Amor Entre Trevas escrita por Thatag33


Capítulo 28
Capítulo 28




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Derrubada em meus joelhos, ofegante e confusa. Meu corpo parecia pesar uma tonelada. O leste céu se iluminava em um laranja negro. Todo resto ao meu redor se tornava silencioso, mesmo com a imagem de pessoas correndo e caindo, via suas bocas abertas mais não havia som algum, so movimentação, é como se eu não fizesse parte de nada daquilo.

Jon vinha caminhando em minha direção, nada no exterior parecia o atingir também. Ainda em meus joelhos ele se abaixou ao meu lado.

“ Rosemere...” me virei lentamente para seu rosto. “Obrigada.” Sua mão alcançou meu rosto e acariciou com as pontas dos dedos, que diferente do que eu pensava parecia uma brisa morna.

“ O que acontece agora?” minha voz era baixa, quase um sussurro.

“ Agora você continua sua vida,  cresça como a lenda que você se tornou hoje.” Seu rosto era carinhoso.

“ Eu não fiz muito, é de você que eles devem lembrar.” Meu rosto se fechou.

Ele sacudiu a cabeça. “Não minha querida, minha época já se foi a tempos, apenas um Hathaway se manifestou nessa geração, apenas você fará historia.”

“Acho que posso me acostumar com a fama.” Sorri com a piada sem propósito.

“É  claro que pode.”

Algo mais me incomodava.

“ para onde você vai agora?”

Seu sorriso parecia ainda mais relaxado e ansioso.

“ continuar uma jornada interrompida. Talvez uns milênios de férias.”

Eu sorri compreendendo, acenei para ele em entendimento. Segurando meu rosto ele beijou minha testa sorrindo.

“ Ate daqui a uns muitos anos, não tenho pressa em te ver de novo.” Eu sorri e concordei com carrinho.

Meus olhos começaram a pesar, eu os fechei com louvor.

“ Rose... o meu Deus Rose.” Forcei a abrir meus olhos. Tive a vaga impressão de estar apoiada no colo de alguém.

“ Ho Roza...” meu nome foi dito com lamento. Dimitri olhava pra mim com o rosto retorcido e ferido em ambas as faces. Mesmo bagunçado ele parecia um anjo em angústia, sorri com o pensamento, mesmo ferida eu achava tempo para admirá-lo.

“ Esta tudo bem agora ...” ele disse e começou a murmurar coisa em russo pra mim. Meus olhos se fecharam novamente enquanto o ouvia.

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Sentia-me mal. Meu corpo doía em todos os lugares possíveis. Sentia-me muito acordada apesar de tudo. Abri meus olhos e eu estava em um quarto, não se parecia com o meu, depois de mais um minuto de analise percebi ser um quarto na clinica, ele não parecia muito com um quarto de hospital, as paredes de um tom quente de marrom com cortinas douradas opaco, duas camas e algumas flores, tudo muito acolhedor, se não fosse pelas maquinas ao meu lado ficaria indecisa sobre o lugar. Do meu lado esquerdo sentado em sua cama estava Daniel. Ele tinha fones no ouvido e parecia muito distante encostado em seus fofos travesseiros. O fiquei observando durante um tempo ate seus olhos prenderem nos meus.

“ Como se sente?”

Tive que tentar responder umas três vezes, minha garganta estava seca e ardia levemente.

“ Com sede.” Com o rosto ainda serio ele se virou um pouco para apertar um botão do lado de sua cama, seu rosto se contorceu com o que pareceu uma pontada de dor. Ele tinha um braço enfaixado, não parecia ser tão ruim já que não usaram gesso, sua outra Mao também tinha uma faixa, curativo na têmpora e na bochecha e um corte na boca. Ele sorriu levemente percebendo minha inspeção.

“ Não é nada de mais, não se preocupe.” Eu acenei levemente. “Lissa, Adrien e Marco passaram por aqui.”

