Grissom estava em um dilema mortal... De um lado estava Heather com todo seu charme fazendo sua cabeça dar voltas e mais voltas, havia Sara... Dessa não havia nem mesmo o que falar, pois tudo nela o atraía. Se por um lado a reação de Sara ao vê-lo com outra mulher lhe dava esperanças de haver a possibilidade de tê-la em seus braços mais uma vez, havia aquela grande chance de não ser nada, de ela não sentir absolutamente nada por ele, esse era o lado que mais doía. Heather mexia bastante com sua cabeça, deixava-o tonto com todas as suas afirmações e controle, mas Sara er o seu amor proíbido, era com quem ele sonhava todas as noites, no mínimo, entre as duas, se não houvesem maiores complicações, sem dúvidas ele escolheria Sara... Mas Heather era indipensável, ele queria uma amiga, e ela estava lhe oferecendo isso... Ou quase.

-Quem sabe possamos sair, afinal, você mesmo disse que não tem nada com a garota...-Heather lhe perguntou com um olhar sedutor.

-O nome dela é Sara e sair me pareceu uma boa ideia, quem sabe depois do meu turno?

-Perfeito. Espero você em meus domínios. -disse ela passando por ele em direção á porte, ele podia jurar que ela estava rebolando mais só para deixa-lo bobo.

Depois que ela foi embora, Gil ainda estava sem reação alguma, queria mesmo que Sara lembrasse dele, ou ao menos deixasse que ele se aproximasse mais, estavam numa relação fria, e aquele beijo... Aquele beijo significava mesmo alguma coisa? Ou era apenas obra do acaso? Beijar por beijar?

...

Logo que deixou Alice na escola, Sara começou a rodar pela cidade, não queria voltar para casa e encarar Grissom de novo, seus lábios ainda estavam formigando, ainda estava com o gosto do beijo dele em sua boca, aina conseguia sentir a língua dele passeando por dentro de sua boca, levando-a ás nuvens.

E quem era aquela mulher? A tal da Heather? Lembrou-se que uma vez Catherine comentou de um caso que resolveu onde ela supostamente "trabalhava", lembrava-se de algo como "uma dominatrix poderosa"... Dane-se o que Catherine havia dito, a única coisa que estava em sua cabeça era a relação ela com Grissom, será que era uma amizade normal ou haviam indícios sexuais? Ela estava com raiva, muita raiva, sabia que ele era um homem reservado, sabia que poucas pessoas conseguiam se dar bem com ele, e pelo jeito que aquela Dominatrix havia se portado com ele denuciava que os dois eram bem íntimos.

Sara já não mais sabia se queria saber dos sentimentos dele por ela, e se aquele beijo quente que deram minutos atrás fosse apenas o jeito dele de provar que ainda tinha poder sobre ela? Mas e esse fosse verdadeiro? E se ele realmente a amava como disse? Ela não sabia o que estava sentindo, era como se a presença daquela mulher ameaçasse qualquer tipo de sentimento que ela poderia vir a ter, ou retomar com Grissom... Devia mesmo deixar que ele a reconquistasse?

...

Naquela tarde Grissom iria buscar Alice na escola, pois Sara iria voltar ao trabalho, depois que Alice foi descoberta por todos, eles foram obrigados a mudar de turno e mesmo que as várias explicações de que não era possível um relacionamento entre eles, já que Sara perdera a memória, não teve jeito, ela teve de mudar de turno. O que não era tão ruim já que trabalhando de tarde, sob a supervisão de Catherine, podia passar as manhãs e noites com a filha, o turno não demorava muito e nem era muito puxado, perfeito para quem voltava depois de sofrer um grave acidente.

Além do mais podia contar com o apoio e Catherine que se tornara a supervisora, poderia trabalhar com Nick e Warrick e não se sentiri muito perdida na volta á rotina. Depois de muito tempo fazendo testes para provar que não esquecera da profissão e nem do protocolo que deveria seguir na resolução de cada caso.

...

O turno começaria em meia hora e todos já estavam apostos para receber os casos da tarde, Nick e Warrick estavam felizes por terem Sara de volta, era como voltar as origens, ou quase isso, pelo menos com ela na equipe doía menos a separação com os outros.

