– Malfoy!

– O que?

– Da pra parar de mexer nesse tobogã?

– Não!

– Sério! Você só pode ter algum problema mental, fica anos torturando pessoas e sim isso me inclui e agora age assim, como uma criança louca, fissurada por tobogãs.

– O que espera que eu diga? Um discurso profundo sobre a minha vida e a minha mudança repentina de atos – Assenti – Não vai acontecer. E da pra calar a boca, agora eu vou dormir.

– Não são nem oito horas ainda!

– Eu durmo á hora que eu quiser.

Dizendo isso ele se deitou. Devia ter se passado uns 10 minutos e tudo que eu pude fazer foi planejar o meu plano de vingança contra a Gina, pensar em como o Malfoy era um idiota e decidir que eu ia olhar um filme.

Imaginei um dos filmes trouxas que eu ouvia falar. Ele apareceu na minha mão, eu nunca tinha visto aquele, mas diziam ser bom e triste, mas era melhor eu ficar triste do que com raiva ou mortalmente perigosa.

– O que vai fazer Granger? – A voz da fuinha ecoou.

– Pensei que estivesse dormindo.

– O que eu estou ou não estou fazendo não é da sua conta.

– Idem!

– Vai assistir um filme não é? – Ele apontou pro que eu estava segurando, ignorando totalmente o que tínhamos acabado de falar - Por favor, me diga que não é aqueles filmes de menininha.

– Como eu disse antes...

Eu não terminei a frase porque o imbecil do loiro se levantou e agarrou o filme da minha mão.

– Você não vai ver isso.

Arquei uma sobrancelha.

– Primeiro: Por quê? Segundo: Quem vai me impedir, você?

– Não vou aguentar ver isso ou ouvir ou saber que alguém ao meu lado está vendo.

– Você não manda em mim.

– Se é pra ver um filme, que seja algo decente. Sei lá Premonição por exemplo.

– Como conhece filmes trouxas e eu não vou ver esse filme.

– Não sou um idiota que nem seus amigos e por quê? Vai dizer que tem medo?

– Não tenho – Menti.

– Ótimo – Ele disse – Vamos ver.

Em seguida apareceu o filme e ele colocou na TV. Não fazia ideia de como o Malfoy sabia mexer em objetos trouxas.

Os meus primeiros 5 segundos de filme foram ótimos, depois eu comecei a dizer involuntariamente: Eu vou morrer, eu vou morrer enquanto tremia e tapava meu rosto com uma almofada.

– Granger! Granger!

– O QUE É? – Gritei estressada – Não me atrapalha, to vendo o filme!

– Ele já acabou faz uns oito minutos, eu até já desliguei a TV e você poderia fazer o favor de TIRAR A SUA MÃO DA MINHA.

– O QUE? EU NÃO TO COM A MINHA... – Eu me interrompi assim que vi que realmente a minha mão estava segurando a do Malfoy. Nem percebi o momento em que a peguei ou ele (tanto faz) e nem o motivo.

– Isso nunca aconteceu – Afirmei.

– Igual ao surto que você não teve durante o não filme – Ele disse irônico.

– Me poupe da sua ironia.

– Granger! – Ele me chamou novamente.

– O que?

– Você ainda não tirou a sua mão.

Qual era o meu problema? Por que eu não havia tirado? E porque quando eu realmente tirei senti uma ponta de infelicidade? Eu devia estar maluca.

– Granger!

– Você só sabe dizer Granger? – Falei estressada.

– Prefere como então, Amorzinho, Lindinha ou Hermione? – Ele deu ênfase no meu nome.

– Vai se ferrar Malfoy! – Exclamei e me deitei.

Antes de adormecer ainda tive o desprazer de ouvir o Malfoy perguntar:

– Como você consegue lutar numa guerra contra Voldemort e não aguenta ver um filme?

– Não sei – Admiti antes de cair no sono.