Dimitri me levou para dentro, quando dei por mim estava dentro da sala de equipamentos sentada no seu colo e com o rosto no vão do seu pescoço, chorando convulsivamente enquanto ele fazia carinho no meu cabelo.

“Esta tudo bem, eu estou com você.” Ele disse, e depois começou a cantarolar uma musica em russo, isso foi me acalmando as poucos, ate que o choro só ficou nos soluços.

“Desculpe-me.” Eu disse ainda no seu colo.

“Vai me contar o que aconteceu? O motivo que te abalou tanto assim. O que sua mãe com você?” ele perguntou gentilmente.

“Você sabe quem é Abe Mazur?” a mão que acariciava parou e ele ficou tensão.

“O que você quer com Abe Mazur?” eu me afastei para ver seu rosto, ele estava com uma expressão desaprovadora.

“Você o conhece? O que me diz sobre ele?” sua careta se intensificou.

“Sim o conheço e ele não é o tipo de pessoa que eu quero perto de você Rose. Ele esta na academia e eu não quero você perto dele, esta me entendendo Rose?” em outra situação eu tinha brigado com ele por estar me tratando como uma criança mais agora não dava.

“ Sinto te desapontar camarada, mas ele é o meu pai.” Silencio.

“ Rose você sabe o que você esta dizendo não sabe?” ele paresia confuso e chocado.

“Foi isso que minha querida mãe tinha para me dizer ontem, Abe Mazur é o meu pai e Daniel Hathaway Mazur é meu irmão. Meu irmão gêmeo.”

Ele me encarou mais estava chocado demais para dizer alguma coisa. Então continuei.

“Daniel chegou hoje mais cedo, eu fui encontrar com ele, o garoto que estava comigo no refeitório, e eu percebi seu olhar, eu pensei que você fosse fazer alguma coisa se eu estivesse dando tanta risada com uma pessoa que você não conhecesse.” Eu tentei mudar o assunto.

“ eu estava preste a pegar você pelos cabelos como um homem das cavernas quando recebi uma certa mensagem de uma tal de R, que adora mudar de assunto.”

“Sabe ele é legal. Eu fiquei pouco tempo com ele mais foi como se eu o conhecesse a vida toda. Estou muito feliz de tê-lo conhecido, de descobrir que tenho mais alguém. Eu não posso compreender como eles podem ter nos deixado todos esses anos no escuro sem nem saber da existência um do outro. Daniel me contou que foi ameaçada muitas vezes quando menor. Minha disse que fez o que fez pela nossa segurança, e não tinha como criar duas crianças, o que eu acho totalmente verdade já que ela não  conseguiu criar uma certo? Eu nunca tive uma mãe de verdade e agora eu tenho que ter um pai? Que aparentemente sabe tudo sobre mim por relatórios? Não quero isso para mim. Tudo que eu quero é poder me formar virar um ótima guardiã, ir no casamento da Lissa. Passar o resto daminha vida com você, em uma casa só nossa, comprar lasanha pronta e dizer que foi eu que fiz. Ter uma família que eu construí com pessoas que eu escolhi estar comigo. É tão errado sim?”

“Não Rose, não é. E eu te prometo que tudo isso vai passar vai ficar tudo bem, e eu vou te ensinar na fazer lasanha.” Com essa eu tive que rir.

“Você sabe cozinhar camarada?”

“Tem muita coisa sobre mim que você não sabe Roza.” Ele me beijou docemente, deixando transparecer todo carinho e amor. Mas naquele momento eu precisava de algo mais, eu me ajeitei no colo dele para ficar sentada de frente. “Não podemos Rose não aqui.”

“Prometo não fazer nada de mais camarada, só quero ficar pertinho de você.” Comecei a fazer um caminho de beijos pelo pescoço dele.

“Você não queria treinar hoje?”

“Aham.”

“Isso não é o mesmo que trinar Rose.” Serio?

“Vou ter mostrar que sim.” Ataquei sua boca com fome de beijos. Nos afastamos ofegantes. “Você esta com falta de ar como se tivesse corrido camada mesmos princípios.” Disse sorrindo.

“Isso é manipulação do meu ponto fraco Roza não é justo.” Ele fingiu decepção.

“Você não tem pontos fracos camarada.”

“Você é o meu Roza”

“ Eu te amo mais que tudo você sabe, não sabe?”

“Da mesma forma que eu amo você.” Nos beijamos por um tempo ate ele interromper.

“ Vamos treinar Rose só um pouco, sem regras você faz o que puder para me derrubar. O que você acha?” isso seria muito divertido na verdade.

“ Vale de tudo mesmo Camarada?” falei no seu ouvido com uma voz sedutora. Ele estremeceu. E eu rir da cara que ele fez.

“ Você intendeu, Vale quase tudo. Agora vamos no trocar.” Ele ordenou.

