Do Not Leave Me Again, Please. escrita por Desalmada


Capítulo 6
Minha vida, minha mãe.


Notas iniciais do capítulo

Se gostarem, mandem reviews *---*



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Peguei meu Mp4 e dei uma disfarçada, enquanto Peter vinha na minha direção.

- Oi Anne. - disse querendo me dar um beijo.

- Oi Peter. - disse, abaixando a cabeça na hora do beijo.

- Tudo bem Anne? - disse Peter estranhando meu comportamento.

- Tudo bem sim, por que não estaria? - disse disfarçando.

- É, não sei. (risos).

- Viu a Alicce por aí ? - disse procurando-a.

- Alicce? Você é amiga dela? - disse Peter, não acreditando no nome que tinha dito.

- Sim, sou. Desde que ela não tem mais ninguém para ficar. Vou procura-la. - disse saindo sem esperar a sua resposta.

- Sério Anne. Não precisa de preocupar com ele e a Melissa.

- Quem disse que estou preocupada? Não é porque ele me beijou ontem e praticamente rejeitou a Melissa, e depois estava abraçando-a na entrada da escola, que eu estou preocupada. Só estou, estou curiosa. - disse disfarçando meu ciúmes.

- Aham ok. Quer que eu fale com ele?

- Não, sério Alicce. Não precisa. - conversávamos a caminho da sala de aula.

Entrei na sala de aula, e sentei no meu lugar. Nesse momento gostaria de estar em outro país em que as escolas não fossem em período integral. Decidi que iria falar com Peter, mas iria falar normal, como se ele fosse um qualquer, na verdade ele é.

- Anne? - perguntou Peter na hora em que se sentou em seu lugar.

- O quê? - perguntei sem interesse.

- Tudo bem mesmo? - perguntou.

- Tudo. - disse, sendo mais seca possível.

Nesse momento a professora entrou em sala de aula, e resolvi que pela primeira vez iria prestar atenção na aula dela. Quando o sinal bateu a nossa próxima aula seria no primeiro andar na segunda sala, então até chegar lá já teríamos perdido quinze minutos de aula mais ou menos. Grudei na Alicce, e Peter veio se juntar a nós, ignorando Alicce completamente.

- Anne, onde vai passar o intervalo? - disse Peter, quebrando o silêncio.

- No lugar de sempre. Alicce vai querer se sentar comigo? - disse me virando para Alicce.

- Não, obrigada.  Vou para a biblioteca, me sinto melhor lá. - disse olhando para Peter.

As duas aulas no primeiro piso, foram rápidas. Quando o sinal bateu todos saíram correndo, os garotos pareciam macacos correndo para a quadra. Eu saí calmamente, não tinha nada para fazer também. As últimas pessoas que ficaram na sala foram Peter e Melissa.

Tudo bem, tenho que trata-lo como um qualquer. - fala para mim mesma. - Eu não estou afim dele, não estou mesmo. Só preciso colocar isso na minha cabeça. - E segui para a "minha" mesa no pátio.

Uns 5 minutos depois, Peter apareceu e veio falar comigo.

- Ei, Anne. - disse se sentando ao meu lado.

- Ei, Peter. - disse, me importando mais com meu Mp4 do que com ele.

Depois de uns minutos de silêncio, ele finalmente perguntou.

- Ei Anne, o que você não suporta em um relacionamento ? - perguntou Peter com interesse.

- Por que ele estava perguntando aquilo? - pensei comigo mesma. - Casar, namorar ou simplesmente ficar com uma pessoa sem gostar.

Percebi que Peter ficou estranho depois da minha resposta e perguntou:

- Como assim ?

- Tipo, a pessoa namorar com outra só por negócios de família, ou por interesse, por dinheiro entendeu? 

Peter ficou mais estranho do que já estava.

- Por que a pergunta? - perguntei.

- Por nada. Só queria saber. - respondeu.

- Onde está sua mãe? Não vi ela ontem. - perguntou, mudando de assunto.

- Está no hospital. - disse, sendo seca novamente.

- Você dúvida do amor deles? Acha que a relação está bem? Como no começo do casamento? - perguntou com interesse novamente.

- Por que ele estaria perguntado isso, meu Deus? - pensava comigo mesma. - Bom, em questão de amor acho que sim, acho não. Tenho certeza. Se fossem se separar não seria por falta de amor, e sim por falta de estabilidade na família. Não por causa dos dois, mas por causa de todos nós. De mim, dele, dela, do meu irmão e talvez até pela pressão dos pais de ambos os lados. E não sei se a relação deles está como no começo do casamento, provavelmente não. No começo do casamento, é tudo novo, eles se divertem com qualquer coisa, mas com o passar do tempo, tudo vai perdendo a graça. Chega um certo ponto que até a vida perde a graça. - "Falei demais" - pensei.

- Puxa. Você poderia ser escritora sabia? Esse texto iria fazer sucesso. Mas entendi o que você.