“ Mesmo assim você ainda parece mal.” Me fiz uma careta.

Ele suspirou. “Marco cuidou de você, que parecia ter sofrido muitos ferimentos sérios, Lissa e Adrian cuidaram de mim e do restante do pessoal.” Compreende.

“ Como estão todos?” perguntei quando uma enfermeira entrou suavemente no quarto ela começou a mi examinar enquanto Daniel contava.

“ No geral estão legal.” Eu abri minha boca, mas ele falou antes de mim. “ Dimitri goza de boa saúde, se isso que ia perguntar.” Ele sorriu satisfeito, eu ri e me arrependi com a pontada na costela que tive em resposta. Eu ofeguei. Parece que não curaram todos os ferimentos.

“ Com dor?” a enfermeira perguntou. Eu concordei levemente com medo de movimentos bruscos. Ela foi para a maquina de medicamentos ao meu lado, apertou alguns botões e eu me senti melhor posteriormente. Daniel olhava pra mim preocupado.

“ Eles só curaram o que apresentava riscos. Nenhum deles podia fazer muito mais, eles já tinham usado muita magia.” Seu cenho se franziu.

Com certeza eles teriam muito com o que se distrair hoje.

“ Onde ele esta?” ele entendeu que eu estava falando de Dimitri.

“ No quarto ao lado.”

“ Gostaria de vê-lo.”

“ Não acho que você poderá agora.” Mas eu gostaria muito.

A enfermeira acabando de verificar também Daniel saiu dizendo que ia chamar o senhor Mazur.

Pus-me em silencio por um tempo, assimilado tudo que havia acontecido.

As cenas da noite passada vinham em minha cabeça, eu parecia me lembrar com perfeição de cada batalha que travei.

Exceto uma...

Minha luta com os Antigos pareciam ate uma parte correta, me forcei a lembrar repassando cada fato. Lutei com Elijah, ate um certo ponto me lembrava da luta, depois só me vinha pequenas cenas. Elijah surpreso, Dimitri no chão, Daniel sangrando, Mais dois Strigois e novamente os olhos arregalados de Elijah, só que sem vida.

Eu gostaria de saber o que aconteceu nesse meio tempo, muitas coisas me incomodavam no momento, muitas coisas passavam pela minha cabeça, mas apenas uma se mantinha permanente por ela. Dimitri.

Como ele estaria? Com esforço tentei me sentar, mas sufoquei com a dor. Como um relâmpago meu pai estava ao meu lado me mantendo no lugar, minha mãe próxima a porta a uns três metros.

“Criança, não se esforce.” Meu pai murmurou pra mim.

“ preciso me sentar.” Suspirei. Com relutância ele me ajudou a sentar. Ainda agarrada a ele perguntei. “Como ele esta?”

Meu pai fez careta antes de responder. “amarrado a cama.” Eu olhei pra ele sem entender. Ele revirou os olhos. “Ainda não, mas eu disse que o amarraria se tentasse sair de La de novo, disse que viria te ver e o daria noticias.” Eu sorri.

“ Você me amarraria também?” perguntei.

Ele ficou serio. “Com toda certeza.” Eu ri, mas me arrependi. Minhas costelas.

Minha mãe olhava para nos dois com curiosidade, já que nossa conversa tinha sido em um tom muito baixo.

Os dois se aproximaram e ficaram conosco por muito tempo. Eu tinha quebrado duas costelas, deslocado um pé e o ombro, mas escapado de uma concussão, mas o que tinha me derrubado eram os ferimentos internos, que aparentemente havia mais do que eles podiam nomear, destes e da maioria dos outros, Marcos cuidou, o restante teria que ser por minha conta. Parece que os golpes que levei na região da barriga tinham sidos feios.

