Músicas E Escrita escrita por Bia_C_Santos


Capítulo 15
Conto 14 - Average Girl (Emily Osment)


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa, pessoas, sentiram saudades? (eu sei que não kk). Vim aqui para começar a "Segunda Temporada de Contos"! Vamos começar com uma música q a Tortinha me apresentou... (mesmo ela não lendo).
Primeiramente, tenho que avisar uma coisa. Quando eu disse que ia postar uma história bem no Valentine's Day, vocês provavelmente deviam ter pensando "oown, uma história romântica no dia dos namorados" (em todos os países menos no Brasil, porque, de acordo com o meu professor de Espanhol, o dia dos namorados no Brasil só foi posto em junho para as pessoas gastarem mais, já que em fevereiro elas mal têm dinheiro por causa do carnaval).
Enfim, odeeeeio desapontar vocês, mas essa história está longe de ser uma bela história de amor onde os amantes começam a namorar no dia dos namorados.
Segundamente, eu repeti sim o nome lucas porque, de acordo com a Babi, Lucas é nome de galinha. E bem que esse garoto da minha história parece ser galinha...
Bom, só esses são meus avisos (: Espero que gostem e que eu não os decepcione muito!



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14 de fevereiro. Ah, dia lindo! É um dia em que a TV só passa filmes românticos, em que os parques ficavam mais cheios. É um dia de diversão, alegria e de, principalmente, amor.

Claro que para muitas pessoas isso significava ficar deitado na cama o dia inteiro, assistindo filmes românticos sem conseguir parar de chorar, comento um pote inteiro de sorvete. Mesmo sendo inverno.

Significava para outros, aproveitarem que as garotas solteiras estavam em seus dias vulneráveis, totalmente deprimidas, e pegar umas aí, mesmo não sendo bonitas, pois as bonitas sempre tinham coisas para fazer.

Não que eu fosse bonita. Eu não sou. Mas, por incrível que pareça, eu tinha um compromisso. Talvez um que durasse o dia inteiro e que acabasse com um cinema.

14 de fevereiro. Mais conhecido como Dia dos Namorados. Era um dia maravilhoso de inverno onde os casais trocavam presentes e aproveitavam a companhia um do outro.

Era a primeira vez que eu não ia passar o dia dos namorados sozinha. Fazia mais de dois meses que eu namorava o garoto mais perfeitos do mundo.

Eu não estou exagerando. Ele era mesmo perfeito: carinhosos, lindo, honesto. Eu tinha mesmo muita sorte por ter ele. Ainda mais sendo tão feia quanto eu.

Lucas tinha me ligado. Me disse que queria me ver. Não era tão fofo? Fazia alguns dias que não tínhamos nos falado, já que a escola tinha nos sobrecarregado e cada um ficava na sua turma na hora do lanche.

O dia dos namorados seria o dia perfeito para matar as saudades. Íamos nos encontra e pular no abraço um do outro e nos beijarmos até que não fosse mais possível.

Assim que Lucas me ligou, fiquei pensando em chocolate e flores, como nos filmes. Sim, ele era esse tipo. Ele era tão fofo! Com certeza me surpreenderia com um belo presente.

Eu também tinha um presente. Era o boné que ele tanto queria. Eu tinha gasto toda a minha mesada para comprar o bendito. Não entendia porque um boné tinha que ser tão caro, mas era por uma boa causa.

Combinamos de nos encontrar para o café da manhã em um Starbucks. Lucas sabia que eu amava o café de lá, com certeza, então estava tentando me agradar.

Eu estava me sentindo inquieta. Dançava pelo quarto de tanta alegria, sorria para tudo, sem parar por um segundo. Fiquei me arrumando por horas, tentando achar a roupa certa, o que combinava com ela, a maquiagem perfeita, os sapatos perfeito... Até fiz as unhas! Eu nunca as pintava, sempre tirava o esmalte.

Sai algum tempo antes para chegar mais cedo. Talvez Lucas já estivesse lá me esperando, por medo de não chegar pontualmente ou preparando um belo café da manhã.

Mas quando eu cheguei, 5 minutos antes do combinado, o lugar estava praticamente vazio. Nem sinal do Lucas.

Olhei para o relógio e fiquei contando os segundos mentalmente. Parecia que a hora passava cada vez mais devagar, quando deu a hora combinada.

A porta ainda não tinha se aberto. Tudo bem. Vai ver Lucas teve um problema e ia se atrasar. Ele ia ter uma boa explicação, com certeza.

Contei 5 minutos quando a porta se abriu de novo e entrou um garoto. No começo fiquei na expectativa, mas não tinha percebido pelo vidro quem era. Não era Lucas.

Esperei mais 7 minutos e comecei a me desesperar. E se tivesse acontecido um acidente de carro com Lucas ou coisa do tipo? Eu deveria ligar para a polícia e avisar que tinha combinado com um garoto e ele não tinha aparecido? Falar que ele devia estar comigo e eu começava a ficar com medo?

Já estava quase pegando meu celular quando vi que Lucas andava para a porta, por trás das paredes de vidro. Sorri, aliviada e me levantei, andando até a porta também.

Lucas usava uma calça jeans e uma camiseta lisa gota “v” além de um tênis da Nike. Estava simples, mas, como sempre, estava lindo. Lindo mesmo, com a pele pálida e cabelos pretos.