Ele acabou primeiro, o encontrei contando uma espécie de tatame, ele trajando um blusão solto e causas largas. Eu estava com um conjunto de bermuda e top vermelho que chamava muita atenção para meu corpo. Ele me secou quando entrei.

“ Sem distrações Belikov, ao trabalho.” Fingi estar seria.

“Certamente senhorita.” Ele fez uma reverencia.

Eu sorri. Como ele conseguia ser tão gracioso com aquele tamanhão todo.

“ Como vai ser? Eu tento de pregar?” eu gostaria mais se fosse ao contrario. Ser pega por ele é uma coisa extraordinária.

“Você me pegar seria interessante Rose, vem cá.” Eu fui ate ele que me ajudou a me alongar. Terminamos o alongamento e começamos. Eu tinha  que basicamente bloquear seus ataques e atacar sem sair de um circulo que ele havia feito.

Desviei de um soco no ombro e revidei com um na barriga que foi bloqueado. Tentei bater na base da perna dele com um chute rasteiro que não surtiu efeito que eu queria. Prevendo meu golpe ele enlaçou sua perna na minha e me tacou no chão.

“Golpe baixo camarada.”

“você quem começou belo golpe.”

Ele me ajudou a levantar.

“ Você foi melhor e mais  rápido.”

“ eu sei.”

“Convencido. De novo.”

“quando for fazer isso de novo tente não dobrar a perna, assim você não cai junto.” Eu sempre sigo as dicas dele. Claro. Ele é o melhor.

“ok.”

Começamos de novo. Eu não podia tentar de novo a parada da perna então eu tinha que arrumar um jeito de derruba-lo sem sair do circulo. Difícil. Acertei a lateral da sua barriga que não funcional direito. Eu estava apanhando feio quando minha chance surgiu. Ele entrou de mais em um soco e deixei passar pela minha lateral, segurei seu braço e fazendo força contraria chutei sua perna base que por ele ter entrado de mais tinha perdido a posição correta, o fazendo cair de lado.

Eu sai comemorando minha vitória. Quando escuto palmas. Quando olho Abe esta ali com uma cara muito satisfeita.

“Isso foi lindo de se ver” desgraçado.

“A quanto tempo esta ai?” meu tom de brincadeira que usava a pouco já tinha ido em bora.

“ A uns 2 minutos na verdade. Guardião Belikov poderia nos dar licença por alguns estantes?” educado ele.

“ O guardião Belikov não vai a lugar nenhum.” Respondi antes que ele pensasse em sair do meu lado. Ele me encarou e eu acenei.

“Creio que ele não queira ouvir seus problemas familiares.” Ele tentou de novo.

“Creio que ele já esteja ciente de todos eles, e aproposito não tenho o que falar com você.” Suas feições mudaram sua voz ganhou um tom de ameaça e suas feições escureceram eu teria morrendo de medo de ver uma pessoa assim se eu não usasse essa mesma cara quase sempre. Ele se aproximou, e eu vi Dimitri ficar tensão, ele bateria em um Moroi para me defender?

“ Eu acho que nos precisamos conversa Rosemere, e será agora ou se não...”.

“Será na hora que eu desejar ter essa conversa, eu não faça essa cara pra mim, coisa que eu não tenho e medo de você, e se não sair daqui agora estará em uma enfermaria em cinco minutos.” Eu me aproximei mais dele estamos muito  próximos agora. “ quando eu quiser eu te procuro, estamos entendidos sr. Mazur? Então ate mais.”

“ Estarei de volta amanha depois do seu exame, sua mãe esta muito chateada Rose.”

“ Ótimo, eu só preciso de tempo é tão difícil de entender isso.”

“ Eu sei que é confuso, mas você não tem esse tempo todo, tem pessoas atrás de você Rose. Nos precisamos agir logo. Eu só quero ajudar.”

“quer ajudar realmente? Eu preciso de um voo para Rússia daqui a dois dias você é capaz?” vamos explorar o velho.

“ quantas pessoas?” simples assim?

“3, eu, Dimitri e Daniel.”

“ Estará a sua espera, te vejo amanha” e saiu do ginásio.

“ 2 dias?” Dimitri perguntou.

“ sim.”

“ Já sabe por onde começar?”

“ Sim vou conhecer a família Belikov, fiquei sabendo que tenho algo que ele não vê há muito tempo, só não sei se quero devolver.” Eu tinha que mudar de assunto se não ia pirar.

“ Você não precisa devolver sou todinho seu.”

“ Isso me agrada muito.”

“ Sei. Vamos. Vou te levar pra cama.” Eu não podia perder a oportunidade.

“ gostei muito da sugestão camarada.” Ele riu da minha cara de safada. E se aproximou, me pegando pela cintura.

“Apesar de querer muito não fui isso que eu dizer.” Logo depois me beijou ele é muito bom quando o assunto é desviar a atenção de algo.

“ Obrigado”

“Pelo o que?”

“por me fazer sentir melhor.”

“ Te amo.”