Gostei da atenção de meus pais, apesar das circunstâncias. Tivemos algumas conversas neutras apesar de minha insistência para saber sobre a parte da batalha que não me lembrava, eu não sabia como tudo tinha acabado afinal, mas o que recebi foi um “tudo correu bem.” E um, “ tudo foi resolvido.” Me senti frustrada, mas logo deu a hora para que eles saíssem. Minha mãe beijou minha testa antes de ir, meu pai depois de ficar um longo tempo conversando animadamente com Daniel *o que me fez perceber o quão bem eles se davam* também veio me beijar, antes de ir tirou meu telefone do bolso e me entregou dizendo que talvez eu pudesse me comunicar com alguém no hospital. Eu agradeci sorrindo. E eles se foram, minha mãe ainda com cara de curiosa, mas parecendo contente com nossa proximidade.

Peguei meu telefone e olhei para a tela sorrindo. Daniel chamou minha atenção.

“Vou dormir um pouco. Não fique muito agitada e tente descansar.” Eu sorri acenando e lhe desejando bons sonhos, ele se deitou pondo de novo os fones no ouvido.

Virei-me de novo para o telefone, a hora apontada era 03:18 da manha. Quase fim do dia vampiresco. Comecei a digitar uma mensagem para Dimitri.

DE ROSE

PARA: CAMARADA

Como você esta?

Logo tive a resposta.

De Dimitri

Para : Roza

Me sinto bem.

Louco por não poder te ver.

Como se sente?

DE ROSE

PARA: CAMARADA

O melhor possível no momento.

De Dimitri

Para : Roza

Fico aliviado.

Você me parecia muito mal mais cedo, tudo ficou muito confuso. Foi algo realmente difícil.

DE ROSE

PARA: CAMARADA

Eu também não me lembro de muita coisa. Tentei tirar alguma informação do velho mais ele não cedeu.

De Dimitri

Para : Roza

Eu também não sei de muita coisa. Concordo com seu pai, deixe essas preocupações para quando você melhorar. Ai teremos muito sobre o que discutir.

DE ROSE

PARA: CAMARADA

Ok irei aguardar então.

Esta dividindo quarto com alguém?

A possibilidade me deixou um pouco receosa.

De Dimitri

Para : Roza

Sim. Com uma bela loira, ela tem cuidado de mim.

DE ROSE

PARA: CAMARADA

Grrrrrrrm.

Espero que ela não tenha pago a conta do hospital ainda. Ela pode FATALMENTE precisar ficar aqui, PRA SEMPRE ... EM ESTADO VEGETATIVO.

De Dimitri

Para : Roza

Acalme-se, não, não estou dividindo MEU quarto com NINGUEM.

Estou sozinho. ;[

DE ROSE

PARA: CAMARADA

Não se sinta sozinho. Espero poder te ver em breve.

De Dimitri

Para : Roza

Darei um jeito nisso. Espero te ver logo.

DE ROSE

PARA: CAMARADA

Temos de ter cuidado. Dona Janine anda muito perto e atenta.

De Dimitri

Para : Roza

Não me importo, e também acho que já tem hora de contarmos a ela, não posso continuar assim, quero poder ter você sem reservas.

DE ROSE

PARA: CAMARADA

Sim, também acho, mas não sei qual seria sua reação, e não estou querendo um show por causa disso. Te amo de mais.

De Dimitri

Para : Roza

Ok. Compreendo. Vamos ver como fica isso, mas por agora é melhor descansar. Também te amo. E vá dormi.

DE ROSE

PARA: CAMARADA

Ok. Tenha bons sonhos.

Livrando-me do telefone me dentei para dormi. Tinha muito que pensar, mas deixaria isso para outra hora, os remédios ainda faziam efeito em meu corpo e me sentia cansada. Lidaria com tudo depois.

Daniel já parecia dormir, fechei meus olhos e dei boas vindas ao sono.


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Notas finais do capítulo

NÃO SEI SE DEIXEI PASSAR ALGUM ERRINHO. SE SIM, ME DESCULPEM.

ESPERO SEUS COMENTARIOS E ATE A PROXIMA, JA ESTA NO FINALZINHO.



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