Músicas E Escrita escrita por Bia_C_Santos


Capítulo 2
Conto 2 - Barefoot Cinderela (Hannah Montana)


Notas iniciais do capítulo

Se vocês preferirem, é Miley Cyrus quem canta. mas vocês sabem kk



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            Lá estava eu, pleno sábado a noite, o melhor sábado de todos, de acordo com muitas gente da minha escola. E eu estava deitada, sem nem mesmo ser meia-noite ainda.

            Mas, nessa hora, muitas pessoas estavam na escola, as garotas vestidas com longos vertidos e os garotos com terno, pela primeira vez na vida, no primeiro baile de máscaras do colégio.

            Um baile de máscaras. As pessoas ficaram meses preparando isso, ou melhor, pedindo para a diretora. Porque minha escola era uma porcaria. Não tinha nada de interessante. E mesmo assim, tínhamos que pagar o convite.

            Não tinha nada de interessante, para, quando ter, eu não pode ir porque estou de castigo. De castigo! E por quê? Bem, isso não vem ao caso. Nada tão importante.     

            Ora, isso era tão chato! Ficar deitada enquanto podia estar vestida de longo, misteriosa. Perto do meu melhor amigo, que ia ser meu acompanhante e, ei, podia até rolar um beijo!

            Seria um sonho. Eu nunca contei para o Nathan, por medo, mas eu o amava a muito tempo. É claro que ele não sentia o mesmo. Devia estar na escola agora mesmo, como outra garota qualquer.

            E eu não. E eu sei o que você está pensando. Eu poderia fugir como em livros e filmes. Mas isso era vida real, e não livros ou filmes.

            E eu não tinha o vestido. Quando íamos pagar o lindo vestido verde-água sem mangas, lindo como vestidos de princesa, minha mãe cancelou tudo. A máscara não era aquelas simplesinhas de papel. Era clara, brilhante e linda.

            Ora, eu era a pessoa menos sortuda de todas.

            Estava sem sono por ser muito cedo. Era por volta das onze horas e meia quando escutei um barulho de algo batendo na minha janela. Provavelmente, uma pedra caindo do telhado, mas não se passou nem um minuto quando ouvi de novo.

            Decidi ir ver o que era.

            Vamos lá, me chame de burra. Podia ser um ladrão, já que no lado da minha janela tinha uma escada. Podia ser apenas um pássaro, mas fui ver o que era.

            Lá em baixo, eu vi uma silhueta de uma pessoa e uma voz falou, tentando ser silenciosa:

            — Te dou meia hora para vestir isso — e jogou um vestido —, e se arrumar. Meia hora, Cecília.

            Era Nathan. Tinha jogado meu vestido. Eu não podia acreditar. O que ele estava fazendo ali?

            — Não posso ir à festa — respondi, tentando ser silenciosa, porque meus pais dormiam ao lado.

            — Por isso a festa veio até você.

            Sorri e me vesti. Fui no banheiro, lavei meu rosto e passei pelo menos uma sombra e um batom. Prendi meu cabelo, já que não conseguia fazer mais nada com ele.

            Cheguei no meu quarto e lá estava Nathan. Vestido perfeitamente como um príncipe e os cabelos cacheados curtos, estavam como sempre.

            Ele me viu e sorriu.

            — Não sabia como me arrumar — me desculpei.

            — Você está perfeita, Cindy — Nathan falou.

            — Cindy? — perguntei.

            — Exatamente. Você está linda, mas não arrumada. E meia-noite já passou. Por isso, hoje você é minha Cinderela. Minha Cinderela descalça. Mas prefiro te chamar de Cindy do que de Cinderela.

            — Ah, meu Deus, Nathan, o que pensa que está fazendo aqui a essa hora da noite? — Não conseguia acreditar.

            — Bom, vi como você ficou triste porque não podia ir à festa, então roubei alguns salgados e doces de lá — ele apontou para uma sacola na minha cama.

            — Nathan! Você é incrível! Já imaginou se meus pais nos pegam aqui?

            — Acho que não. Coma aí. Os doces estão ótimos.

            Ficamos comendo por um tempo, o vento entrando pela janela aberta, e vendo as estrelas. Os doces realmente estavam ótimos, mas o melhor era saber que Nathan tinha feito isso por mim.

            Depois de comer, ele falou:

            — Agora, como isso é um baile, temos que dançar. Bom que você seja Cinderela descalça. Afinal, você quer dançar? Não precisa de carruagens de abóbora ou vestidos de festa, mas você queria tanto. O jeito que você é, é como eu gosto mais.

            — Não temos música — respondi, deliciando-se nas suas palavras.

            — Temos sim. — Nathan mostrou um CD, colocou no meu som e se virou para mim. Fez uma reverência e deixou a mão na frente, em sinal convidativo.

            Eu sempre tinha sonhado com aquilo, mas nunca fora real, até aquela noite. Era perfeito, como estava sendo naquela hora. Ele não sabia como isso era bom pra mim. Ele nunca ia saber quem eu era por dentro.

            Começamos a dançar, uma música calma, propriamente de bailes, apenas piano. Passado algum tempo, Nathan falou:

            — Você deveria saber que eu te amo, não, Cecília? E você também? Quer dar uma chance para fazer isso durar para sempre? Nenhuma vai ser mais bonita, Cinderela.

            Eu olhei para cima, para os olhos dele. Ele chegou muito perto de mim, mas hesitou, antes da minha resposta:

            — Sim, eu quero que isso dure para sempre. Eu também te amo.

            Nathan sorriu e não mais hesitou. Veio para cima de mim rápido, como se eu fosse uma presa e ele, o predador. Segurou-me pela cintura e me beijou com tamanha ferocidade e urgência.

            Parou até que estivesse sem ar. Nós rimos, ficamos dançando e nos beijando durante uma hora, quando Nathan se foi. Antes de descer da escada, me disse:

            — Boa noite, Cinderela —  entrou na escuridão.


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Notas finais do capítulo

E aí? Muito ruim? D:



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