- Quando meus textos fizerem sucesso, você e sua idiotice vão estar em todos os lugares famosos.

O sinal bateu e voltamos para a sala de aula. No segundo intervalo Peter me encheu de perguntas novamente. Quando finalmente bateu o sinal da saída, perguntei a Alicce onde ficava o hospital mais próximo do m eu bairro, minha mãe deveria estar lá. Era pertinho da escola. Saí correndo pelos corredores e esbarrei em Peter.

- Ei Anne, onde está indo com tanta pressa?

- Ver uma pessoa muito importante, saí da frente.

Logo depois encontrei Melissa, e ela me olhou com um sorriso de vitória. Queria ver minha mãe, então nem liguei.

- Boa tarde posso ajuda-la? - perguntou a recepcionista.

- Vim ver, se minha mãe está internada nesse hospital. - disse sem fôlego.

- Qual o nome de sua mãe? - perguntou a recepcionista olhando nos registros.

- Amy. Amy Frank Campbell Marin.

- Sim, ela está internada aqui. - respondeu a recepcionista.

- E posso visita-la? - perguntei ainda sem fôlego.

- Pode sim. Ontem mesmo ela estava reclamando que ninguém estava vindo visita-la.

- Obrigada. Qual o número do quarto dela?

- Terceiro andar, número 325.

- Obrigada. - gritei de dentro do elevador.

Quando entrei minha mãe estava com a cabeça virada para a grande parede de vidro que tinha no seu quarto. Mas não estava olhando para lá por querer ver quem estrasse no quarto, e sim por que não tinha ninguém do lado dela para fazer companhia.

- Não quero aquela sopa horrível, obrigada enfermeira. - disse sem ver quem entrara no quarto. - A voz dela estava sem vida, não era aquela pessoa que era apaixonada por arte que eu conhecia.

- Que bom. Por que não trouxe ela comigo, mas estou com meus materiais quer fazer minha lição de casa? - quando ela me viu abriu um sorriso enorme, de orelha a orelha.

- Anne! - gritou, querendo se levantar.

Corri para seus braços com uma criança de 6 anos quando a mãe vai buscá-lo na escola. Eram 15 dias sem vê-la, ela estava em uma viagem antes de ir pro hospital. Chegou em casa, mal chegou passou mal e teve que ir pro hospital.

Sentei-me ao seu lado, na cama:

- Como você está  mãe? - perguntei, vendo a tristeza nos seus olhos.

- Sinceramente...eu não sei. Uma parte de mim quer sair do hospital, printar, curti minha família e essa cidade nova. Mas outra parte quer ficar, porque sabe que ainda preciso me recuperar mais um pouco.

- E se você passar a noite aqui e sair de manhã para curti o dia? Assim você vai se acostumando - propus.

- Não sei, eu acho que seria bom. Mas acho o que médico não irá deixar.

- Depois conversamos com o médico. - disse.

- Isso! Vamos mudar de assunto. E os namorados? - perguntou, dando risada.

- Acho que quero voltar para o assunto antigo. - respondi, dando risada também.

- Me responde Anne.. Estou mandando. (risos)

- Não estou namorando mãe. - respondi.

- Está apaixonada pelo menos?

- Também não. - era mentira, mas era assim que tinha que ser.

- Sei.. - disse desconfiando de mim.

- Senhorita, o horário de visitar acabou. - disse a enfermeira entrando no quarto.

- Beijos mãe. Amanhã eu volto. - disse dando um abraço apertado nela e saindo do quarto. 

Depois que saí do hospital, me senti melhor. Tinha visto minha mãe, a pessoa mais importante da minha vida. Passei na escola, sentei um pouco nos degraus da escada. Quando ví algumas pessoas se aproximando da escola, percebi que já estava na hora que voltar para casa.

- Olá Fran. - finalmente tinha aprendido o nome da empregada.

- Como está sua mãe ? - perguntou ela da cozinha, enquanto me sentava na mesa de jantar.

- Como sabe que fui visitá-la? - perguntei

- Sua voz está mais alegre, e consigo ver seu sorriso daqui. (risos)

- Muito engraçada você. Ela está bem, só não decide se quer sair de lá ou se quer ficar mais um pouco. Então propus que ela passasse o dia e a tarde fora do hospital e voltasse á noite. 

- E ela? Gostou da idéia? - nunca achei que fosse tão "legal" conversar com a empregada.

- Gostou sim. Ela só não sabe se o médico irá deixar. Mas acho que ele irá, é melhor para ela, assim ela vai se acostumando. Meu pai está em casa?

- Não sei, se estiver está lá em cima. Saí para ir ao supermercado e quando cheguei aqui em baixo não tinha ninguém.

- Ah, ok então. Vou subir. Hoje durmo rapidinho (risos)


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando, mesmo estando no começo. Terá vários capítulos, não se preocupem. Xoxo ;**



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