o exército.

_ Ele está trás de nós! – a loira sacudiu, com muita força, o coitadinho do Nico. – Mas eu tenho um plano.

_ Finalmente a Annabeth que eu conheço! – Percy exclamou enquanto se abaixava para que Cronos não o visse. A loira ignorou-o, ainda estava chateada por ele ter beijado Parvati.

_ Não é muito bom e há uma grande chance de sairmos mortos, mas é o único que temos. – ela avisou. – Vamos liberar os presos. Eles acabarão fazendo uma barreira humana enquanto damos um jeito de sair daqui.

_ Realmente não é um plano muito bom... – Thalia estava decepcionada.

_ Você tem alguma ideia melhor? – Travis perguntou e a caçadora balançou a cabeça negativamente. – Vamos liberar esses presos, então!

Os seis se espalharam. Nico correu para um dos guardas e nocauteou-o.

_ Aqui as chaves! – o filho do deus dos mortos exclamou, mas, quando viu, os outros estavam liberando os prisioneiros na base da espada de Percy e dos raios de Thalia.

Nico, então, correu e abriu o cofre onde as armas deles estavam guardadas. Aí a luta começou.

Os prisioneiros não tinham ideia do que fazer, com exceção de Lúcio, que reconheceu Cronos das mensagens do Lord das Trevas. Então, os delinquentes pegaram suas varinhas com os guardas e começaram a atacar as criaturas gregas.

_ Viu, só? – Annabeth olhou para Thalia. – Uma barreira humana.

_ Tá, mas como vamos sair daqui?

A resposta veio quente. Literalmente. A parede oposta da que Cronos explodira pegou fogo.

_ Aaaaaahhhhh! – Annabeth e Thalia se abraçaram ao verem um imenso dragão prateado e com olhos muito verdes aparecer.



_ Atacar! – Harry gritou e pulou para a prisão. Ele ainda estava aturdido de ver uma ponte de mármore branco surgindo dos céus e transportando cinquenta guerreiros para Azkaban, mas tinha que ajudar os amigos.

Os bruxos correram para os semideuses, que estavam confusos.

_ Um dragão? – Annabeth perguntou com cara de choro.

_ Explicamos depois! – Hermione falou. – Pulem para a fera e vamos sair daqui!

_ Mas e o Percy? – Cronos perguntou. Quando o garoto falou, todos ficaram muito quietos, até os prisioneiros de Azkaban, que não tinham a menor ideia de quem ele era. – Não vão embora sem ele, né, Annie?

_ Não me chame de “Annie”! – a loira gritou e olhou Cronos com o melhor olhar de nojo que conseguiu. O que foi bem difícil, pois ela não via o titã do tempo. Ela via Luke. – E o Percy está... está... – Annabeth olhou para os lados e não viu o filho de Poseidon em lugar nenhum. – Estava bem aqui.

_ Pois é. Estava. – ele ergueu, pela gola do terno e com uma mão só, um Percy carrancudo e desarmado.

_ Perseu! – Thalia gritou irritada.

_ Que foi? Acham que eu deveria sair correndo, é? – o garoto perguntou indignado.

_ Era mais ou menos isso! – Gina falou.

_ Dá para parar com o papo chato? – Cronos perguntou. – Eu o matarei e, logo em seguida, a vocês. Será tão divertido ver sua cabecinha sem miolos se separar do seu pescoço, Percy.

_ Haha. Você é hilário. – o filho de Poseidon ironizou.

_ Apenas uma das minhas tantas qualidades.

O titã começou a rir, mas parou logo em seguida. Ele começou a sentir filetes de água se enroscando em seus pés. Depois, seu corpo e o do filho de Poseidon foram envolvidos em uma bola de água.

_ Thalia! – Percy gritou. – Lance um raio!

_ Mas...

_ Só lance. O mais fraco que puder. Aí eu ficarei bem.

Sob o olhar de Annabeth, que dizia claramente para ela não fazer o que o semideus mandara, Thalia lançou um pequeno raio. A bolha explodiu em várias gotinhas de água. Percy voou na direção oposta de Cronos e a loira saiu correndo para socorrê-lo.

_ Ele está respirando. – ela se virou para Harry. – Me ajude a carrega-lo!

O bruxo o fez e os onze adolescentes correram para o dragão. Com um pouco de dificuldade, Harry e Annabeth embarcaram Percy na fera. Cronos estava ocupado tentando se levantar do meio dos destroços.

Roxanne fez o dragão voar e o conduziu para fora da prisão.

_ Sinto muito, Annie! Eu não queria! – a loira ouviu Luke gritando e fechou os olhos com força.

Hermione olhou para ela horrorizada. Annabeth devolveu o olhar com uma cara de completa confusão.



No meio dos destroços, Cronos fazia com que seu exército saísse da fortaleza. Todos os guardas estavam mortos e os prisioneiros seguiam com ele para longe de Azkaban.

_ Ás vezes, Annabeth Chase é tão burrinha... – o titã riu. – Andem, otários! Sem demora. – ele gritou pro seu exército.

Quando todos os presos e soldados estavam a uma distância razoável, o garoto contatou o Lord das Trevas.  

Voldemort? – Cronos chamou o aliado mentalmente.

_ Sim? – ele ouviu a voz do bruxo das trevas mais poderoso do mundo em sua cabeça.

O plano faliu, mas acho que encontrei uma das crianças da profecia.


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Notas finais do capítulo

Rewiens =)



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