Logo que chegou Sara foi procurar Catherine, ela sabia que podia confiar na amiga, e naquele momento precisava mesmo de um conselho e de alguém com quem pudesse conversar sobre sua nova e estranha situação.

-Soube que você tem um sala agora. -Disse Sara sorridente na porta da nova sala de Catherine.

-É, agora tenho meu próprio cubículo.

-Já é qlaguma coisa.

-Vejo que está feliz em voltar ao trabalho.

-O CSI faz parte de mim, estava com saudades.

-E mesmo assim você me parece triste. -comentou Catherine.

-As coisas não andam fácies em Grissom e eu.

-Você quer falar sobre isso?

-Quer ouvir o que eu tenho á dizer?

-Com certeza.

-Bom é que eu não sei o que eu sinto por ele e dói quando estamos perto, mas dói também quando estamos separados... Ele me deixa confusa...

-Sara eu faço ideia de quanto deve ser complicado... Mas você tem que ouvir seu coração. Ele a faz feliz?

-Não sei dizer, eu quero ser feliz com ele mas aí eu tento me lembrar do que me fez esconder a Alice dele, algo me diz que tem uma mágoa muito grande do passado que me fez afastar dele.

-Eu queria poder ter ajudar nisso. Mas você tem que saber o que realmente sente, você não sabe o quanto ele mudou depois que você e Alice apareceram. Ele parece um novo homem!

-Catherine, eu quero que você me fala um pouco sobre a Lady Heather?

-A Heather? Por que?

-Ela foi lá em casa... Quer dizer na casa do Grissom... -Catherine sorriu ao ver a amiga considerar a casa de Gil como sua também.

-Mesmo? Bom, conhecemos-a em um caso, uma mulher morta que apareceu... ela trabalhava para Heather, pelo que me parece ela é um tipo de Dominatrix e tem uma casa de fetiches, onde ela e umas outras garotas fazem as fantasias masculinas.

-Em outras palavras, ela e outras mulheres ficam batendo em homens com fantasias malucas.

-É por aí.

-Mas e o Grissom, ele... e ela já... Você sabe?

-Você quer saber se eles já fizeram uma dessas fantasias?

-É.

-Eu não sei te dizer isso ao certo, quer dizer, eles são discretos.

-Eles me pareceram íntimos hoje, até de mais.

-Isso é uma pontada de ciúmes Sara Silde?

-Não é ciúme, e respeito, quer dizer eu mora naquela casa, é temporário e ainda tem a Alice, se ele quer ter um relacionamento com ela que pelo menos não seja na frente da nossa filha!

-É ciúme mesmo, eu sabia!

-Ah que seja!

-Sara é normal sentir isso, quer dizer, o que vocês tem é quase um relacionamento, signfica que você sente alguma coisa por ele e você o quer para você, é isso!

-Eu acho que sim.

-Vocês são perfeitos um para o outro, sabe quando ele te trouxe para trabalhar aqui, eu achei que fosse por acaso, mas aí quando eu vi vocês juntos soube que tinha mais alguma coisa, ele te ama Sara, sempre amou!

-Eu não sei, não me lembro, e isso é muito frustante.

-Calma, deixa ele te reconquistar, deixa ele cvhegar no seu coração, vai valer á pena, e ainda mais tem a Alice, aposto que ela ia amar vê-los juntos.

-Talvez você tenha razão.

-Eu sempre tenho razão, mas vamos trabalhar logo agora, e temos um caso difícil hoje e tenho logo que te avisar que vamos ter de trabalhar com o turno da noite que vai chegar mais cedo, e tem haver com a Heather.

-Era só o que me faltava.

-Calma, Sara... E só um caso não tem como se envolver. E nós só vamos falar com o paramédico que trabalhou com o atendimento da vítima, ela foi eixada para morrer, é só isso.

-OK, se é assim, tudo bem.

-O nome dele é Hank e está esperando na delegacia.

-Jura, Hank? -Sara começou a rir.

-Qual o problema?

-O nome do cachorro do Grissom é Hank.

-Bom, você só precisa pegar o depoimento dele, vai lá.

-Obrigada... Por ter me ajudado e por ter me ouvido.

-De nada. Amigos são para isso.