Chegamos à porta ao mesmo tempo. Sorri para ele e logo fui dar-lhe um beijo, mas, ao invés de nos beijar, ele virou a cabeça e evitou meus lábios.

Eu não entendi, sinceramente. Nossos beijos eram geralmente bem calorosos. Lucas tocava minhas costas e ia para a cintura me puxando para perto e eu passava a mão no cabelo dele e apertava, trazendo-o para perto também.

Olhei para ele. Estava com uma expressão engraçada. Não estava exatamente triste, mas com a cara de quem ia ter que fazer algo que não queria. Mas ao mesmo tempo parecia feliz.

Ah, meu Deus, será que ele ia ter que desmarcar nosso encontro por causa de um bom assunto de família? Por exemplo, uma viagem inesperada?

Isso explicava até porque ele não tinha nada nas mãos, nenhum embrulho. Ou talvez Lucas tivesse feito uma surpresa na casa dele e estivesse preocupado para o caso de eu não gostar.

Olhei em volta para ver se tinha algum parente dele por perto, mesmo eu não tendo conhecido nenhum ainda. Nem a mãe. Lucas nem falava sobre os pais dele ou sobre eu conhecê-los.

Parei o olhar no carro dele. Havia uma garota muito linda encostada nele. Se ela não tivesse um ar de “I’m sexy and I know it” *, seria o meu modelo.

Tinha apele morena de um tom chocolate lindo. O cabelo era castanho escuro e estava solto, então eu podia ver que era longo. Os olhos eu não podia ver, pois, mesmo sendo inverno, ela usava um óculos de sol, mas provavelmente era iguais ao cabelo: castanho escuro. A boca era bem esculpida e cheia de gloss.

Já o corpo... Era... Uau! Era o corpo de uma atleta que se equilibrava em um salto alto. Esguia, magra, alta e com as partes certas com proporções certas, se você me entende.

Assim que a vi, minha mente começou a trabalhar rapidamente. Me virei de novo para Lucas. Logo uma raiva foi tomando conta de mim. Quem era aquela garota? Isso queria dizer que nós terminamos? TERMINAMOS???

Lucas provavelmente percebeu que eu tinha descoberto tudo, mesmo sorrindo ainda. Desde que ele chegara, eu tinha um sorriso no rosto. Mas ele percebeu, pois falou:

— M e desculpe.

Continuei apenas sorrindo. Eu não ia me mostrar fraca naquela hora, não para aquela garota mega linda que parecia uma artista. Minha postura não mudou, mas por dentro me sentia quebrada. Falei:

— Tudo bem. Feliz dia dos namorados. — A maior mentira que eu sempre falei.

Lucas pareceu confuso no começo, como se esperasse que eu começasse a chorar e gritar, o que na verdade eu queria fazer, mas eu devia ser uma boa atriz, pois ele sorriu e saiu.

Nem me disse “tchau”.

As lágrimas começaram a arder no meu olho, mas eu não ia deixá-las cair. Mesmo assim não acreditava como isso poderia ter acontecido. Como eu tinha sido tão ingênua ao ponto de achar que alguém como ele ia gostar de mim ao invés de uma garota como aquela?

Mas Lucas não deixava de ter sido um idiota! Eu dei a ele meu coração e uma doce carta de amor, bem quando começamos a namorar. Eu tinha ficado dias escrevendo ela. E ele me dava isso de volta, disse “eu gosto mais dela”, praticamente.

Foi aí que meu mundo começou a desabar. Lucas preferiu outra garota, uma modelo. Eu não tinha-o mais. Adeus, felicidade.

E ela andava por aí como se fosse a garota dos sonhos dele, com os lábios de Angelina Jolie e jeans tamanho 0 duplo dela.

Eu não podia acreditar que não vi isso vindo. E agora não podia nem lutar. Ou melhor, competir.

Mas... Lucas devia me preferir. Ela era só muito bonita. Eu só era uma garota normal. Eu tinha experiência o suficiente para saber que pessoas normais eram melhores. Sem risco de traição e tudo mais.

Percebi que estava parada no meio do caminho das pessoas para entrar no Starbucks faz já algum tempo.

Pensei em ir embora, mas, já que estava no Starbucks, resolvi ir pegar um café. Assim o fiz, com os olhos meio embaçados.

A hora de ir embora foi triste. Minha casa era meio longe e havia várias ruas para atravessar. Eu devia ter feito alguns carros parar para eu passar, pois logo vi o borrão das árvores perto da minha casa.

Cheguei em casa com o copo de café praticamente intocado. Deixei-o na mesa da copa e subi meio que tropeçando na escada até meu quarto.

Me joguei na cama. Meu rosto já estava meio molhado por causa do choro. Como ele podia fazer aquilo comigo?

Ela era apenas muito bonita. Eu era apenas uma garota normal. Com meu cabelo loiro normal, a pele pálida de uma pessoa morta, praticamente, baixinha.

Não era justo! Eu tinha posto minha fé no garoto real. Tinha acabado. Ele era um idiota! Um perdedor! Abusar de amor... Argh!

Chorei até não poder mais. Até meus olhos incharem, minhas lágrimas secarem e até a hora do almoço chegar.

14 de fevereiro. Eu me sentia triste e sozinha. Ninguém para me abraçar.

Gritei na minha solidão, me sentindo mortal. Levantei bruscamente da cama e risquei o nome dele da minha escrivaninha.

Eu não iria sofrer por ele. Não iria.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Muito trágica para postar justo no dia dos namorados?



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